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2007-tcc-fjscarvalho

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA 
ACOMPANHAMENTO DO CULTIVO DE TILÁPIA DO NILO, EM TANQUES-
REDE, REALIZADO NA FAZENDA JARAMATAIA, MARANGUAPE/CE 
FERNANDO JARDAS DE SÁ CARVALHO 
Relatório de estágio supervisionado apresentado ao 
Departamento de Engenharia de Pesca do Centro de 
Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, como 
parte das exigências para a obtenção do título de Engenheiro 
de Pesca. 
FORTALEZA — CEARÁ — BRASIL 
JULHO/2007 
ORIENTADOR: 
Profa. Eleni Gonçalves de Oliveira, D.Sc. 
Presidente 
ORIENTADOR TÉCNICO: 
Jaime Pinheiro de Almeida 
Médico Veterinário 
COMISSÃO EXAMINADORA: 
Prof. Israel Hidenburgo Aniceto Cintra 
Membro 
Profa. Erivânia Gomes Texeira 
Membro 
VISTO: 
Prof. Moisés Almeida de Oliveira, D.Sc. 
Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca 
Prof. Raimundo Nonato de Lima Conceição, D.Sc. 
Coordenador do Curso de Engenharia de Pesca 
Fernando
Retângulo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação 
Universidade Federal do Ceará 
Biblioteca Universitária 
Biblioteca Central do Campus do Pici Prof. Francisco José de Abreu Matos 
 
C323a Carvalho, Fernando Jardas de Sá. 
 Acompanhamento do cultivo de Tilápia do Nilo, em tanquesrede, realizado na 
fazenda Jaramataia, Maranguape/Ce / Fernando Jardas de Sá Carvalho. – 2007. 
26 f. : il. color. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, 
Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 2007. 
 Orientação: Profa. Dra. Elenise Gonçalves de Oliveira. 
 Orientação técnica: Bel. Jaime Pinheiro de Almeida. 
 
 
 1. Tilápia (Peixe) - Brasil, Nordeste. 2. Tilápia do Nilo - Cultivo. 3. Engenharia de 
Pesca. I. Título. 
 
 
CDD 639.2 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Primeiramente a Deus, pela oportunidade de concluir este curso. 
A minha orientadora a Professora Elenise Gonçalves de Oliveira pela paciência e o 
auxílio na elaboração do trabalho. 
Ao meu orientador técnico Jaime Pinheiro de Almeida, pela atenção que me 
dedicou. 
A fazenda Jaramataia por ter permitido a realização do estágio em suas 
instalações. 
Aos funcionários, principalmente ao Engenheiro de Pesca Alisson Paulino, pela 
atenção e o empenho que demonstraram na transmissão dos seus conhecimentos. 
Dedico aos meus pais João Batista de Carvalho e Maria de Sá Carvalho, que 
compartilharam dos meus ideais, incentivando-me a prosseguir na jornada, fossem quais 
fossem os obstáculos; que sempre estivaram ao meu lado lutando comigo, dedico a 
minha conquista com a mais profunda admiração e carinho. 
Ao meu padrinho José Maria Torres, pelo incentivo e dedicação que me fez vencer 
essa batalha importante e seguir em frente, buscando sempre um ideal maior. 
A toda minha família, pela compreensão e ajuda nos momentos em que mais 
precisei. 
A minha namorada Ivonete Cosme de Sousa e mãe de minha filha Maria Giovanna 
de Sousa Carvalho, por me ajudar a realizar este sonho. 
Aos meus amigos, que nos momentos difíceis me deram apoio. 
