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Agentes Antiparasitários → Os anti-helmínticos usados no passado apresentavam reduzido espectro de ação e estreita margem de segurança. → Na década de 1960, foram descobertos os benzimidazóis, com o lançamento do tiabendazol, em 1961. Esses medicamentos, com amplo espectro de atividade, maior eficácia e menor toxicidade, revolucionaram o conceito de anti-helmíntico. Classificação e caracterização dos helmintos - São agrupados em dois filhos. O filo nemathelminthes (nematódeos) e o filo platyhelminthes (cestódios e trematódeos) ENDO → Parasitas que estão dentro do corpo - Nematódeos → Apresentam corpo cilindro, alongado, não segmentado e constituem a classe de maior destaque entre os helmintos, por sua patogenicidade e ampla distribuição geográfica. - Cestódios → Apresentam corpo achatado e segmentado, semelhante a uma fita. → Não causam graves lesões nos animais, mas alguns apresentam alto potencial zoonótico, uma vez que animais domésticos participam da cadeia epidemiológica de zoonoses, como o complexo teníase/cisticercose, em que suínos são hospedeiros intermediários de Taenia solium, e na hidatidose, em cujo ciclo figura o cão como hospedeiro definitivo de Echinococcus granulosus. - Trematódeos → corpo achatado não segmentado → têm aspecto de folha e é um dos parasitos de maior interesse para a Medicina Veterinária, em virtude dos prejuízos causados á bovinocultura e que acomete os gatos. AÇÃO DO HOSPEDEIRO - Perda de peso - Crescimento tardio - Predisposição a outras doenças Obs.: os helmintos causam uma menor absorção e digestão de nutrientes, interferência no fluxo dos alimentos, lesões teciduais, perda de sangue e de proteínas, bloqueio da passagem do ar (alterando as funções orgânicas do hospedeiro). OBS.: A maioria das doenças causadas por helmintos está associada aos nematódeos PROPRIEDADES ANTI-HELMÍNTICOS - Variedade no mercado - Para o medicamento anti-helmíntico ser ideal ele precisa apresentar: • Composição química estável; ação em estágios adultos e imaturos em desenvolvimento ou inibidos; ação em diversas espécies de helmintos; eficácia contra cepas resistentes a outros antihelmínticos; não interferir no estabelecimento da imunidade; fácil administração; uso em dose única ou esquemas de curta duração; boa tolerabilidade pelo hospedeiro; alta margem de segurança (pelo menos seis vezes mais do que dose terapêutica); boa palatabilidade; compatibilidade com outros compostos; ausência de resíduos no leite e nos tecidos que possam requerer um longo período de carência e favorável relação custo/benefício. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS - Compostos Inorgânicos → à base de sais de metais, que foram muito utilizados como medicamentos anticestódios (p. ex., arseniato de chumbo) - Compostos orgânicos naturais: foram principalmente usados no tratamento das helmintoses de aves (p. ex., arecolina) - Compostos orgânicos sintéticos: atualmente os mais utilizados, sendo formado por vários grupos químicos (substitutos fenólicos, salicilanilidas, pirimidinas, benzimidazóis, imidazotiazóis, avermectinas, milbemicinas e derivados da aminoacetonitrila). FORMULAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - Os anti-helmínticos são administrados nos animais por via oral, parenteral ou cutânea. - A baixa solubilidade na água de alguns compostos anti-helmínticos tem sido uma das limitações no desenvolvimento de formulações mais estáveis e não irritantes para a administração parenteral. - Na administração oral são preparações como: - Suspensões ou soluções - Pasta, apresentada em seringas dosificadoras graduadas - Comprimidos - Grânulos ou cubos (indicado para incorporação na ração e aos sais minerais. Difícil controle da quantidade ingerida) As preparações injetáveis de anti-helmínticos são administradas pelas vias subcutânea ou intramuscular, dispersando-se facilmente a partir do sítio de aplicação, sendo um método prático para rebanhos numerosos. Na aplicação cutânea, o medicamento é aplicado na linha do dorso (pour-on) ou na região cervical (spot-on) dos animais. A pele dos animais é rica em folículos pilosos, o que, provavelmente, facilita a maior absorção dos medicamentos ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO - Os parasitos entram em contato com o antihelmíntico pela fração não absorvida da dose, que permanece no sistema gastrintestinal, e pela fração absorvida, que, através da corrente sanguínea, alcança o intestino e outros órgãos. - Os