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Tema 4 – Diabetes Mellitus tipo 2 e suas complicações Maria Laura Gonçalves Vieira – T XIV Diabetes mellitus tipo 2 é uma doença metabólica caracterizada por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos. Diagnóstico de diabetes tipo 2 Necessário dois exames alterados: glicemia de jejum, hemoglobina glicada ou teste oral de tolerância à glicose (TOTG). Glicemia capilar não entra como critério diagnóstico Hemoglobina glicada Não é necessário jejum - Pode ser coletada em qualquer horário do dia. Não é afetada por estresse agudo Diminuem a HbA1C: • Anemia hemolítica • Hemorragias • Transfusão de sangue • Gravidez • Altas doses de vitamina C e vitamina E Aumentam a HbA1C: • Hipertrigliceridemia grave >2.000 mg/dl • Hiperbilirrubinemia • Alcoolismo crônico • Insuficiência renal (hemoglobina carbamilada) • Ingestão crônica de salicilatos (3 a 6g/dia) • Anemia ferropriva, anemia por deficiência de B12, folato • Fenobarbital • Esplenectomia HbA1C de 7% corresponde a glicemia que varia de 122 a 184 mg/dl. Sintomas Poliúria Polidpsia (sede excessiva) Perda de peso Polifagia Glicemia ao acaso (sérica) > 200mg/dl com sintomas também faz diagnóstico de DM2 Classificação etiológica do DM LADA: DM1 do adulto, que desenvolve uma forma lentamente progressiva da doença. Fisiopatologia Resistência insulínica A resistência é a deterioração da resposta aos efeitos fisiológicos do hormônio sobre o metabolismo de glicose, lipídeos e proteínas, assim como em suas ações sobre o endotélio vascular. Em seus estágios iniciais, há um aumento compensatório das concentrações do hormônio. O excesso de insulina pode compensar a resistência a algumas de suas ações, mas também induz ao funcionamento exagerado de tecidos em que a sensibilidade dos receptores se encontra normal ou minimamente afetada. Assim, o aumento de algumas funções mediadas pela insulina, paralelamente à hipofunção de outras, resulta em manifestações clínicas e sequelas que constituem a síndrome de resistência à insulina. Hiperglicemia Octeto de Defronzo: • Diminuição da secreção da insulina pela células b das ilhotas pancreáticas • Aumento da secreção de glucagon pelas células alfa das ilhotas pancreáticas • Diminuição do efeito incretínico no intestino • Aumento da lipólise • Alteração da microbiota intestinal • Aumento da reabsorção tubular de glicose • Diminuição da captação de glicose • Aumento da produção de glicose hepática Rastreio de DM População que deve ser rastreada: • Uso de medicação (corticoide, anti-psicotico) • História prévia de DMG • > 45 anos • Qualquer idade com sobrepeso/obesidade, HAS, história familiar de DM2 Pré-DM → tratamento / prevenção • Mudança no estilo de vida – dieta (perda de 7% do peso, diminuição da gordura) e atividade física regular (150min /sem) Metas glicêmicas Fatores que influenciam: • Idade • Hipoglicemia assintomática e grave • Insuficiência renal e hepática • Comorbidades • Baixa expectativa de vida • Idosos Metas glicêmicas para gestantes Gestantes com DM pré-gestacional: • Tanto tipo 1 ou 2: meta HbA1C < 6,5% antes da concepção para evitar anomalias congênitas • Automonitorização e HbA1C Diabetes gestacional: DM durante a gestação Metas segundo ADA: • Glicemia de jejum < 95mg/dl • Glicemia 1 hora pós-prandial < 140 mg/dl • Glicemia 2 hora pós-prandial < 120mg/dl Tratamento Mudança no estilo de vida: • Alimentação saudável • Atividade física regular: 150min/semana • Educação em saúde Escolha do medicamento: • Resistência insulina, falência progressiva das células beta • Múltiplos transtornos metabólicos • Repercussões micro e macrovasculares • Risco de hipoglicemia • Custo • Obesidade Antidiabéticos orais – 4 categorias: • Aumentam a secreção de insulina • Não aumentam a secreção de insulina • Aumentam a secreção de insulina de maneira dependente da glicose, além de promover a supressão do glucagon • Promovem glicosúria (sem relação com a secreção de insulina) Agentes que aumentam a secreção de insulina Secretagogos de insulina (sulfonilureias e glinidas) Cobrem mais o período pós-prandial Ganho de peso Maior frequência de hipoglicemia Glicose entra na célula pelo receptor GLUT-2 → forma ATP → ATP faz com que feche os canais de potássio → despolariza a membrana → abre canais de cálcio → influxo de insulina; Sulfonilureia age no receptor de potássio e faz a ligação, depolarizando a membrana → entra cálcio → libera insulina. Não precisa da entrada da glicose para despolarizar a membrana → risco de hipoglicemia (cuidado em idosos) SUS → glicazida (mais moderna) – causa menos hipoglicemia e menos ganho de peso Agentes que não aumentam a secreção de insulina Acarbose (inibidor da alfaglicosidade): redução da velocidade de absorção intestinal de glicose, efeito na glicemia pós-prandial (bom para paciente que possuem hipoglicemia reativa) Metformina (biguanida): efeito anti-hiperglicemiante, reduzindo a produção hepática de glicose, ação sensibilizadora periférica Pioglitazona (tiazolidinediona ou glitazona): sensibilizadores de insulina, atuam na RI periférica em músculo, adipócito e hepatócito – melhora o desempenho da insulina sem aumentar a produção Inibidor da alfaglucosidade (acarbose) Age inibindo a enzima alfaglucosidade, que é diretamente responsável pela quebra dos açúcares complexos em glicose no TGI → redução da velocidade de absorção intestinal de glicose, efeito na glicemia pós-prandial Não promove hipoglicemia Neutra no peso Efeito colateral: flatulência, diarreia e dor abdominal Tiazolidinediona ou glitazona (pioglitazona) Sensibilizadores de insulina, atuam na RI periférica em músculo, adipócito e hepatócito – melhora o desempenho da insulina sem aumentar a produção Menos lipólise, menor quantidade de AGL circulante, menos lipotoxidade, menor depósito ectópico de gordura, menor RI → melhora ação das células beta pancreática Ajuda no tratamento de esteatose hepática Contraindicada em insuficiência cardíaca classes III e IV, gravidez e anemia Biguanida (metformina - SUS) Redução da produção hepática de glicose com menor ação sensibilizadora da ação insulínica. Queda de 40-70 mg/dl na GJ, queda de 1-2 pontos na HbA1C Efeitos colaterais: desconforto abdominal, diarreia, náusea (com o tempo, o paciente tolera a medicação), deficiência de B12 Contraindicada em insuficiência renal e gravidez Agentes que aumentam a secreção de insulina dependente de glicose e que diminuem a secreção de glucagon Inibidores da DPP-4 (gliptinas) – estabilização do GLP-1 endógeno pela inibição da enzima que o degrada, a DPP-4 Análogos de GLP-1: glicose dependente O GLP-1 (glucagon-like peptide-1) é um hormônio intestinal que aumenta a secreção de insulina de forma glicose-dependente, inibe a secreção de glucagon e a produção hepática de glicose, diminui o esvaziamento gástrico, tem ação sobre os mecanismos de apetite e saciedade a nível central e sobre a adiposidade, além de exercer ações diretas e indiretas sobre o sistema cardiovascular. Este hormônio é rapidamente inativado pela enzima dipeptidil-peptidase 4 (DPP-4). Inibidores da DPP-4 (gliptinas: Vildaglitpina, saxaglitina, linagliptina, alogliptina) Aumentam o nível de GLP-1, com aumento da síntese e secreção de insulina, além da redução de glucagon. Rara hipoglicemia (medicação boa para idosos) e efeito neutro no peso Análogos de GLP-1 (Liraglutida, semaglutida (semanal), exenatida) Medicamentos injetáveis. Causam pouca