11 
SUMÁRIO 
Página 
AGRADECIMENTOS 	 i 
LISTA DE FIGURAS 	 iii 
LISTA DE TABELAS 	 iv 
LISTA DE QUADROS 	 v 
RESUMO 	 vi 
1. INTRODUÇÃO 	 1 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 	 4 
2.1 Biologia e Ecologia 	 4 
2.2 Produção 	 6 
3. CONDUÇÃO DO ESTÁGIO 	 8 
3.1 Caracterização e Período do Estágio 	 8 
3.2 Atividades Desenvolvidas 	 9 
3.3 Infra-Estrutura Para a Fase de Crescimento/Terminação 	 9 
3.3.1 Tanques-rede 	 9 
3.3.2 Plataforma de manuseio 	 11 
3.3.3 Depósito de Ração 	 12 
3.4 Manejo na Fase de Recria/Terminação 	 13 
3.4.1 Estocagem dos Peixes nos Tanques-Rede 	 13 
3.4.2 Manejo Alimentar 	 14 
3.4.3 Biometria 	 16 
3.4.4 Despesca e Comercialização do Produto 	 17 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 	 19 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 	 20 
LISTA DE FIGURAS 
Página 
Figura 1 	Vista parcial da fazenda Jaramataia em Maranguape/CE, 
observar o açude onde ficam instalados os tanques-rede e 
a disposição destes 	8 
Figura 2 	Tanque-rede usado para estocagem de tilápia na fase de 
terminação na fazenda Jaramataia 	9 
Figura 3 	Plataforma de manuseio em formato de U e construída 
com tabiques de madeira 	11 
Figura 4 	Posicionamento dos estrados de madeira no depósito de 
ração, com distância mínima de 20 cm da parede e do 
chão 	12 
Figura 5 	Empilhamento da ração sobre os estrados de madeira no 
depósito de ração 	12 
Figura 6 	Fornecimento de ração para tilápia do Nilo estocada em 
tanques-rede na Fazenda Jaramataia, Maranguape, CE 	15 
Figura 7 	Pesagem dos peixes para acompanhamento da curva de 
crescimento e reajustes de ração 	16 
Figura 8 	Tanque-rede suspenso parcialmente na plataforma para 
realização da despesca 	17 
iii 
LISTA DE TABELAS 
página. 
Tabela 1 	Principais parâmetros físico-químicos exigidos para 	5 
a produção de tilápia em comparação com outras 
espécies. 
iv 
LISTA DE QUADROS 
página. 
Quadro 1 	Programa alimentar utilizado para tilápia do Nilo, a 	14 
niloticus, criadas em tanques-rede na Fazenda 
Jaramataia, Maranguape, CE. 
v 
RESUMO 
O presente Estágio Supervisionado foi concluído na fazenda Jaramataia/CE, 
no período de julho a outubro 2006, objetivando acompanhar as práticas de manejo 
da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), durante a fase de crescimento/terminação 
em tanques-rede, com vistas à capacitação profissional. A fazenda localiza-se em 
Maranguape/CE e dispõe de viveiros e um açude com área de espelho d'água de 60 
ha, onde são instalados os tanques-rede destinados à fase de crescimento e 
terminação. Na fazenda as tilápias destinadas à comercialização para consumo são 
estocadas em tanques-rede de 4m3 de volume útil (2,0x2,0x1,20 m), ficando na 
densidade de 165 peixes/m3. Antes da estocagem os peixes são selecionados para 
uniformização do lote, devendo este apresentar peso médio de 30 g. Os peixes são 
alimentados com ração comercial extrusada com 35 e 32 % de PB, na taxa de 6 a 
1,75% do peso vivo/dia, 3 vezes/dia. Após 120 dias de cultivo o peixe atinge peso 
médio de 600g, sendo comercializados vivos ou abatidos (sacrificados por choque 
térmico) no próprio local a vendedores de porta-em-porta, a um valor de R$ 3,80. As 
observações feitas levam a dizer que o cultivo de tilápia na fazenda é viável; que os 
bons resultados obtidos na produção são decorrentes da seleção da espécie, 
aprimoramento das estruturas de cultivo e das técnicas de manejo e, por fim, que o 
estágio supervisionado na fazenda Jaramataia contribuiu de forma significativa para 
a ampliação dos conhecimentos teóricos e práticos, o qual resultará, com certeza, 
em um melhor desenvolvimento da carreira profissional. 
vi 
1 
ACOMPANHAMENTO DO CULTIVO DE TILÁPIA DO NILO, EM TANQUES-REDE, 
NA FAZENDA JARAMATAIA, MARANGUAPE/CE 
FERNANDO JARDAS DE SÃ CARVALHO 
1. INTRODUÇÃO 
A aqüicultura pode ser definida como o cultivo dos seres que têm na água o 
seu principal ou mais freqüente ambiente de vida. Desta forma abrange não só os 
organismos estritamente aquáticos, mas também os que passam menor tempo de 
sua existência em terra, principalmente animais que podem ser utilizados para a 
alimentação humana (CAMARGO; POUEY, 2005). 