antihelmínticos são absorvidos no estômago e no intestino (preparações orais), pelos tecidos subcutâneo e muscular (preparações injetáveis) e pela pele (pouron/spoton), penetrando na circulação sistêmica, sendo transportados para diferentes tecidos e órgãos, particularmente para o fígado, no qual são biotransformados e, posteriormente, excretados nas fezes e urina. - A biotransformação e a excreção dos antihelmínticos variam entre as espécies animais e podem ser influenciadas pela dose, pela via de administração e pelas propriedades físicoquímicas. - A associação de medicamentos (salicilanilidas e substitutos fenólicos) com proteínas plasmáticas pode ser importante no transporte e na diminuição da velocidade de eliminação pelo organismo, fazendo com que a meiavida do medicamento seja longa. FATORES RELACIONADOS COM A EFICÁCIA DE MEDICAMENTOS ANTI-HELMÍNTICOS - Espécie e estágio do parasito (o parasito no estágio adulto, geralmente, é mais resistente que os em estágios imaturos). - Carga parasitária - Resistência de parasitos aos anti-helmínticos MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS - As bases farmacológicas empregadas no tratamento dos helmintos interferem, principalmente, na produção de energia, na coordenação neuromuscular e na dinâmica microtubular, causando a destruição dos parasitos por inanição, quando são esgotadas suas reservas energéticas, ou a sua morte e expulsão decorrente de paralisia. - Os helmintos obtêm sua energia principalmente por meio da fermentação anaeróbica dos carboidratos. A glicose é o maior substrato para produção desta energia e a diminuição de sua absorção para o interior do parasito resulta na redução dos níveis de ATP e glicogênio e, consequentemente, na morte do helminto - o bloqueio da produção de energia pode estar associado à inibição da enzima mitocondrial fumarato-redutase e da fosforilação oxidativa de ADP em ATP - A interferência na coordenação neuromuscular ocorre quando o antihelmíntico inibe a ação de neurotransmissores excitatório (acetilcolina) ou inibitório (ácido gamaaminobutírico – GABA, glutamato), atuam como agonista de alta afinidade sobre a subunidade alfa de canais iônicos seletivos ao cloro, estimulando os receptores présinápticos da latrofilina ou agindo sobre receptores nicotínicos (nAChR) encontrados apenas em nematódeos, o que resulta em paralisia espástica ou flácida do parasito Grupos Nomes químicos Modo de ação Efeito Interferência no metabolismo energético Benzimidazóis Albendazol Inibição da polimerização de microtúbulos (alterações estruturais da beta tubulina) Paralisia, morte por inanição, ovicida Fembendazol Mebendazol Oxbendazol Oxfendazol Pró- benzimidazóis Febantel Biotransformado in vivo para benzimidazóis Paralisia, morte por inanição, ovicida Substitutos fenólicos Disofenol Desacopladores da fosforilação oxidativa Inanição Nitroscanato Nitroxinila Salicilanilidas Closantel Desacopladores da fosforilação Inanição Nidosamida Grupos Nomes químicos Modo de ação Efeito Interferência na coordenação neuromuscular Imidazotiazóis Levamisol Agonista colinérgico Paralisia espática Tetramisol Pirimidinas Pirantel Agonista colinérgico Paralisia espática Organofosforados Triclorfon Inibidores da acetilcolinesterase Paralisiaespática Piperazina Piperazina Potecialização do GABA Paralisia flácida Avermectinas Abamectina Agonista de alta afinidade sobre canais iônicos seletivos ao cloro Paralisia flácida Doramectina Eprinomectina Ivermectina Selamectina Milbemicinas Milbemicinas Agonista de alta afinidade sobre canais iônicos seletivos ao cloro Paralisia flácida Moxidectina Pirazinoisoquinolona Praziquantel Inibição da bomba Na+ K+, aumenta a permeabilidade da membrana a cátions mono- e divalentes, como cálcio (Ca2+) Paralisia espática Derivados de aminoacetonitrila Monepantel Age sobre uma subunidade (Hco- MBTL-1) dos receptores xc x de acetilcolina nicotínicos (nAChR) especifica de nematódeos. Paralisia espática TRATAMENTO COM DROGAS PARASITICIDAS - Drogas endoparasiticidas → nematódeos, cestodeos, trematódeos - Drogas ectoparasiticidas → carrapatos, pulgas, piolhos e sarnas CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES - Eficácia →capacidade da droga produzir um efeito benéfico - Custo → quanto maior a eficácia maior o custo - Índice terapêutico → está entre a dose letal, a tóxica e a efetiva - Amplo espectro → combate alto (diversos endo e ectoparasitas) - Facilidade de administração → Via oral e via tópica - Tempo de carência (tempo de eliminação de