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Aula 1 - Semiologia pediátrica 
 
Anamnese 
• Identificação 
o Nome da criança 
o Data e local de nascimento 
o Data da consulta + idade da criança (em meses, dias ou anos e meses) 
o Informante / acompanhante 
o Motivo da consulta (1º consulta, consulta de rotina, consulta de puericultura, retorno, etc.) 
• Queixa principal - motivo principal que fez com que a mãe da criança ou outro responsável a trouxesse à 
consulta. Descrever utilizando os termos - as mesmas palavras - do paciente ou acompanhante. 
• Historia pregressa da moléstia atual - essa é a parte central da anamnese e deve conter as informações sobre a 
doença atual do paciente desde que começou até o momento presente. 
• ISDA 
o Sintomas de alerta = importantes se presentes na criança, pois nos orientam quanto gravidade ou não 
do quadro clinico em curso: febre, dispneia, vômitos, diarreia, sonolência/letargia 
o Sintomas importantes por faixa etária. 
• Historia fisiológica: historia da criança 
o Ritmo de sono 
o Habito urinário e intestinal 
o Apetite 
o Pré-puberdade e puberdade 
o Atividades físicas e de lazer 
o Atividades de estudo 
o Local de estudo 
o Acompanhamento escolar 
o Estado de animo 
o Investigação sobre visão, audição 
o Adolescência: vida sexual, prevenção de dst, menstruarão, contracepção e gestação. 
• Alimentação 
o Aleitamento materno exclusivo ou misto 
o Desmame 
o Alimentação materna (na amamentação e em casos de dieta de restrição alimentar) 
o Hábitos alimentares (tipo de alimentação, horário/rotina, local de alimentação) 
o Preparo dos alimentos e dos leites artificiais 
• Historia vacinal: 
o Calendário vacinal da criança 
o Próximas vacinas 
o Atraso vacinal e atualização do calendário 
o Informações e duvidas das vacinas 
• DNPM = desenvolvimento neuro psico motor: pesquisar presença dos marcos do desenvolvimento próprios 
para cada idade: 
o Período neonatal: sustentação cervical e reflexos primitivos 
o Lactentes: desenvolvimento motor e cognitivo / desenvolvimento da fala / desfralde 
o Pré escolar, escolar e adolescentes: aprendizado e desenvolvimento escolar / fases psicossexuais 
• Medicação em uso: 
o Puericultura: vitaminas / banho de sol 
o Vermifugação: se já tomou e quando 
o Medicação de base para doenças crônicas e/ou tratamento de prevenção ou profilaxia. 
• Habitat e condições sócio econômicas 
o Moradia, presença de jardim, quintal, sol ou mofo 
o Agua encanada e rede de esgoto 
o Presença de animais domésticos 
o Quantas pessoas moram no mesmo local 
o Poluição ambiental, tabagismo 
o Qual a renda familiar, profissão dos familiares 
• Antecedentes 
o Antecedentes pessoas 
• Alergias 
• Internações e cirurgias anteriores 
• Comorbidades e doenças em curso 
o Antecedentes de gestação e parto (neonato e lactentes) 
• Gestação (intercorrências e exames do pré-natal = sorologias, tipagem sanguínea, DHEG, DM) 
• Parto e período neonatal (escala de Apgar, idade gestacional (Capurro), necessidade de oxigênio 
ou de UTI neonatal, realizado fototerapia ou não) 
• Triagem neonatal (exames do olhinho, orelhinha, linguinha, coraçãozinho e teste do pezinho) 
o Antecedentes familiares 
• HAS 
• DM 
• Cardiopatias 
• Doenças respiratórias (TBC, ASMA) 
• Câncer 
• Doenças oftalmológicas, surdez 
 
 
Exame físico 
• Dados antropométricos: 
o Peso 
o Altura 
o Perímetro cefálico (até 2 anos de idade) 
o Perímetro torácico (até 6 meses de idade) 
o Perímetro abdominal (até 2 meses de idade ou em casos específicos) 
o IMC 
o Pressão arterial (rotina = a partir de 3 anos de idade) 
o Temperatura. (cada grau de temperatura que aumenta, aumenta em média 10 batimentos além do 
normal esperado para a idade). 
• Propriamente dito 
o Estado geral 
o Cabeça e pescoço: deformidades, fontanelas, gânglios linfáticos, tireoide) 
o Aparelho respiratório 
o Aparelho cardiovascular (incluindo palpação de pulsos centrais superiores e inferiores e perfusão 
periférica) 
o Abdômen e ap. gênito urinário 
o Sistema nervoso 
o Sistema osteoarticular 
o Pele 
o Oroscopia e otoscopia: devem ser os últimos exames realizados na criança devido ao incomodo e choro 
o Recém-nascidos e lactentes até o 4 a 6 meses de idade: pesquisa dos reflexos primitivos. 
o Barlow e ortolani 
 
Considerações importantes para examinar a criança: 
1. sempre examinar a criança ou adolescentes na presença do acompanhante ou responsável 
2. lavar as mãos sempre antes e após o exame físico 
3. conversar com a criança e explicar tudo o que for fazer durante o exame físico 
4. limpar com álcool 70% todos os utensílios usados no exame de frente do acompanhante ou responsável e 
também após o exame 
5. examinar e observar a criança como um todo e sem roupas (pedir delicadamente que o responsável ou a criança 
se dispam: neonatos e lactentes até sem fraldas, pré escolares e escolares manter roupa intima, adolescentes 
também manter roupas intimas ou uso de avental de exame. 
6. os movimentos do pediatra devem ser sempre firmes e ao mesmo delicados para não agredir ou machucar a 
criança 
 
 
Anotações, tabelas e gráficos: 
• Capurro 
• Gráfico pondero-estatural 
• Desenvolvimento sexual 
• Tabela de Snellen 
• Boletim silver-anderson 
 
Materiais e acessórios pediatra: 
• Estetoscópio pediátrico 
• Oftalmoscópio 
• Otoscópio 
• Oxímetro pulso 
• Aparelho de pressão com manguitos pediátricos 
• Martelo neurológico 
 
 
Atuação interprofissional 
• Equipe multiprofissional 
• Diversas especialidades 
 
Prontuário médico - defesa do médico. Tem que ser bem feito, legível, claro e objetivo. 
 
Receituário médico - letra legível, tomar cuidado nas formas de escrever dosagem e quantidade. 
 
Principais patologias da pediatria 
A. Recém-nascido e neonato 
B. Lactente 
C. Pré-escolar 
D. Escolar 
E. Adolescente 
 
 
 
Aula 2A - Cardiopatias congênitas 
 
Doenças cardíacas na infância 
• Sopro cardíaco 
• Cardiopatias congênitas estruturais 
• Arritmias cardíacas 
 
 
Sopro cardíaco: som adicional audível além dos sons normais que aparece como resultado de uma turbulência no 
fluxo de sangue capaz de produzir vibrações com intensidade suficiente pra que possam se audíveis através da caixa 
torácica. 
• Sopro inocente (fisiológico) 
o Achado mais comum em crianças saudáveis 
o Geralmente diagnosticada através de anamnese e exame físico completos 
o Crianças são assintomáticas ou apresentam sintomas inespecíficos não relacionados ao sopro 
o O sopro inocente é aquele que decorre do fluxo sanguíneo normal e sem anormalidade estruturais do 
coração. 
o Características: 
• Sopro sistólico suave de curta duração 
• Timbre vibratório ou musical 
• Muda de intensidade com a posição, sendo mais intenso com criança em posição supina. 
o Não necessita de tratamento e/ou acompanhamento cardiológico de rotina. 
o Geralmente desaparece ao início da idade adulta. 
o Redução da frequência cardíaca à basal 
o Crescimento das estruturas cardíacas 
o NÃO DEVE SER IGNORADO!!!!! 
o Diagnóstico diferencial com sopro de doença cardíaca estrutural mesmo em crianças assintomáticas 
(doenças estruturais insidiosas sem sintomas aparentes) 
o Necessário encaminhamento ao cardiologista pediátrico para avaliação adequada 
• Sopro patológico 
o Pode ser o primeiro sinal de doença cardíaca estrutural 
o NÃO DEVE SER IGNORADO!!! 
o Tipos timbres e localização variam de acordo com a patologia: 
• Sistólico de ejeção 
• Sistólico de regurgitação 
• Diastólico 
• Sistodiastólico 
o Necessita avaliação especializada 
• Cardiologista 
• Ecocardiograma 
• Intervenção cirúrgica e/ou hemodinâmica 
o Classificação 
• Acianogênica 
• Cianogênica 
 
 
Tipos de cardiopatia congênita 
• Comunicação atrioventricular 
• Truncos arteriosus 
• Ventrículo único 
• Fistula coronaria arteriovenosa 
• Coarctação da aorta 
• Atresia pulmonar 
• Síndrome de Shone 
• Estenose congênita da válvula mitral 
•Tetralogia de fallot 
• Anomalia de Ebstein 
• TGA 
 
 
CARDIOPATIAS CONGENITAS ACIANÓTICA 
CIA - comunicação interatrial 
• Patologia mais frequente de todos os defeitos cardíacos 5 a 10% 
• Lesao isolada ou associada a outras cardiopatias 
• Orifício na parede entre as câmaras superiores do coração - átrios 
• Tipos: localização no septo interatrial 
o Ostium secundum 
• Pode ter seu fechamento espontâneo, sendo a ÚNICA com essa possibilidade. 
• Tratamento percutâneo, cirúrgico. 
o Ostium primum 
o Seio venoso VCS e VCI 
o Seio coronário 
• Doença insidiosa - sem sintomas ou sintomas mínimos 
• Sintomatologia na 4/5 década de vida - sintoma de hiperfluxo pulmonar 
• Evolução para hipertensão pulmonar 
 
Quando a membrana do septo secundum não fecha e com isso tem fluxo entre átrios. 
Sopro sistólico ejetivo em foco pulmonar. Desdobramento fixo de B2. Sopro mesodiastólico em foco tricúspide 
(hiperfluxo) 
 
Shunt de direita para esquerda, tem cianose, muito raro. 
 
A musculatura cardíaca do feto e do recém nascido é composta na maior parte por estrutura membranosa do que do 
musculo propriamente dito. 
 
 
 
 
CIV - comunicação interventricular 
• Defeito cardíaco caracterizado por um orifício entre as câmaras inferiores do coração 
• Incidência 8% de todas as cardiopatias 
• Congênito ou adquirido - pós IAM, trauma torácico, pós cirurgia cardíaca (raro) 
• Aparecimento isolado ou associado a outras cardiopatias 
• Tipos - de acordo com a sua localização no septo interventricular: 
o Perimembranoso (80%) 
o Via de entrada (5 - 8%) 
o Muscular (5 - 20%) 
• Sintomatologia dependente: 
o Localização no septo interventricular 
o Tamanho do orifício 
• Tratamento 
o Fechamento espontâneo 
o Fechamento cirúrgico/hemodinâmica 
o Evolução da síndrome de Eisenmenger (inversão do shunt E-D/ D-E, cianose, ICC direita, 
desaparecimento do sopro-óbito) 
 
Intrauterina a pressão do VD é maior que a VE, porque o pulmão não funciona. Pressão pulmonar maior. Após o 
nascimento a pressão do pulmão começa a cair, do VE aumentar e o VD diminuir. Até o segundo mês de vida as 
pressões se invertem, porem tem um momento que ficam iguais, sem shunt de pressão. Quando as pressões se 
invertem que começa ter o shunt e o sopro fica aparente. 
 