Segundo Huet apud Tiago (2002), historicamente a prática da aqüicultura é 
muito antiga. Pinturas egípcias mostram cenas de pesca e piscicultura; os romanos 
criavam organismos aquáticos em viveiros; e depois de séculos, nos países da 
região indo-pacífica (primeiramente a China). A partir do século XV desenvolveu-se 
a aqüicultura na Europa Central e Ocidental, na América do Norte, na África Central 
e, por fim, na América Latina e no Oriente Médio. 
De acordo com Borghetti et aI. (2003) a piscicultura no Brasil, data da invasão 
holandesa no Nordeste brasileiro, no século XVIII, os quais construíam viveiros. Na 
década de 30 do século passado a piscicultura brasileira ganhouprojeção 
internacional quando Rodolfo von lhering desenvolveu uma técnica para induzir 
reprodução de peixes reofílicos criados em viveiros. 
Borghetti et aI. (op. cit.) comenta, também que nas décadas de 30 e 40 foram 
introduzidas no Brasil a carpa comum, a tilápia do Nilo e a truta arco-íris e que, na 
região Nordeste, também a partir da década de 30, a piscicultura começou a ganhar 
forças a partir do povoamento de açudes públicos, construídos primariamente para 
armazenar água, mas que também se prestavam à pesca pelas populações 
ribeirinhas e à piscicultura. Nas décadas de 60 e 70 foi que começou a piscicultura 
como fonte de complementação da renda nas pequenas propriedades e, na década 
de 90, com o advento dos pesqueiros (pesque-pague), a atividade vivenciou um 
verdadeiro "bloom". 
2 
O Brasil, devido ao seu tamanho e riqueza de suas bacias hidrográficas, é um 
país privilegiado no cenário da aqüicultura com destaque para a bacia Amazônica, a 
qual contabiliza mais de 20% de toda a reserva de água doce mundial. Existem 
também mais de cinco milhões de hectares em represas artificiais usadas para a 
geração de energia (hidrelétricas) e o controle da seca na região do Nordeste, além 
de uma extensa costa com mais de oito mil quilômetros de extensão apropriada para 
a aqüicultura marinha (ROUBACH et al., 2003). 
Segundo Gurgel (2001) cerca de 20.000 espécies de peixes vivem nos mais 
diferentes ecossistemas aquáticos do mundo, das quais, 59% são marinhas e 41% 
de águas doces. Surpreendentemente nos ambientes de águas doces, que 
correspondem a apenas 1% da superfície terrestre, há uma maior diversidade de 
espécies, em termos relativos, enquanto os oceanos, que ocupam 70% do globo, as 
11.800 espécies marinhas estão distribuídas largamente em todos os mares e 
oceanos. O mesmo autor observa, também, que das 8.000 espécies de água doce 
existentes no mundo, 60% delas têm como habitat a bacia amazônica. Nessa 
perspectiva, Roubach et al., (2003) relatam que uma outra característica brasileira 
importante é o número e a diversidade de espécies cultivadas, com mais de 64. 
Além das espécies nativas o Brasil conta também com espécies exóticas 
como a tilápia nilótica (Oreochromis niloticus) originária dos rios e lagos africanos. 
Esta espécie vem ocupando lugar de destaque na piscicultura em tanques-rede, por 
ser uma espécie precoce e apresentar um bom desempenho em sistemas intensivos 
de produção (PROENÇA; BITTENCOURT, 1994). De acordo com Popma; Lovshin 
(1996), a tilápia é hoje o grupo de peixes mais cultivado no mundo, ficando logo 
atrás das carpas. 
A piscicultura em tanques-rede se caracteriza como um sistema de produção 
superintensivo, no qual os peixes são confinados em altas densidades, em 
estruturas dimensionadas para que permitam grandes trocas de água com o 
ambiente onde estão implantadas (TEIXEIRA; ANDREA, 2003). A produção de 
peixes em tanques-rede possibilita o pronto aproveitamento de parte dos recursos 
hídricos disponíveis, o que abre grandes perspectivas para uma rápida expansão da 
piscicultura industrial no Brasil (KUBITZA; ONO, 2003). 
