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A música no séc XX

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A música no séc XX
Contexto Histórico
Em 11 de março de 1913, o compositor italiano Luigi Russolo escreve uma carta ao amigo, e também compositor, Francesco Balilla Pratella, descrevendo as impressões e ideias que teve após a audição de uma peça de Pratella dias antes. Esta carta serviu de base ao Manifesto Futurista, intitulado “L’arte dei rumori” (A arte do ruído) publicado em 1916. Na carta, Russolo descreve como o ruído está incorporado na sociedade de então, especialmente após a revolução industrial e a ampla difusão de máquinas de todos os tipos, incorporadas fortemente ao cotidiano das pessoas a partir do início do século XX, e escreve que “a arte musical, cada vez mais complexa, busca a combinação de sons mais dissonantes, mais estranhos, mais ásperos aos ouvidos. Aproximamo-nos assim, sempre mais, do som ruidoso” (RUSSOLO, 1916).
Russolo vislumbrava uma música que pudesse suportar a presença de ruído, ou mesmo que fosse composta por ruídos, e assim ele cria, em meados de 1913, o intonarumori, família de instrumentos musicais geradores de sinais acústicos que permitem alguns controles de altura e dinâmica. São divididos em categorias de acordo com o som produzido: crepitação, ondulação, estampido, roncadores, produtores de uivos etc., cada qual com tamanhos e registros diferentes. Russolo apresentou suas obras com diferentes formações instrumentais e intonarumori por toda a Itália, Paris e Londres, recebendo boas críticas de compositores e pensadores da época (RICKEY, 2002). O artista plástico Piet Mondrian escreveu um longo artigo sobre o intonarumori e o trabalho de Russolo na revista De Stijl, editada por Theo van Doesburg entre 1917 e 1920.
A partir de Russolo, muitos outros compositores trabalharam com a possibilidade de incorporar ruídos e sons incomuns na produção musical, inclusive a partir dos instrumentos acústicos através de técnicas estendidas, culminando na música concreta francesa e na música eletrônica alemã da metade do século XX e seus desdobramentos posteriores.
Ainda na primeira metade do século XX, dois instrumentos abriram espaço para novas sonoridades dentro da composição musical, o Theremin e o Ondas Martenot, ambos com nomes atribuídos aos seus inventores. O Theremin, inventado por volta de 1920 pelo físico russo Lew Sergejewitsch Termen (conhecido no ocidente por Léon Theremin); o Ondas Martenot, inventado pelo francês Maurice Martenot em 1928. Estes dois instrumentos contribuíram para a inclusão de novas sonoridades junto às orquestras e instrumentos “convencionais”. Entretanto, foi na metade do século, com a ampla difusão dos equipamentos de rádio, em especial as gravações e manipulações em fitas magnéticas, que proliferaram os estúdios de música eletrônica.
Música erudita
Depois de 1945, enquanto os grandes compositores eruditos vinculados à tradição tonal continuavam a aprimorar sua obra, surgiu uma nova geração, em escala internacional, que desenvolveu de modo radical algumas das posições estéticas atonais nascidas nas décadas anteriores. Esses jovens vanguardistas se inclinaram à experimentação sonora a prática de novas ideias musicais, compartilhando algumas características:
· Consideravam anacrônicos a tonalidade e seus conceitos associados, tais como ritmo, melodia, forma ou harmonia. 
· Utilizavam majoritariamente em suas composições novos timbres e sons, por meio de instrumentos inovadores ou de novas formas de fazer soar os instrumentos tradicionais. 
A partir dos anos 1970, deu-se uma reação contra a excessiva complexidade das van- guardas e um desejo geral de recuperar a comunicação com o público, perdida nos anos anteriores. A tendência geral foi a busca, por parte de cada compositor, de uma linguagem própria e pessoal, fundamentada nos achados de décadas passadas, sem excluir a recuperação da tonalidade como um recurso a mais à disposição do compositor.
