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EAD: O IMPORTANTE PAPEL DO PROFESSOR-TUTOR
Beatriz Cotrim da Silva [footnoteRef:1] [1: Estudante do curso de Pedagogia do Departamento de Educação, Campus XII 8º Semestre de Pedagogia Noturno. ] 
RESUMO - O objetivo desse trabalho é tematizar a respeito do importante papel do professor-tutor, na educação à distância. Bem como, entender a necessidade da tutoria para essa forma de educação. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica de cinco produções acadêmicas utilizando-se por base os autores: Souza (2004); Barreto (2007); Barbosa; Rezende (2006); Machado; Castro (2004) e Bernardino (2011). Com o surgimento das novas tecnologias de informação e de comunicação, a internet tornou-se um meio propício para a difusão do conhecimento, aumentando a oferta de cursos superiores à distância. Essa modalidade de Educação é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem e a autonomia do aluno, por meio da mediação de recursos didáticos. Nesta perspectiva o papel do professor modifica-se, com a participação de um novo personagem atuando no processo educativo: o professor-tutor. Entende-se que sua ação deva ser compreendida considerando uma concepção de rede que substitua a ideia do professor convencional que está distante do aluno. Imersos nesse processo educativo, diferenciado do ensino presencial, espera-se que o tutor compreenda essa ressignificação no que tange às questões pedagógicas e ao papel a ser desempenhado pela universidade pública na sociedade brasileira contemporânea, sendo capaz de observar criticamente os elementos que compõem ambas as práticas.
Palavras-chave: Educação à distância. Professor-tutor. Tutoria.
 
1 INTRODUÇÃO
A oferta de cursos superiores à distância tem aumentado muito em nosso país. Podemos apontar como uma das principais causas, a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) que prevê em seu Art.80 a oferta dessa modalidade “o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino à distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada” (BRASIL, 1996). Baseados nesse artigo, as instituições encontraram respaldo legal para oferecimento de cursos na modalidade à distância. Para além das questões legais, a própria dinâmica da sociedade contemporânea tornou-se um elemento propulsor para a estruturação dessa modalidade educacional.
Considerando-se que o uso das tecnologias está diretamente ligado à sociedade e à sua cultura, a era da informação que se vive atualmente se reflete na sociedade, nas culturas e no modo de constituição do sujeito e, sendo assim, não poderia deixar de lançar desafios à educação. Fazendo com que novas propostas de modelos educacionais surgissem, bem como, novos meios de aprendizagem. 
A Educação a Distancia é uma forma de ensino que: possibilita a autoaprendizagem a partir da mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados e apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados e veiculados pelos diversos meios de comunicação existentes. (Chermann e Bonini 2000, p. 17) Temos ainda a contribuição de Barreto (2007) que afirma ser a educação à distância uma estratégia desenvolvida por sistemas educativos, para oferecer educação a setores ou grupos da população que, por razões diversas, têm dificuldades de acesso a serviços educativos regulares. 
Na educação à distância feita por computador, o professor interage com os alunos por meio de uma rede de computadores ou mesmo pela Internet. Essa metodologia é algo novo para a educação, porém com o aumento crescente do acesso à Internet, este tipo de aprendizagem vem se tornando popular e com isso mais aceito.
A internet apresenta inúmeras possibilidades de interação, e ainda, formas diversas de se relacionar com o universo da comunicação e da produção do conhecimento. É possível vislumbrar um ideal democrático de acesso à informação e ao conhecimento, pois o indivíduo sai de sua condição de passividade, de receptores de informações, para a posição de produtores do próprio conhecimento. 
No que concerne à produção do conhecimento, ressaltamos que a internet oferece interação e comunicação, fazendo com que os alunos se posicionem como autores/produtores de conhecimento. Essa construção deve ser ajustada principalmente, pela colaboração, na realização de um trabalho em conjunto, respeitando o outro e sua construção. De acordo com Dias; Silva (2005) é notório que o ciberespaço abre novas possibilidades e configurações para as pessoas aprenderem. 
No que concerne a relação professor-aluno concebemos uma nova didática, novas relações na maneira de aprender, pois a educação à distância não oferece um ensino centrado no professor e sim pautado na capacidade do aluno em superar-se e buscar/construir seu próprio conhecimento, Essa autonomia requerida pelo ensino à distância é um dos maiores desafios dessa modalidade educacional. 
Segundo Dias e Silva (2005, p. 171-2) o educador precisa agir como um “provocador de experiências que abrem as possibilidades para a produção/construção dos saberes através de uma progressiva consciência de que ser humano é ‘ser inacabado’, é o estar em permanente ‘estado de busca’ [...]”. Nas palavras de Chermann e Bonini (2000, p. 26): No ensino a distância o aluno é o cento do processo de aprendizagem e deve ser levado a desenvolver habilidades para o trabalho independente, para a tomada de decisões e esforço auto responsável; o professor nada mais é que um tutor, um agente facilitador da aprendizagem. Ele deve desenvolver no aluno a capacidade de selecionar informações, de refletir e decidir por si mesmo. 
Segundo Machado; Costa (2004);
De maneira geral, os conhecimentos necessários ao tutor não são diferentes dos que precisa ter um bom docente. Este necessita entender a estrutura do assunto que ensina, os princípios da sua organização conceitual e os princípios das novas ideias produtoras de conhecimento na área. Sua formação teórica sobre o âmbito pedagógico-didático deverá ser atualizada com a formação na prática dos espaços tutoriais. (MACHADO; COSTA, 2004. p. 3)
Esses autores nos fornecem subsídios para pensarmos a importância da designação professor-tutor e seu papel na EAD. Na modificação da relação professor-aluno, podemos perceber que o professor-tutor deve incentivar a autonomia de seus alunos, para que esses procurem superar suas dificuldades e formular seu próprio conhecimento.
 
