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Resumos - Entrevista lúdica

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Gil Marcos Pereira - Psicologia
Entrevista lúdica
Como a criança compreende o mundo
● Descobrimento do mundo: Curiosidade
● Relações simbólicas com a realidade construída: FANTASIA
● Recurso para lidar com os problemas: separação dos pais, entrada na escola,
aprendizado de conteúdos escolares e regras de vida.
Algumas funções do brincar/brinquedo
● Função social: Representações de papéis
● Função simbólica: Representação da realidade/adequação
● Função pedagógica: Aprendizagem. Psicomotricidade.
Contribuições
Contribuições da Psicanálise para compreensão da relação entre a criança e o brinquedo
● Freud – o caso do Pequeno Hans - a possibilidade de aplicar os princípios da
técnica psicanalítica à criança.
● Melanie Klein - o brincar é a linguagem típica da criança, equiparando a linguagem
lúdica infantil à associação livre e aos sonhos dos adultos.
● Anna Freud - afirmava que a criança não possui consciência de doença, estando
ainda presa a seus objetos originais (país), pelo que não poderia estabelecer uma
neurose de transferência com o terapeuta.
● Através do brinquedo, a criança não só realiza seus desejos, mas também domina a
realidade;
● O Brinquedo é, então, um meio de comunicação, é a ponte que permite ligar o
mundo externo e o interno, a realidade objetiva e a fantasia.
● Aberastury (1978) - o valor diagnóstico da entrevista lúdica.
○ hora de jogo diagnóstica
○ hora de jogo terapêutica
ENTREVISTA LÚDICA
● Oferecer à criança a oportunidade de brincar, como desejar, com todo o material
lúdico disponível na sala;
● Esclarecendo sobre o espaço onde poderá brincar, sobre o tempo disponível, sobre
os papéis dela e do psicólogo,
● Tratar sobre os objetivos dessa atividade, que possibilitará conhecê-la mais e,
assim, poder posteriormente ajudá-la.
● Reações das crianças e estratégias do Psicólogo
● O papel dos jogos e brinquedos pedagógicos;
● O papel do desenho e estórias infantis.
● O papel da criatividade (imaginar que um pedaço de madeira seja um carrinho).
Gil Marcos Pereira - Psicologia
● O papel da tecnologia nas brincadeiras infantis.
● O papel da Família e Escola.
COMUNICAÇÃO COM A CRIANÇA
“Olá, meu nome é Luka Apps e tenho sete anos.
Com todo o dinheiro que eu ganhei no Natal comprei o kit Ultrasonic Raider, do Ninjago. O
número é 9449. Ele é muito bom mesmo.
Meu pai foi me levar ao Sainsburys [shopping] e me falou para eu deixar os bonecos em
casa, mas eu os levei e acabei perdendo o Jay ZX, pois ele caiu do bolso do meu casaco.
Fiquei muito triste por tê-lo perdido. Meu pai falou que eu poderia mandar essa carta para
vocês para ver se podem me mandar um outro. Prometo nunca mais levá-lo ao shopping de
novo se vocês puderem me mandar um. Luka”
“Luka, falei com Sensei Wu [personagem da coleção] que você perdeu seu boneco do Jay
em uma situação totalmente acidental e que isso nunca, nunca, nunca mais vai acontecer
de novo. Então Sensei me pediu para falar isso para você: "Luka, seu pai parece ser um
homem realmente muito sábio. Você deve sempre proteger seus bonecos Ninjago como os
dragões protegem as armas Spinjitzu!". Sensei Wu também me disse que está tudo certo e
mandaremos um novo boneco Jay para você. Além disso, somente um fã de verdade
gastaria todo seu dinheiro de Natal com o kit completo! Por conta disso, mandaremos algo
extra para você. Esperamos que você goste do Jay que vai receber com o kit completo de
armas e nosso presente, um cara realmente mau que possa lutar com ele! Mas lembre-se
sempre do que Sensei Wu disse: proteja seus bonecos como as armas do Spinjitzu. E
sempre, é claro, ouça o que seu pai fala."