Música popular
Em paralelo à música considerada "erudita", ganhou cada vez mais prestígio e influência a música dita "popular", de caráter eminentemente urbano, em suas múltiplas modalidades. A música popular urbana assimilou as formas e convenções da música afro-americana. Essa mescla de tradições africanas e europeias, elaborada em solo norte-americano, deu origem, a partir dos anos 1950, a novas formas de jazz, às músicas populares latino-americanas e ao pop e rock em suas diversas variantes.
Correntes de vanguardas
As tendências de vanguarda sucederam-se em grande velocidade, destacando-se, entre outras, as seguintes correntes:
 O serialismo integral nasceu entre 1945 e 1960 nos cursos de verão do Instituto Internacional de Música de Darmstadt, na Alemanha. Os serialistas, partindo do dodecafonismo da Escola de Viena, aplicaram o conceito de série não só às alturas das notas, mas a todos os parâmetros da música, de maneira que as intensidades, os timbres e as durações dos sons também fossem ordenados em séries e aparecessem na obra de um modo prefixado pela técnica de composição. Desse modo, conseguia-se uma música "totalmente organizada", na qual não havia lugar para o acaso ou para preferências pessoais. Por seu rigor científico, essa corrente também foi denominada ultrarracionalismo. 
Como precursor dessa tendência deve ser citado o francês Olivier Messiaen (1908-1992), estudioso do canto dos pássaros e da música indiana, que compôs obras como Catalogue d'oiseaux (1958) e Sinfonia de Turangalila (1948).
 A música concreta, surgida som, partia de gravações em fita magnética de sons naturais ou "concretos" (risadas, palavras, ruidos), ou seja, não produzidos por instrumentos musicais. Essas gravações eram manipuladas artisticamente para a obtenção de novos mundos sonoros. Destacam-se nessa corrente os compositores franceses Pierre Schaeffer e Pierre Henry. Juntos, Schaeffer e Henry compuseram a famosa Sinfonia para um homem só (1950).
A música eletrônica utilizava apenas sons produzidos por aparelhos que os sintetizavam e era elaborada em laboratórios. Essa música proporciona grande gama de frequências e, ao mesmo tempo, muitos níveis dinâmicos. Os êxitos principais foram produzidos no Estůdio Eletrônico da Rádio de Colônia (Alemanha), obtidos por Karlheinz Stockhausen, compositor de Gesang jünglinge (O canto dos adolescentes), em 1955. 
A música eletroacústica utilizava sons concretos e eletrônicos, mesclando ambos os estilos. Inicialmente, essas tendências prescindiam da figura do intérprete, ainda que posteriormente tenha sido habitual a combinação com instrumentos tradicionais. Fizeram uso dessa música os compositores italianos Luciano Berio e Bruno Maderna.
A música aleatória supunha uma oposição ao serialismo integral porque criava obras abertas, ou seja, com múltiplas possibilidades de interpretação. O compositor pede ao intérprete que improvise ou decida entre várias opções interpretativas, sem excluir a intervenção do acaso, produzindo assim obras nas quais cada audição é diferente de qualquer outra. Seus principais representantes são o norte-americano John Cage, autor de lImaginary Landscape n° 4 (1951), para 12 rádios, e 4'33" (1952), para pianista (que se senta ao piano e fica imóvel durante 4 minutos e 33 segundos), e dois compositores poloneses, Witold Lutoslawski, Cello concerto e Krzysztof Penderecki.
A tendência estocástica ou matemática cria sua música com a ajuda de computadores e baseia-se na probabilidade matemática. O estimulador dessa corrente foi o greco-francês lannis Xenakis .
Deve-se mencionar também um dos compositores mais celebrados do século XX, o austro-húngaro György Ligeti (1923-2006), por seu uso inovador dos conceitos de textura e de densidade das massas sonoras, chamado por ele próprio de "micropolifonia". 