resíduos) → deve ser o menor possível ANTIPARASITÁRIOS - Tem receita simples (algumas carbonadas) Dividido em: Endoparasitas → Helmintos → Protozoários Helmintos - nematódeos - cestódios - trematódeos Protozoarios - Giardia; ancilóstomo; dirofilaria; áscaris; tênia; toxoplasma; anaplasma; babesia; coccidiose; eimeria; histoplasma; capilária. DROGAS ANTIPARASITÁRIAS ORGANOFOSFORADOS → São poucos como endo → Eliminação feita pelo rim → Contraindicado para animais novos e velhos → Não é pra ter efeito colateral → Não devem ser administrado em felinos (pq eles tem deficiência de metabolização por ter poucas enzimas) → Lactantes não podem utilizar pq é excretado pelo leite → ocasiona aborto → Tem IT curto → A droga é limofilica (carrapaticida) → EFEITOS COLATERAIS - Medidas → usar sempre a dose terapêutica - causa excitação, descontrole do SN, salivação, diarreia, secreção no pulmão. - em animais novos causa imaturidade de órgãos e o rim imaturo para a eliminação ocasiona maior micção. - em animais velhos o fígado envelhecido não consegue metabolizar a droga direito → FARMACOS > Triclorform > Haloxon > Diclorvos > Coumafos > Fention Obs.: o diclorvos e o coumafos são os mais utilizados > Malation → muito tóxico. Não é recomendado para uso animal. Mais recomendado como inseticida. Espectro de ação: Antinematodeos, são adulticidas, também são utilizados como ectoparasiticidas. Tem um amplo espectro de ação. Mecanismo de ação: Inibem a ação da acetilcolinesterase irreversivelmente sobre a acetilcolina, evitando a hidrolise deste neurotransmissor, levando a um aumento de acetilcolina na fenda sináptica, com isso causando uma excitação no parasita e consequentemente paralisia espásticas e eliminação do mesmo. Farmacocinética: Absorvido no trato gastrointestinal, biotransformado no fígado e excretado na urina. Efeitos tóxicos: Letargia, anorexia, diarreia, poliúria, vômitos, salivação e tremores musculares e convulsões. Carência: 7 dias. Efeitos tóxicos: Índice de segurança é geralmente pequeno. Necessário ter maior atenção no uso correto das doses. → Os principais efeitos tóxicos nos animais, são: letargia, anorexia, diarreia, polaciúria, vômitos, salivação e tremores musculares. Obs.: o sulfato de atropina reduz parcialmente estes efeitos tóxicos, pois atua apenas como antagonistas de receptores muscarínicos. Pontos importantes: → Não deve ser administrado junto com agentes anticolinesterasicos, levamisole, morantel; → São substâncias lipossolúveis, atravessam as membranas facilmente; → É um grupo de drogas muito eficazes; → Seus efeitos colaterais são muito frequentes; → É um tipo de droga barato; → Se utilizado como endoparasiticidas a via de administração é oral; → Se utilizado como ectoparasiticidas a via de administração é tópica; → Restrições: nefropatas e hepatopatas; → Deixam resíduos na carne e no leite. Posologia - São administrados por VIA ORAL, nas formas de pasta, solução e pellets, ou pela via cutânea, aplicados no dorso do animal AVERMECTINAS E MILBEMICINAS - São derivados macrocíclicos da lactona (as lactonas são potentes produtos ectoparasiticidas) - São classificados em semissintéticos (invermectina e moxidectina) e biossintéticos (doramectina) - A fermentação do fungo Streptomyces gera uma série de compostos similares classificados como “A” e “B”, dependendo da presença dos grupos metoxi (avermectina A) ou hidróxido (avermectina B), no carbono 5 (C5). Estes compostos “A” e “B” podem ter uma ligação dupla entre o C22 e C23 (A1 e B1 ) ou uma ligação simples e um substituinte hidróxido no C23 (A2 e B2 ). São classificados ainda em “a” e “b” quando apresentam no C25 o grupo butil (A1a , A2a , B1a e B2a) ou isopropil (A1b , A2b , B1b e B2b). Das oito avermectinas resultantes do processo de fermentação, quatro, designadas como A1a , A2a , B1a e B2a , são obtidas em maiores quantidades. Os componentes “b” não representam mais do que 20% da mistura total. - A avermectina B1 é conhecida como abamectina, composta por menos de 80% de avermectina B1a (50 dimetil avermectina A1a ) e mais de 20% de avermectina B1b - A hidrogenação da avermectina B1 nas ligações duplas entre C22 e C23 produz a 22,23 dihidroavermectina B1, conhecida como ivermectina. Um grupo ciclohexílico na posição C25 do anel lactônico central origina a doramectina. - As milbemicinas diferem das avermectinas pela ausência de um grupo dissacarídeo no C13 do anel lactônico Nomes genéricos e químicos das avermectinas invermectina: 22,23dihidroavermectina B1a (> 80%) e 