hipoglicemia. Auxiliam na perda de peso. Reduzem o risco cardiovascular. Reduzem a PA sistólica, reduz a glicemia pós-prandial. Efeitos colaterais: náusea, pode ter hipoglicemia, diarreia. Não causampancreatite, porém paciente com histórico de pancreatite não se recomenda o uso dessa medicação Agentes que promovem a glicosúria Inibidores de SGLT-2: impedem a reabsorção de glicose pela inibição das proteínas SGLT2 nos túbulos proximais dos rins. Promove glicosúria. Rara hipoglicemia Redução do peso Redução da PA Redução de eventos cardiovasculares e mortalidade em paciente com DCV CI para paciente com insuficiência renal crônica com taxas de filtração baixa (< 45ml/min) Orientar paciente tomar cuidado com possíveis infecções do trato urinário, devido a perda de glicose Principal efeito colateral: candidíase Recomendações de controle glicêmico Pacientes com manifestações leves: GJ < 200mg/dl → MEV + metformina Pacientes com manifestações moderada: GJ >200mg/dl e < 300mg/dl → MEV + metformina + ADO Pacientes com manifestações graves: GJ >300mg/dl → insulina Insulinização no paciente DM2 Iniciar a insulinização com insulina basal, geralmente em combinação com outros ADO Titulação progressiva da dose deve ser realizada de acordo com níveis de glicemia capilar Se hiperglicemia pós-prandial significativa, não controlada com insulina basal e ADO → insulina rápida Dose inicial: 0,1 – 0,2 UI/kg/dia, normalmente a noite (bedtime) Condições clínicas que exigem insulinoterapia imediata: • Emagrecimento rápido e inexplicado • Hiperglicemia grave + cetonemia/cetonuria • Doença renal ou hepática • Gravidez • Infecção • Cirurgia • Pós-IAM ou AVC Insulina basal (anabólico – engorda) + análogo de GLP1 (emagrece) Insulina basal-plus com ou sem ADO Utilizado em paciente com graus mais adiantados de perda de função das células beta Introduz insulina rápida, uma ou mais doses Reduz ou suspende os secretagogos Dose total diária de insulina no esquema basal-bolus: 0,5 – 1,5UI/kg/dia Complicações crônicas Doença cardiovascular é a principal causa de morte em DM2. Doença cardiovascular (52-80%); doença renal (10-20%); doença cerebrovascular (15%) Microvasculares: • Nefropatia diabética • Retinopatia diabética • Neuropatia diabética Macrovasculares: • Doença arterial coronariana • Doença arterial periférica • Acidente vascular cerebral 1 a cada 5 pacientes com DM apresenta complicações microvasculares. No brasil, 12% dos pacientes com DM2 apresentam complicações macrovasculares Redução do risco cardiovascular – tratamento da dislipidemia Estratificação de risco Paciente DM2 tem 2-4x mais chance de desenvolver doença coronariana. DM2: risco aumentado para AVC, IC, DAOP, doença microvascular Redução na expectativa de vida: 4 a 8 anos Categorias: • Baixo risco • Intermediário risco • Alto risco • Muito alto risco Fatores de estratificação para pacientes com DM: • Idade > 49 anos para homens e > 56 anos para mulheres • Diabetes mellitus com duração superior a 10 anos • História familiar prematura de doença cardiovascular • Presença de síndrome metabólica (critérios IDF) • Hipertensão arterial sistêmica tratada ou não tratada • Tabagismo atual • Taxa de filtração glomerular estimada < 60ml/min • Albuminúria > 30 mg/g de creatinina • Neuropatia autonômica cardiovascular • Retinopatia diabética Marcadores de aterosclerose subclínica: • Escore de cálcio coronário > 10 Agatston • Placa na carótida (espessura intima-média > 1,5mm) • Angiotomografia de coronárias com presença de placas • Índice tornozelo-braquial < 0,9 • Presença de aneurisma de aorta abdominal Doença aterosclerótica clínica: • Síndrome coronariana aguda • Angina estável ou infarto agudo do miocárdio prévio • AVC isquêmico ou ataque isquêmico