O cultivo de peixes em tanques-rede no Brasil se intensificou na década de 
90, com a produção baseada em espécies nativas como tambaqui e pacu e exótica 
como a tilápia nilótica. Anteriormente, as tilápias utilizadas nos criatórios eram 
3 
descendentes dos primeiros exemplares introduzidos no Brasil e não eram 
submetidas a processos de reversão sexual, o que dificultava a intensificação da sua 
produção. A partir de meados da década de 90, conforme lembram Zimmermann 
(2004), com a introdução de linhagens melhoradas e com o domínio da reversão 
sexual, foi possível obter populações monosexo, capaz de atingir tamanho comerciai 
em menor espaço de tempo, melhores índices de produtividade e menores 
problemas decorrentes do aumento populacional. 
Na atualidade as preocupações dos segmentos que compõe a cadeia da 
tilapicultura, conforme ressalta Ribeiro (2000) vão além da intensificação dos 
cultivos. Neste sentido, é imprescindível que o sistema de produção esteja voltado 
para o desenvolvimento sustentado, de forma a minimizar o impacto ambiental 
destas criações e a concorrência com outros setores pelo uso da água. 
A tilapicultura cearense vem adquirindo característica intensiva e 
superintensiva, com a adoção de cultivos em tanques-redes, onde os peixes são 
estocados em altas densidades e alimentados com rações balanceadas (SILVA, 
1998). Coopera para este aspecto o fato do Estado dispor de unidades públicas e 
privadas de produção de alevinos de boa qualidade, reservatórios ainda com 
potencial a ser explorado e insumos básicos necessários ao desenvolvimento da 
piscicultura. A qualificação de profissionais na área, certamente também é um fator a 
ser considerado no desenvolvimento desta atividade. 
Diante do exposto com a realização do presente Estágio Supervisionado o 
objetivo foi acompanhar as práticas de manejo da tilápia do Nilo (Oreochromis 
niloticus), durante a fase de crescimento/terminação em tanques-rede em uma 
fazenda comercial, com vistas à capacitação profissional. 
4 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 Biologia e ecologia 
As tilápias de importância comercial estão divididas em três principais grupos 
taxonômicos, distinguidos basicamente pelo comportamento reprodutivo. São eles o 
gênero Tilapia (os peixes incubam seus ovos em substratos), Oreochromis (a fêmea 
incuba os ovos na boca) e Sarotherodon (ambos, macho ou fêmea incubam os ovos 
na boca) (PANORAMA DA AQO !CULTURA, 1995). 
No mundo são conhecidas mais de 70 espécies de tilápias. No entanto, apenas 
quatro delas contribuem de maneira significativa para a composição do pool genético 
de tilápia hoje utilizado nos cultivos comerciais em todo o mundo: a tilápia do Nilo 
(Oreochromis niloticus), a tilápia azul (Oreochromis aureus), a tilápia de Moçambique 
(Oreochromis mossambicus) e a tilápia de Zanzibar (Oreochromis. uroleps hornorum) 
(KUBITZA, 2005). 
As principais espécies de Oreochromis utilizadas em aqüicultura possuem um 
dicromatismos e um dimorfismo sexual marcante. Os machos são maiores do que as 
fêmeas da mesma idade e possuem uma coloração mais intensa na época de 
reprodução. Esta vantagem do tamanho do macho associada ao problema do excesso 
de população da tilápia, devido à elevada freqüência reprodutiva, estimulou a 
utilização de hormônios e a hibridação para a produção de populações monosexo 
masculino, em particular nos sistemas de produção intensiva (FERNANDES, 1998; 
KUBITZA, 2000). 
Na reprodução da tilápia do Nilo (O, niloticus), o macho polígamo escava ninho 
no fundo do viveiro, em águas geralmente com menos de 1m de profundidade. Após 
breve ritual de acasalamento, a fêmea desova no ninho (1 a 2 ovos/g de peso 
corporal), incubando-os na boca, depois de fecundados, externamente. Após a 
incubação dos ovos durante 1 a 4 dias, as fêmeas continuam a proteger os alevinos 
que regressam à sua boca quando surge algum problema ou à sua chamada. Devido 
às fêmeas não se alimentarem durante o período de incubação, segue-se uma fase de 
5 
alimentação intensa durante 2 a 4 semanas, antes da próxima desova (PANORAMA 
DA AQUICULTURA, 1995). 