22,23dihidroavermectina B1b (< 20%) Abamectina: avermectina B1a (> 80%) e avermectina B1b (< 20%) Doramectina: 25-ciclo-hexil-5-0-dimetil-25-de(1-metilpropil)avermectina A1a Eprinomectina: 4″epiacetilamino4″deoxiavermectina B1 Selamectina: 25ciclohexil25de(1metilpropil)5deoxi22,23di- hidro5(hidroximino)avermectina B1. Nomes genéricos e químicos das milbemicinas Milbemicina: milbemicina A4 (80%) e milbemicina A3 (20%) – 5Odemetil28deoxi6,28epoxi25(1-metiletil)(6R,25R) Moxidectina: (6R, 23E, 25S) – 5Odemetil28deoxi25 [(1E) – 1,3dimetil1butenil] – (metoximino) milbemicin 6,28epoxi23- B ESPECTRO ANTI-HELMÍNTICOS - Apresenta atividade nos estágios adultos e imaturos em desenvolvimento e inibe os nematódeos gastrintestinais e pulmonares de ruminantes, equinos, suínos, e em microfilárias de D. immitis em cães - A abamectina é eficaz no controle de infecções por nematódeos de bovinos e suínos - A eprinomectina é recomendada para ruminantes, sendo eficaz contra formas adultas e imaturas de Nematodirus helvetianus - A doramectina é utilizada apenas em bovinos. - A moxidectina, além de atuar em parasitos de bovinos, age também em nematódeos de equinos - A milbemicina atua contra nematódeos gastrintestinais e em microfilárias de D. immitis em cães - A selamectina é um endectocida para cães e gatos, com espectro de ação sobre nematódeos gastrintestinais e D. immitis (microfilárias e adultos) Obs.: As lactonas macrocíclicas não apresentam atividade sobre cestódios e trematódeos. A ausência de sinapses GABAérgicas periféricas ou de receptores com alta afinidade pode explicar por que estes helmintos não são sensíveis às avermectinas e à milbemicina OBS.: AGE NO RECEPTOR GABA?????? MODO DE AÇÃO - A via oral tem relevante contribuição para absorção destes medicamentos - As lactonas macrocíclicaspotencializam a ação inibidora neuronal no cordão nervoso ventral dos parasitos. Estes medicamentos atuam como agonista de alta afinidade sobre a subunidade α de canais iônicos seletivos ao cloro presentes no parasito. Nos invertebrados, o ligante destes canais iônicos é o glutamato, sendo os receptores denominados GluCl. Os receptores estão localizados em células musculares somáticas, especialmente, da bomba faríngea e do útero e nos seus respectivos neurônios. Quando o medicamento se une a estes receptores, o canal de cloro é aberto, aumentando a condução intracelular do neurotransmissor. Com isso ocorre hiperpolarização da membrana do neurônio resultando em uma paralisia motora do tipo flácida e consequente eliminação do parasito. Farmacocinética: Absorção no trato gastrointestinal, biotransformação no fígado e eliminação principalmente nas fezes e pouco na urina. Efeitos tóxicos: Convulsões, depressão, tremores, ataxia, vômitos, letargia, salivação e midríase. Contraindicação: Cães braquicefalicos, animais jovens, velhos, gestantes, lactantes, gatos e na forma adulta da dirofilaria immitis no coração. Carência: 36 dias. Pontos importantes - São drogas endo e ectoparasiticidas - Só deve tratar a forma imatura da larva - São lipossolúveis, tem a forma parenteral mais usada, mas existe também a forma oral. - O índice terapêutico é curto - Atenção: nos nefropatas, como também nos hepatopatas - A prescrição de ivermectinas e milbemicinas em gatos é de responsabilidade do profissional. Posologia As lactonas macrocíclicas estão disponíveis em solução para aplicação subcutânea, intramuscular, transdérmica (pour-on) e oral. São também apresentadas em pasta e bólus para aplicação oral e intrarruminal, respectivamente. Para suínos, existe uma formulação premix contendo 0,6% de ivermectina, que é estável por 3 meses. As doses usadas das avermectinas e milbemicinas BENZIMIDAZOIS Farmacos → Albendazole → Flebendazole → Fluobendazole → Mebendazole → Tiabendazole → Fembendazole → Luxabendazole → Oxibendazole → Parbendazole → Triclabendazole Espectro de ação: São Antinematodeos; anti cestodeos e Antitrematodeos, porem são principalmente Antinematodeos intestinais e pulmonares das formas adultas. Mecanismo de ação: Por ligação à tubulina, a subunidade estrutural proteica dos microtúbulos, essa ligação modifica o padrão da sua despolarização para a formação dos microtúbulos, interrompendo na função celular, como divisão mitótica, a montagem proteica e o metabolismo energético (metabolismo da glicose), matando os parasitos por inanição. → Os anti-helmínticos benzimidazóis se ligam à β-tubulina, ocasionando o capeamento e a inibição da formação adicional de microtúbulo. O efeito resultante é a