transitório • Insuficiência vascular periférica (úlcera isquêmica) • Revascularização de qualquer artéria por aterosclerose: carótidas, coronárias, renais e de membros inferiores • Amputação não traumática de membros inferiores • Doença aterosclerótica grave com obstrução > 50% em qualquer artéria Metas de colesterol Meta triglicérides → <150mg/dl Doença coronariana silenciosa DM2 ECG: indicado anualmente Teste ergométrico: • Anormalidade no ECG • Sintomas atípicos • Iniciar atividade física de alta intensidade Cintilografia de perfusão miocárdica com estresse / ECO com estresse farmacológico: não recomendado em pacientes assintomáticos, pode ser solicitado no ECG com bloqueio de ramo esquerdo, incapacidade física ou CI de realizar teste ergométrico. Doença renal do DM Nefropatia diabética: pacientes com proteinúria detectável persistente, em geral associada a uma elevação da PA Está associada a aumento da mortalidade, principalmente por doença cardiovascular Tanto a excreção urinária de albumina como a TFG são preditores independentes de doença cardiovascular e de mortalidade em DM2 Classificação Estágio I: depuração de creatinina ≥ 90ml/min, alteração no exame de urina (microalbuminúria, proteinúria) e/ou ultrassonografia renal (cisto, cálculo) Estágio II: depuração de creatinina entre 60-89 ml/min Estágio III: depuração de creatinina entre 30-59 ml/min • IIIa: 45-59 ml/min • IIIb: 44-30 ml/min Estágio IV: depuração de creatinina entre 15-29 ml/min Estágio V: depuração de creatinina < 15 ml/min Diagnóstico Rastreio: • Ao diagnóstico de DM2 e depois anualmente • Após 5 anos do início do DM1 ou DM1 persistentemente descompensado ou na puberdade Medida de Albuminuria em amostra isolada de urina • Deve ser confirmado em 2 de 3 amostras coletadas em um intervalo de 3 a 6 meses • “falsa elevação de Albuminuria”: febre, IC, hiperglicemia grave, HAS não controlada Taxa de filtração glomerular: concentração de creatinina não pode ser usada isolada como índice isolado de avaliação de função renal • Equação de Cockcroft-Gault • MDRD • CKD-EPI → preferível Diagnóstico diferencial - não relacionado ao diabetes • Início abrupto da proteinúria e rapidamente progressivo • Início da proteinúria em paciente nos quais o DM tem duração inferior a 5 anos • Não compatível com o curso clínico da DRD • Alterações no sedimento urinário • Manifestações clínicas de outras doenças sistêmicas • Ausência de retinopatia e neuropatia em DM1 (retinopatia diabética precede o surgimento de DRD) Tratamento Objetivo: evitar seu aumento progressivo e desacelerar o declínio da TFG, além de prevenir a ocorrência de eventos cardiovasculares Controle glicêmico intensificado: evitar hipoglicemia Controle intensificado da pressão arterial e bloqueio do sistema renina- angiotensina-aldosterona: diminuem a EUA e a progressão para estágios mais avançados da DRD • IECA = BRA • Não fazer duplo bloqueio → sem evidência Pé diabético Infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos moles associadas a alterações neurológicas e vários graus de doença arterial periférica nos membros inferiores. Fisiopatologia Alterações vasculares → isquemia, ulcerações Neuropatia autonômica → anidrose Neuropatia sensitivo motora → perde a sensibilidade Úlceras Rastreio DM2 logo após o diagnóstico DM1 – 5 anos após o diagnóstico Avaliação vascular + exame neurológico Exame físico Inspeção • Observar calçados • Vasos dilatados • Pele seca, rachaduras, fissuras, calosidade • Cor da pele • Micose interdigital • Micose ungueal • Pelos presentes • Edema • Deformidades osteoarticulares • Palpação dos pulsos bilateralmente • Índice tornozelo braquial Monofilamento 10g: • Avalia a sensibilidade protetora plantar • Rastreio