Fernandes (1998) afirma que a tolerância das tilápias a uma grande amplitude 
de parâmetros ambientais permitiu a colonização de variados meios aquáticos. O autor 
afirma ainda que, as tilápias têm a capacidade de adaptação a situações de 
adversidade extremas, resistindo, conforme pode ser visto na Tabela 1, a condições 
ambientais que outras espécies de peixes não toleram. 
Tabela 1. Principais parâmetros físico-químicos exigidos para a produção de tilápia em 
comparação com outras espécies. 
Parâmetro Tilápia Carpa Salmonídeos 
Temperatura (°C) 8 — 42 16 - 40 <23 
Oxigênio (mg/L) 2 — 3 <3 - 3,5 <5 
pH 5-11 4,5 - 12 4,6 - 9,5 
CO2 (mg/L) >72,6 - 5 
Amônia (mg/L) >4 10 -13 >2 
Salinidade<20 — 35 <12,5 <15 
Fonte: Fernandes (1998). 
Conforme (BEVERIDGE, 1996) as principais características responsáveis pelo 
aumento da popularidade do cultivo de tilápia são: elevada velocidade de crescimento; 
eficiência de utilização de alimentos naturais e fácil adaptação a dietas comerciais; 
resistência a doenças e práticas de manejo; facilidade de reprodução em cativeiro; 
tolerância a uma grande amplitude de condições ambientais e a sua qualidade 
alimentar e organoléptica. 
6 
2.2 Produção 
A tilápia do Nilo (O. niloticus) é a espécie de tilápia mais cultivada no mundo 
Esta espécie se destaca das demais pelo crescimento mais rápido, reprodução mais 
tardia (permitindo alcançar maior tamanho antes da primeira reprodução) e alta 
prolificidade (possibilitando produção de grandes quantidades de alevinos). A tilápia do 
Nilo parece apresentar uma grande habilidade em filtrar as partículas do plâncton. 
Assim, quando cultivada em viveiros de águas verdes ela geralmente supera em 
crescimento e conversão alimentar as demais espécies de tilápias (KUBITZA, 2000). 
A tilápia vem sendo criada em diferentes sistemas de cultivo e instalações, 
entre os quais está o cultivo em tanques-rede (FITZSIMMONS, 2000). 
De acordo com Kubitza; Ono (2003), o cultivo de peixes em tanques-rede na 
forma mais comumente empregada é um sistema de produção intensivo, no qual os 
peixes são confinados sob altas densidades, dentro de estruturas que permite grande 
troca de água com o ambiente e onde os peixes recebem ração nutricionalmente 
completa e balanceada. A produção de uma grande biomassa de peixes por unidade 
de volume (30 a 250 kg/m3) é possível neste sistema devido à alta taxa de renovação 
de água dentro das unidades, de forma a suprir a demanda de oxigênio dos peixes e 
remover os dejetos e metabólicos produzidos. Além da qualidade do ambiente 
aquático onde estão instalados os tanques-rede, o desempenho do cultivo depende da 
qualidade dos insumos (ex. alevinos e ração), das técnicas de manejo da produção e, 
sobretudo, da dedicação e capacidade técnica e gerencial do produtor. 
Conforme Kubitza; Ono (op. cit.) os principais fatores que influenciam a 
biomassa de peixes a ser alojada de forma econômica dentro dos tanques-rede são: 
a) A qualidade do ambiente onde estão instalados os tanques-rede; 
b) A taxa de renovação de água no interior do tanque-rede, que depende: 
■ do tamanho/volume do tanque-rede; 
■ da velocidade das correntes de água; 
■ do formato do tanque-rede; 
■ da área vazada da malha. 
c) A qualidade do alimento utilizado; 
7 
d) A qualidade dos alevinos; e 
e) As características da espécie de peixe cultivada. 
De acordo com Ibama (2005) o Ceará concentra a maior produção de tilápias 
no país. Em 2002 o estado produziu entre 3 e 4 mil toneladas do referido peixe e, em 
2004, a produção foi de 18 mil toneladas. isto representou um crescimento anual de 
110% entre 2002 e 2004 (7 mil toneladas ao ano) e, se metade desta taxa de 
crescimento for mantida acredita-se que o Ceará esteja produzindo, hoje, cerca de 25 
mil toneladas de tilápia/ano. 
Figura 1. Vista parcial da fazenda 
Jaramataia em Maranguape/CE. 
Observar o açude onde estão 
instalados os tanques-rede e a 
disposição destes. 