inanição do parasita devido à inibição da absorção de glicose, à secreção de proteína e à produção de microtúbulo. Também, ocorre redução da atividade enzimática, como a secreção de acetilcolinesterase e o catabolismo de carboidrato pelo sistema fumarato redutase. Como o modo de ação de todos os benzimidazóis mencionados é semelhante (todos interferem na proteína receptora de β-tubulina), ocorre ampla reação cruzada entre os membros deste grupo de drogas. Farmacocinética: Eliminação nas fezes. Principalmente e quando absorvidos são biotransformado no fígado e excretado na urina. Efeitos tóxicos: Pode causar malformação no animal jovem. Contraindicação: Animais gestantes e lactantes. Carência: 27 dias Pontos importantes: - É considerado um grupo de drogas seguro, recomendado para animais jovens; - Administrar por via oral; - Não precisa sofrer absorção; biotransformação e distribuição, pois só precisa ter contato direto com o parasito para matá-lo; - Possui um alto índice terapêutico; - Não é recomendado para animais gestantes e lactantes, porém caso precise-se utilizar um endoparasiticidas, o mais seguro será os Benzimidazois; - Para os animais hepatopatas a droga de eleição para combater endoparasitas será os Benzimidazois - É recomendado para neonatos PRO-BENZIMIDAZOIS Fármaco: Febantel; Netobimina; Tiofanato → Espectro de ação, Mecanismo de ação e efeitos tóxicos igual aos benzimidazois. Farmacocinética: Absorção no trato gastrointestinal e biotransformado no fígado serão os benzimidazois, a excreção será renal. Contraindicação: Animais jovens, velhos, gestantes, lactantes e hepatopatas PIRAZINOISOQUINOLONAS Farmacos - Epsiprantel - Praziquantel → O mais importante princípio ativo deste grupo é o praziquantel. Espectro de ação: Anticestodeos nas fases adulta e larval, mas principalmente adulto (adulticidas); Mecanismo de ação: Tem efeito no parasita sobre o potencial de mambrana das células musculares, promovendo a inibição da bomba de Na+ k+, aumentando a permeabilidade da membrana a certos cátions, principalmente o cálcio, o que resulta na contração muscular paralitica (paralisia espástica), e além disso interfere no metabolismo dos carboidratos, sendo assim interferindo no aporte energético e matando o parasito por inanição Farmacocinética: - O praziquantel é estável em condições normais, insolúvel em água, solúvel em etanol e em alguns solventes orgânicos, como o clorofórmio - São absorvidos no TGI (75 a 100% ocorre principalmente na porção inicial do intestino delgado, em 24 h, após administração oral, mas sua biodisponibilidade é variável e aumentada quando interage com os alimentos - Metabolizados no fígado (O efeito de primeira passagem pelo fígado é significativo, com pequena porção permanecendo na circulação. Com a dose terapêutica de 5 mg/kg, observase concentração plasmática máxima em 30 a 120 min, e os metabólitos ativos são distribuídos rapidamente nos tecidos, sendo eliminados após 4 a 6 h) e excretados na urina e fezes (principalmente na urina) Efeitos tóxicos: Nauseas, vômitos e cólicas; Contraindicações: Animais jovens, velhos, gestantes e lactantes. Pontos importantes: Se comparado com os Benzimidazois seu índice terapêutico é pequeno, porém se comparado com os organofosforados e Avermectinas, seu índice terapêutico é grande; essas drogas na maioria das vezes são recomendadas por via oral, porém é encontrada drogas que são administradas pela via parenteral (via subcutânea). Posologia → A dose de 5 mg/kg, oral, é recomendada para o tratamento de cestódios em cães e gatos. → Os medicamentos estão disponíveis em comprimidos ou tabletes para administração oral. → O praziquantel é também formulado como solução para uso parenteral, sendo utilizados no máximo 3 m ℓ por local de aplicação, e transcutâneo (spoton) para gatos. → O uso concomitante com dexametasona reduz sua eficácia. → A formulação em pasta de ivermectina e praziquantel para equinos, na dose de 1 mg/kg, é efetiva para Anoplocephala perfoliata, nematódeos gastrintestinais e Gasterophilus spp. → A dose subcutânea de 50 mg/kg de praziquantel controla a infecção por cisto de Taenia hydatigena e T. ovis em ovinos. Uma única dose de 0,15 m ℓ /kg e de 10 mg/kg administrada, respectivamente, pela via intramuscular ou oral, em frangos resultou na eliminação de Raillietina tetragona, R. cesticillus e Amoebotaenia cuneata. → O praziquantel é o medicamento de escolha no tratamento contra Platynosomum illiensis, o trematódeo que parasita ductos biliares de gatos, na dose