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Aula 4 - Entrevista clinica II

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Aula 4: A entrevista clínica II
Disciplina: Técnicas de entrevista e observação
Prof Dr Luiz Ferro
Objetivo da aula
Apresentar aspectos gerais sobre a entrevista clinica, como setting, rapport, transferência e contratransferência
Objetivo da entrevista
1. Obter informações de seu paciente 
2. estabelecer a a base para um bom relacionamento de trabalho 
Incluem histórias dos sintomas atuais, de doenças anteriores, medicamentos, relacionamentos familiares e sociais, riscos a saúde , em suma tudo que influencia a vida do individuo
MORRISON, 2016
Fatores temporais
Indicar como a entrevista será conduzida: quanto tempo levará a entrevista, como serão feitas as perguntas
Deve dar uma noção do tipo de informação que espera do informante ou do próprio paciente
Deve criar um ambiente confortável, de confiança, e que possa sempre ser controlado e conduzido pelo entrevistador
MORRISON, 2016
Setting
Atenção as coisas simples: conforto ao paciente, apresentações adequadas, tom de voz, espaço limpo
De atenção ao paciente, se coloque de frente a ele e olhe atentamente ao seu rosto e ao que ele diz
Tente ser próximo respeitando a condição de cada um
Três considerações a seguir devem ser lembradas:
MORRISON, 2016
Estabelecendo relacionamentos
Apresentação (de a mão e indique o local de acomodação)
Em situação de atraso se desculpe
Pacientes com nomes incomuns, certifique-se o nome do mesmo
Explique o propósito da entrevista (o que você espera descobrir? Evitar perguntar o obvio e o que já se sabe)
Se sentir dificuldades para o inicio fale de assuntos triviais, mas não óbvios:
“O trânsito estava difícil para chegar aqui”?
Evitar em dia de chuva e ver o paciente molhado: “Esta chovendo”?
MORRISON, 2016
Tomar notas
Toma notas de manneira discreta
Aproveite para perceber expressões faciais e outros comportamentos (Sugestão de leitura: “O corpo fala” Pierre Weill)
Anote palavras chave que ajude você a lembrar a entrevista para que depois se faça um relatório
Use o GENOGRAMA 
Se o paciente se incomodar com as anotações explique o motivo das mesmas
Gravações (benefícios e riscos)
MORRISON, 2016
Queixa principal e fala livre
Mostra as razões pelas quais o paciente procura o atendimento 
Em uma modalidade de fala livre o terapeuta incentiva o paciente a se expressar livremente sobre o que esta sentindo
Dois estilos de entrevista que pode favorecer o processo: diretivo e não diretivo
MORRISON, 2016
Questões Diretivas versus Não Diretivas
Entrevistador Diretiva: entrevistador faz perguntas específicas, proporcionando o tipo de informações desejadas
Não Diretiva: entrevistador absorve mais passivamente as informações que o paciente decide apresentar; produz um forte rapport e dados confiáveis; porém o estilo exclusivamente não diretivo gera menos informações 
Uma mescla dos modelos parece ser mais eficiente
MORRISON, 2016
Questão introdutória
Seja específico
Diga ao paciente o que você quer ouvir (Ex.: Se você perguntar como foi a semana e ele começar a fazer a narração de um diário não se espante)
Deixar totalmente livre pode ser muito disperso (Ex.: Sobre o que você gostaria de falar...)
Pode começar dizendo: Fale-me dos motivos pelos quais você procurou o atendimento...
MORRISON, 2016
Queixa principal
Normalmente é a primeira ou segunda sentença na fala da resposta da pergunta inicial, fique atento!
