Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA ACOMPANHAMENTO DO MANEJO ALIMENTAR DE TILÁPIA DO NILO Oreochromis niloticus (LINNAEUS, 1766) E PIRARUCU Arapaima gigas (CUVIER, 1817) CULTIVADOS NO CENTRO DE PESQUISAS EM AQÜICULTURA RODOLPHO VON IHERING, PENTECOSTE/CE RAPHAEL LUIZ AZEVEDO STEDILE Relatório de Estágio Supervisionado apresentado ao Departamento de Engenharia de Pesca, do Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal do Ceará, como parte das exigências para obtenção do título de Engenheiro de Pesca. FORTALEZA - CEARÁ — BRASIL JANEIRO/2007 COMISSÃO EXAMINADORA cr o,...„, cs- Pror- Silvana Saker Sampaio, kl.D. Orientadora Vut, •Li; i Prof. Marcelo Carneiro de Freitas, M.Sc. Membro Alessandra Cristina da Silva, M.Sc. Membro ORIENTADOR TÉCNICO Antonio Roberto Barreto Matos, M.Sc. VISTO Prof. Moisés Almeida de Oliveira, D.Sc. Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca ii Prof. Raimundo Nonato de Lima Conceição, D.Sc. Coordenador do Curso de Engenharia de Pesca Fernando Retângulo Fernando Retângulo Fernando Retângulo Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará Biblioteca Universitária Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a) S824a Stedile, Raphael Luiz Azevedo. Acompanhamento do manejo alimentar de Tilápia do Nilo Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1766) e Pirarucu arapaima gigas (Cuvier, 1817) cultivados no Centro de Pesquisas em Aqüicultura Rodolpho von Ihering, Pentecoste/Ce / Raphael Luiz Azevedo Stedile. – 2007. 28 f. : il. color. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 2007. Orientação: Prof. Dr. Silvana Saker Sampaio. Orientador Técnico: Bel. Antonio Roberto Barreto Matos. 1. Tilápia do Nilo (Peixe) - Criação. 2. Pirarucu (Peixe) - Criação. 3. Engenharia de Pesca. I. Título. CDD 639.2 iii AGRADECIMENTOS Primeiramente gostaria de agradecer a minha querida esposa pela paciência durante todos esses anos. Gostaria de agradecer aos meus pais e meus irmãos que sempre me apoiaram. Agradeço também aos meus grandes amigos e "irmãos": Charlys Cavalcante, Leonardo Santos e suas esposas. Queria agradecer aos meus amigos do IBAMA: Josué Neto; Sônia Maria Martins de Castro e Silva; Glaura Maria Leite Barros; minha querida amiga Dona Desterro que me aturou durante dois anos e a todos que compõem o Departamento da Pesca. É com satisfação que agradeço aos novos amigos que fiz no DNOCS/Pentecoste-CE: Ao meu orientador-técnico Antônio Roberto Barreto; ao Dr. Pedro Eymard Mesquita, sua esposa Dr' Maria do Socorro Chacon de Mesquita e ao Zé Elias. Gostaria de agradecer também a todos os meus amigos da SM Pescados: Antônio Cesar; Márcio Alves Bezerra e sua esposa Nadjane; Elenice Lima; Pedro Reis; Ricardo Hugo, Lituânia e a todos do setor administrativo. Agraceço também a minha querida professora e orientadora Silvana Saker Sampaio e a todos os Professores do Departamento de Engenharia de Pesca. Por fim quero agradecer ao Espiritismo e ao Jiu-Jitsu que me deram o equilíbrio necessário para enxergar a vida. "Nascer, crescer, morrer, renascer e evoluir sempre, tal é Lei" Alan Kardec. Obrigado! SUMÁRIO Página LISTA DE TABELAS LISTA DE FIGURAS vi RESUMO vii 1. INTRODUÇÃO 1 1.1. Tilápia do Nilo Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1766) 3 1.2. Pirarucu Arapaima gigas (Cuvier, 1817) 4 2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 6 3. RAÇÕES UTILIZADAS NO MANEJO ALIMENTAR DE TILÁPIA DO NILO Oreochromis niloticus E PIRARUCU Arapaima gigas 7 4. MANEJO ALIMENTAR DA TILÁPIA DO NILO Oreochromis niloticus (LINNAEUS, 1766) 8 4.1. Preparação e administração da ração para reversão sexual 10 4.2. Manejo alimentar de juvenis e adultos de tilápia 11 4.3. Amostragem dos indivíduos 12 4.4. Monitoramento das quantidades das rações e horário das refeições 12 4.5. Tabelas de alimentação 5. MANEJO ALIMENTAR DO PIRARUCU Arapaima gigas (CUVIER, 1817) 15 5.1. Obtenção do alimento natural 15 5.2. Condicionamento alimentar 16 5.3. Manejo alimentar de alevinos, juvenis e adultos 17 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 19 7. REFERÊNCIAS 20 iv LISTA DE TABELAS Página Tabela 1. Programa de arraçoamento de tilápias cultivadas em sistemas intensivos em tanques-rede, "raceways" ou 13 viveiros, utilizado no Centro de Pesquisas em Aqüicultura (DNOCS, Pentecoste-CE). Tabela 2. Programa de arraçoamento de tilápias cultivadas em sistemas intensivos em tanques-rede, "raceways" ou 14 viveiros, fornecido pelos fabricantes de ração. v LISTA DE FIGURAS Página Figura 