DESENVOLVIMENTO DA ENTREVISTA COM A CRIANÇA
● A criança é também sujeita ao processo de avaliação. Ainda que haja responsáveis
por seu cuidado, é necessário que a criança tenha o mínimo de autonomia para
condução da entrevista:
Se o direcionamento da entrevista deve estar focado também no sujeito
entrevistado, por que deve ser o avaliador quem escolhe o brinquedo para a
criança?
Na psicoterapia infantil há dois momentos de contato:
● A hora do jogo diagnóstica: É o processo de avaliação psicológica. Não necessita de
uma caixa de brinquedo exclusiva para a criança. É mais breve e as hipóteses
podem ser confirmadas ou refutadas via testagem psicológica (Primeiro contato).
● A hora do jogo terapêutica: exige uma caixa exclusiva para a criança. É o símbolo do
contrato de sigilo estabelecido verbalmente com o adulto (Processo mais amplo no
plano de tratamento).
HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA
● Recurso técnico que o psicólogo utiliza dentro do processo psicodiagnóstico;
Gil Marcos Pereira - Psicologia
● Tem começo, desenvolvimento e fim em si mesmo;
● Unidade para o conhecimento inicial da criança, devendo interpretá-la como tal, e
cujos dados serão ou não confirmados com a testagem.
● Momento inicial com o pais (explicação da avaliação para a criança)
● Momento inicial com a criança
DESENVOLVIMENTO DA ENTREVISTA COM A CRIANÇA
● A entrevista lúdica é sempre associada à informações cedidas pelos pais/cuidadores
da criança (anamnese).
● É preciso explicar honestamente os motivos pelos quais a criança faz avaliação
psicológica. O primeiro contato com a criança pode se dar por meio da Entrevista
lúdica:
○ Você sabe por que está aqui?
○ O que os seus pais te contaram?
○ Como você está se sentindo agora? (desenhos, caretas, figuras)
INDICADORES DE AVALIAÇÃO
● Critérios mais sistematizados e coerentes para orientar a análise com fins
diagnósticos e prognósticos;
● Classificação do nível de funcionamento da personalidade
● Entendimento dinâmico, estrutural e econômico.
● Os indicadores são:
○ Escolha de brinquedos e jogos;
○ Modalidade do brinquedo;
○ Motricidade;
○ Personificação;
○ Criatividade;
○ Capacidade simbólica;
○ Tolerância à frustração;
○ Adequação à realidade;
● Escolha de brinquedos e jogos: está relacionada com o momento evolutivo
emocional e intelectual em que a criança se encontra
● Modalidade do brinquedo: baseada nas formas de manifestação simbólica de seu
ego e de seus traços de funcionamento psíquico.
● Motricidade: o manejo adequado das possibilidades motoras, no que diz respeito à
integração do esquema corporal, organização da lateralidade e estruturação
espaço-temporal, possibilitará à criança o domínio dos objetos do mundo externo no
campo social, escolar e emocional;
● Personificação: capacidade da criança para assumir e desempenhar papéis no
brinquedo.
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● Criatividade: capacidade de relacionar elementos novos no brinquedo a partir da
reorganização de experiências anteriores. Processo mental de manipulação do
ambiente;
● Capacidade simbólica: Quando a criança utiliza uma variedade de elementos para
se expressar no brinquedo.
● Tolerância à frustração e adequação à realidade: são indicadores que têm
relação com a aceitação ou não das instruções e enquadramento da hora de jogo,
assim como da aceitação dos limites, do próprio papel e do papel do outro, da
separação dos pais, do tempo de início e fim, do resultado dos jogos, etc.
Em resumo:
1. Oferecer espaço para brincar como deseje com o material lúdico disponível
(brinquedos, jogos, material de pintura e desenho).
2. Esclarecer sobre o espaço e tempo de realização das brincadeiras.
3. Explicar sobre os papeis da criança e do psicólogo e sobre os objetivos da atividade
(conhecê-la mais para ajudá-la).
4. Empatia (compreensão das relações simbólicas que a criança estabelece com a
realidade)
Referência
CUNHA, J.A. Psicodiagnóstico – V. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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