8 
3. CONDUÇÃO DO ESTÁGIO 
3.1 Caracterização do local e período do estágio 
O estágio foi realizado em uma tilapicultura comercial pertencente à Fazenda 
Jaramataia, localizada em Maranguape, Estado do Ceará, no período de julho a 
outubro de 2006. 
A Fazenda Jaramataia possui um açude com área de espelho d'água de 60 ha, 
onde estão instalados os tanques-rede (Figura 1) destinados à fase de crescimento e 
terminação de tilápia nilótica (O. niloticus). Em 2006 a fazenda dispunha de um total 
de 30 tanques-rede para estocagem dos peixes. 
A fazenda Jaramataia possui também 11 viveiros com áreas unitárias variando 
de 1.000 a 1.500m2 , depósito para estocagem de ração e materiais utilizados no 
cultivo, um barco para alimentação, além da casa do proprietário e alojamento dos 
funcionários. 
9 
3.2 Atividades desenvolvidas 
Na realização do estágio foram acompanhadas atividades referentes ao 
cultivo de tilápia nilótica (Oreochromis niloticus), variedade chitralada tailandesa, 
compreendendo a fase de recria/terminação que se inicia com a estocagem de 
juvenis com peso médio de 30 g, revertidos sexualmente para machos, e termina 
quando o peixe atinge o tamanho comercial de 600 g. 
Dentre as atividades realizadas estão: montagem, instalação e povoamento de 
tanques-rede; manejo alimentar e sanitário; biometria; acondicionamento da ração; 
despesca; e comercialização do pescado. 
3.3 Infra-estrutura para a fase de crescimento/terminação 
3.3.1 Tanques-rede 
Os tanques-rede conforme pode ser observado na Figura 2 constam de: 
Figura 2. Tanque-rede usado para 
estocagem de tilápia na fase de 
terminação na fazenda Jaramataia. 
a) estrutura de sustentação ou suporte confeccionada em barras de ferro; 
10 
b) sistema de contenção de peixes com volume útil de 4 m3 (2,0m X 2,0m X 1,2 m) e 
formado por telas de arame galvanizado revestido de PVC, com abertura de malha 
de 19,0 mm; 
c) flutuadores consistindo de bombonas plásticas de 60L, acopladas nas estruturas 
dos tanques, em um total de 4 bombonas por tanque-rede; 
d) comedouro confeccionado em tela plástica com malha de 1,0 mm fixado a um anel 
feito com cano eletroduto. O comedouro, por sua vez, é fixado à tampa do tanque-
rede ficando cerca de 40 cm abaixo e 20 cm acima da superfície da água, evitando 
a saída horizontal da ração, através da malha. 
Os tanques-rede são fixados em um cabo de náilon de 12 mm de espessura, 
distante 2 m um do outro e dispostos em fileiras contendo 10 tanques-rede cada 
(Figura 1). A distância entre fileiras é de 20 m e, em virtude da grande distância entre 
as margens do açude, optou-se por prender as extremidades de cada fileira a um 
sistema de ancoragem (pôita), construído com sacos de ração preenchidos de 
concreto. 
Para a escolha do local da instalação dos tanques-rede no açude foi 
observado: 
a) a profundidade do local; 
b) localização e facilidade de acesso; 
c) direção do vento e da correnteza; 
d) parâmetros físico-químicos da água; 
e) presença de possíveis predadores. 
Diante destes critérios foi selecionada uma área que ficava próxima à sede da 
fazenda, em local com profundidade média de 4 m e distante 15 a 20 m da margem do 
açude. 
Durante o cultivo periodicamente foi realizado limpeza dos tanques-rede e 
comedouros para evitar o acúmulo de algas, plantas aquáticas e outros organismos 
nas telas (colmatação), que prejudica a circulação e renovação da água. Para este 
procedimento os tanques-rede foram conduzidos para a plataforma de manuseio e 
11 
suspensos, utilizando ganchos e roldanas, e depois submetidos a escovação para 
limpeza das telas. 