1. Bandeja incubadora onde as larvas de tilápia do Nilo Oreochromis niloticus permanecem por três a quatro dias, 8 no Centro de Pesquisas em Aqüicultura Rodolpho von lhering, DNOCS, Pentecoste-CE. Figura 2. Calhas de alimentação de pós-larvas de tilápia do Nilo Oreochromis niloticus, no Centro de Pesquisas em 9 Aqüicultura Rodolpho von lhering, DNOCS, Pentecoste-CE. Figura 3. Hapas de alimentação de pós-larvas de tilápia do Nilo Oreochromis niloticus, no Centro de Pesquisas em 10 Aqüicultura Rodolpho von lhering, DNOCS, Pentecoste-CE. Figura 4. Preparação da ração contendo o hormônio 17-a- metiltestosterona para reversão sexual da tilápia do Nilo 11 Oreochromis niloticus, no Centro de Pesquisas em Aqüicultura Rodolpho von lhering, DNOCS, Pentecoste-CE. Figura 5. Obtenção do alimento natural para alimentação do pirarucu Arapaima gigas, no Centro de Pesquisas em Aqüicultura, 15 DNOCS, Pentecoste-CE Figura 6. Copépodos no material planctônico coletado no Centro de 16 Pesquisas em Aqüicultura, DNOCS, Pentecoste-CE. Figura 7. Ração para juvenis de pirarucu Arapaima gigas. 17 Figura 8. Compactação da ração extrusada 014 C, utilizada na 18 alimentação de adultos de pirarucu Arapaima gigas. vi vii RESUMO Este Relatório descreve as atividades de manejo alimentar da tilápia do Nilo Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1766) e do pirarucu Arapaima gigas (Cuvier, 1817), acompanhadas durante o mês de agosto de 2006, no Centro de Pesquisas em Aqüicultura Rodolpho von Ihering (CPAq) do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Foram acompanhadas diversas etapas referentes ao manejo alimentar da tilápia do Nilo Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1766), dentre elas poderam ser observadas as etapas da colata de ovos na boca das fêmeas, incubação artificial dos ovos, banhos de desinfectantes nas larvas, preparação e administração da ração para a reversão sexual, amostragens dos indivíduos para determinação de seus pesos e monitoramento das quantidades das rações e horários das refeições. Também foram acompanhadas importantes etapas do manejo alimentar do pirarucu Arapaima gigas (Cuvier, 1817), onde poderam ser observadas as etapas de obtenção do alimento natural para alevinos, condicionamento alimentar, preparação de mistura de ração com carne de tilápia do Nilo Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1766), amostragens dos indivíduos para determinação do crescimento e monitoramento das rações e horários das refeições. ACOMPANHAMENTO DO MANEJO ALIMENTAR DE TILÁPIA DO NILO Oreochromis niloticus (LINNAEUS, 1766) E PIRARUCU Arapaima gigas (CUVIER, 1817) CULTIVADOS NO CENTRO DE PESQUISAS EM AQÜICULTURA RODOLPHO VON IHERING, PENTECOSTE/CE RAPHAEL LUIZ AZEVEDO STEDILE 1. INTRODUÇÃO Há poucas décadas, a forma mais comum de aqüicultura era o cultivo extensivo, sem a adição de alimento suplementar, em que apenas a produtividade natural sustentava uma baixa densidade de indivíduos, resultando em uma baixa eficiência de produção (TAKAHASHI, 2003). Nosúltimos anos, com o avanço e o desenvolvimento da aqüicultura, o conhecimento de novas técnicas estimulou a progressiva transformação dos cultivos extensivos em semi-intensivos ou intensivos. Essa evolução foi _essencial para garantir sua viabilização econômica, identificando falhas no processo, para que fosse possível aumentar a eficiência alimentar (LOGATO, 2000). Assim, para obtenção de resultados satisfatórios nos cultivos semi-intensivos ou intensivos, o conhecimento das técnicas de manejo alimentar é imprescindível. A utilização de rações deve ser empregada de forma criteriosa e responsável obedecendo às técnicas e legislações específicas, podendo dessa forma garantir a qualidade do produto, sem comprometer o manejo alimentar (LOGATO, 2000). É de fundamental importância que o piscicultor conheça alguns métodos que permitam avaliar a ração que será utilizada, através de dois critérios que são normalmente utilizados: conversão alimentar aparente e índice de rentabilidade (MESQUITA, 2002). A conversão alimentar aparente (CAaparente) é assim denominada, por não levar em consideração a quantidade de alimento que o animal não aproveitou, aquela parte que se perdeu na água, ou algum alimento natural que tenha sido consumido. Ela é calculada pela expressão a seguir: 2 quantidade de ração consumida (g) CA aparente --•= ganho de peso (g) O índice de rentabilidade (IR) consiste em uma avaliação importante, pois permite verificar se a criação tem retorno econõmico. O