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CÂNCER DE OVÁRIO

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CÂNCER DE OVÁRIO 
1)INTRODUÇÃO 
-70-75% dos casos de CA de ovário tem diagnóstico 
tardio, o que o torna muito perigoso. 6-7% das 
mulheres são portadoras de massas anexiais 
assintomáticas. 80-85% das massas anexiais são 
benignas. 
• >65 anos: 1/3 dos casos de CA de ovário 
• <45 anos: 1/15 dos casos de massa anexial é 
CA 
-Aproximadamente 80% são benignos, e ocorrem 
principalmente em mulheres jovens entre os 20 e 45 
anos. Os tumores malignos são mais comuns em 
mulheres mais velhas, entre os 45 e 65 anos de idade. 
-Paciente com parente de 1º grau com CA de ovário 
tem risco 3x maior que população geral. Por isso, 
sempre pesquisar sobre parentes que fizeram cirurgia 
ovário e retirada de ¨caroço¨ no ovário. 
-Os tumores do ovário são caracterizados por se 
apresentarem de forma variada. Tal circunstância está 
relacionada com o fato de que o ovário normal pode 
exibir 3 tipos de células: o epitélio celômico/epitelial 
(superfície multipotente), as células germinativas 
totipotentes e as células estromais do cordão sexual, 
cada uma das quais associada a vários tumores bem 
distintos. 
 
-A maioria dos tumores ovarianos tem origem no 
epitélio de superfície e sua apresentação maligna é 
responsáveis por quase 90% dos cânceres de ovário. 
-Fatores de risco: 
• Menarca precoce, menopausa tardia, 
nuliparidade, obesidade, antecedentes 
pessoais de CA mama, colorretal e ovário, 
mutação dos genes BRCA1 e BRCA2. 
-Fatores de proteção: 
• Uso de ACO por >5anos, multiparidade, 
amamentação prolongada, ligadura tubaria e 
histerectomia. 
2)DIAGNÓSTICO 
-As massas anexiais tem características que 
diferenciam os tumores em: 
• BENIGNOS: massas unilaterais, císticas, 
móveis e lisas. 
• MALIGNOS: massas bilaterais (risco 2,6x), 
sólidas, fixas, irregulares, associada à ascite, 
nódulos em fundo-de-saco e rápida 
velocidade de crescimento. 
Obs.: apesar de nem todo TU sólido ser maligno, 
como teratoma imaturo de germinoma, é benigno. 
-Na anamnese tem queixas inespecíficas (dor 
abdominal, intestinal e pélvica incaracterística, 
dispepsia, sintomas urinários, aumento do abdome) 
ou são assintomáticas (30%). Além disso, 1 em cada 
10 mil palpações é suspeito, que ainda podem ser 
confundidos com mioma subseroso, processo 
abdominal e etc. 
-No exame físico, faz exame pélvico + toque retal 
(analisa invasão). A partir do achado de massas pela 
palpação abdominal caracteriza-se suas dimensões, 
superfície, mobilidade, consistência e localização. Em 
casos mais avançados, pode ter ascite, massa 
abdomino-pélvica, suboclusão intestinal ou derrame 
pleural. 
-Exame digital bimanual é útil em tumores grandes, 1 
em cada 10 mil mulheres assintomáticas é detectada 
por esse método. 
-USG TV é o mais pedido, capaz de ver tamanho 
(>20cm3), localização, se é cístico ou se é sólido, se é 
unilateral ou bilateral – tem boa sensibilidade e 
especificidade, mas não afirma se é benigno ou 
maligno. Se for muito grande, complementa com USG 
ABD ou TC. Possibilitou aumento na taxa de 
laparotomias. 
-Indicadores de malignidade na USG: 
• Sólido (maior característica de malignidade), 
cístico com projeções sólidas (risco 
intermediário, ver tamanho da projeção, se 
ela tem fluxo vascular) 
• Septos grossos, irregulares, heterogêneos e 
espessos (o cisto simples não tem septo, ele 
tem só uma cavidade, é uniloculado) 
• cisto multiloculado, com limites imprecisos, 
projeções papiliformes, ecos refringentes e 
implantes peritoneais (nódulo em fundo de 
saco) + ascite. 
Obs.: o estadiamento do CA ovário é cirúrgico. 
-Doppler caracteriza regiões sob ação angiogênica, 
uma vez que uma parte sólida tumoral é muito 
vascularizada, é indicativo da múltiplas divisões 
celulares, crescimento rápido a favor de malignidade. 