 
• Achados semiológicos 
o Hiperfonese de segunda bulha cardíaca no foco pulmonar, indicado uma hipertensão na artéria 
pulmonar 
o Sopro holossistolico de regurgitação, mais intenso no 4º e 5º espaço intercostal esquerdo, entre os focos 
mitral e tricúspide, irradiando-se na direção do hemitórax direito. 
Baqueteamento digital é saturação insaturada. 
 
Persistência do canal arterial (PCA) 
• Canal arterial da estrutura da circulação fetal que conecta a aorta descendente à artéria pulmonar 
• Incidência: 5 - 10% de todas as cardiopatias 
• Importante mecanismo de by-pass na circulação fetal 
• Inicio da constrição entre 34 - 36 semanas de idade gestacional (diminuição das prostaglandinas circulante) 
• Após nascimento - fechamento funcional nas primeiras 24-48hras de vida e fechamento anatômico entre 2-3 
semanas de vida - ligamento arterioso 
• Após 3º mês de vida sua persistência = doença 
• Cardiopatia única ou associada a cardiopatias complexas canal dependente e 
• Cardiopatia mais frequente em prematuros (imaturidade do tecido do canal) ação das PG circulante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Defeito do septo atrioventricular (DSAV) - cardiopatia acianótica. 
• Defeito do coxim endocárdico 
• Mal formação congênita caracterizada pela ausência ou deficiência das estruturas septais atrioventriculares 
(falha de formação do centro fibroso do coração) 
• CIA OP + CIV via de entrada + valva atrioventricular única 
• Incidência - 3 a 5% das cardiopatias congênitas 
• Tipos: forma total, parcial, intermediário 
• Cardiopatia mais frequente na síndrome de down 
• Sintomatologia - hiperfluxo pulmonar 
• Tratamento cirúrgico 
 
CARDIOPATIAS CONGENITAS CIANÓTICAS 
• Tetralogia de Fallot - todos tem CIV 
o É uma malformação cardíaca em que o coração apresenta quatro características principais que são: 
• Defeito do septo ventricular perimembranoso (DSV) (CIV) 
• Cavalgamento da aorta sobre o septo interventricular 
• Obstrução de via de saída de ventrículo direito em vários graus (estenose pulmonar), causa 
aumento da pressão durante a sístole ocasionando um shunt direita-esquerda entre os ventrículos 
e com isso apresenta hiperfluxo pulmonar e hipoxemia severa (piora da cianose, hiperpneia) 
• Hipertrofia ventricular direita (raramente presente no feto ou recém-nascido) 
o O quadro corresponde 7 a 10% das anomalias cardíacas congênitas 
o É a cardiopatia cianótica mais frequente. 
o É multifatorial como a maioria das cardiopatias. Os fatores de risco que podem estar envolvidos são: 
• Casos familiares - recorrência de aproximadamente 3% 
• Anomalias cromossômicas ou gênicas ou trossomias, 21, 18 e 13 e síndrome de DiGeorge 
• Síndrome CHARGE (coloboma , RCIU, atresia de coana, anomalias urinárias e de orelhas) 
• Associação VECTERL (defeitos vertebrais, anorretais, renais, fistulas esofágicas e defeito de 
membros). 
o Sistemas de T4F compreendem um espectro de alterações na árvore pulmonar desde estenose e 
Hipoplasia leve à atresia da valva ou agenesia (ausência) da valva pulmonar. 
o Cada uma delas estará associada a sintomas clínicos diferentes e assim podemos ter desde bebês sem 
cianose e pouca sintomatologia (PINK FALLOT), até aqueles com hipoxemia, cianose grave e circulação 
pulmonar dependente do canal ao nascimento. Na agenesia da valva pulmonar, tipo menos comum, 
ocorre ICC e obstrução respiratória alta. 
o Tratamento: cirúrgico - paliativo (shunt sistêmico pulmonar)/corretivo 
 
O fluxo pulmonar é adequado ao nascimento, ocorrendo progressão da obstrução no decorrer das primeiras 
semanas de vida, com aumento da cianose. 
 
• Transposição das grandes artérias 
o Mal formação congênita na qual a aorta sai do ventrículo direito e a artéria pulmonar sai do ventrículo 
esquerdo 
o O sangue pobre em oxigênio chega ao ventrículo direito e é bombeado para a aorta voltando para o 
corpo sem passar pelo pulmão e o sangue rico em oxigênio que sai do pulmão chega ao ventrículo 
esquerdo que bombeia sangue para o pulmão - circulação em paralelo 
o Cianose notável desde as primeiras horas de vida 
o Saturação O2 entre 30 - 50% 
o Hiperfonese de B2 no foco pulmonar 
o Sopro, quando presente, melhor audível em focos pulmonar ou tricúspide 
o Achados clássicos: 
• Coração em formato de ovo deitado 
• Circulação pulmonar aumentada 
• Pedículo vascular estreito 
o É uma condição incompatível com a vida, já que todos os órgãos precisam de oxigênio para funcionar 
o É indispensável a existência de uma comunicação ou canal, através da qual ocorre a mistura do sangue 
entre os dois lados do coração. 
o Incidência de 8% de todas as cardiopatias cirúrgicas 
o Necessitam de correção cirúrgica no período neonatal - paliativa Jatene (mantem a abertura do canal 
arterial)/ correção total (troca das artérias) 
o Sobrevida após correção cirúrgica em torno de 95% 
 
 
• Arritmias na infância 
o Caracterizam como alteração no ritmo dos batimentos 
o Fisiológicas (respiratória, taqui-bradicardias sinusal/patológicas (taquicardia supra ventricular, 
ventricular, bradicardias) 
o Incidência: 
• Crianças com coração normal de acordo com a idade 
• Recém-nascidos: 0,2% 
• 5 a 6 anos e 12 a 13 anos: 1-2% 
o Etiologia - congênita (crianças nascem com anormalidade no circuito cardíaco) 
• Infecções 
• Pós operatório cirurgia (lesões no tecido cardíaco) 
o Alterações bioquímicas do sangue, hipopotassemia e hipomagnesemia) 
o Estimativa da frequência cardíaca ideal, em repouso, de acordo com a idade é: 
• Até 2 anos de idade: 120 a 140 bpm 
• Entre 8 anos e 17 anos: 80 a 100 bpm. 
• Adulto sedentário: 70 a 80 bpm 
• Adulto que faz atividade físicae idosos: 50 a 60 bpm 
o Apresentações clinica variada 
o Crianças principalmente recém nascido tolera frequência cardíaca mais alta 
o Tratamento: o primeiro passo para o controle da arritmia é fazer o diagnóstico. Uma vez este obtido, a 
abordagem dependerá de muito fatores, incluindo a probabilidade de recorrência, o efeito 
hemodinâmico e o impacto da arritmia na criança. A avaliação e estratificação não invasiva deve ser 
dividida entre aqueles pacientes sem cardiopatia e com cardiopatia congênita e as condutas precisam 
estar pautadas nessas condições. 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 2B - Doenças respiratórias em pediatria 
 
• Infecções que surgem em qualquer região do trato respiratório atingindo desde as vias aéreas superiores ou 
altas, como narinas, garganta ou osso da face, até as vias aéreas inferiores ou baixas, como brônquios, e 
pulmões. 
• Principais causas de morbi/mortalidade em qualquer faixa etária em todo o mundo 
• Causa mais comum de atendimento de crianças em serviços médicos pediátricos. 
• As três IVAS mais comuns na faixa pediátrica são: 
o Rinofaringite aguda ("resfriado comum") 
• Etiologia predominantemente viral, sendo causada por mais de 200 tipos de vírus. Alguns como 
rinovírus, responsável por 30 a 35% dos resfriados em adultos, raramente produzem doença séria. 
Outros, como parainfluenza, vírus respiratório sincicial, produzem infecções leves em adultos, mas 
podem causar infecções respiratórias severas em crianças pequenas. Outros vírus associados ao 
resfriado são: coronavírus, o adenovírus, o influenza e enterovírus. 
• Os sintomas do resfriado comum geralmente começam dois ou três dias depois da infecção e 
costumam incluir escorrimento e obstrução nasal, edema das membranas nasais, espirros, 
garganta irritada, tosse e dor de cabeça. Em crianças, pode ocorrer febre alta (38ºC) 
• O tratamento essencialmente sintomático 
• Modos de transmissão: via aerossóis de gotículas respiratórias, diretamente de pessoa para 
pessoa e via superfícies contaminadas 
• Principais vírus: 
§ Influenza A (FLUA) está associada a infecções respiratórias severas de gravidade variável e 
vão desde infecções assintomáticas e doenças fatais. 
• Os sintomas típicos da Influenza incluem febre , dor de garganta, tosse , dor de cabeça 
e mialgia. Complicações das infecções pelo vírus Influenza incluem pneumonia viral 
primária, pneumonia bacteriana e exacerbação das doenças crônicas subjacentes. 
• A infecção tende a ser mais grave em pacientes idosos, crianças nos primeiros anos de 
vida, crianças pequenas e em pacientes imunocomprometidos 
o Faringoamigdalite ("infecção de garganta") 
• Faringite é o nome dado à inflamação da faringe, amigdalite é a inflamação das amígdalas. 
• Ambas apresentam como principal sintoma a dor de garganta. Como estão anatomicamente muito 
próximas, é muito comum a faringe e as amígdalas inflamarem simultaneamente, quando ocorre o 
quadro chamado de faringoamigdalite. 
• Apesar de serem parecidas e citadas muitas vezes juntas, como se fossem a mesma coisa, há 
algumas diferenças que podem ser destacadas: a amigdalite é marcada por uma dor maior ao 
engolir, febre e mal-estar geral. As faringites são mais brandas, com dor leve, tosse com secreção, 
sem febre e que pode evoluir para disfonia (enfraquecimento da voz e/ou rouquidão) 
• A faringite e a amigdalite pode ser causadas tanto por vírus (parainfluenza, vírus sincicial 
respiratório, influenza A e B, adenovírus tipos (1 a 3 e 5, rinovírus) como por bactérias (o 
Streptococcus pneumoniae). 
• Normalmente as faringites virais são processos que se resolvem espontaneamente, ao contrário 
das faringites ou amigdalites bacterianas que podem levar a complicações, como abscessos e febre 
reumática. 
o Rinossinusite aguda ("sinusite") 
• Etiologia viral - 80% 
o Parainfluenza tipos 1 e 2 
o Adenovírus 
o Rinovírus 
o Vírus sincicial respiratório (VSR) 
o Enterovírus 
o Metapneimovírus 
• Bacterinas 
o Mycoplasma pneumoniae 
o Outros microrganismos 
 