de polineuropatia diabética e risco de ulceração neuropática • Realizar em 4 áreas plantares Diapasão 128Hz: avalia a sensibilidade vibratória, cuja função é de equilíbrio Reflexo de aquileu com manobra de Jendrassik Outros testes: • Teste do palito: avalia sensibilidade dolorosa • Testede sensibilidade térmica: tubos de ensaio Exames de imagem RX: avalia fratura, deformidade RNM: mais sensível Tratamento ATB oral ou endovenoso, não tópico Artropatia de Charcot Processo inflamatório descontrolado e persistente em articulações e partes moles do pe´. Microfraturas, deformidades, colapso da articulação do médio pé Retinopatia diabética Quanto maior o tempo de evolução do DM maior o risco de RD Edema macular diabético é a principal alteração responsável por perda irreversível da acuidade visual Período assintomático Sintomas: visão embaçada, perda da visão, distorção das imagens Rastreio: • DM1: > 5 anos, puberdade ou gestação • DM2: ao diagnóstico Anualmente Classificação Ausência de retinopatia Retinopatia diabética não proliferativa: • Retinopatia diabética não proliferativa leve: somente microaneurismas • Retinopatia diabética não proliferativa moderada: microaneurismas + outras alterações que não caracterizem retinopatia severa • Retinopatia diabética não proliferativa severa: qualquer uma das 3 alterações: o Hemorragias nos quatro quadrantes da retina o Dilatações venosas em um quadrante o Alterações vasculares intrarretinianas em um quadrante • Retinopatia diabética não proliferativa muito severa: presença de duas das três alterações do quadro de retinopatia diabética não proliferativa severa Retinopatia diabética proliferativa: presença de neovascularização no disco óptico ou na retina; hemorragia vítrea Tratamento Otimizar o controle glicêmico para reduzir o risco e a progressão da RD e otimizar o controle da hipertensão arterial (≤ 140 X 90 mmHg) e da dislipidemia para reduzir o risco e a progressão da RD. Fotocoagulação a laser Farmacomodulação com antiangiogênico Infusão intravítrea Implante intravítreo Fatores que pioram a RD • Má qualidade do controle glicêmico/variabilidade glicêmica • História familiar de diabetes, independentemente do tipo • Hipertensão arterial sistêmica • Puberdade • Dislipidemia • Gestação • Tabagismo • Melhora muito rápida do controle glicêmico em pacientes cronicamente mal controlados Neuropatia diabética Presença de sintomas e/ou sinais de disfunção dos nervos do sistema nervoso periférico somático e/ou autonômico em indivíduos com DM. Diagnóstico diferencial • Hipotireoidismo, porfiria • Álcool, deficiência de vitamina B12 • HIV, hanseníase • Síndromes paraneoplásicas • Iatrogênicas: isoniazida, vincristina • Amiloidose familiar Classificação Autonômicas • Cardiovasculares: taquicardia de repouso, hipotensão ortostática, morte súbita • Gastrointestinal: gastroparesia, enteropatia (diarreia), hipomotilidade colônica (constipação) • Sudomotora: hipoidrose distal / anidrose, sudorese gustatória • Urogenital: cistopatia, disfunção erétil, disfunção sexual feminina • Hipoglicemia não percebida • Disfunção pupilar Polineuropatia difusa simétrica Mais comum, início insidioso Dor neuropática: surge em repouso, melhora com movimento / atividade, exacerbação noturna Sensação de pontada, lancinante, congelamento, queimação Tratamento Controle glicêmico Perda de peso Cessar tabagismo Controlar dislipidemia, controle pressórico Fármacos: • Anticonvulsivantes: gabapentina, pregabalina • Antidepressivos tricíclicos: amitriptilina • Inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina: duloxetina e venlafaxina Neuropatia diabética Simétricas e generalizadas Sensoriais aguda Sensorial-motora crônica Autonômica Focais e multifocais