Não é preciso no rastreio, usa-se esse artificio somado 
a outros critérios. É útil quando se tem o diagnóstico 
da tumoração no ovário para diferenciar entre 
benigno e maligno. 
-Não há valor de corte para o índice de resistência
(IR) ao USG doppler (clássico < 0,4 = malignidade).
Porém tem papel controverso. O IR refere-se a
resistência da parede dos vasos em relação a
passagem do fluxo sanguíneo, pois quando um vaso é
bem formado, com camada muscular forte, ele tem
resistência maior. No caso de vasos da massa tumoral,
são formados rapidamente e não possuem camada
muscular espessa, gerando baixa resistência para a
passagem de grande de fluxo sanguíneo, um alto fluxo
sanguíneo passa com facilidade.
A massa benigna é o contrário, tem alta resistência e 
baixo fluxo. 
-A RM e TC não são usadas para rastreamento, são
mais caras e não trazem características diferenciais
das vistas na USG. São solicitados para complementar
casos de tumores grandes, para saber extensão, se
atinge retroperitônio, intestino e outras metástases,
ou seja, para fazer planejamento cirúrgico.
• RM: comparado ao USG e TC, tem maior
acurácia em diagnóstico de malignidade (91%)
• Associação do USG com RM diminui os falsos
positivos do USG isolado
-Os marcadores tumorais dependem do tipo de célula
da massa, cada linhagem de células tem seu tipo de
marcador tumoral diferente. O mais conhecido é o
CA-125, pois é característico dos tumores epiteliais (+
comum), apesar do seu aumento não ser exclusivo de
tumores ovarianos (endometriose, mioma, DIP são
diagnósticos diferenciais). O valor normal é <35 U/mL.
Também é dosado para acompanhamento após
cirurgia.
*Paciente com >50 anos e CA-125 aumentado e já 
parou de menstruar, até que se prove o contrário, é 
neoplasia (80% tem associação positiva com CA 
ovário). Mas em uma paciente mais jovem, somente 
CA-125 não é confiável (apenas 25% são positivos por 
associação com CA de ovário), exceto nos casos que 
você tem uma dosagem extremamente alta. 
-O diagnóstico de certeza depende do exame 
anatomopatológico de material obtido no momento 
da cirurgia.
3)TRATAMENTO
-Na maioria dos casos é histerectomia total +
ooforectomia + laparotomia (retirada do tumor de
dentro da cavidade).
-Tumores pequenos até 8cm e cístico, não indica
cirurgia, pois pode ter regressão em 6-8 semanas com
tto hormonal. Contudo, se for totalmente sólido ou 
>8cm ou em crescimento, precisa operar pelo risco de
romper.
-Em casos de lesão cística, mas com tumoração,
vegetação, grande parede ou bloqueio alterado, tem
indicação cirúrgica. Ou ainda, um tumor com ascite,
massas muito grandes, ou suspeita de torção é
cirurgia.
*Paciente chega com USG alterado, 1º define idade e
se tá na menacme ou menopausa.
*Na menopausa se for >2cm e sólido, faz laparotomia
para retirar, na menacme não, ver tamanho, cisto com
paredes finas e pequeno componente sólido até 8 cm,
avalia e faz tto com hormônio, pois a maioria regride,
mas se >8 cm ou tem muito componente sólido, vai
para laparotomia. Se regrediu com hormônio,
acompanha-se a cada 6 meses; se mesmo com ACO,
ele permanece ou aumenta de tamanho, tem que
operar.
-Indicações de abordagem cirúrgica relacionados à
tumoração:
1. Cistos simples >8cm, sem regressão após 6-8
semanas (com ou sem ACO)
2. Lesão ovariana sólida
3. Lesão cística com vegetação ou tumoração em
parede
4. Ascite
5. Massa anexial palpável ou sintomática
6. Suspeita de torção ou ruptura
-Massa anexial palpável – USG (deve-se excluir
problemas não-ginecológicos) →
• Pré-menarca → > 2 cm cístico/sólido →
cariotipo, alfafetoproteinas e beta HCG →
laparotomia explorativa
• Menarca → > 8 cm (cistíco/solido →
laporotima explorativa; < 8 cm ( cistico →
observação com supressão hormonal →
baixou o tamanho -seguimendo clinico, não
baixo de tamamho ou progresão –
laparotomia explorativa)
• Pós-menopausa → > 2 cm cístico/sólido → 
laparotomia explorativa 
-Massas anexiais sugestivas de benignidade= conduta 
expectante e acompanhamento clínico e 
ultrassonográfico em intervalos curtos (40 dias). Se 
inalteradas continua-se o seguimento e após um ano 
de evolução inalterada pode-se manter o seguimento 
com intervalos maiores (anual). A maioria das massas 
anexiais funcionais regridemespontaneamente com 
ou sem tratamentos medicamentosos. Quando 
houver progressão no tamanho ou na complexidade 
das massas anexiais inicialmente tidas como benignas, 
deve-se proceder a exérese para diagnóstico. 