diária de 20 mg/kg via oral por 3 a 5 dias. SUBSTITUTO FENÓLICOS Farmacos: - Disofenol - Nitroscanato - Closantel - Nitroxinil - Niclofolan Espectro de ação: São anticestodios, Antitrematodeos e antinematodeos hematófagos; Mecanismo de ação: Interferência no metabolismo respiratório dos helmintos, bloqueando a produção de energia por inibição da fosforilação oxidativamitocondrial, interferindo na produção energética do parasita, e, com o esgotamento de suas reservas energéticas, os parasitos morrem por inanição; Farmacocinética: A biotransformação ocorre no TGI e no fígado. O medicamento e seus metabolitos são eliminados principalmente pelas fezes, através da via biliar; Efeitos tóxicos: Perda de apetite e diarreia, doses altas podem causar cegueira, hipertermia, convulsões e taquicardia; Contraindicação: Animais jovens, velhos, gestantes, lactantes e hepatopatas; Carência: 30 dias. Obs.: Possuem baixo índice terapêutico. ACABOU O AR......... TETRAIDROPIREMIDINAS Farmacos: - Pirantel - Morantel - Oxantel Espectro de ação: São Antinematodeos gastrointestinais nos estágios adulto e imaturos, Antinematodeos pulmonares de ruminantes e também são Antitrematodeos trichuris em cães; Mecanismo de ação: São agonistas colinérgicos (interfere no sistema neuromuscular), atuando em receptores nicotínicos promovendo uma despolarização da membrana plasmática fazendo com que o músculo do parasita fique paralisado. - Essa droga age de forma seletiva nos receptores nicotínicos de helmíntos, porque estes são bem diferentes dos receptores dos mamíferos, e por esse motivo tem uma ação seletiva com poucos efeitos adversos no hospedeiro. → A despolarização é a primeira fase do potencial de ação na Fisiologia Geral. Durante essa fase, ocorre um significativo aumento na permeabilidade aos íons sódio na membrana celular. Isso propicia um grande fluxo de íons sódio de fora para dentro da célula por meio de sua membrana por um processo de difusão simples Farmacocinética: Pouco absorvido no trato gastrointestinal, mas o que é absorvido sofre biotransformação no fígado, são excretados maior parte nas fezes de forma inalterada e quando metabolizados são excretados na urina; Efeitos tóxicos: Vômitos e cólicas; Contraindicações: gestantes; Carência: 14 dias Pontos importantes: - O índice terapêutico é largo - O uso pode ser feito em animais jovens, velhos; - A apresentação é oral, em várias formas IMIDAZOTIAZOIS Farmacos - Levamisole - Tetramisole Espectro de ação: Possui atividade sobre estágios adultos e imaturos em desenvolvimento de nematódeos gastrointestinais e pulmonares de ruminantes, suínos, equinos e aves. No cão tem eficácia sobre microfilarias de dirofilaria immitis. São estimulantes do sistema imunológico. Mecanismo de ação: São agonistas colinérgicos (interfere no sistema neuromuscular) que atuam sobre os receptores nicotínicos sinápticos e extras sinápticos das membranas células musculares dos helmintos, aumentando a condução de sódio e despolarização da membrana, causando a contração muscular e paralisia espástica. Farmacocinética: São bem absorvidos no TGI, sofrem biotransformação no fígado e excreção na urina. Efeitos tóxicos: Convulsoes, tremores musculares, ataxia, salivação. Contraindicação: Animais jovens, velhos, gestantes, lactantes. Não pode ser associado com os organofosforados. Carência: 7 dias. ANTIPROTOZOÁRIOS - Via oral de preferência - Muitos dias de tratamento - Os protozoários são um grupo especial de parasitos unicelulares que pertencem ao reino Protista, subreino Protozoa, que podem reproduzirse sexuada ou assexuadamente, e vivem livremente ou como parasitos do homem e dos animais - Eles têm distintas etapas no ciclo biológico, sendo o trofozoíto a forma mais ativa na qual se alimenta, se movimenta e exerce sua ação patogênica Protozoários: Giárdia, eimeria, toxoplasma, histoplasma, babesia, coccídeos, erliquia, tricomonas, anaplasma METRONIDAZOL - Seu nome químico é 1(αhidroxietil)2metil5nitroimidazol Espectro de ação: Eficaz na giardíase, tricomoníase e eimeriose, e também um antibacteriano de ação sobre os anaeróbios e aeróbios. Mecanismo de ação: Após entrar na célula-alvo, interage com o DNA do protozoário, ocasionando perda de sua estrutura helicoidal e quebra das alças dessa estrutura, portanto interrompendo a síntese do DNA do parasito; - Pelo fato de ser pouco solúvel em água e etanol, recomendase sua administração por via oral Farmacocinética: Absorvido no TGI e metabolizado no fígado e excretado na urina e fezes. Efeitos