IR é calculado por: IR - custo de produção do viveiro (R$) custo da ração utilizada (R$) No Brasil, principalmente no Nordeste, não existe um padrão quanto ao manejo na alimentação. Os grandes piscicultores utilizam tabelas de alimentação disponíveis na literatura ou oferecidas pelos fabricantes de ração ou alimentam os indivíduos até a saciedade. No caso dos pequenos produtores, sem recursos suficientes para adquirir uma ração de boa qualidade, há uma preferência por aproveitar material orgânico disponível como, por exemplo, cama de frango, milho, farinha de castanha e outros, para elaborar uma mistura e usá-la na alimentação dos peixes. Na conveniência de procurar alimento mais barato não consideram a qualidade, pois essa tem uma elevada participação nos custos (MESQUITA, 2002). Um dos aspectos mais importantes e decisivos para o sucesso das criações é o manejo alimentar. As quantidades das rações devem ser monitoradas, com base nos aumentos da biomassa e consumo alimentar. Excesso de alimento ocasiona poluição na água dos viveiros devido à decomposição da matéria orgânica, influindo diretamente no oxigênio dissolvido na água que é vital para os organismos aquáticos. Mesmo que não ocorra perda de ração, animais sobrealimentados não assimilam os nutrientes satisfatoriamente, tendo em vista que o alimento passa rapidamente pelo trato digestivo reduzindo sua digestão e, conseqüentemente, piorando a conversão alimentar. Além disso, ainda pode resultar em uma acumulação de gordura corporal (MESQUITA, 2002). O índice de ingestão alimentar e o aproveitamento de nutrientes pelos peixes estão diretamente relacionados ao horário de alimentação (BOUJARD; LEATHERLAND, 1992). Durante o ciclo circadiano, de 24 horas, os peixes apresentam variações na intensidade de procura por alimento (BOUJARD, 1995); na segurança de não encontrar predadores (GREENWOOD; METCALFE, 1998); nos picos de produção de enzimas digestivas (LÓPEZ-VÁSQUEZ, 2001); e na 3 digestibilidade e síntese de proteínas para formação do tecido muscular (GELINEAU et al., 1996). Essas variações circadianas ligadas à alimentação dependem também da espécie, da fase do ciclo de vida, época do ano e do convívio intra e interespecífico (BOUJARD, 1995). Existe uma recomendação simples de alimentar os peixes sempre no mesmo horário. Geralmente, os organismos aquáticos procuram o alimento nas primeiras horas da manhã, ao entardecer ou à noite. Quando a temperatura da água baixar muito, ou estiver chovendo, o arraçoamento deve ser suspenso. O alimento deve ser dividido em refeições e, normalmente, ele é fornecido de duas a quatro vezes por dia. Quanto menor o peixe, maior a freqüência de alimentação (MESQUITA, 2002). O gasto com ração é um dos itens que mais influenciam na lucratividade da piscicultura intensiva. O manejo alimentar correto pode proporcionar um índice de ingestão que melhore a relação entre a quantidade de alimento fornecida e a produção de biomassa e que, conseqüentemente, diminua o gasto com ração na produção de uma mesma biomassa de peixe, ou reduza o tempo de cultivo (CRESCÊNCIO, 2005). 1.1. Tilápia do Nilo Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1766) Entre os peixes mais cultivados no mundo encontra-se a tilápia do Nilo Oreochromis niloticus. Essa espécie apresenta maturidade sexual precoce (GALE et al., 1999), reproduzindo com 30-40 g de peso vivo (4 a 5 meses de idade), conseqüentemente ocasionando superpopulação nos viveiros de engorda, competição por alimento, diminuição da qualidade da água, ausência de uniformidade e redução da biomassa dos peixes (VARADARAJ; PANDIAN, 1987). Dessa forma, cultivos de populações monossexo de machos são de fundamental importância para a obtenção de produtividades elevadas e uniformidade no momento da despesca (VARADARAJ; PANDIAN, 1987), já que os machos dessa espécie apresentam taxa de crescimento mais elevada que a das fêmeas (FERNANDES, 1998). Uma das principais linhas de pesquisa com essa espécie é o desenvolvimento de populações monossexo masculinizadas, as quais podem ser obtidas pela administração de hormônios esteróides incorporados na ração, através 4 de banhos de imersão e através da manipulação genética (PANDIAN; SHEELA, 1995). A técnica que tem levado a resultados mais satisfatórios consiste na administração de hormônios na ração (KOVÁSC, 1990; GALE et al., 1999). Entretanto, além de ter um custo relativamente elevado, essa técnica exige um alto grau de intervenção uma vez que é necessário manter os animais em regime alimentar constante e ambiente controlado após o início da alimentação (PANDIAN; SHEELA, 1995). 