Diariamente foi feito vistoria em toda a estrutura dos tanques-rede para 
verificação das condições de flutuação, integridade das telas, sistema de amarração e 
retirada de sobras de ração e peixes mortos. Quando é observado algum problema, 
como bombona furada ou tela danificada, é realizada a troca ou o reparo 
imediatamente_ 
3.3.2 Plataforma de manuseio 
A plataforma de manuseio (Figura 3) se destina ao manejo dos peixes durante 
a despesca para biometria, seleção e comercialização. A plataforma, em formato de U, 
é construída com tabiques de madeira de 60 cm de comprimento, 20 cm de largura e 5 
cm de espessura. Os tabiques são presos com pregos a caibros que ficam sobre 
bombonas plásticas de 200 L. A plataforma foi instalada estrategicamente a cerca de 
10m próxima dos tanques-rede para facilitar as operações e o acesso a ela se dava 
através de uma passarela construída com o mesmo material e por canoa. 
Figura 3. Plataforma de manuseio em 
formato de U e construída com tabiques de 
madeira. 
3.3.3 Depósito de ração 
A ração éabrigada em uma construção pré-existente na fazenda, com 150 m2 
de área, paredes de alvenaria, piso de cimento, cobertura de telha cerâmica e com 
portas e janelas de madeira. 
A ração adquirida é mantida nas embalagens (sacos de ráfia laminado) e fica 
empilhada sobre estrados de madeira, afastados da parede, em local seco e arejado 
(Figura 4 e 5). Ambientes sem ventilação, úmidos e aquecidos favorecem o 
crescimento de bolor e atraem insetos. O calor e exposição direta à luz solar destroem 
nutrientes da ração. A correta estocagem da ração muitas vezes evita que os animais 
sofram com problemas relacionados com doenças nutricionais 
A ração utilizada na fazenda passa por um teste de flutuabilidade. Para o 
referido teste são tomados aleatoriamente cerca de 500 pellets de ração, sendo estes 
colocados em um recipiente com água, onde é feita a contagem dos que afundam, 
obtendo-se a porcentagem de flutuabilidade da ração. Para que a ração fosse aceita 
esse percentual deveria ser de no mínimo 98%. 
Figura 4. Posicionamento dos estrados Figura 5. Empilhamento da ração 
de madeira no depósito de ração, com sobre os estrados de madeira no 
distância mínima de 20 cm da parede e depósito de ração. 
do chão. 
12 
3.4 Manejo na fase de recria/terminação 
3.4.1 Estocagem dos peixes nos tanques-rede 
Os tanques-rede são estocados com juvenis produzidos na própria fazenda e 
com peso médio inicial de 30 g. No dia da estocagem, o viveiro onde está os juvenis é 
esvaziado e estes são capturados com puçás, colocados em caixas de fibra de vidro 
contendo água e transportados em trator até o açude. Chegando ao açude os peixes 
são selecionados por tamanho, com auxílio de selecionadores confeccionados em tela 
com malha de 19 mm. No momento da seleção além do tamanho é também 
observada as condições dos peixes, rejeitando aqueles que estão desnutridos e com 
ferimentos ou sinal de debilidade. 
Após a seleção os peixes são contados por amostragem. Assim uma ou mais 
amostras de peixe é tomado em um recipiente padrão e o número de indivíduos da 
amostra é determinado. Feito isto, a medida passa a ser usada como padrão, para 
determinação do número de peixe a ser estocado em cada tanque-rede. A densidade 
média de estocagem é de 165 peixes/m3. 
O manejo de despesca, transporte e estocagem dos peixes é realizado 
preferencialmente pela manhã ou à noite, por serem períodos de temperaturas mais 
amenas. É necessário ressaltar que até 8 dias após a colocação dos peixes, pode 
haver mortalidade decorrente de transporte mal realizado, mesmo havendo uma 
aclimatação adequada. 
13 
3.4.2 Manejo alimentar 
Para a fase de terminação, a partir de 30 g, no período estava sendo utilizada 
uma ração comercial extrusada da marca Integral Mix com 35 e 32% de proteína bruta 
14 
e peletes de 4 mm e 6 mm, respectivamente, adotando um programa alimentar 
conforme recomendação do fabricante (Quadro 1). 
A taxa alimentar varia de 6,25% no início do cultivo a 1,75% no final, e é 
administrada 3 vezes ao dia, nos horários de 09h0Omin. 13h0Omin. e 16h0Omin. Toda 
ração fornecida é pesada, a fim de se manter um registro preciso da quantidade 
fornecida/dia. 
A ração é fornecida a lanço diretamente nos comedouros, fazendo uso de 
caiaque para condução do arraçoador aos tanques-rede ( Figura 6). 