Correntes musicais 
1940-1950: bebop
 Jazz para pequenos grupos de músicos, procedentes das big bands. O bebop, próprio dos anos 1940, foi inventado por um grupo de jazzistas de grande talento inspirados em um músico legendário, o saxofonista Charlie Parker. Outras grandes figuras que cultivaram esse estilo foram, entre outros, o trompetistaDizzy Gillespie e o pianista Thelonious Monk . 
1950-1960: cool jazz
 Os anos 1950 foram dominados pelo cool, um estilo elegante e lírico derivado do bebop, em que se adotam algumas das novas tendências de composição do século XX. No inicio dos anos 1960, o jazz chegou a zonas experimentais muito próximas às da vanguarda da música erudita europeia. Os músicos que despontaram durante esses anos foram o trompetista Miles Davis e o saxofonista John Coltrane .
(1926-1967). 1960-1970: free jazz
Espécie de jazz polifônico em que se realizam numerosas imitações breves entre os diferentes instrumentos. Destacam-se nesse período o saxofonista e trompetista Ornette Coleman, o pianista Sun Ra e o contrabaixista Charles Mingus.
1970 até a atualidade
 A partir dos anos 1970, o jazz deixou de contar com uma direção predominante. Entre as principais tendências que se contam desde então, destacam-se:
· Electric jazz. Uso da eletrônica no jazz: instrumentos elétricos (como a guitarra e o baixo), sintetizadores, sequências gravadas previamente, samplers (amostras sintetizadas de sons de outros instrumentos). Um belo exemplo de disco nessa tendência é Tutu (1986), de Miles Davis.
· Jazz fusion. Mescla com músicas populares, como o rock e o hip-hop . 
· Jazz neoclássico dos anos 1980. Ele volta o olhar para as raizes passadas, o dixieland e o bebop. 
· O regresso do swing e das big bands sob o nome de retroswing, nos anos 1990. Destaque para os grupos Big Bad Voodoo Daddy (formado em 1990) e Squirrel Nut Zippers (formado em 1993).
No Brasil
A Música Popular Brasileira apareceu no cenário musical brasileiro logo após a explosão da Bossa Nova. Ela era vista pelos artistas como uma nova alternativa para a música brasileira, com um conceito de “música nacional”, mas seguindo alguns estilos tradicionais desse cenário. 
Apesar do nome amplo, a Música Popular Brasileira não diz respeito a qualquer estilo musical presente no Brasil. Ela se refere a um estilo musical, sendo, portanto, diferente do rock, do pop, do reggae, por exemplo. 
Desde o século XX, o termo já era utilizado, mesmo sem fazer referência a grupos musicais ou artistas específicos. Ele só apareceu como referência a um gênero específico da música alguns anos depois, quando aconteceu o declínio da Bossa Nova, que até então dominava o cenário musical da época. 
A Música Popular Brasileira surgiu com novos compositores e intérpretes, além de um novo ritmo, algo que não era samba, não era bossa nova, mas mantinha características como a suavidade e o regionalismo já presente nesses ritmos. 
Os maiores impulsionadores desse novo ritmo foram os festivais de música que faziam grande sucesso na televisão. Nesse momento, surgiram artistas como Elis Regina, Milton Nascimento, Chico Buarque, Edu Lobo, entre outros. A MPB ficou conhecida no país como “a música da universidade”, por ter o seu maior público entre intelectuais e estudantes. 
Um dos marcos do início do sucesso da MPB foi a interpretação de “Arrastão”, música de Vinicius de Moraes e Edu Lobo, por Elis Regina, no I Festival de Música Popular Brasileira, da TV Excelsior, em 1965. “Disparada”, de Geraldo Vandré e “A banda”, de Chico Buarque também são consideradas músicas essências nesse processo de transição da Bossa Nova para a MPB.
	FONTES
http://linda.nmelindo.com/2015/05/musica-e-tecnologia-no-seculo-xx/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/musica-popular-brasileira
APOSTILA – Modulo 9 “Novas tendências pós-anos 1950”
Imagens: GOOGLE

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