1.2. Pirarucu Arapaima gigas (Cuvier, 1817) O pirarucu é um peixe que vem gerando grandes expectativas em torno de sua criação, em razão da qualidade e preço de sua carne e de seu crescimento rápido. Ele pode atingir 10 kg de peso médio, ao final de um ano (IMBIRIBA, 2001), e sua produção estimada é de 25 tha-1 por ano, quando alimentado com ração em sistema de criação intensiva (PEREIRA-FILHO et al., 2003). Essa espécie apresenta respiração aérea obrigatória, possibilitada por sua bexiga natatória modificada, que permite a tomada de oxigênio diretamente do ar atmosférico. Por não necessitar do oxigênio dissolvido na água, suporta elevadas densidades de estocagem em cultivo, por isso pode aumentar a produção por área e ser cultivado em locais não propícios a outras espécies aquáticas (ONO et al., 2004). GANDRA (2002) estudou a freqüência alimentar do pirarucu e concluiu que a alimentação duas vezes ao dia consistia na melhor estratégia para criação dessa espécie. Porém, pouco se conhece a respeito da preferência alimentar natural do pirarucu, o horário de alimentação ou o efeito de diferentes manejos alimentares sobre o desempenho zootécnico dessa espécie. A criação do pirarucu é dificultada por se tratar de um peixe carnívoro, que não aceita de maneira voluntária rações balanceadas. Outros peixes carnívoros, como o pintado Pseudoplatystoma coruscans e o tucunaré Cichla sp, enfrentam o mesmo problema, de modo que é necessário o desenvolvimento de estratégias de manejo alimentar para viabilizar a criação desses peixes em regime intensivo (LOPES et al., 1996; MOURA et al., 2000). O alimento vivo é uma estratégia alimentar usada para facilitar a aceitação de rações por parte dos peixes e, por ser um alimentonaturalmente consumido, 5 oferece a vantagem de dispensar o uso de atrativos e possibilitar o treinamento de peixes de tamanhos menores (KUBITZA, 1999). O objetivo do presente Relatório de Estágio Supervisionado, realizado no mês de agosto de 2006, consiste em descrever as atividades de manejo alimentar de tilápia do Nilo Oreochromis niloticus e do pirarucu Arapaima gigas, cultivados no Centro de Pesquisas em Aqüicultura Rodolpho von lhering (CPAq), do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), em Pentecoste-CE. A duração do Estágio, parte da integralização curricular do Curso de Engenharia de Pesca/UFC, foi de 128 horas. 6 2. CARACTERIZAÇAO DA ÁREA DE ESTUDO O Centro de Pesquisas em Aqüicultura Rodolpho von lhering (CPAq) pertence ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e está localizado no município de Pentecoste, Ceará, distante de Fortaleza aproximadamente 80 km, com acesso fácil por via terrestre. O CPAq está dotado de laboratórios de Aqüicultura, Limnologia e Genética Molecular; salas de administração; dependências para acomodação de pesquisadores; alojamento; restaurante; auditório; sala de beneficiamento de pescado; estacionamentos; viveiros e tanques de cultivo de organismos aquáticos que compreendem 11,2 hectares de lâmina d'água; moradia para funcionários, museu. As instalações usadas nos cultivos (viveiros, tanques) foram construídas à jusante do Açude Pereira de Miranda. O CPAq tem como objetivo disponibilizar pacotes tecnológicos, realizar eventos, cursos e palestras para estudantes das Ciências Agrárias, aqüicultores e pessoas interessadas nos trabalhos que são desenvolvidos naquele Centro. 7 3. RAÇÕES UTILIZADAS NO MANEJO ALIMENTAR DE TILÁPIA DO NILO Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1766) E PIRARUCU Arapaima gigas (Cuvier, 1817) Como as espécies acompanhadas durante o Estágio Supervisionado no CPAq apresentam diferentes hábitos alimentares, diversos tipos de ração, compradas de diferentes fabricantes, foram utilizadas de acordo com o estágio de desenvolvimento dos indivíduos. A tilápia do Nilo, um peixe onívoro, era alimentada com as seguintes rações, de acordo com a fase de cultivo. As pós-larvas receberam ração 011 Inicial contendo 40% de proteína bruta (PB) indicada para pós-larvas e microalevinos de peixes onívoros e fabricada pela Nutron. Na primeira fase de crescimento, os alevinos receberam ração Fri-Acqua-32 fabricada pela Fri-Ribe, com 32% PB e péletes de 6 mm. Na fase de manutenção, a ração Fri-Acqua-28 com 28% PB e péletes de 8 mm, fabricada pela Fri-Ribe, era ofertada aos peixes. O pirarucu como é um peixe carnívoro recebia a ração 014C Proaqua com 40% PB, com péletes de 6 a 8 mm, fabricada pela Nutron. 