-Massas anexiais complexas= devem ser retiradas 
para diagnóstico anatomopatológico por exame de 
congelação. A via de acesso pode ser laparoscópica ou 
laparotômica. 
-Carcinoma de ovário= cirurgia citorredutora seguida 
de quimioterapia. Inclui: anexectomia bilateral, 
histerectomia total, omentectomia, biópsia de todas 
as superfícies peritoneais suspeitas, desde a cúpula 
diafragmática até a pelve, linfadenectomia pélvica e 
para-aórtica. 
 
-Estadiamento é cirúrgico, por laparotomia c/ incisão 
longitudinal, para documentar a verdadeira extensão 
da doença, pois em cerca de 1/3 dos casos existe 
doença extrapélvica e isto tem implicações no 
tratamento e no prognóstico. É complementado com 
RX, USG, urografia, enema opaco, TAC. Faz: 
• Coleta de líquido ascítico ou lavado peritoneal 
para citologia oncótica; 
• Inventário da cavidade e inspeção de toda 
superfície peritoneal; 
• Biópsias para investigar metástases ou 
ressecção das aderências. 
• Omentectomia infracólica 
• Linfadenectomia para complementar o 
estadiamento 
-Cirurgia deve ser radical, sem causar danos ao TGI ou 
TGU. Nunca puncionar o tumor, deve-se trocar de 
luva e instrumentos para o fechamento da parede. 
-Nos casos em que não é possível proceder-se a uma 
cirurgia primária completa, seja pela condição clínica 
da paciente limitante, seja pela presença de ascite 
volumosa ou em razão de extensão tumoral maciça, 
indica-se a quimioterapia neoadjuvante à base de 
taxano (paclitaxel) e composto de platina (cisplatina 
ou carboplatina) por três a seis ciclos, seguidos de 
cirurgia para citorredução máxima e, após, de 
quimioterapia adjuvante com o mesmo esquema, no 
caso de resposta à quimioterapia neoadjuvante. 
-Prevenção secundária (rastreamento) não é 
comprovadamente eficaz. 
 
-Seguimento: 
 Exame ginecológico trimestral no 1º ano, 
quadrimestral até o 3º ano, semestral até o 5º 
ano e anual após os cinco anos. 
 Faz dosagem de marcadores a cada retorno e 
analise individual de exames de imagem. 
 
4)LESÕES OVARIANAS BENIGNAS 
• CISTOS FOLICULARES E CISTOS DO OVÁRIO 
POLIMICROCÍSTICO 
-São os mais comuns são cistos foliculares e os cistos 
do ovário polimicrocístico. Características: 
 Mulher na faixa reprodutiva 
 Geralmente assintomáticos 
 Regressão espontâneo em 4-6 semanas, após 
esse período, repete USG TV. 
 100% cístico, unilobular, parede fina e regular, 
sem projeção ou vegetação ou septos. 
 Raramente maiores que 7 cm 
-Ocorrem quando folículos ovarianos não se rompem 
durante o ciclo menstrual. Pode indicar ACO para 
acelerar o processo de reabsorção. 
• CISTOS DO CORPO LÚTEO 
-Corpo lúteo é formado após a liberação do óvulo, na 
pós-ovulação, esses cistos geralmente são unilaterais, 
possuem paredes mais espessas e irregulares, são 
mais ecogênicos e podem ter presença de sangue. São 
-Podem romper ocasionalmente e levar ao quadro de 
hemoperitôneo. 
• CISTOS TECA-LUTEINICOS 
-Menos comuns, geralmente são bilaterais e 
múltiplos. Podem atingir grandes proporções, tem 
regressão espontânea após esvaziamento uterino. 
-Relacionado com doença trofoblástica gestacional 
(gravidez molar). 