tóxicos: Ataxia, tremores, nistagmo vertical, opistotono, espasmos da musculatura lombar e dos membros posteriores e cauda caída, sonolência, letargia; Contraindicação: Cuidado com femeas gravidas, administrado apenas em solução Pontos importantes: • Mais antiga do mercado • Maior espectro de ação • Tratamento nas diversas espécies de animais • É uma substancia lipossolúvel • A administração é oral (principalmente para tratar protozoários) • Quando a administração por via parenteral, deve-se ser administrado lentamente; • É uma substancia fotossensível; • Normalmente a terapia chega até 15 dias • Intervalo de administração 12/12 h • Via peritoneal em casos de peritonite Doses: - O tratamento da tricomoníase bovina é efetuado com metronidazol na dose de 75 mg/kg, por via intravenosa, dividida em três doses a intervalos de 12 h - No caso de touros, além da administração oral, recomenda- se o uso tópico de pomada à base de metronidazol a 5% precedida de uma ducha uretral com 30 mℓ de uma solução de metronidazol a 1% - Para tratamento da giardíase em cães, o metronidazol é empregado na dose de 25 mg/kg, 2 vezes/dia, durante 5 dias. Para gatos a dose é de 12 a 25 mg/kg, 2 vezes/dia, durante 5 dias Obs.: Cães tratados com altas doses de metronidazol tendem a apresentar sinais de intoxicação com consequente disfunção do sistema nervoso central, traduzindose clinicamente por ataxia, tremores, nistagmo vertical, opistótono, espasmos da musculatura lombar e dos membros posteriores e cauda caída. TETRACICLINA Fármacos: Doxiciclina, oxidotetraciclina, tetraciclina, minociclina, Clortetraciclina, Aminociclina, Betaciclina Espectro de ação: Erliquiose, anaplasmose e babesiose (em 2° escolha), são também antibacterianos. Amplo espectro de ação; - Receita carbonada em todos Mecanismo de ação: As tetraciclinas são antibióticos bacteriostáticos que inibem a síntese proteica dos microrganismos sensíveis, ligando-se aos ribossomos, ligam- se reversivelmente à subunidade 30S do ribossomo do microrganismo, impedindo que o RNA transportador (RNAt) se fixe ao ribossomo e, com isto, a síntese proteica seja inibida; Farmacocinética: Absorção no TGI e biotransformação hepática e excreção renal e nas fezes. Efeitos tóxicos: Manifestações gastrintestinais (náuseas, vômitos, diarreia), quando administrado por via oral, e quando administrados por via intramuscular e subcutâneo provocam dor no local da injeção, causa efeitos cardiovasculares (arritmias), deformação ósseos no feto, insuficiência renal, e febre farmacológico; Contraindicação: Animais jovens, gestantes e lactantes, além de gatos. Pontos importantes: • Tratamento de 21 a 30 dias para babesiose e anaplasmose; • Tratamento de 21 a 60 dias para erliquiose; • Intervalo de 12/12 horas; • Existe a oxido tetraciclina LA (longa ação) pela via parenteral: intramuscular (mantem a característica de longa ação) no intervalo de 72 horas. • A via subcutânea não é recomendada, causa necrose; • As tetraciclinas não podem ser administradas com alimentos, o intervalo tem que ser de pelo menos duas horas antes ou depois da administração do medicamento; • O período de carência é longo; • Todos são eficazes. • Obs.: A eliminação da doxiciclina não envolve a excreção renal, o que permite que seja empregado em infecções sistêmicas em cães e gatos com insuficiência renal. • Amplo índice terapêutico. Obs.: As tetracidinas estão associadas com as diamidinas - As tetraciclinas se ligamformando um complexo quelado para ser eliminado OBS!!! Tetraciclina não pode ser administrada para gatos porque causam febre farmacológica grave. DIPROPIONATO DE IMIDOCARB (IMIZOL) Espectro de ação: Ação contra babesiose e pouco contra Anaplasma; Mecanismo de ação: Parece que atua no núcleo do parasito, promovendo alterações no seu número e tamanho, e no citoplasma. Farmacocinética: Metabolizado no fígado e excretado na urina Efeitos tóxicos: Excitabilidade, midríase, cegueira temporária e desorientação; Contraindicação: Animais jovens, gestantes, lactantes e animais com problemas neurológicos e oculares. Pontos importantes: • Só existe a via de administração subcutânea • Administração a cada 7 dias • Período de carência: 30 dias • Dose: no cão: 2 a 3 mg/ kg DIAMIDINAS - Anaplasma, babesia e tem efeitos na erliquia também. - Principal representante é o diminazeno Mecanismo de ação: Interferem na glicólise aeróbica do parasito e na sua síntese do ácido desoxirribonucleico (DNA), o que explicaria as degenerações observadas nos mesmos, logo após instituição