8 4. MANEJO ALIMENTAR DA TILÁPIA DO NILO Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1766) Os ovos coletados na boca das fêmeas de tilápia do Nilo foram levados para incubação artificial, onde permaneceram por cerca de 24 a 72 horas. Essas incubadoras simulam as condições da incubação natural, sendo dotadas de um sistema de circulação de água constante. Após a eclosão dos ovos, as larvas foram submetidas a um banho de formalina durante trinta segundos, para eliminar possíveis patógenos. Por três a quatro dias, enquanto consumiam o vitelo, elas permaneceram nas bandejas incubadoras (Figura 1). Após a eclosão dos ovos, as larvas ainda não têm o trato digestivo definido e se nutrem do vitelo que possuem. Quando a reserva vitelínica se esgota, as pós-larvas procuram o alimento natural: algas, bactérias, rotíferos, cladóceros, começando então a diferenciação do hábito alimentar, momento em que a ração é administrada (MESQUITA, 2002). Figura 1. Bandejas incubadoras de larvas de tilápia do Nilo Oreochromis niloticus, no Centro de Pesquisas em Aqüicultura Rodolpho von lhering, DNOCS, Pentecoste-CE. Em seguida, as larvas foram transferidas para as calhas (Figura 2), onde permaneceram por dois dias, recebendo ração inicial 011 para peixes onívoros com 40% PB, seis vezes ao dia. 9 Diariamente as calhas foram limpas por sifonamento com auxílio de uma mangueira para remover resíduos de ração e fezes. Figura 2. Calhas de alimentação de pós-larvas de tilápia do Nilo Oreochromis niloticus, no Centro de Pesquisas em Aqüicultura Rodolpho von lhering, DNOCS, Pentecoste-CE. Posteriormente, as pós-larvas foram transferidas para os hapas. Nessas estruturas, os indivíduos foram mantidos por um período de 21 dias, recebendo alimentação com hormônio, para haver a reversão sexual. Para cada 10.000 pós- larvas, foram ofertadas seis refeições de 7 g cada, totalizando aproximadamente 42 g por dia. O procedimento de alimentação foi realizado com o auxílio de um caiaque e de um anel de alimentação para não dispersar a ração em pó. (Figura 3). Figura 3. Hapas de alimentação de pós-larvas de tilápia do Nilo Oreochromis nilotícus, no Centro de Pesquisas em Aqüicultura Rodolpho von Ihering, DNOCS, Pentecoste-CE. 4.1. Preparação e administração da ração para reversão sexual No processo de reversão sexual da tilápia do Nilo, as pós-larvas ainda com sexo indefinido foram alimentadas com ração em pó com 40% PB adicionada de hormônio masculinizante 17-a-metiltestosterona. Para isso, uma solução-estoque a 0,6% (pN) foi preparada pela dissolução de 6 g do hormônio 17-a-metiltestosterona em 1 L de álcool etílico absoluto. Essa solução foi armazenada em vidro escuro e conservada em geladeira. Nessas condições, ela tem validade de até três meses. Inicialmente, 10 mL da solução-estoque foram suspensos em 500 mL de álcool etílico a 70%. Em seguida, acrescentou-se à ração previamente pesada (1 kg), mexendo sempre com as mãos até que a mistura estivesse bem homogeneizada. Para esse trabalho foi necessária a utilização de luvas e máscara para evitar o contato direto com o hormônio. Segundo Mesquita (2002), a dosagem recomendada de hormônio na ração é de 60 mg para cada 1 kg. Depois de efetuada a mistura e homogeneização, a ração contendo o hormônio foi levada para secar a sombra por um período de 24 horas, sendo espalhada em camadas finas, de até 5 cm de espessura (Figura 4). Após a secagem, a ração foi acondicionada em sacos escuros e conservada em refrigerador. Nessas condições 10 11 ela pode permanecer por um período de até três meses. Sem resfriamento, esse período se limita a uma semana. Figura 4. Preparação da ração contendo o hormônio 17-a-metiltestosterona para reversão sexual da tilápia do Nilo Oreochromis niloticus, no Centro de Pesquisas em Aqüicultura Rodolpho von lhering. A- Preparação da diluição da solução-estoque; B- Adição da solução diluída sobre a ração; C- Homogeneização; e D- Secagem. 4.2. Manejo alimentar de juvenis e adultos de tilápia do Nilo Os peixes com peso médio individual de 30 g foram alimentados com a ração inicial 011 contendo 40% PB, seis vezes ao dia, na proporção aproximada de 7% a 10% da biomassa total. 12 Os adultos com peso médio individual inferior a 200 g foram alimentados com ração Fri-Acqua-32 contendo 32% PB, três vezes ao dia, na proporção de cerca de 3% a 5% da biomassa total. Adultos com peso médio individual superior a 200 g foram alimentados com ração Fri-Acqua-32 contendo 32%, duas vezes ao dia, na proporção de cerca de 2% da biomassa total. Os planteis de reprodutores com peso médio individual acima de 800 g foram alimentados com ração Fri-Acqua-28, contendo 28%, duas vezes ao dia com cerca de 1,5% da biomassa total. 