 
Otite média aguda 
• É uma infecção no ouvido médio. Geralmente é complicação da dor de garganta, resfriado ou problemas 
respiratórios que se espalha para o ouvido médio. 
• Uma das doenças mais comuns em crianças pequenas, mas pode afetar adultos 
• Em torno de 75% crianças terá pelo menos um episódio de otite média até os três anos de idade. Quase 
metade dessas terão 3 ou mais infecções no ouvido durante seus 3 primeiros anos de vida. 
• Pode ocorrer tanto por infecção viral como bacteriana. Os principais patógenos são: Streptococcus 
pneumoniae e o vírus sincicial respiratório. 
• A otite média causa dor sevara e pode resultar em complicações sérias se não for tratada. A infecção pode 
causar dano permanente à audição ao progredir do ouvido médio para partes próximas da cabeça, como 
cérebro (encefalite) 
 
 
 
 
 
 
Laringite laringotraqueobronquite (crupe) 
• Crupe é causado por uma infecção viral que leva ao edema da mucosa das vias respiratórias, especialmente da 
área logo abaixo da laringe. Corresponde por 15% das doenças do trato respiratório na infância. 
• Principal etiologia é viral (80%) principalmente parainfluenza tipos 1 e 2, adenovírus, influenza, rinovírus, vírus 
sincicial respiratório (VSR), enterovírus, metapneumovírus além da bactéria Mycoplasma pneumoniae. 
• Surtos sazonais são comuns. O crupe causado por vírus parainfluenza tende a ocorrer nos meses do outono e o 
crupe causado pelo vírus VSR e da gripe tende a ocorrer nos meses do inverno e primavera. 
• A infecção em geral é disseminada pela inspiração de gotículas suspensas contendo o vírus ou tendo contado 
como objetos contaminados por essas gotículas. 
• Os sintomas parecidos com o do resfriado comum que evolui para a rouquidão e tosse, conhecida como "tosse 
de cachorro". O quadro clínico mais grave apresenta insuficiência respiratória evidente e estridor inspiratório 
grave (é o som respiratório produzido pela passagem de ar em uma via aérea de grosso calibre estreitada). 
• Tratamento: 
o Quadros leves (sem estridor em repouso/ sem esforço respiratório): 
• Tratamento domiciliar 
• Sintomáticos: 
§ Desobstrução nasal com SF, hidratação oral, antipirético. 
§ Umidificação 
• Considerar corticoterapia: 
§ Diminui edema e leva a menor necessidade de internação. 
 
Bronquiolite 
• Bronquiolite viral é uma infecção respiratória aguda, de etiologia viral, que compromete as vias aéreas de 
pequeno calibre (bronquíolos), através de um processo inflamatório agudo levando a um quadro respiratório 
do tipo obstrutivo com graus variáveis de intensidade 
• Causada por vírus, sendo o principal vírus sincicial respiratório (VSR), 
• Responsável por 40% a 80% dos casos. 
• Rinovírus, parainfluenza, bocavírus, adenovírus, influenza, coronavírus, metapneumovírus e as bactérias, 
Mycoplasma e Bordetella também causadores da bronquiolite. 
• A principal forma de contaminação é por meio de secreções respiratórias ou por contato. 
• O diagnóstico de bronquiolite costuma ser feito com base no exame físico da criança, dos sinais referidos pelos 
pais. 
• O Rx de tórax, pode ajudar no diagnóstico ao evidenciar o excesso de ar nos pulmões, além de descartar 
outras doenças, como a pneumonia. 
• Os fatores de risco para gravidade e complicações da bronquiolite são: 
o Baixo peso ao nascimento, gemelaridade prematuridade (idade gestacional inferior a 37 semanas), 
doença pulmonar crônica (broncodisplasia, fibrose cística, anomalia congênita), cardiopatia congênita, 
imunodeficiência, doença neurológica. 
• Não existe tratamento específico, na maioria dos casos, especialmente das crianças sem fatores de risco, a 
evolução do quadro é benigna, sem necessidade de tratamento medicamentoso, evoluindo para cura. 
• Tratamento: 
o Oxigenoterapia: 
• Principal forma de tratamento 
o Em estudo: 
• Corticóides sistêmico não tem indicação; 
• Uso de broncodilatadores é controverso 
• Complicações:o Bronquiolite obliterante: 
• Associada a pneumonia 
 
 
 Bronquite e asma 
• A asma é a inflamação dos bronquíolos, 
• A bronquite é uma inflamação dos brônquios, 
• Podem ser desencadeadas por um processo infeccioso (quando aguda) ou pela inalação de agentes irritantes 
(quando crônica) 
• Etiologia: genética e alérgico 
• Não é contagiosa 
• Os principais gatilhos: 
o Ácaros - organismos microscópicos que se alimentam de descamação da pele humana, de pelos de 
animais e também do mofo. 
o Fungos - microorganismos que crescem a uma temperatura acima de 37ºC umidade acima de 50% 
o Infecções virais 
o Exposição ou contato com alérgenos como a poeira, mofo, pelo de animais, assim como, irritantes 
(odores fortes de perfumes, materiais de limpeza, etc.) poluentes intradomiciliares (cigarro, fumaça de 
fogão, etc.), fármacos (como beta bloqueadores e ácido acetilsalicílico), 
• Sintomas: 
o Dificuldade para respirar e sensação de que o ar não chega aos pulmões; 
o Sensação de peso no peito 
o Tosse persistente; 
o Presença de pequena quantidade de catarro semelhante a clara de ovo 
o Chiado ao respirar 
o Sensação de mal estar no corpo. 
• Tratamento da asma é o uso continuado de medicamentos com ação anti-inflamatória, também chamados 
controladores, sendo os corticosteroides inalatórios (bombinha) os principados. Pode-se associar também 
medicamentos de alívio, com efeito broncodilatadores. 
• Controle dos fatores desencadeantes 
 
 
Pneumonias 
• É uma infecção que afeta os alvéolos pulmonares 
• Pode ser causada por um vírus, por bactérias, ou por outras causas infecciosas. 
• Sintomas semelhantes aos da gripe, mas que vão piorando com o passar dos dias, podendo ser difícil de 
identificar. 
• Raramente é contagiosa, devendo ser tratada em casa com repouso, remédios para a febre, antibióticos e 
ingestão de líquidos. 
• Principal etiologia são as bactérias Streptococcus pneumoniae (também conheço como pneumococco), 
mycoplasma pneumoniae e haemophilus influenzae. 
• Vírus, alguns tipos de fungos e de protozoários. 
• Tratamento - antibioticoterapia, suporte ventilatório e hemodinâmico, fisioterapia respiratória 
• Complicação mais comum da pneumonia é o derrame pleural (acúmulo de líquido entre as pleuras) algumas 
vezes esse líquido pode se transformar em pus, que deverá ser drenado para o controle da infecção. 
 
 
Tuberculose em criança 
• A TB é uma das maiores causas de mortalidade infantil no mundo. Crianças menores de 5 anos são 
especialmente vulneráveis, uma vez que possuem maior risco de progressão para doença ativa 
• Número de casos de TB na criança principalmente em menores de 5 anos, está diretamente relacionado com a 
prevalência de TB do adulto. 
• Não diagnosticar e tratar precocemente a tuberculose do adulto, não se reduzirá a TB da criança 
• A TB, doença causada pelo Mycobacterium tuberculosis apresenta características variáveis de acordo com a 
região, fatores socioeconômicos, perfil de resistência às drogas, interrelação com outras epidemias, tais como 
HIV/AIDS/ 
• É uma doença de transmissão aérea e se instala a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, 
durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com TB ativa (pulmonar ou laríngea), que lançam no ar partículas 
em forma de aerossóis contendo bacilos. 
• Período de incubação: 4 a 12 semanas após a infecção pelo M.tuberculosis para a detecção das lesões 
primária. A maioria dos novos casos de doença pulmonar ocorre em torno de 12 meses após a infecção inicial. 
• Sintomas frequentes são tosse ou febre persistência por mais de 2 semanas, perda ou ganho inadequado de 
peso documentados, fadiga, que pode se manifestar como cansaço ou como diminuição de atividades, letargia 
• Massa cervical 
• O diagnóstico na faixa pediátrica é difícil e se baseia na presença de contato com adulto bacilífero, associado à 
prova tuberculínica reatora, sintomas sugestivos de TB e alterações radiológicas. 
• Realização de exames laboratoriais (baciloscopia e/ou teste rápido molecular e cultura) 
• PPD é o exame de triagem padrão para identificar a presença de infecção pela Mycobacterium tuberculosis. 
• Interpretação PPD: se a pele da área onde foi aplicada a injeção de PPD não estiver inchada ou estiver pouco 
inchada em 48 a 72 hrs depois da injeção, o resultado é negativo. 
• Resultado negativo significa que, muito provavelmente, o indivíduo não foi infectado pela bactéria que causa 
tuberculose. 
• Resultado falso negativo, em que a pessoa tem a infecção pela bactéria, mas não forma reação no PPD, pode 
surgir um casos de pessoas com imunidade enfraquecida, como portadores de AIDS, câncer ou em uso de 
medicamentos imunossupressores, além de desnutrição, idade maior que 65 anos, desidratação ou com 
alguma infecção grave. 
• Por causa da chance de haver resultado falsos, a TB não deve ser diagnosticada apenas pela análise de PPD 
deve ser solicitado exames complementares para confirmação do diagnóstico, como radiografia de tórax, 
exames imunológicos e a baciloscopia em escarro e ou lavado gástrico, esses exames também devem ser 
solicitados mesmo se o PPD negativo, pois esse exame sozinho não pode ser utilizado para excluir diagnóstico. 
• Coleta de escarro/lavado: cultura para micobactéria. 
• Teste rápido molecular: por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR), é realizada em tempo real a 
extração, amplificação e detecção do DNA no M. tuberculosis, além de triagem de cepas resistentes à 
rifampicina 
• Complicações: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios mediastinicos aumentados de volume) 
• Pneumonias com qualquer aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a adenomegalias 
mediastínicas, ou que cavitam durante a evolução; infiltrado nodular difuso (padrão miliar) 
• Lesões articulares, causadas por artrite tuberculosa - que geralmente afeta os quadris e os joelhos. 
• Meningite tuberculosa: é o tipo mais grave de TB e geralmente uma complicação da forma pulmonar. Costuma 
acontecer nos primeiros seis meses após o contágio e evolui lentamente 
• Como prevenir? 
o Vacinação com BCG, protege as crianças das formas mais graves da doença, como TB miliar e TB 
meníngea. 
o Tratamento da infecção latente pelo mycobacterium tuberculosis 
• O tratamento para TB pulmonar sensível e formas extra-pulmonares (exceto meningoencefálica) preconizado 
pelo MS - Brasil em crianças menos de 10 anos consiste em uma fase de ataque de 2 meses: com rifampicina, 
isoniazida e pirazinamida e uma fase de manutenção de 4 meses: como rifampicina e isoniazida. 
 