3 RESULTADOS
Após a análise dos textos previamente selecionados foi possível perceber que o tutor tem sim um importante papel na Educação a distancia. Com explicam Machado; Castro (2004),
De maneira geral, os conhecimentos necessários ao tutor não são diferentes dos que precisa ter um bom docente. Este necessita entender a estrutura do assunto que ensina, os princípios da sua organização conceitual e os princípios das novas ideias produtoras de conhecimento na área. Sua formação teórica sobre o âmbito pedagógico-didático deverá ser atualizada com a formação na prática dos espaços tutoriais.
Nessa perspectiva a tutoria passa a ser considerada como um dos fatores fundamentais para o bom desempenho do aluno. E a função do tutor é orientar o aluno, esclarecer dúvidas relativas ao estudo da disciplina pela qual é responsável. 
Para Souza (2004, p. 80),
[...] independente da concepção educacional adotada e das ferramentas didáticas em uso (televisão, rádio, internet, correspondência, material impresso), a experiência demonstra que o sistema tutorial é peça chave (sic) no desenvolvimento das aulas a distância e indispensável ao sistema de transmissão dos conteúdos e às estratégias pedagógicas.
Cada instituição que oferta cursos na modalidade a distância apresenta tutores com características distintas, definidas a partir da concepção de educação adotada. Cada instituição busca construir seu modelo tutorial que atenda às especificidades regionais e aos programas e cursos propostos. 
Ao tutor cabe a função intermediária entre o estudante, o material didáticoe o professor. Dessa forma, em geral, a função de professor é vista como diferente da função de tutor. Enquanto o primeiro organiza o conteúdo e elabora o material a ser utilizado nos cursos, o segundo desempenha um papel de mediador entre o material didático e o cursista – é o contato do aluno com a instituição de ensino.
“O papel do tutor deve ir além da orientação, ele também esclarece quando surgem dúvidas, acompanha a aprendizagem, corrige trabalhos e disponibiliza as informações necessárias. [...] que saiba lidar sem grandes dificuldades com os recursos que o ambiente virtual apresenta e uma sólida formação pedagógica para uso dos mesmos” (BARBOSA; REZENDE, 2006, p. 5).
É válido lembrar também que o tutor não pode simplesmente absorver os conhecimentos transmitidos pelos professores, quer seja nos encontros presenciais esporádicos entre ambos, quer seja no sortilégio que as imagens de tais mestres ‘virtuais’ possam exercer. O tutor é um educador à distância. Aquele que coordena a seleção de conteúdos, que discute as estratégias de aprendizagem, que suscita a criação de percursos acadêmicos, que problematiza o conhecimento, que estabelece o diálogo com o aluno, que media problemas de aprendizagem, sugere, instiga, acolhe. Enfim, um professor no espaço virtual, exercendo a sua função de formar o aluno. (BERNARDINO, 2011).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conforme analisado anteriormente a tutoria desempenha um papel importante na educação à distância. E Para que o ensino a distância alcance o potencial de vantagem que pode oferecer, é preciso investir no aperfeiçoamento do tutor e, sobretudo, regulamentar a atividade, além de definir e acompanhar indicadores de qualidade.
A tutoria é necessária para orientar, dirigir e supervisionar o ensino-aprendizagem.  Ao estabelecer o contato com o aluno, o tutor complementa sua tarefa docente transmitida através do material didático, dos grupos de discussão, listas, correio-eletrônico, chats e de outros mecanismos de comunicação.  Assim, torna-se possível traçar um perfil completo do aluno: por via  do trabalho que ele desenvolve, do seu interesse pelo curso e da aplicação do conhecimento pós-curso.  O apoio tutorial realiza, portanto, a intercomunicação dos elementos (professor-tutor-aluno) que intervêm no sistema e os reúne em uma função tríplice: orientação, docência e avaliação.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, M. F. S. O.; REZENDE, F. Experiência de tutores em um programa educacional à distância: progresso e desafios. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v.10, n.20, p.473-86, jul/dez 2006.
BARRETO, Lina Sandra. Educação à distância: perspectiva histórica. Disponível em: <www.abmes.org.br/Publicacoes/Estudos/26/lina.htm>. Acesso em: 01 Maio. 2017.
BERNARDINO, Herbert Soares. A tutoria na EaD: os papéis, as competências e a relevância do tutor. Revista Científica de Educação a Distância. São Paulo.Vol2 – N°4 – JUL 2011.
BRASIL, Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1996. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf>. Acesso em Abril de 2017.
CHERMANN, Maurício & BONINI, Luci Mendes. Educação a distância. Novas tecnologias em ambientes de aprendizagem pela Internet. Universidade Braz Cubas, s/d (2000?).
DIAS, S. S; SILVA, M. Dialógica e Interatividade em educação on-line. Revista FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 14, n.23, p169-179, jan/jun, 2005.
MACHADO, Liliana Dias; MACHADO, Elian de Castro. O papel da tutoria em Ambientes de ead. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/-TC-A2.htm> Acesso em: Maio. 2017.
SOUZA, C. A. et al. Tutoria como espaço de interação em Educação a Distância. In: Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 4, n.13, p.79-89, set./dez. 2004. Disponível em: <http://www2.pucpr.br/reol/index.php/DIALOGO?dd1=762&dd99=pdf>. Acesso em: 10 abr. 2017.

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