4.3. Amostragem dos indivíduos As amostragens acompanhadas no CPAq foram realizadas quinzenalmente para não submeter os animais a níveis intensos de estresse. Essas amostragens foram procedidas periodicamente, a fim de avaliar o estado geral dos peixes e a necessidade de reajustar a quantidade de ração e de acompanhar o ganho de peso dos indivíduos. O manuseio dos peixes foi realizadocom luvas especiais e com bastante cuidado para evitar estresse e lesões, que podem afetar a saúde e, consequentemente, o bom desenvolvimento dos peixes. Eles foram colocados em recipientes com uma certa quantidade de cloreto de sódio (NaCf), para estimular a produção de muco. Em seguida, os peixes foram pesados e devolvidos aos tanques ou viveiros. 4.4. Monitoramento das quantidades das rações e horário das refeições No CPAq, a quantidade de ração sempre é monitorada por funcionários do setor responsável. Durante o Estágio, a ração contendo o hormônio foi preparada duas vezes na semana, e essa constância se deveu ao fato de ela apresentar um prazo de validade menor que as demais. A ração comercial granulada pronta para o consumo sempre é revista pelos funcionários, que informam aos técnicos sobre a necessidade de compra. O horário das refeições era diferenciado e dependente do estágio de desenvolvimento do animal. As refeições das pós-larvas e alevinos até 30 g foram 13 ofertadas às 7, 9, 11, 13, 15 e 17 horas; alevinos de 30 g até adultos de 200 g foram alimentados às 9, 12 e 15 horas; e os adultos acima de 200 g foram alimentados às 9 e 15 horas. 4.5. Tabelas de alimentação O programa de arraçoamento de tilápias cultivadas em sistemas intensivos em tanques-rede, "raceways" ou viveiros, utilizado no CPAq está apresentado na Tabela 1. Durante o Estágio sobre o acompanhamento do manejo alimentar da tilápia do Nilo, pequenas diferenças foram observadas. Por exemplo, durante a alevinagem a ração fornecida foi a 011 da Nutron com 40% PB e durante a engorda (inicial e intermediária) foi utilizada apenas a ração Fri-Acqua-32 com 32% PB e péletes de 6 mm. Tabela 1. Programa de arraçoamento de tilápias cultivadas em sistemas intensivos em tanques-rede, "raceways" ou viveiros, utilizado no Centro de Pesquisas em Aqüicultura, DNOCS, Pentecoste-CE. % de proteína bruta na ração Fase de cultivo Peso médio do peixe (g) Quantidade diária recomendada (% da biomassa) Número de refeições Até 3 12,0 6 45 Alevinagem 3 a 5 12,0 6 5 a 10 10,0 4 10 a 20 8,0 4 36 Engorda inicial 20 a 60 6,0 3 60 a 120 5,0 3 Engorda 120 a 200 4,0 3 32 intermediária e 200 a 300 3,0 2 final 300 a 400 2,5 2 400 a 500 2,0 2 28 Engorda final Acima de 500 1,0 2 14 Existe outro programa de arraçoamento de tilápia do Nilo, fornecido pelos fabricantes de ração, que não foi seguido durante o Estágio, mas está apresentado na Tabela 2. Tabela 2. Programa de arraçoamento de tilápias cultivadas em sistemas intensivos em tanques-rede, "raceways" ou viveiros, fornecido pelos fabricantes de ração. PRODUTO Granulometri a (mm) Fase de Cultivo Peso do Peixe (g) Semana Cultivo Refeição Diária (% da Biomassa) por Dia Quant. Diária Ração PI 1000 ind. Kg N• Custo Ração R$ Consumo Ração por Fase para 1000 ind. Kg De Até Nutripeixe AL55 Morda Alevinagem 0,5 2 1 18,0 12 0,23 12,21 4,7 2 5 2 15,0 9 0,45 Nutripeixe AL45 1- 2 Alevinagem 5 10 3 7,0 9 0,45 57,47 19 10 20 4 7,0 8 0,85 20 30 5 7,0 7 1,41 Nutripeixe TR36 3 - 4 Recria Inicial 30 50 6 4,0 5 1,29 128,24 41 50 70 7 4,0 5 1,90 70 100 8 4,0 5 2,68 Nutripeixe TR32 4 - 5 Recria Final 100 130 9 3,0 4 2,73 225,29 73 130 160 10 3,0 4 3,41 160 200 11 3,0 4 4,23 Nutripeixe SI Crescimento 8 - 9 Engorda 200 240 12 2.0 3 3,45 466,01 216 240 280 13 2,0 3 4,07 280 330 14 2,0 3 4,78 330 370 15 2,0 3 5,43 370 420 16 2,0 3 6,13 420 480 17 2.0 3 6,98 Nutripeixe SI Engorda 8 - 9 Engorda e Terminação 480 530 18 2,0 2 7,83 1305,19 757 530 570 19 2,0 2 8,53 570 620 20 2,0 2 9,23 620 660 21 2,0 2 9,93 660 700 22 2,0 2 10,55 700 740 23 2,0 2 11,17 740 780 24 2,0 2 11,79 780 820 25 2,0 2 12,41 820 860 26 2,0 2 13,03 860 900 27 2.0 2 13.65 Nutripeixe SI EngordaiTerminaç ão 8 - 9 Engorda e Terminação 900 930 28 1,0 2 7,10 1523,85 208 930 960 29 1,0 2 7,33 960 990 30 1,0 2 7,56 990 1020 31 1,0 2 7.79 1020 1050 32 1,0 2 8.03 2123,44 572 1050 1080 33 1,0 2 8.26 1080 1120 34 1.0 2 8,53 1120 1150 35 1,0 2 8,80 1150 1180 36 1,0 2 9,04 1180 1200 37 1,0 2 9,23 Fonte: Purina 15 5. MANEJO ALIMENTAR DO PIRARUCU Arapaima gigas (CUVIER, 1817) 5.1. Obtenção do alimento natural O plâncton utilizado na alimentação do pirarucu foi coletado com auxílio de uma rede com malha de 550 !