 
Aula 3A - Atendimento ao recém-nascido de risco em sala de 
parto 
 
O preparo para a assistência neonatal 
• Realizar a anamnese materna 
• Verificar se todo o material necessário para assistência e reanimação está disponível e pronto para uso. 
• Equipe treinada em reanimação neonatal presente 
 
Demora na tomada de decisões, utilização de manobras inadequadas ou ineficazes, podem causar: 
• Reanimação mais difícil 
• Risco de lesão permanente do cérebro e de outros órgãos 
• Morte 
 
 
Anamnese materna 
• Dados e antecedentes da mãe 
• História gestacional 
• Fatores de risco: 
• Problemas pré-natais 
o Hipertensão arterial 
o DM 
o Infecções maternas 
o Idade gestacional: < 37 sem ou > 41 sem 
o Ausência de pré-natal 
o Idade materna 
o Obito feral prévio 
o Alo-imunização ou anemia fetal 
o Polidrâmnio ou oligoâmnio 
o Hidropsia fetal 
• Problemas no trabalho de parto e parto 
o Trabalho de parto prematuro 
o Liquido amniótico meconial 
o Rotura das membranas superior a 18h 
o Corioamnionite 
o Trabalho de parto superior a 24 h 
o Periodo expulsivo superior a 2 hr 
o Bradicardia fetal 
o Anestesia geral 
o Descolamento prematuro de placenta 
o Placenta prévia 
o Prolapso de cordão uterino 
o Hipertonia uterina 
o Parto taquitócito: dinamica uterina muito acentuada, ou o bebe esta com sofrimento por conta das 
contraçõesMaterial necessario para assistencia e equipe: 
• Todo material necessário para a reanimação deve ser preparado e testado e estar diponivel em local de fácil 
acesso, antes do nascimento de qualquer recém-nascido. A equipe profissional deve chegar com antecedência 
para adequado prepara da sala de parto. 
• Material: 
o Equipamentos para manutençano da temperatura 
o Material para aspiração de vias aéreas 
o Material para intubação orotraqual e ventilação do neonato 
o Material de cateterismo umbilical 
o Medicações 
• Equipe 
o Rn RISCO: 2 a 3 proficionais treinados 
o Gemelares: material e equipe próprios para cada RN 
• Medidas de precaução- padrão 
o Lavagem/higienização de mãos 
o Uso de EPIs: 
• Luvas estéreis 
• Aventais 
• Mascaras cirúrgicas 
• Óculos de proteção 
 
Cuidados com o RN na sala de parto: 
• Laqueadura de cordão umbilical 
• Prevenção da oftalmina gonococica = método de Crede 
• Antropometria 
• Prevenção do sangramento por deficiência de vitamina K 
• Detecção de incompatibilidade sanguínea materno-fetal 
• Realização das sorologias, sífilis, HIV e Hepatite 
• Identificação (nome da mãe, registro hospitalar, data e hora do nascimento e sexo do recém-nascido) 
 
Clampeamento do cordão 
• Avaliar após extração completa: respirando? Chorou? Tem tônus? Tempo de gestação? (maior ou igual a 34 
semanas) 
• Clampeamento tardio: 1-3 minutos após cessar pulso do cordão umbilical; 
Beneficio com a relação à concentração de hemoglobina nas primeiras 24hrs de vida e à concentração de ferritina 
nos primeiros 3-6 meses, embora possa elevar policitemia (observar icterícia) 
• Clampeamento imediato 
o Se as respostas das 3 perguntas principais do nascimento forem não: 
• Recém nascido é de termo? 
• RN está chorando ou respirando? 
• RN tem tônus muscular em flexão? 
 
Manutenção da temperatura corporal: 
• Temperatura corporal ideal para o RN = entre 36,5 e 37º 
• Temperatura da sala = 26º 
• Campos estéreis e aquecidos 
• Calor radiante 
• Estímulo tátil ao secar RN 
• Prematuros com peso < 1,500gr 
o Saco plastico polietileno, poroso e transparente -> sem secar o corpo 
o Secar a cabeça e colocar touca de malha tubular 
o Realizar todos os procedimentos com o RN envolvido no saco plastico e só retira-lo após estabilização 
térmica na unidade neonatal 
• Importância e objetivos: 
o Evitar perda de calor (evaporação de líquidos sobre a pele e perda de calor para o ambiente ) 
o Promover transição adequada cardiorrespiratória 
o Diminuir o risco de mortalidade e morbidade do RN: 
• Desequilíbrio ácido-básico 
• Desconforto respiratório 
• Enterocolite necrozante 
• Hemorragia cerebral 
 
 
Aspiração de vias aéreas superiores e traquéia 
• Não é mais procedimento de rotina, somente se houver obstrução das vias aéreas e impedimento da 
respiração 
• Aspiração sob visualização direta 
• Aspiração de mecônio da traqueia uma única vez 
• Evitar refluxo vagar e depressão respiratória e lesão de mucosas. 
 
 
Monitorização da saturação de oxigênio 
• Recém-nascido prematuro abaixo de 34 semanas 
• FC inferior a 100 bpm após os passos inicias de reanimação 
• Apneia ou respiração irregular após os passos iniciais da reanimação 
 
 
 
Massagem cardíaca 
• Realizar então a massagem cardíaca após 30 seg de VPP e FC < 60 bpm, em uso de cânula traqueal; 
• Realizada no terço inferior do esterno com dois polegares ou dois dedos. 
• Profundidade: 1/3 da dimensão antero-posterior do tórax, de maneira a produzir pulso palpável; 
• Permitir reexpansão plena do tórax após compressão; 
• Manter ventilação (3:1) ou 15:2 > origem cardíaca 
• Oferecer concentração de O2 à 100% ou controlada através do blender; 
• Realizar por 60 seg e reavaliar FC; 
• Se bpm > 60: UTI neonatal para cuidados intensivos e acompanhamento; 
• Se bpm < 60: verificar técnica e corrigir se necessário; 
• Se ainda assim manter bpm < 60: cateterismo venoso umbilical de urgência e uso de medicação. 
 
 
 
Situações especiais: COVID - 19 
• Evitar infecção do RN após nascimento 
• Evitar infecção dos profissionais de saúde presentes em sala de parto 
• Equipe treinada 
• Sala de reanimação separada da sala de parto ou no mínimo 2 metros de distância da mãe 
• Uso de EPIs 
• Clampeamento de cordão 
o ≥ 34 sem -> 1 a 3 mim 
o < 34 sem -> 30 a 60 segundos 
• Banho imediato após nascimento - controverso 
• Contato pele a pele 
• Amamentação 
• Alojamento conjunto em isolamento 
• Teste de COVID para o RN 
 
Situações especiais: TORSCHs 
• Mae HIV + 
o Banho imediato após o nascimento 
o Aleitamento materno é contra indicado 
o Inicio do tratamento imediato e acompanhamento no CEDIC 
• Siflis e toxoplasmose 
o Não contra indicam aleitamento materno 
o Fluxograma e protocolo de tratamento proprios 
 
 
Aula 3B - Triagem neonatal 
 
Definição: o diagnostico precoce e o tratamento adequado e o acompanhamento médico de algumas doenças 
podem evitar deficiências, sequelas e morte, e proporcionar melhor qualidade de vida aos recém-nascidos 
acometidos de uma população 
• Conjunto de ações preventivas desde a atenção básica até a atenção especializada 
• Rastreamento e identificação de doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas, que possam 
prejudicar o desenvolvimento somático, neurológico e/ou psíquico do RN 
• Objetivo de diminuir a taxa de morbimortalidade das crianças menores de 1 ano de idade. 
 
Testes 
• Teste do coraçãozinho 
o O exame é capaz de detectar precocemente cardiopatias graves e diminui o percentual de recém-
nascido que recebem alta sem o diagnóstico de problemas que podem evoluir para choque, hipóxia, 
acidose metabólica ou levar ao óbito precoce antes de receber tratamento adequado, ainda no primeiro 
mês de vida. 
o São consideradas cardiopatias congênitas críticas (CCC): 
• Aquelas com necessidade de tratamento cirúrgico ou de cateterismo no primeiro ano de vida. 
Essas correspondem a 25% dos casos de cardiopatia congênita. 
• Aquelas onde a apresentação clínica decorre do fechamento ou restrição do canal arterial 
(cardiopatia canal-dependentes), tais como: 
§ Fluxo pulmonar dependente do canal arterial: atresia pulmonar e similares 
§ Fluxo sistêmico dependente do canal arterial: síndrome de hipoplasia do coração esquerdo, 
coarctação de aorta crítica e similares. 
§ Cardiopatias com circulação em paralelo: transposição das grandes artérias 
§ Defeito do septo ventricular 
§ Defeito do septo atrial 
§ Tetralogia de Fallot 
o Realizado com 24hrs de vida 
o No grupo das cardiopatias congênitas críticas, ocorre um mistura de sangue entre as circulações 
sistêmica e pulmonar, o que acarreta uma redução da saturação periférica de O2. Neste sentindo, a 
aferição da oximetria de pulso de forma rotineira em recém-nascidos aparentemente saudáveis com 
idade gestacional > 34 semanas, tem mostrado uma elevada sensibilidade e especificidade para 
detecção precoce destas cardiopatias. 
o RN: Realizar a aferição da oximetria de pulso, em todo recém-nascido aparentemente saudável, • com 
idade gestacional > 34 semanas • antes da alta da Unidade Neonatal. Local de aferição: membro 
superior direito e em um dos membros inferiores 
o Momento da aferição: Entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta hospitalar 
o Condições adequadas para o exame: 
• RN calmo (sem choro e sem agitação motora) 
• RN alimentado 
• Extremidades aquecidas 
• Monitor com onda de traçado homogêneo 
o Resultados: saturação periférica normal deverá ser igual ou maior que 95% em ambas as medidas e a 
diferença menor que 3% entre elas. 
o Resultados anormias: qualquer medida da SpO2 menor que 95% ou houver uma diferença igual ou 
maior que 3% entre as medidas do membro superior direito e membro inferior; 
• uma nova aferição deverá ser realizada após 1 hora. 
• Ecocardiograma: se o resultado se confirmar alterado após o 2º teste; realizar o exame dentro das 
24 horas seguintes aoreteste; 
o Limitações: Este teste apresenta sensibilidade de 75% e especificidade de 99%. Sendo assim, algumas 
cardiopatias críticas podem não ser detectadas através dele, principalmente aquelas do tipo coartação 
de aorta. A realização deste teste não descarta a necessidade de realização de exame físico minucioso e 
detalhado em todo recém-nascido, antes da alta hospitalar. 
 