São cistos com caráter cíclico e costumam ter 
redução espontânea em um ou dois ciclos, USGs feitos 
de modo sequencial podem demonstrar a regressão 
completa das imagens císticas, a depender da fase do 
ciclo. 
 A conduta diante dos cistos ovarianos é 
expectante. 
5)NEOPLASIAS OVARIANAS BENIGNAS 
• TERATOMA CÍSTICO MADURO (CISTO 
DERMÓIDE) 
-Tumor mais frequente no início da menacme, é uma 
neoplasia derivada de células germinativas e por isso 
são caracterizadas por ter unhas, cabelos e outros 
componentes – tumores de diferenciação 
ectodérmica. São bilaterais em 10% dos casos. 
-Transformação maligna (CEC) < 2%. Principal 
complicação: torção – o mais comum é a 
apresentação com dor pélvica súbita em topografia 
anexial, elucidado com USG que mostra um ovário 
ingurgitado, edemaciado em relação ao ovário 
normal, muitas vezes com massa anexial. A 
confirmação se dá por Doppler, que demonstra 
ausência de fluxo arterial e venoso. A conduta é 
cirúrgica: distorção associada à fixação ovariana 
(ooforopexia) local para prevenir nova torção. 
-Na USG, é hiperecogênico e heterogêneo, sendo bem 
localizado no meio do ovário. Se for >2cm, faz cirurgia 
pelo risco de orção. 
 
• CISTOADENOMA SEROSO 
-É a neoplasia epitelial benigna mais comum do 
ovário, bilateral em até 25% dos casos. 
• CISTOADENOMA MUCINOSO 
-Maiores dimensões/multisseptado. É bilateral em até 
10% dos casos, tendo conteúdo mucoide. Pode estar 
associado à formação de adenomucinose 
(pseudomixoma peritoneal). 
 Cistoadenomas serosos e mucinosos costumam ter 
conteúdo líquido e límpido, enquanto os cistos 
dermoides, também chamados teratomas maduros, 
têm pelos e tecidos: gordura, ossos, dentes e sebo, 
tornando seus conteúdos espessos e mais 
refringentes. 
• TUMOR DE BRENNER 
-Possuem epitélio de céls transicionais semelhante ao 
urotélio (céls da mucosa da bexiga), com rara 
malignização. 
• STRUMA OVARII 
-Presença de tecido tireoidiano, se for funcionante, 
pode levar a tireotoxicose pelo excesso de T3 e T4. 
6)NEOPLASIAS OVARIANAS MALIGNAS 
-Maior taxa de letalidade dentre as neoplasias 
ginecológicas, corresponde a 6% dos tumores 
malignos em mulheres. Risco aumenta conforme o 
número de parentes de primeiro grau desenvolver o 
CA de ovário é maior. 
-80% dos casos ocorre em pacientes na pós-
menopausa, a incidência é crescente com a idade. 
Ademais, há relação com nuliparidade e infertilidade. 
-Fatores de proteção: gravidez, maior paridade e uso 
de ACO por 5 anos (reduz risco em nulíparas) ou por 
10 anos (reduz risco em pct com história familiar). 
-Vias de disseminação: maioria das vezes local, mas os 
principais sítios são pulmão, diafragma e por isso no 
estadiamento faz raio-x. 
 TRANSCELÔMICA – implantes ou esfoliação 
 LINFÁTICA – linfonodos pélvicos e 
retroperitoneais 
 HEMATOGÊNICA – metástase a distância 
Obs.: o derrame pleural à direita é a manifestação de 
doença metastática supra-diafragmática mais 
frequente 
• TUMORES EPITELIAIS MALIGNOS 
-Representam 85-90% das neoplasias ovarianas, 
formados por células epiteliais de superfície do ovário 
(epitélio celômico ou mesotélio). Tipos: 
cistoadenocarcinoma seroso, cistoadenocarcinoma 
mucinoso, tumor endometrióide, de céls claras, 
escamóticas ou mistos. 
-Tratamento é cirurgia seguido de quimioterapia 
baseada em platina. 
• TUMORES MALIGNOS DE CÉLULAS 
GERMINATIVAS 
-Derivam de céls germinativas primordiais ovarianas, a 
maioria ocorre na 2ª e 3ª década de vida. 60-75% é 
diagnosticado no EC I. Podem ter histologia mista. 
-Massa abdominal e dor são os principais sintomas 
devido ao crescimento rápido, distensão da capsula 
ovariana, hemorragia e necrose. Em pacientes jovens, 
a dosagem de B-hCG e da alfafetoproteína são 
realizadas. 