Quadro 1. Programa alimentar utilizado para tilápia do Nilo, O. niloticus, criadas em 
tanques-rede na Fazenda Jaramataia, Maran ua e, CE. 
No de 
peixes/tanque 
de 4 m3 
Ração 
Tipo 
Semana Peso Real 
(g) 
Biomassa 
(kg) 
Taxa 
alimentar 
(% do 
p.v.)* 
Ração 
(kg/dia) 
800 O 33,5 26,80 6,25 1,68 
800 1 46,8 37,46 6 2,25 
800 35% PB 2 64,7 51,76 5,2 2,69 
800 3mm 3 86,1 68,89 4,5 3,10 
800 4 110,8 88,62 4 3,54 
800 5 135,0 108,04 3,6 3,89 
800 32% PB 6 164,6 131,71 3,5 4,61 
800 4mm 7 198,3 158,60 3,3 5,23 
791 8 236,4 187,00 3,2 5,98 
788 9 2680, 211,18 3,1 6,55 
786 10 308,3 242,29 2,7 6,54 
781 11 340,3 265,75 2,5 6,64 
771 12 360,0 277,56 2,4 6,66 
764 32% PB 13 398,9 304,74 2,2 6,70 
757 6mm 14 403,0 305,07 2,2 6,71 
741 15 487,0 360,87 2,1 7,58 
740 16 526,0 389,28 1,9 7,40 
735 17 563,1 413,87 1,9 7,86 
735 18 603,9 443,89 1,8 7,99 
735 Despesca 19 650,6 478,20 1,75 8,37 
Fonte: Dados da fazenda. 
*p.v. = peso vivo 
Figura 6. Fornecimento de ração para 
tilápia do Nilo estocada em tanques-rede ne 
Fazenda Jaramataia, Maranguape, CE 
Sobras de ração foram verificadas em alguns tanques-rede, principalmente em 
dias chuvosos e frios, provavelmente pelas condições ambientais desfavoráveis, 
estresse causado aos peixes ou redução do seu metabolismo. A observação é de 
responsabilidade do arraçoador, que imediatamente, suspende ou diminui a 
quantidade de ração ofertada. 
3.4.3 Biometria 
A biometria foi realizada mensalmente com o intuito de avaliar a curva de 
crescimento dos peixes, assim como, de calcular a quantidade de ração a ser 
ofertada. 
Para realização da biometria uma amostra equivalendo a 5% do número de 
peixes estocados em cada tanque-rede é coletada com auxílio de um puçá, colocados 
em um balde, pesados em balança tipo dinamômetro (Figura 7) e contados 
individualmente. Esse procedimento permite a realização do cálculo dos principais 
parâmetros biométricos como: peso médio, biomassa, ganho de peso por dia e 
conversão alimentar. Os dados são também utilizados para o ajuste da quantidade de 
ração a ser administrada no período subsequente. 
15 
18 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Os processos descritos neste relatório comprovam que a tecnologia de 
produção de tilápias em tanques-rede é de fácil manejo. Grande mérito se dá a 
utilização desta espécie, a qual se adapta e produz muito bem neste tipo de criação 
confinada. 
Com peso médio de 600 g atingido em cerca de 120 dias de cultivo e preço de 
venda de R$ 3,80/kg o cultivo de tilápia na fazenda pode ser considerada produtiva e 
rentável. É bom lembrar que os bons resultados obtidos na produção são decorrentes 
da seleção da espécie, aprimoramento das estruturas de cultivo e das técnicas de 
manejo. 
É importante ressaltar que a atividade exige mão-de-obra capacitada, domínio 
tecnológico e assistência técnica especializada. Além disso, um bom planejamento e 
gestão da atividade são imprescindíveis para o sucesso da atividade. Foi observado 
que, os principais pontos críticos na engorda são: densidade de estocagem, 
uniformidade dos juvenis estocados, retirada de peixes mortos, seleção, manejo 
alimentar e biométrico. 
Por fim, pode-se ressaltar que o estágio supervisionado na fazenda Jaramataia 
foi de fundamental importância para a formação acadêmica, contribuindo 
profundamente para a ampliação dos conhecimentos teóricos e práticos, o qual 
resultará, com certeza, em um melhor desenvolvimento da carreira profissional. 
19 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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