 
• Teste do olhinho: reflexo vermelho 
o O “teste do olhinho” ou teste do Reflexo Vermelho ( TRV ) é um exame simples, rápido, indolor e de 
baixo custo realizado em recém-nascidos para detectar qualquer patologia ou problema ocular 
congênito que comprometa a transparência dos meios oculares e que pode impedir o desenvolvimento 
visual cortical. 
o O TRV é uma ferramenta de alta sensibilidade para o rastreamento de alterações oculares com risco de 
causar ambliopia ou deficiência visual (cegueira e baixa visão). 
o o TRV não substitui o exame oftalmológico a que todo o bebê deve ser submetido se não nos primeiros 
seis meses de vida, no máximo no primeiro ano de vida. 
o Principais causas de TRV alterado são: 
• Catarata congênita 
• Glaucoma congênito 
• Retinoblastoma 
• Leucoma 
• Inflamação intraoculares de retina e vítro, 
• Retinopatia de prematuridade (ROP) no estágio 5 
• Descolamento de retina 
• Vascularização fetal persistente e hemorragia vítra. Também podem alterar o reflexo vermelho 
produzindo uma assimetria entre os olhos a presença de patologias com assimetria: estrabismo, 
anisometropia, altas ametropias, luxações de cristalino e malformação como coloboma; 
• diagnóstico precoce da maioria dessas doenças permite o tratamento apropriado a tempo de se 
evitar ou minimizar a deficiência visual, e, no caso do Retinoblastoma, o risco de vida da criança. 
o O TRV é realizado pelo Pediatra na maternidade, antes da alta do recém-nascido. 
o Na impossibilidade do exame, deve-se realizá-lo o mais breve ainda no primeiro mês de vida. 
o o Ministério da Saúde recomenda o teste como parte do exame neonatal e no decorrer das consultas 
pediátricas de rotina, pelo menos, duas a três vezes ao ano, nos três primeiros anos de vida. 
o o TRV é garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e uma vez detectada qualquer alteração, o 
neonato deve ser encaminhado para diagnóstico e conduta em unidade especializada (com 
Oftalmologista) 
o todos os bebês e crianças cujos familiares possuam doenças oculares hereditárias que ameacem a visão 
como retinoblastoma, glaucoma congênito, catarata congênita, altas ametropias; quando houver 
história de infecção durante a gestação como toxoplasmose, herpes, sífilis, rubéola, citomegalovírus, 
zika e Sindromes Geneticas devem ser avaliados pelo pediatra através do TRV e em consultas de rotina, 
além de avaliação oftalmológica periódica. 
o O TRV é realizado com o oftalmoscópio direto, cuja luz projetada nos olhos, atravessa as estruturas 
transparentes, atinge a retina e se reflete, causando o aparecimento do reflexo vermelho observado nas 
pupilas. 
o Durante o teste, a sala escurecida (penumbra) facilita a observação dos reflexos, não havendo a 
necessidade de dilatação das pupilas com colírios midriáticos. 
o O oftalmoscópio, com a lente do aparelho ajustada no “0” (zero, sem poder dióptrico), deve ser 
posicionado a uma distância de 50 cm a um metro dos olhos do recém-nascido (cerca de um braço 
esticado). Em seguida, localizam-se os olhos da criança através do orifício do equipamento e iluminam-
se suas pupilas. Observa-se então, o reflexo vermelho em cada uma delas, avaliando-se sua presença ou 
ausência e na presença, comparar a intensidade e simetria entre os olhos 
o A cor vermelha do reflexo ocorre devido à vasculatura da retina e coroide e do epitélio pigmentário. 
• Dependendo da maior ou menor pigmentação, o reflexo pode se mostrar mais ou menos 
vermelho e até amarelo ou amarelo-alaranjado. 
• Na presença de opacidade dos meios oculares no eixo visual, esse reflexo estará ausente ou 
diminuído 
o No resultado do TRV consideram-se três respostas possívei 
• reflexo presente 
• Ausente 
• Duvidoso 
§ quando o resultado for duvidoso ou ausente ou houver assimetria evidente ou suspeita do 
reflexo alterado em um ou outro olho, a criança deverá ser encaminhada ao oftalmologista 
para ao exame oftalmológico completo (biomicroscopia, retinoscopia, e mapeamento de 
retina) para elucidar o diagnóstico e assegurar a conduta necessária. É importante que o 
Oftalmologista envie o resultado do exame ao Pediatra. 
 
 
 
• Teste da orelhinha 
o Capaz de detectar precocemente problemas auditivos no recém nascido e orientar acompanhamento e 
tratamento. 
o Prevenção de surdez congênita 
 
 
• Teste da linguinha 
o Avaliação da fonoaudiologia 
o Frenolectomia ou frenotomia 
o Impedimento e dificuldade na amamentação. 
 
 
• Teste do pezinho 
o Doença de origem genética, metabólica e infecciosa 
o Diagnóstico precoce e tratamento preventivo 
o Evitar danos irreversíveis para o bebe 
o 3 tipo: 
• Básico 
• Ampliado 
• Avançado 
o Atualmente, o teste do pezinho realizado pelo SUS engloba as seguintes doenças: 
• Hipotireoidismo congênito: causada pela incapacidade da tireoide em produzir suficientemente os 
hormônios, resultando em redução geral do metabolismo. Primária é comum disgenesia e 
secundária é mais comum deficiência de TSH hipofisário e terciária com deficiência do TRH 
hipotalâmico 
§ Manifestações clínicas: hipotonia, dificuldades respiratórias, cianose, icterícia, constipação, 
bradicardia, sonolência, choro, rouco, mixedema 
§ Diagnóstico: geralmente não apresentam sintomas desde que a reposição hormonal seja 
iniciada 
§ Tratamento: reposição hormonal 
• Fenilcetonúria: erro inato do metabolismo, caracterizado por um defeito na enzima fenilalanina 
hidroxilase, sem o diagnóstico e tratamento antes dos 3 meses de vida, clinicamente: 
neuropsicomotor, deficiência mental, comportamento agitado e padrão autista, convulsão e odor 
característica na urina 
• Diagnóstico: defeito pela dosagem da fenilalanina (valor superior a 10mg/dL em pelo menos 
2 amostras) 
• Tratamento: dieta com baixo teor de FAL. 
• Anemia falciforme: falciforme -> causada por um defeito na estrutura beta da hb. 
§ Manifestações clínicas: anemia hemolítica, crises vaso-oclusivas, crises de dor, insuficiência 
renal progressiva, avc 
§ Diagnóstico: se precoce permite a implantação de cuidados preventivos 
§ Tratamento: iniciado antes dos 4 meses de vida, antibioticoterapia, suplementação de ác 
fólico 
• Fibrose cística: mucoviscosidade, afeta pulmões e pâncreas 
• Manifestações clínicas: proliferação bacteriana pela obstrução das vias aéreas 
• Diagnóstico: através dos níveis da tripsina imunorreativa 
• Tratamento: suporte dietético, utilização de enzimas pancreáticas e suplementação de 
vitaminas 
• Hiperplasia de adrenal congênito: diferentes deficiências enzimáticas na síntese dos esteroides 
adrenais 
• Manifestações clínicas: deficiência de 21-hidroxilase -> 3 formas 
• Perdedora de sal, virilização da genitália externa e crise adrenal 
• Não perdedora de sal, não há manifestação da def mineralocortcoide 
• Forma não clássica que pode ser diagnosticada na vida adulta pelo 
hiperandrogenismo 
• Diagnóstico: quantificação da 17-hidroxi-progesterona 
• Tratamento: reposição hormonal 
• Deficiência de biotinidase: defeito no metabolismo da biotina 
• Manifestações clínicas: a partir da 7ª semana de vida, com distúrbios neurológicos 
• Tratamento: medicamentoso, uso de biotina em doses diárias 
• Projeto de lei já aprovado -> ampliação do teste do SUS para 14 grupos de doenças 
o Prematuros: repetem o teste para hemoglobinopatias após 120 dias 
o Uso de corticoides e hemoderivados interferem no exame 
 
 
Orientações de alta 
• Se for termo, é preciso lembrar: 
• Sempre dar orientações da amamentação (estimular) 
• Orientar em relação ao decúbito, para que possa evitar morte súbita do lactente ou neonato, deve dormirem 
decúbito horizontal (barriga pra cima) e elevado em 30°, de barriga pra cima a traqueia fica pra cima e esôfago 
embaixo, assim não comprime a traqueia 
• Orientar as vacinas, e até os 3 meses tem riscos de contrair doenças que podem levar ao óbito 
• Observar o xixi, pois não pode ficar mais de 24 hrs sem fazer, o cocô pode ficar até 5 dias sem fazer, é mais 
grave ficar sem fazer xixi do que cocõ, mais de 24 hrs sem xixi, levar para o ps 
 
 
Aula 3C - Patologias do recém-nascido 
 
Sinais de alerta do RN 
• Gemido persistente 
• Choro persistente e inconsolável 
• Apneia: pausa respiratória superior a 20 segundos acompanhada por uma coloração azulada da pele (cianose) 
• Dificuldade respiratória: BAN, desconforto respiratório, retrações, cianose 
• Temperatura (hipotermia ou hipertermia_ 
• Resíduo gástrico 
• Distensão abdominal 
• Alterações de pele 
• Dificuldade em mamar/sucção débil/ vômito 
• Hipotonia acentuada / sonolência persistente, que interfere com a alimentação 
• Convulsões 
• Alterações do habito intestinal 
• Diminuição do diurese 
• Sensação de que o bebe esta diferente 
 
 
Patologias clinicas: 
• Distúrbios respiratórios 
o Anoxia neonatal 
o Taquipnéia transitória 
o Síndrome do pulmão úmido 
o Síndrome da aspiração de mecônio 
o Doença membrana hialina (prematuro) - imaturidade do pulmão, e por isso precisa de suporte 
respiratório, pois o pulmão não consegue dar conta da respiração sozinho, é bem grave e quanto mais 
prematuro mais grave. 
o Displasia broncopulmonar (prematuro) - inflamação crônica do pulmão por conta de um uso prolongado 
de respiração mecânica, pode causar dependência de oxigênio entre outras sequelas. É uma doença 
curável, e o prematuro precisa de acompanhamento até os 7 anos de idade. 
• Distúrbios metabólicos 
o Hipoglicemia 
o Distúrbios do sódio, cálcio magnésio e potássio 
• Icterícia neonatal 
o Fisiológica: ocorre como uma resposta à capacidade limitada do bebê para eliminar a bilirrubina nos 
primeiros dias de vida 
o Do leite materno: ocorre em bebes amamentados, devido à baixa ingestão de calorias ou desidratação 
o De hemólise: ocorre devido a doença hemolítica do RN, quando apresenta elevada contagem de células 
vermelhas no sangue ou sangramento 
o Relacionada com a função hepática inadequada: ocorre devido a infecção ou outros fatores. 
• Infecção neonatal 
o Precoce 
o Tardia 
o Septicemia 
• Doença metabólica óssea 
• Anemia da prematuridade 
• Enterocolite necrotizante 
• Doença do sistema nervoso 
o Hemorragia periintraventricular 
o Convulsões 
• Alguns sinais clínicos do RN que podem ser indicativos de patologia cirúrgica são: 
o Vômitos geralmente biliosos 
o Distensão abdominal 
o Dificuldade respiratória 
o Cianose 
o Salivação excessiva pela boca e narinas 
o Resíduo gástrico 
o Palidez acentuada 
o Ausência de eliminação de mecônio 
• Patologias cirúrgicas 
o Hérnias inguino-escrotal 
o Hérnia umbilical 
o Fimose / parafimose 
o Ectopia testicular 
o Hidrocel 
o Cistos braquiais ou malformações anatomicas 
o Defeitos TGI: atresia de esofago, atrsia de duodeno, anus imperfurao 
o Defeitos da parede abdominal: onfalocele, gastrosquise 
o Hernia diafragmática 
 