_i, em um canal de abastecimento do CPAq entre o final da tarde e o começo da noite, quando os organismos planctônicos migram para a superfície, sendo capturados em maior quantidade. O plâncton coletado foi armazenado em um congelador até ser consumido (Figura 5). Amostras do material coletado foram analisadas no laboratório em um microscópio, tendo sido observada uma predominância de copépodos (Figura 6). Figura 5. Obtenção do alimento natural para alimentação do pirarucu Arapaima gigas, no Centro de Pesquisas em Aqüicultura, DNOCS, Pentecoste- CE. A- Coleta do plâncton no canal de abastecimento; B e C- Plâncton coletado na rede; e D- Embalagem do plâncton para conservação sob congelamento. Figura 6. Copépodos no material planctônico coletado no Centro de Pesquisas em Aqüicultura, DNOCS, Pentecoste-CE. 5.2. Condicionamento alimentar No CPAq, os alevinos foram separados por peso e colocados em quatro caixas de fibra de 1.000 L, contendo aproximadamente 350 L de água. Em cada caixa foram colocados 100 alevinos que eram alimentados oito vezes ao dia, de três em três horas. Inicialmente, os indivíduos foram alimentados com alimento natural (plâncton), de três em três horas. No segundo dia foi administrado ração seca e triturada (014C da Nutron com 40% PB para peixes carnívoros) com uma mistura de carne de tilápia sem nenhuma proporção. No término de 40 dias a carne da tilápia e o zooplâncton foram retirados terminando assim a dependência pelo alimento natural. Na natureza, os juvenis de pirarucu apresentam preferência alimentar pelo período noturno, principalmente no início da noite (CRESCÊNCIO, 2001). Essa preferência tem que ser modificada no período em que os indivíduos estão sendo submetidos ao condicionamento alimentar. No CPAq, a freqüência de alimentação que no início do cultivo era de três em três horas foi sendo diminuída pela suspensão das refeições noturnas. Em uma criação intensiva, é mais indicado proceder à alimentação durante o período diurno, 16 17 tendo em vista que para o manejo noturno é preciso destinar pessoal em turnos para atender as necessidades do animal o que pode ser considerado uma grande desvantagem. 5.3. Manejo alimentar de alevinos, juvenis e adultos Os alevinos foram alimentados com ração extrusada 014C moída, misturada com carne de tilápia, na proporção de 25% a 30% da biomassa total e oferecida oito vezes ao dia de três em três horas. Os juvenis foram alimentados com ração extrusada 014C, na proporção de aproximadamente 2% da biomassa total e oferecida duas vezes ao dia através de lançamentos ao viveiro (Figura 7). Figura 7. Ração para juvenis de pirarucu Arapaima gigas, no Centro de Pesquisas em Aqüicultura, DNOCS, Pentecoste-CE. A mesma ração usada para alevinos e juvenis, foi umedecida e compactada em forma de bola até adquirir um tamanho adequado (Figura 8). Essa preparação foi armazenada em refrigeradores e oferecida duas vezes ao dia aos reprodutores na proporção de cerca de 1% da biomassa total. 18 Figura 8. Compactação da ração extrusada 014 C, utilizada na alimentação de adultos de pirarucu Arapaima gigas, no Centro de Pesquisas em Aqüicultura, DNOCS, Pentecoste-CE. A e B- Em preparação; e C- Preparada. 19 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante o Estágio Supervisionado realizado no CPAq, foi possível observar que a alimentação é um fator de extrema importância para o cultivo de peixes, seja em viveiros escavados, seja em tanques-rede. Para quehaja sucesso no ganho de peso dos indivíduos de tilápia do Nilo é de suma importância que os alevinos sejam sexualmente revertidos a uma taxa superior a 95%, como acontece no CPAq. O condicionamento alimentar do pirarucu é laborioso e requer uma enorme dedicação. Os juvenis preferem se alimentar no início da noite, mas esse hábito vai sendo alterado aos poucos. Em uma criação intensiva, é mais indicado proceder à alimentação dos peixes durante o dia, por razões óbvias. Também é muito importante que as amostragens sejam feitas em intervalos de quinze dias, como ocorre no CPAq, a fim de evitar níveis intensos de estresse nos animais e, conseqüentemente, garantir o crescimento em peso dos indivíduos. A tilápia do Nilo é uma espécie particularmente resistente ao manejo, mas o pirarucu é extremamente sensível, parando de se alimentar quando é manejado e só voltando ao normal quando as condições forem novamente favoráveis. Esse Estágio revestiu-se de grande importância na complementação da formação profissional, tendo em vista que representou mais uma oportunidade de associação entre conhecimentos teóricos e práticos. 