As vezes o paciente pode não entender o motivo da entrevista, pois foi encaminhado, e não entende a queixa principal, ou não consegue dize-la
MORRISON, 2016
Fala livre
Estabelece você como alguém que se interessa o suficiente para ouvir as preocupações do paciente
Ela propicia ao paciente uma oportunidade de organizar e explorar as razoes que fizeram procurar tratamento
Voce tem a oportunidade de descobrir o que é mais importante na mente do paciente
Ela lhe dá uma noção de personalidade do paciente
Sem a necessidade de direcionar a conversa você pode começar a fazer observações sobre humor, comportamento, e os processos de pensamento do paciente
MORRISON, 2016
Fala Livre
Os traços de caráter de uma pessoa tem mais possibilidade de emergirem em uma conversa espontânea, do que respondendo uma lista de perguntas objetivas
Quando compartilha o controle durante essa parte da conversa, você estabelece logo de início a expectativa de que seu paciente seja um parceiro ativo no decorrer da terapia
Você pode dedicar atenção ao conteúdo da fala do paciente – estudos mostram que nos 3 primeiros minutos metade dos sintomas totais do paciente são relatados
Ela proporciona uma oportunidade do paciente falar de outras preocupações que não foram menciondas inicialmente e que podem ser importantes
MORRISON, 2016
Áreas de interesse clinico
MORRISON, 2016
Contato com o paciente
Resistências que surgem como grandes necessidades (desordem, desarmonia, aflição diante do mundo)
A pessoa tenta conviver com seus sintomas e a família tende a suportá-los 
A pessoa chega para o psicólogo necessitada de acolhida, de um novo olhar, de liberdade de crítica
O terapeuta precisa demonstrar que as dificuldades não irão embora enquanto não forem bem acolhidas
RAYMUNDO, 2000
Motivos conscientes e inconscientes
A marcação da consulta já formaliza uma luta interna de aceitação de que há um problema que precisa ser enfrentado
Quando há um encaminhamento, aparentemente o paciente parece não ter dimensão do problema que precisa enfrentar, tende a ter comportamento de resistência, ou mesmo negação
Os motivos são, muitas vezes inconscientes, cabe ao psicólogo perceber, escutar, observar com tranquilidade, aproximar sem ser coercitivo ou inquiridor. 
É preciso observar como o paciente trata-se a si próprio (como narra, se veste, se comporta)
RAYMUNDO, 2000
Motivos conscientes e inconscientes
Quando os pais levam criança ou o adolescente para o psicólogo, é preciso observar se o mesmo se sente incluído (se ele sabe o motivo de estar ali)
Se a realidade é distorcida, pode haver problemas na evolução do psicodiagnóstico
Diante disso, já se evidencia a importância entre saber os reais motivos conscientes e inconscientes do atendimento
Quando se trata de encaminhamento, precisa saber, quem encaminhou e por quais motivos, 
RAYMUNDO, 2000
Identificação do paciente
Quem é o paciente (quem acompanha o paciente é sempre importante nesse processo)
Cabe ao psicólogo estar alerta e identificar se o sintoma apresentado é coerente ou não para o paciente e sua família. 
O psicólogo começa a conhecer “quem é” o seu paciente, por meio de perguntas iniciais quando do primeiro contato 
RAYMUNDO, 2000
Dinâmica da interação clínica: aspectos conscientes e inconscientes
Relação psicólogo (clínico, examinador, avaliador) x paciente (com suas necessidades psicopatológicas)
No plano motivacional psicólogo e pacientetem aspectos inconscientes de acordo com seus papeis 
No plano inconsciente há transferências e contratransferências 
Resistência do paciente também é uma forma de transferência. Outras formas de transferência: atraso, intelectualização, ir ao banheiro varias vezes durante a sessão, mudança constante de horário...
Dinâmica da interação clínica: aspectos conscientes e inconscientes
Contratransferência do psicólogo: dependência do afeto do paciente (elogios, presentes, propostas de ajuda); facilitar ou não horários; pode exibir conhecimento e pavonear-se; ou pode proteger o paciente contra os seus sentimentos agressivos. O psicólogo pode se ver tentado a prolongar o vín-culo além do que é necessário, ou a competir com o paciente, ou ainda, a conduzir a tarefa como se o fizesse consigo próprio 
Definição de problemas e necessidades do psicólogo
Na tarefa de psicodiagnóstico, o psicólogo sofre pressões do paciente, do grupo familiar, do ambiente, de quem encaminhou o paciente e dele próprio 
A equipe onde o psicólogo está inserido também exerce sobre ele uma certa cobrança em relação a desempenho e respostas sobre o psicodiagnóstico a ser realizado (ou em processo)
O psicólogo espera do paciente sinceridade e colaboração para o bom êxito do processo avaliativo (essa exigência é fantasiosa e decorre da fantasia do psicólogo)
Tarefa para a próxima aula
Construir 4 grupos para simulação de entrevista
Grupo 1:
Entrevista estruturada, perguntas fechadas, e com aspectos transferenciais
Grupo 2:
Entrevista semi-estruturada, perguntas abertas, com aspectos transferenciais
Grupo 3:
Entrevista livre, com estrutura livre, com aspectos contratransferenciais
Grupo 4:
Entrevista livre, com estrutura semi aberta, com aspectos transferenciais
REFERÊNCIAS
RAYMUNDO, M. G. B. O contato com o paciente. In: CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico - V. 5ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2000, cap.4 (p. 38-44).
MORRISON, James. Entrevista inicial em saúde mental. Artmed Editora, 2016.

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