 
Aula 4A - Febre, manejo de sepse e principais infecções da 
infância 
 
 
FEBRE 
 
A febre é uma das queixas mais comuns nos atendimentos pediátricos 
• 20 a 30% das consultas em consultório = queixa única preponderante 
• 65% das consultas nos serviços de emergência 
• 75% dos atendimentos telefônicos e WhatsApp 
 
Elevação da temperatura corporal acima da faixa de normalidade 
• Associada a um aumento no ponto de ajusto hipotalâmico (o que diferencia de uma hipertermia, que não 
provoca alteração no centro hipotalâmico) 
• Resposta fisiológica do organismo: ocorre devido ao aumento da atividade metabólica diante de uma 
anormalidade, uma agressão física, química ou biológica, que vai desde infecção até doenças inflamatórias e 
autoimune ou outros fatores. 
 
Resposta fisiológica 
• Dilatação dos vasos sanguíneos, para levar mais sangue ao local agredido 
• Aumenta a produção de anticorpos e glóbulos brancos, visando defender, dificultar ou até inibir a 
multiplicação dos agentes agressores (vírus ou bactérias) 
 
Faixa de normalidade 
• Temp axiliar: até 37,5ºc 
• Temp oral: até 37,8ºC 
• Temp retal: até 38 
• Estado febril: temperatura entre 37 e 37,5% 
 
Febre e convulsão 
• Relacionada a velocidade de aumento da temperatura e não exatamente ao grau de intensidade da febre 
 
Pródromos febril - tempo do inicio da febre até o inicio dos sintomas da infecção 
 
Como lidar com a febre: 
• Inicio, intensidade e duração 
• Investigação do quadro clínico associado (sinais e sintomas) 
• Nível de investigação 
• Triagem laboratorial e de imagem 
• Intervenção e tratamento 
o Saber lidar com o sintoma febre e ansiedade que ela provoca = febrefobia 
 
 
Alguns dados importantes: 
• Aproximadamente 20% não sem sinais localizatorios 
• BO: bacteriana oculta = hemocultura positiva em paciente febril, em bom estado geral, com indicação de 
acompanhamento ambulatorial 
• DBG: infecção bacteriana grave = sepse, meningite, pneumonia, artrite séptica, celulite e infecção do trato 
urinário (2,5%) 
• Crianças de 6 a 36 meses, com vacinação completa sejam seguidas clinicamente, sem coleta de exames 
laboratoriais 
• A criança examinada com febre, provavelmente estará mais chorosa, irritada, com aumento das frequências 
cardíaca e respiratória e hiperemia de mucosas, então é necessário medicar, aguardar e reexaminar após 
queda de temperatura para melhor avaliação do estado geral 
 
 
Escores de risco para FSSL: 
• Aplicação no atendimento de crianças em pronto-atendimento/pronto-socorro 
• Identificação das crianças em risco de bacteremia oculta e doença bacteriana grave. 
• Idade 
o Até 29 dias 
o De 1 a 3 meses 
o De 3 meses a 36 meses de idade 
• A temperatura - acima de 39ºC 
• Antecedentes 
o Histórico neonatal 
o Patologias de base 
• Hospitalização recente 
• Uso de antibioticoterapia 
• Resultados de exames laboratoriais 
 
Manejo do lactente com FSSL 
• Internar e tratar todos os precedentes de toxemia e os menores do que 30 dias. 
• Idade entre 28 e 90 dias ordem ser orientados e monitorados em casa se tiverem com boa aparência e com 
contagem de leucócitos, exame de urina, e líquor dentro dos valores normais. 
• Conduta por faixa etária: 
o Ate 30 dias de vida 
• Internação 
• Exames: hemograma, VHS, PCR, urina 1, urocultura, hemocultura, líquor, radiografia de tórax. 
• Tratamento: associação ampicilina e cafatoxima deve ser indicada para contemplar estreptococo 
do grupo B e germes gram-negativos 
o Lactente de 2 a 3 meses 
• Exames: hemograma, VHS, PCR, urina 1, urocultura, hemocultura, líquor, radiografia de tórax. 
• Se exames alterados iniciar antibiótico endovenoso com ceftriaxone, pensando nos agentes mais 
frequentes: pneumococo, meningocócica e hemófilo 
o Criança de 3 a 36 meses 
• Exames: hemograma, VHS, PCR, urina 1, urocultura, hemocultura, líquor, radiografia de tórax. 
• Se exames normais reavaliação em 24 h 
• Se alterados iniciar ceftriaxone 
o Crianças maiores 
• Se toxemia: iniciar penicilina cristalina ou ampicilina endovenosa 
 
 
SEPSE 
1. Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) 
• Definida como presença de pelo menos dois dos seguintes critérios 
o Alteração da temperatura ou numero de leucócitos 
o Alteração de temperatura corpórea - hiper ou hipotermia 
o Alteração da frequência cardíaca: taquicardia ou bradi, inapropriada para a idade da criança 
 
2. infecção 
• Doença suspeita ou confirmada (com base em culturas positivas, anatomia, patológica, testes de amplificação 
de RNA ou ainda por exame clinico de imagem ou testes laboratoriais) 
• Causada por qualquer patógeno infeccioso 
 
3. sepse 
• Tem que ter dois ou mais sintomas da SIRS,principalmente com alteração de temperatura ou numero de 
leucócitos, concomitantemente a presença de quadro infeccioso confirmado ou suspeito 
 
4. sepse grave 
• Presença de sepse e disfunção cardiovascular OU respiratória OU as duas ou mais disfunções orgânicas: 
neurológica, renal, hepática ou hematológica. Entretanto para fins práticos qualquer disfunção orgânica 
associada a infecção suspeita ou confirmada caracteriza sepse grave. 
 
 
 
Condutas e tratamento 
1. reconhecimento clinico e laboratorial 
2. internação em UTI 
3. estabilização clinica 
• Fluido terapia 
• Monitorização hemodinâmica 
• Tratamento medicamentoso 
o Drogas vasoativas 
o Antibióticos 
o Corticoides 
4. suporte ventilatório 
5. suporte nutricional 
6. controle laboratorial 
7. terapias adicionais (hemoterapia e dialise) 
8. Tratamento de cuidados profilático 
9. Equipe multi (fisio, fono, psicóloga) 
10. Suporte a família 
 
 
Aula 4B - Dor recorrente na infância 
 
 
Dores recorrentes mais frequentes na infância e adolescência são: 
• Dor abdominal 
o Constipação intestinal 
o Verminoses 
o Distúrbios digestivos 
o Origens medicamentosas 
o Origens emocionais 
o Decorrente de outros fatores. 
• Cefaleia 
o Origem alimentar 
o Origem medicamentosa 
o Disfunção orgânica 
o Distúrbios de visão e audição 
o Distúrbios neurológicos (emocional, transtorno de ansiedade, ou algo relacionado ao desenvolvimento 
neuropsicomotor). 
• Dor em membros 
o Dor musculo esquelética - mais dos adolescentes, por vicio de posição. 
o Dor de crescimento - geralmente dores são noturnas, e geralmente são nas extremidades dos ossos 
o Dores articulares - mais dos adolescentes, ligada ao esforço físico. 
o Dores por esforço físico 
o Dores relacionadas ao peso 
 
 
• A ocorrência de causa orgânica é baixa, observada em 5% a 10% dos casos; 
• Difícil diagnóstico 
• Diagnóstico de exclusão 
 
 
Conduta: 
• Não pode não levar em consideração e não tratar, porem tem que investigar muito bem para poder tratar. 
• Tratamento: medicações anti-inflamatórios, analgésicos, ou até mesmo placebo em casos de origem somática. 
• Analisar os hábitos e rotina 
 
 
 
Aula 4C - Doenças exantemáticas na infância 
 
Introdução 
• Frequentes na infância, caracterizam por erupções cutâneas geralmente febris 
 
Etiologia variável: grande maioria é vírus, mas podem ser bactérias, parasitas 
Diferencial: alergias exposição cutânea, até quadros sistêmicos à medicamentos, doenças inflamatórias não 
infecciosas como vasculites 
 
Exantema: 
• Manifestação cutânea de fundo vascular e de causa infecciosa, alérgica, tóxica ou física. Podendo ser: 
• Mácula, pápula, vesícula, pústula, crosta e sufusão hemorrágica 
 
Enantema: 
• É a manifestação na mucosa 
 
Doenças exantemáticas clássicas 
• Sarampo e varíola desde império romano e na china no início era cristã 
• Sarampo, escarlatina, rubéola, eritema infeccioso, exantema súbito 
 
 
 
 
 
 
SARAMPO (PARAMOXIVÍRUS) 
• Doença exantemática viral 
• Transmissão: aerossóis 
• Período de incubação: de 7 a 21 data a partir da exposição do início do quadro exantemático. Já o período de 
transmissibilidade ocorre 6 dias antes e 4 dias após o exantema e o pico de transmissão 2 dias e 2 dias depois 
do início do exantema 
• Quadro clínico: febre > 38,5°C, tosse seca, coriza, conjuntivite não purulenta, fotofobia, manchas de koplik. 
Após 2-4 dias após o início do quadro intensifica-se o quadro inicial, paciente fica prostado e surge o exantema 
maculopapular morbiliforme (progressão cefalocaudal) 
• Diagnóstico: sorologia, recomendada até o 7° dia do início do exantema 
lauracampos
Sublinhado
lauracampos
Realce
lauracampos
Sublinhado
lauracampos
Nota
patognomico de sarampo
• Tratamento: não há específico, recomenda-se a administração de vitamina A, e realizar medidas de suporte 
com sintomáticos 
• Cuidado com os contactantes e prevenção: até 4 dias após o início do exantema realizar precaução respiratória 
(máscaras e isolamento). Aplicar vacina até 72 hrs após o contágio 
• Complicações: principalmente pessoas com comorbidades, se febre mais de 3 dias é um sinal de alerta. Entre 
as complicações: otite média aguda, pneumonia, convulsão febril, encefalite após sarampo, encefalite causada 
pelo sarampo (onde o vírus pode atingir o SNC podendo acarretar outros sistemas), panencefalite esclerosante 
subaguda (que com piora progressiva afeta funções motoras e cognitivas) 
 