7. REFERÊNCIAS BOUJARD, T. Diel rhythms of feeding activity in the European catfish, Silurus glandis. Physiology and Behavior, Oxford, v.58, n.4, p.641-645, Oct 1995. BOUJARD, T.; LEATHERLAND, J.F. Circadian rhythms and feeding time in fishes. Environmental Biology of Fishes, Dordrecht, v.35, n.2, p.109-131, Oct 1992. CRESCÊNCIO, R. Treinamento alimentar de alevinos de pirarucu, Arapaima gigas (Cuvier, 1829), utilizando atrativos alimentares. 2001. 35f. Dissertação (Mestrado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/Fundação Universidade do Amazonas, Manaus, 2001. CRESCÊNCIO, R.; ITUASSÚ, D.R.; ROUBACH, R. PEREIRA-FILHO, M.; CAVERO, B.A.S.; GANDRA, A.L. Influência do período de alimentação no consumo e ganho de peso do pirarucu. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.40, n.12, p.1217-1222, Dez 2005. FERNANDES, A.F. Tilápia (Oreochromis sp). In: Manual de Aqüicultura. HENRIQUES, M.A.R. (ed.). Porto, Portugal. 1998. 207p. pp.138-150. GALE, W.L.; FITZPATRICK, M.S.; LUCERO, M.; CONTRERAS-SANCHEZ, M.W.; SCHRECK, C.B. Masculinization of Nile tilapia (Oreochromis niloticus) by immersion in androgens. Aquaculture, Amsterdam, v.178, n.3-4, p.349-357, Aug 1999. GANDRA, A.L. Estudo da freqüência alimentar do pirarucu, Arapaima gigas (Cuvier, 1829). 2002. 36f. Dissertação (Mestrado Ciência de Alimentos) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2002. GELINEAU, A.; MAMBRINI, M.; LEATHERLAND, J.F.; BOUJARD, T. Effect of feeding time on hepatic nucleic acid, plasma T3, T4, and GH concentrations in rainbow trout. Physiology and Behavior, Oxford, v.59, n.6, p.1061-1067, Jun 1996. 20 GREENWOOD, M.F.D.; METCALFE, N.B. Minnows become nocturnal at low temperatures. Journal of Fish Biology, London, v.53, n.1, p.25-32, Jul 1998. IMBIRIBA, E.P. Potencial de criação de pirarucu, Arapaima gigas, em cativeiro. Acta Amazonica, Manaus, v.31, n.1 , p.299-316, jan/mar 2001. KOVÁSC, G. Métodos de Controle da População de Tilápias. Convênio DNOCS/AGROBER, 1990, 66p. KUBITZA, F. Nutrição e alimentação dos peixes cultivados. 3ª ed. revisada e expandida. Jundiaí-SP. 1999. 123p. LOGATO, P.V.R. Nutrição e Alimentação de Peixes de Água Doce. Viçosa-MG: Aprenda Fácil. 2000. 128p. LOPES, M.C.; FREIRE, R.A.B.; VICENSOTTO, J.R.M.; SENHORINI, J.A. Alimentação de larvas de surubim pintado, Pseudoplatystoma coruscans (Agassiz, 1829), em laboratório, na primeira semana de vida. Boletim Técnico CEPTA, Pirassununga, v.9, p.11-29, 1996. LOPÉZ-VÁSQUEZ, K. Variação circadiana da atividade das enzimas digestivas amilase, maltase, protease e lipase em juvenis de tambaqui Colossoma macropomum Cuvier, 1818. 2001. 66f. Dissertação (Biologia de Água Doce e Pesca Interior - Ecologia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus. MESQUITA, M.S.C. Manual prático sobre Aqüicultura continental. Pentecoste, Centro de Pesquisas em Aqüicultura, DNOCS, 2002. MOURA, M.A.M.; KUBITZA, F.; CYRINO, J.E.P. Feed training of peacock bass (Cichla sp.). Revista Brasileira de Biologia, Rio de Janeiro, v.60, n.4, p.645-654, Nov 2000. ONO, E.A.; HALVERSON, M.R.; KUBITZA, F. Pirarucu o gigante esquecido. Panorama da Aqüicultura, Rio de Janeiro, v.14, n.81 , p.14-25, Jan/Fev 2004. 21 PANDIAN, T.J.; SHEELA, S G. Hormonal induction of sex reversa! in fish. Aquaculture, Amsterdam, v.138, n.1-4, p.1-22, Dec 1995. PEREIRA-FILHO, M.; CAVERO, B.A.S.; ROUBACH, R.; ITUASSU, D.R.; GANDRA, A.L.; CRESCÊNCIO, R. Cultivo do pirarucu (Arapaima gigas) em viveiro escavado. Acta Amazonica, Manaus, v.33, n.4 , p.715-718, Out/Dez 2003. TAKAHASHI,N.S. Carência de proteína na Aqüicultura. Jan 2003. <http://www.abrappesq.com.br/materia11.htm> Acesso em: 27 dez 2006. VARADARAJ, K.; PANDIAN, T.J. Masculinization of Oreochromis mossambicus by administration of 17a-methy1-5-androsten-3f3-17[3-diol through rearing water. Current Science, Bangalore, v.56, n.9, p.412-413, May 1987. 22 Page 1 Page 2 Page 3 Page 4 Page 5 Page 6 Page 7 Page 8 Page 9 Page 10 Page 11 Page 12 Page 13 Page 14 Page 15 Page 16 Page 17 Page 18 Page 19 Page 20 Page 21 Page 22 Page 23 Page 24 Page 25 Page 26 Page 27 Page 28 Page 29
Compartilhar