efeitos colaterais: tremor muscular, salivação, diarreia, queda da pressão sanguínea e pulso acelerado do tratamento. A dose terapêutica para bovinos é de 3,5 mg/kg, por via subcutânea ou intramuscular. Para equinos, a dose preconizada é de 5 mg/kg, por via intramuscular, por 2 dias consecutivos, devendo essa dose ser rigorosamente controlada. Para cães recomenda-se uma única dose de 5 mg/kg, por via intramuscular ou subcutânea. Toxicidade: tem-se que doses terapêuticas múltiplas em cães podem causar lesões nervosas graves, principalmente no nível do cerebelo, mesencéfalo e tálamo, além de degeneração gordurosa no fígado, rins, miocárdio e musculatura esquelética. Em bovinos, as degenerações gordurosas são mais intensas, ao passo que as lesões nervosas podem passar despercebidas. Não se conhece exatamente como as diamidinas atuam no organismo dos equinos. QUINOLONAS - Para infecções resistentes - Subcutâneo / 7 dias Farmacos: - Ácido nalidixico - Norfloxacina - Ciprofloxacina - Trovofloxacina - Enrofloxacina - Difloxacina - Orbifloxacina - Marbofloxacina Espectro de ação: Ação contra eimeriose e coccidiose, são também antibacterianos; Mecanismo de ação: Agem no DNA das células inibindo a DNA girasse impedindo o enrolamento da hélice de DNA em uma forma super espiralado, matando os protozoários e bactérias; Farmacocinética: Biotransformação no fígado e excreção na urina e bile; Efeitos tóxicos: Danos na cartilagem articulares de cães jovens e potros, efeitos teratogênicos, degeração da retina em felinos (enrofloxacina), causa calcificação da epífise, interferindo no crescimento; Contraindicação: Animais em crescimento (jovens), gestantes e lactantes. Pontos importantes: • Procura-se utilizar a via oral, pois o período de tratamento é muito longo; • Existe apresentações no mercado que pode administrar a cada 24 horas. AMPROLIO - Mais utilizado para aves Espectro de ação: Ação contra eimeriose e coccidiose Mecanismo de ação: O amprolio atua na regulação da absorção de tiamina pelos protozoários, portanto causando diminuição desta substância que é essencial para a vida do protozoário. Obs.: tiamina é uma importante coenzima na geração de ATP celular Farmacocinética: Biotransformação hepática e excreção renal. Efeitos tóxicos: Distúrbios do trato gastrointestinal, diarreia e vomito Contraindicação: Aves de postura em produção Pontos importantes: • Não é muito utilizado • É prescrevido geralmente associado • Normalmente é administrado pela via oral, na maioria das vezes nas raçoes para aves, ovinos e caprinos. SULFAS - É muito comum ocorrerem intoxicações nas aves domésticas devido ao uso frequente deste antimicrobiano no tratamento da coccidiose e algumas infecções bacterianas, porque os níveis tóxicos da sulfaquinoxalina são muito próximos dos níveis terapêuticos nas aves Farmacos: - Sulfanamida - Sulfamexazol - Sulfaquinoxalina - Sulfacetamina - Sulfametazina - Sulfadimetoxina - Sulfacetamida Espectro de ação: Tem ação contra amebas, giárdias, Eimeria, coccidiose e é antibacteriano gram positivo e alguns gram negativo. Mecanismo de ação: Inibidores de uma enzima chamada de di-hidropteroato sintetase ou redutase (quando estiver em associação), inibindo assim a formação do ácido fólico e assim inibindo a síntese do RNA e DNA do protozoário. Farmacocinética: Absorção no trato gastrintestinal, biotransformada no fígado e excreção na urina. Efeitos tóxicos: Graves enterites, formação de cristais no trato urinário, causando a formação a formação de cálculos. Contraindicação: Animais jovens, gestantes, lactantes e uso com cautela em animais com problemas gastrointestinais e nefropatas. Pontos importantes: - São considerados antimetabolicos; - Possuem várias formas de administração, porém a melhor forma é a oral; - Podem vir acrescido em raçoes de diversas espécies animais, mas como Antiprotozoarios; - Normalmente as sulfas vem associadas a outras drogas, exemplo, trimetropim; - A toxicidade das sulfas quando é aguda o animal pode apresentar como sintomas, aumento de salivação, diarreia, hiperpneia, excitação, fraqueza muscular e ataxia. TRIMETROPIM (DIAMINOPIRIMIDINA) - Usado em associação Sulfametoxazol + trimetoprim Mecanismo de ação: atua inibindo a enzima di-hidrofolato redutase responsável pela transformação do ácido fólico, inibindo assim a síntese de DNA e RNA bacteriano. Farmacocinética: Absorção no TGI, biotransformado no fígado e excreção na urina; Efeitos tóxicos: Iguais à da sulfa -- Obs.: pirimidinas interferem no sistema neuro muscular