RUBÉOLA (TOGAVÍRUS) 
• Viral, altamente contagiosa, sua epidemiologia está relacionada ao risco de abortos, natimortos e à síndrome 
da rubéola congênita 
• Transmissão: gotículas de secreções nasofaríngeas 
• Período de incubação: entre 12 e 23 dias, e a transmissibilidade 7 dias antes e 7 dias após o início do quadro 
exantemático 
• Quadro clínico: febra baixa, linfoadenopatia retroauricular, exantema maculopapular puntiforme róseo difuso 
com curta duração, o exantema progride para um novo local, em alguns casos nota-se petéquias no palato 
mole (sinal de forschemeir) 
• Diagnóstico: sorologia 
• Tratamento: é realizado com base em sintomáticos, não havendo tratamento específico ao vírus 
• Vacina é a única forma de prevenir a ocorrência de casos 
• Complicações: trombocitopenia, encefalite pós-infecciosa 
 
 
 
ERITEMA INFECCIOSO (ERITROVÍRUS) 
• indivíduos saudáveis podem desenvolver aplasia eritroide acompanhada do quadro exantemático 
• transmissão: via respiratória e placentária (mães infectadas, o que pode levar a hidroplasia fetal) 
• período de incubação: entre 14 e 21 dias e a transmissão ocorre antes do exantema, não há necessidade de 
isolamento 
• quadro clínico: mialgia, febre, coriza e cefaleia. O exantema maculopapular se inicia em face em região malar 
(face esbofeteada), associado a palidez perioral (sinal de filatov). 4 dias depois do exantema evolui para 
membros superiores e inferiores, a mácula aumenta de tamanho deixando palidez central, o aspecto 
rendilhado do exantema pode durar até 3 semanas, exposição ao sol, variação de temperatura, exercícios e 
estresse pode levar a recorrência do eritema 
• diagnóstico: sorologia 
• tratamento: autolimitado, suporte com sintomáticos 
• não existe medidas de prevenção a serem tomadas, e não existe vacinas que garanta imunidade contra o vírus 
• complicações: Artropatia, doenças hematológicas (falciforme, talassemias, anemias), crise aplástica transitória, 
entre outras. 
 
EXANTEMA SÚBITO (HERPES VÍRUS HUMANO 6 OU 7) 
• Transmitida por secreção oral 
• Período de incubação: de 5 a 15 dias, a transmissão ocorre na fase de viremia, no período febril 
• Quadro clínico: febre alta (39-40°C), convulsão febril, pode haver linfonodomegalia associado. Após 3-4 dias de 
febre, ela cessa bruscamente e aparece o exantema maculopapular róseo com lesões que não coalescem 
• Diagnóstico: clínico e laboratorial (sorologia) 
• Tratamento: antitérmicos. Em imunodeprimidos usar ganciclovir 
• Não há necessidade de isolamento, e não existe prevenção a serem adotadas 
 
 
VARÍCELA (VARICELA ZOSTER) 
• Catapora, prevenida por vacina treta viral 
• Transmissão: secreções respiratórias ou contato por meio de objetos contaminados 
• Período de incubação: entre 10 e 21 dias, a transmissão se inicia 1-2 dias antes do surgimento do exantema e 
permanece até que as lesões estejam em fase de crosta 
• Quadro clínico: febre moderada, cefaleia, anorexia e vômito por 2-3 dias. O exantema papulovesicular 
polimórfico pruriginosa. Tem evolução rápida 
• Diagnóstico: clínico e típico não necessitando de testes comprobatórios 
• Tratamento: anti-histamínicos, antitérmico e analgésicos. O tratamento específico é com aciclovir para 
menores de 12 anos 
 
 
 
 
• A prevenção deve ser feita através da vacina 
• Complicações: infecção bacteriana secundária, causada por estreptococos e estafilococos, pneumonia 
intersticial 
• Herpes zoster: tipicamente na fase adulta, é decorrente da reativação dovírus da varicela, após a infecção fica 
latente nos gânglios nervoso podendo ser reativado em adultos, quadro típico como neurites, ardência e 
prurido local, febre, cefaleia e mal-estar, eritema papulovesicular localizado que evolui para crostas. 
 
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA (ENTEROVÍRUS COXSACKIE) 
• A infecção ocorre por via fecal-oral 
• Incubação de 3-6 dias. Com quadro clínico de febre baixa que melhora em 48hrs, irritabilidade e anorexia, 
após o início da febre surgem vesícula na cavidade oral. Exantema papulovesicular em extremidades não 
pruriginosas, mas dolorosas. 
• Diagnóstico: clínico e tipicamente característico 
• Tratamento: autolimitada, as lesões costumam se resolver em 7-10 dias. Tratamento para sintomáticos para o 
quadro febril e álgico, suporte hídrico e nutricional, pois as crianças chegam a desidratar pela dificuldade de 
ingerir. Se precisar, internar para hidratação venosa. 
• Realizar precaução de contato durante a doença, tomar medidas de higiene frequente das mãos. Não há 
vacina para essa patologia. 
• Herpangina: frequente em crianças, não causa exantema, causa enantema e lesões vesiculares em região oral, 
que evoluem para úlceras esbranquiçadas de halo eritematoso. Possui como pródromo: febre alta súbita, 
cefaleia, disfagia, vômitos e linfadenopatia cervical. Tratamento é de suporto sintomático e o quadro se 
resolve espontaneamente em 5-10 dias. 
 
 
 
 
 
ESCARLATINA (ESTREPTOCOCOS PYOGENES) 
• Não é infecção direta pela bactéria, mas sim pelo efeito das toxinas produzidas quando a bactéria é infectada 
por um bacteriófago 
• Transmissão: contato com gotículas e secreção de nasofaringe 
• Período de incubação: de 2-5 dias e a transmissão se inicia tão logo iniciem os sintomas, caso seja realizado o 
tratamento correto a transmissão só persiste por 24 hrs do início 
• Quadro clínico: febra alta, dor à deglutição, mal-estar geral, náuseas e vômitos, quadro de faringoamigdalite 
com exsudato purulento. Cerca de 12-48h após o início do quadro, surge exantema micropapular áspero em 
peitoral que se expande para tronco, pescoço e membros. Exantema apresenta mais em intenso nas dobras 
cutâneas formando linhas hiperpigmentadas, na face o eritema malar confere aspecto de face esbofeteada, 
além da hipertrofia das papilas dando aspecto de língua em framboesa 
• Após 1 semana as manifestações clínicas desaparecem e inicia um período de descamação furfurácea em face 
e extremidades 
• Diagnóstico: clínico, pela cultura de secreção de orofaringe, teste rápido da identificação do pyogenes 
• Tratamento: exantema tem curso autolimitada, mas é indicado tratamento com antibiótico 
 
SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILOCÓCICA (ESTAFILOCOCOS AUREUS) 
• Ocorre quando há quebra das barreiras protetoras da pele 
• Quadro clínico: febre, irritabilidade, mal-estar. Na fase exantemática, exantema maculopapular doloroso que 
inicia na face e expande para todo o corpo. A pele começa exsudar criando crostas melisséricas ao redor de 
boca e nariz, formando descamações laminares como se fosse bolhas 
• Diagnóstico: clínico, coleto do sítio suspeito e cultura do material 
• Tratamento: limpeza e curativo da pele, sem administração de antibiótico tópico. A doença progredia até que 
a toxina seja eliminada pelos rins ou neutralizada por anticorpos, a regressão do quadro geralmente ocorre em 
2-3 semanas. O tratamento específico pode ser usando antibiótico endovenoso 
 
 
 
DOENÇA DE KAWASAKI 
• Causa de vasculite, etiologia desconhecida. 
• O diagnóstico e tratamento precoce até o 10°dia da doença é fundamental para a redução da complicação 
mais temidas que é o aneurisma de coronárias 
• Diagnóstico clínico baseado nos critérios: 
 
 
 
 
• Exantema maculopapular polimórfico, edemas, eritema palmo-plantar e descamação laminar em região 
periungueal 
• Outros achados: artralgia, diarreia, dor abdominal 
• Indicação de ecocardiograma em menores de 6 meses se tiverem febre por mais de 1 semana 
• Tratamento: administração de imunoglobulina 2g/kg em infusão contínua de 10 horas, associado à AAS 
• Complicações: aneurismas coronarianos, monitorar o surgimento, recomenda ECO em 2 momentos: na fase 
aguda (2-3 semanas e com 6-8 semanas) 
 
 
 
 
MONONUCLEOSE 
Doença do beijo 
• Transmissão: por meio da saliva contaminada 
• Período de incubação: desde o momento da infecção até meses depois da cura 
• Período de transmissibilidade: 30 a 45 dias 
• Sinais e sintomas: febre alta, calafrios, fadiga, perda de apetite, dor de garganta, linfonodos aumentados no 
pescoço, dor muscular, dor de cabeça 
• Exantema maculopapular pruriginoso, pode surgir no tronco, coxas e braços 
• Complicações: anemia, hepatite, encefalite, miocardite, pneumonia, nefrite, entre outras 
• Diagnóstico: clínico, exames laboratoriais para detecta Epstein-Barr ou hemograma 
• Tratamento: repouso, hidratação, controle da dor com analgésicos, antibióticos 
• Prevenção: evitar contato direto com os doentes, cobrir a boca quando tossir ou espirrar, lavar as mãos com 
frequência, limpar objetos da pessoa doente 
 
 
 
 
Aula 5A - Doenças do trato urinário na criança 
 
 
Qualquer patologia que afete um ou mais órgãos do trato urinário levando ao mal funcionamento dos mesmos 
 
• Mal formação estruturais 
o Congênitas 
o Geralmente cursam com insuficiência renal aguda podendo evoluir para crônica - diálise - transplantes 
renal 
o Rins ectópicos, rins fundidos (ferradura), agenesia renal (unilateral), rins policísticos, etc.) 
 
• Doenças adquiridas 
o Doenças inflamatórias e infecciosas (nefrites, cistites, litíase renal 
o Doenças extra renais com acometimento renal - neoplasias, doenças hipoperfusão renal (choque), 
doenças reumatológicas (lúpus, sd. Sjogren) 
o Drogas nefrotóxicas (lítio, chumbo, cadimo, etc) 
 
 
Nefrites, cistites, uretrites 
• Definição: inflamação que pode afetar todos os órgãos do trato urinário de forma isolada ou de forma 
concomitante 
• Etiologia 
o Infecções (formação de complexos antígeno-anticorpo) - 80% 
• Vírus 
• Bactérias (estreptococo, tifo/rickettsia, salmonela) 
• Fungo, parasitas (malária/plasmodium) 
o Exposição a drogas nefrotóxicas 
o Doenças auto-imune 
o Neoplasias 
• Tipos: de acordo com o órgão acometido 
• Sintomas 
o Disúria 
o Oligúria, urgência miccional - criança mais velha que tem vontade e quando vai faz em pinguinhos varias 
vezes ao dia. 
o Hematúria 
o Urina com odor fétido 
o Edema 
o Hipertensão arterial sistêmica 
o Febre 
o Náusea, vômitos, perda de apetite 
• Diagnostico 
o Anamnese e exame físico 
o Exames laboratoriais: triagem infecciosa, rotina de urina, função renal (taxa de filtração glomerular e 
taxa de ureia), bioquímica 
o Exames de imagem: ultrassom renal (US), TC abdominal e renal. Só é solicitado em casos recorrente, 
crianças que tem a clinica boa e nunca teve infecções não é solicitado. 
• Tratamento 
o De acordo com a causa 
o Tratamento da doença de base 
o Evolução para insuficiência renal aguda (IRA) - crônica (IRC) - transplante renal. 
 