-Tipos: Disgerminoma (mais comum, 40% dos casos, 
positiva em b-HCG e DHL), TU do seio endodérmico 
(22%, positiva AFP e DHL), Teratoma imaturo (20%, 
positiva AFP e DHL), Carcinoma embrionário (raro), 
Coriocarcinoma (raro), Poliembrioma (raro) e tumores 
mistos. 
-Devido a prevalência em idade jovem, a manutenção 
da fertilidade é considerada no tratamento, 
• TUMORES DERIVADOS DO CORDÃO SEXUAL-
ESTROMA OVARIANO 
-Na maioria das vezes, são tumores de células da 
granulosa, que produzem estrogênio. Correspondem 
a 90% dos tumores ovarianos produtores de 
hormônios. 5-10% das neoplasias ovarianas, sendo 
70% tumores das céls da granulosa. 
-Sempre investigar endométrio, pois está associado a 
hiperplasia endometrial (55%) e adenocarcinoma 
endometrial (5-10%) – geralmente bem diferenciado. 
-Fatores prognósticos: estado clínico, rutura, massa 
tumoral volumosae atividade mitótica (>10/10 CGA 
 pior prognóstico). 
*Tumores das céls da granulosa: tem bom 
prognóstico, destaca-se a presença de corpúsculos de 
Call-Exner na sua histologia e positiva o marcador 
tumoral inibina B. É dividido em subtipo adulto (95% 
dos casos) e subtipo juvenil (5%, relacionado a 
puberdade precoce e sangramento uterino, 
normalmente limitado a um ovário). 
*Tumores das céls da TECA (tecomas): consiste em 
células neoplásicas do estroma ovariano com acumulo 
de lipídeos, é chamado assim por ser constituído 
totalmente de céls da teca benignas (rara 
malignidade). São produtores de estrogeneo e 
associados a hiperplasia endometrial e CA 
endométrio. 
*Fibromas: mais comuns tumores ovarianos 
derivados do cordão sexual-estroma, não são 
produtores de estrogênio, ocorre principalmente na 
pós-menopausa. São benignos, mas atingem grandes 
volumes e geram a síndrome de Meigs (fibroma 
ovariano + ascite + hidrotórax). 
Obs.: síndrome de Gorlin (carcinoma basocelular + 
fibromas). 
• TUMORES OVARIANOS DE BAIXO POTENCIAL 
DE MALIGNIDADE – TUMORES ¨BODERLINE¨ 
-Tumor que a classificação não está clara, mas sabe 
que é de origem epitelial, os mais comuns são serosos 
e mucinosos. Se for variante micropapilar, tem pior 
prognóstico. Outros subtipos são: transicional e 
endometrióide. Correspondem de 10 a 15% de todos 
os tumores epiteliais do ovário. São caracterizados 
pela ausência de infiltração estromal. 
-1/3 dos casos têm idade menor que 40 anos. 70% dos 
tumores borderline de ovário são ECI. CA 125:elevado 
40% ECI e 91% ECIII. 
-Em alguns casos reside a hipótese de a doença extra 
ovariana ser proliferação multifocal celômica e não 
doença metastática. 
-Faz tratamento cirúrgico + linfadenectomia pélvica e 
retroperitoneal, e avalia por mais tempo porque tem 
o risco maior de malignidade. 
• Paciente jovem: você pede ultrassom com 
doppler, CA-125, BHCG e estrogênio. 
• Paciente na pré- menacme: você pede BHCG, 
alfa-fetoproteína. 
• Paciente na menopausa: CA-125. 
INFORMAÇÕES ADICIONAIS: 
No ovário, de acordo com o tipo de tecido a que mais 
se assemelham, recebem denominações distintas. 
Quando assumem características de endotélio 
similares ao revestimento das tubas, são chamados 
serosos; similares ao endométrio, endometrioides; 
similares ao epitélio endocervical, mucinosos; há, 
ainda, os similares às células transicionais da bexiga, 
chamados de tumores de Brenner, e os similares às 
células endometriais na gestação, chamados tumores 
de células claras. 
Os tipos mais frequentes são, em concordância com 
os tumores tipicamente benignos e malignos, os 
serosos e os mucinosos. Os serosos podem ser 
bilaterais, mas costumam atingir dimensões inferiores 
às dos mucinosos, que são os de maior volume.

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