Síndrome nefrítica 
• Idade 5-15 anos 
• Mais frequente em meninos 
• Precedida por estreptococcia (amigdalite ou impetigo/piodermite mais comuns) 1 a 4 semanas 
• Tríade clássica 
o Edema 
o Hematúria 
o Hipertensão arterial 
• Urina cor de guaraná ou de coca-cola 
• Episódio isolado 
• Sinais de alerta 
o Alterações do nível de consciência, convulsões e anúria 
• Sinais de gravidade e complicações 
o Encefalopatia hipertensiva, sobrecarga hídrica resistente à diureticoterapia, elevação de escórias 
nitrogenadas e sintomas urêmicos 
• Fisiopatologia 
o Hipervolemia 
o Diminuição do processo de filtração glomerular 
• Exames laboratoriais 
o FUNÇÃO RENAL: Elevação de uréia e creatinina (variável) 
o C3 e/ou CH50 consumidos 
o Hipercalemia 
o Urina EAS: HEMATÚRIA (macroscópica ou microscopica) e proteínas, cilindros hemáticos; 
o Dismorfismo eritrocitário positivoo Proteinúria: pode existir em níveis não nefróticos (<50 mg/kg/dia) 
o Anemia (diluicional) 
• Terapêutica 
o repouso relativo 
o dieta hipossódica 
o restrição hídrica (400 ml/m2/dia, associado a um terço ou metade da diurese do dia anterior) 
o diurético de alça (furosemida 1-4 mg/kg/dia) 
o Não há benefício do uso de corticoterapia nestes pacientes, exceto em casos de glomerulonefrite 
rapidamente progressiva, mas que devem ser indicados pelo nefrologista, considerando cada caso em 
particular. 
o antibioticoterapia: penicilina G benzatina (dose: 600.000 UI em pacientes menores de 20 quilos e 
1.200.000 unidades em pacientes maiores de 20 quilos) ou eritromicina para os pacientes alérgicos 
o anti-hipertensivos VO 
o paciente sem sinais de gravidade => tratamento em enfermaria ou ambulatorialmente 
o paciente com sinais de gravidade ou complicações => tratamento em UTI 
o Vacinação de rotina 
• Indicações de biópsia renal 
o Glomerulonefrite rapidamente progressiva (elevação abrupta e grave de uréia e creatinina) 
o Persistência de hipocomplementenemia por mais de 12 semanas 
o Hipertensão arterial por mais de 4 semanas 
o Síndrome mista (achados clínicos compatíveis com síndrome nefrítica ou nefrótica, cujo acometimento 
glomerular é mais grave ou podem ser decorrentes de doenças sistêmicas como o lúpus eritematoso 
sistêmico) 
o Hematúria microscópica por período superior a 18 meses 
o Persistência de queda de filtração glomerular por mais de 4 semanas. 
 
 
Síndrome nefrótica 
• Idade: 2-6 anos 
• Sem preferência de sexo 
• Desencadeada por infecções : IVAS ou Gastroenterocolite aguda mais comuns 
• Tríade clássica 
o Anasarca 
o Hipoalbuminemia 
o Dislipidemia (colesterol total igual ou acima de 240mg/dl ou triglicerídeos acima de 200 mg/dl) 
• Urina espumosa 
• Doença recidivante 
• Sinais de alerta 
o febre, dor abdominal e queda do estado geral => Peritonite bacteriana espontânea 
• Sinais de gravidade e complicações 
o Infecções de repetição, Dislipidemias (aumento do risco de doenças cardíacas), distúrbios endócrinos 
(Hipotireoidismo, Deficiência de Vit. D e Baixo ganho pondero-estatural) 
• Fisiopatologia 
o Hipovolemia 
o acometimento do podócito (célula especializada cuja função consiste na formação da membrana de 
filtração) 
• Exames laboratoriais 
o Função renal normal (a uréia pode aumentar em alguns pacientes devido hipovolemia) 
o Complemento normal 
o Albumina sérica baixa (<2,5 g/dl) 
o Elevação de triglicerídeos e colesterol total 
o Hiponatremia (diluicional) 
o Urina EAS: PROTEINÚRIA; (hematúria microscópica pode ocorrer em 20% dos casos); cilindros hialinos 
o Proteinúria de 24 horas com valores superiores a 50 mg/kg/dia ou 40 mg/m2/hora ou relação 
proteína/creatinina em amostra isolada > ou igual a 2 mg/dl 
o Elevação do hematócrito e trombocitose 
• Terapêutica 
o repouso absoluto até estabilização da crise 
o dieta hipossódica 
o sem restrição hídrica (devido a hipoalbuminemia) 
o albumina 0,5 -1 g/kg/dia (máximo de 2 gramas/kg/dia) em casos de derrames cavitários (derrame 
pleural, ascite e edema de genitália), com tempo de infusão de, no máximo, 4 horas. 
o uso de diurético não é rotineiro e deve ser restrito aos pacientes que, após a infusão de albumina, 
apresentam hipertensão ou sinais de sobrecarga hídrica 
o Uso de corticoide, mas somente após o tratamento de doenças infecciosas : 2,0 mg/kg/dia ou 60 
mg/m2/dia (máximo de 60 mg/dia) em dose única, preferencialmente pela manhã (aumenta aderência e 
reduz a supressão do eixo hipotálamohipófise-adrenal) e deve ser mantida por 4-8 semanas 
o inibidores da enzima conversora de angiotensina ou bloqueadores do receptor da aldosterona (redução 
da proteinúria por diminuição da filtração glomerular) 
o antibioticoterapia de largo espectro (por exemplo: ceftriaxona 100 mg/kg/dia) devido infecções serem 
causadas por germes encapsulados decorrentes da perda de imunoglobulinas 
o uso de imunoglobulina endovenosa: não é consensual devido resultados conflitantes quanto à eficácia 
em prevenir as recidivas da doença associadas à infecção 
o paciente sem sinais de gravidade => tratamento em enfermaria ou ambulatorialmente 
o paciente com sinais de gravidade ou complicações => tratamento em UTI 
o evitar uso de vacina de vírus vivos e, se possível, encaminhar ao centro de referência em 
imunobiológicos especiais. 
o importante orientar os pais sobre a característica recidivante da doença, a necessidade de adequação da 
dieta familiar e a aderência ao tratamento medicamentoso 
• Indicação de biópsia renal 
o Pacientes com hematúria macroscópica ou hipertensão sustentada ou complemento sérico diminuído 
o Menores que 1 ano ou maiores de 8 anos (adolescentes devem ser biopsiados precocemente) 
o Pacientes com síndrome nefrótica resistente a terapia com corticoide (sem resposta após 8 semanas de 
tratamento com prednisona ou após 4 semanas associado com pulsoterapia com metilprednisolona de 
3-6 dias). 
 
 
 
 
 
Litíase renal 
• Calculo real 
• Formações endurecidas de tamanho variado que podem acometer qualquer parte do trato urinário 
• Raras em crianças 
• Etiologia multifatorial 
o Alterações metabólicas (metabolismo do cálcio, sódio - controversas) 
o Infecções do trato urinário (fato litogênico) 
o Fatores genéticos e anatômicos 
o Fatores dietéticos (alimentação rica em sódio e em carboidratos, sendo estes formados por minerais 
que se acumulam na urina e formam cristais.) 
• Composicao do calculo variado (oxalato de cálcio, fosfato de cálcio, acido úrico, cistina) 
• Associadas a mal formação estruturais do trato urinário (estenose de JUP, (junção uretero-pélvica) RVU 
(refluxo vesicureteral), megaureter, etc.) 
• Sintomatologia variavel de acordo com a idade 
o Dor abdominal 
o Hematúria 
o ITU repetição 
• Diagnostico 
o Clinico 
o Laboratorial: rotina de urina 
o Imagem 
• US renal (capacidade de diagnóstico limitada) 
• TC de abdome e pelve (padrão ouro de sensibilidade 96%) 
• Raio X simples de abdome: cálculos radiopácos. 
• Tratamento 
o Conservador 
o Alta taxa de eliminação espontânea 
o Hidratação 
o Tratamento de infecção se presente 
o Melhora alimentar (redução do sódio e/ou carboidratos) 
o Controle dos distúrbios metabólicos se presentes 
o Litotripsia 
 
 
Aula 5B - Distúrbios neurológicos na infância 
sexta-feira, 13 de agosto de 2021 
08:15 
Numero abrangente de patologias neurológicas que acometem a faixa etária pediátrica 
 
Podem ser congênitas ou adquiridas 
 
Espectro de apresentação amplo 
 
Diagnóstico e tratamento precoce essencial para uma menor morbidade para essas crianças 
 
 
• Síndrome do bebê hipotônico 
o Hipotonia na infância represente o sintoma de varias doenças sistêmicas e do sistema nervoso, podem 
acometer o cérebro, corno anterior da medula, nervos periféricos, junção mioneural e músculos 
o Diminuição do tônus muscular e da força não compatíveis com idade cronológica do bebe (bebe 
molinho, - floppy baby) 
o Pouco ou nenhum controle sobre os músculos do pescoço ou outras partes do corpo como braços e 
pernas 
o Atraso no desenvolvimento motor 
o Fatores etiológicos variados 
• Fatores nutricionais (raquitismo e desnutrição) 
• Fatores cerebrais encefalopatias - hipóxico isquêmica-EHI 
• Genéticos: síndrome de Down, Pradder-Willi, atrofia medular espinhal 
• Outros (paralisia cerebral, doenças de depósito - doenças metabólicas por falta de certas enzimas, 
distrofia muscular, miopatias congênitas, etc) 
o Sinais e sintomas: 
• Atraso no desenvolvimento motor (para andar principalmente) 
• Pouco ou nenhum controle, sobre os músculos do pescoço, tem dificuldade de mudar sua cabeça 
de posição 
• Dificuldade na deglutição e fala 
• Choro fraco 
• Mexem pouco braços e pernas 
o Tratamento 
• Varia de acordo com a causa 
• Ao longo do temo pode haver melhora, piora ou estagnação do quadro 
• Tratamento multidisciplinar 
• Tratamento causa de base/consequências

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