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Prévia do material em texto

Maria Paula Almeida
Organização e 
Legislação da 
Educação
Unidade 2
Legislação e 
Organização da 
Educação 
Básica
Livro didático 
digital
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
MARIA PAULA ALMEIDA
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Olá. Meu nome é Maria Paula Almeida. Sou formada em 
Administração e pedagogia, mestre em gestão da educação, 
com experiência técnico-profissional na área de gestão de mais 
de 10 anos. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir 
minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas 
profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a 
integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz 
em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. 
Conte comigo!
Autor 
MARIA PAULA ALMEIDA
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo pro-
jeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de 
aprendizagem toda vez que:
SUMÁRIO
Introdução......................................................................................10
Competências................................................................................11
Apresentando os objetivos, duração e organização da 
educação infantil..........................................................................12
A Lei de Diretrizes e Bases e a Educação Infantil......................12
Objetivos da Educação Infantil................................................................17
Duração da Educação Infantil..................................................................21
Organização da Educação Infantil........................................................22
Analisando o ensino fundamental de 9 (nove) anos seus 
objetivos, duração, organização e obrigatoriedade.......30
Objetivos, Duração, Organização e Obrigatoriedade do 
Ensino Fundamental......................................................................................30
Ensino médio: finalidade, duração, modalidades e 
organização...................................................................................46
Educação de Jovens e Adultos...............................................................55
Educação Especial...........................................................................................57
Bibliografia.....................................................................................62
9Organização e Legislação da Educação
UNIDADE
02
LEGISLAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
10 Organização e Legislação da Educação
A educação brasileira apresenta um conjunto de leis, 
diretrizes, planos e base para organização a educação, a leis 
e diretrizes a Lei de diretrizes e bases (LDB) 9394/96 trata 
da divisão da educação básica brasileira em três etapas: 
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Nessa disciplina iremos aprender sobre cada etapa 
da educação básica, suas características, objetivos e 
particularidades além de entender como está organizado a 
Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a Educação Especial.
Brasil desenvolve práticas pedagógicas por meio 
de políticas públicas democráticas, que reconheçam as 
diferenças geográficas e econômicas de cada região, que 
visem garantir uma educação de qualidade e significativa 
ao educando.
Enquanto educadores temos um papel crucial, pois 
reconhecendo nossa estrutura educacional e onde se 
pretende chegar, podemos efetivar na pratica o que já está 
garantido na Constituição de 1988 e reafirmado na LDB 
9394/95, a educação como um direito de todos.
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai 
mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
11Organização e Legislação da Educação
Olá. Seja muito bem vindo a nossa Unidade 2 –, e 
o nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das 
seguintes competências profissionais até o término desta 
etapa de estudos:
1. Apresentar os objetivos, duração e organização da 
Educação Infantil. 
2. Analisar o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos 
seus objetivos, duração, organização e obrigatoriedade.
3. Observar a finalidade, duração, modalidade e 
organização do Ensino Médio.
4. Compreender sobre a Educação de Jovens e 
adultos e a Educação Especial.
 
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo 
ao conhecimento? Ao trabalho!
COMPETÊNCIAS
12 Organização e Legislação da Educação
Apresentando os objetivos, duração e 
organização da Educação Infantil.
A Lei de diretrizes e bases 9394/96 favoreceu para 
que a escolarização ocupasse um espaço importante nos 
debates da sociedade, repensando os objetivos, estrutura 
e a organização do ensino. Ao longo desta aula iremos 
discorrer sobre a educação infantil seus objetivos, duração 
e organização. Dúvidas? Não se preocupe. Recorra ao fórum 
de dúvidas e discussões para socializar o seu conhecimento 
e esclarecer todas as suas dúvidas. Nós estaremos a sua 
disposição em caso de dificuldades!
A Lei de Diretrizes e Bases e a Educação 
Infantil
Figura 1: Educação Infantil
Fonte: Pixabay
13Organização e Legislação da Educação
Na época da colonização as crianças eram vistas 
como “mini adultos”, não era considerado os pensamentos, 
desejos ou necessidades particulares da infância.
Após a revolução industrial com a necessidade 
crescente de urbanização e mão de obra, as mulheres 
foram inseridas no mercado de trabalho necessitando de 
um lugar para deixar seus filhos, dai surgiram as creches.
Kishimoto (2001) relata que com a urbanização e a 
industrialização, a criança foi esquecida tornado a em um 
precoce aprendiz.
Com essa crença as instituições foram criadas com 
o caráter assistencialista, tendo como objetivo apenas o 
cuidar, enquanto pais e responsáveis estavam trabalhando. 
A Constituição Federal de 1988 foi importante por 
tornar as creches um lugar de direito das famílias e de 
dever do estado.
A educação como um direito para as crianças de 0 a 
6 anos, já estava assegurado pela Constituição Federal de 
1988 e pelo Estatuto da Criança e Adolescente de 1990, 
contudo a transformação desse direito em diretrizes e 
bases promoveu um movimento de transformação para a 
educação brasileira.
A educação infantil passou a integrar a primeira etapa 
da educação básica, finalizando dessa forma a visão retorica 
do assistencialismo, a partir desse momento a criança 
começa a ser vista como um ser de direito, que precisa de 
uma educação de qualidade desde seus primeiros anos 
de vida, para que se desenvolva um ser humano capaz de 
exercer sua cidadania.
14 Organização e Legislação da Educação
NOTA:
Reconhecer a criança como um ser de direito, 
significa ser considerada como um ser humano 
que faz parte do processo educativo, e que deve 
ser respeitado seu falar, brincar, construir, aprender, 
observar, questionar e experimentar.
Conforme visto no artigo 22da LDB 9394/96.
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver 
o educando, assegurar-lhe a formação comum 
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-
lhe meios para progredir no trabalho e em estudos 
posteriores.(BRASIL, 1996)
Com a Lei de Diretrizes e bases à criança passou a 
ser vista como um ser humano com cultura própria, capaz 
de criar e se desenvolver necessitando de muito mais que 
apenas o cuidado.
Em 1998 o ministério da Educação publicou o 
Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil como 
parte dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Em 1999 
o Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou as 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil 
(DCNs).
Esses documentos orientam os trabalhos na educação 
infantil e ressaltam que o educar e o brincar devem ser 
simultâneos favorecendo o desenvolvimento infantil.
15Organização e Legislação da Educação
Figura 2: Estudar e brincar.
Fonte: Freepik
Ao considerar a criança como um ser cultural não tem 
como não considerar o ato de brincar, pois por meio da 
brincadeira a criança aprende, se desenvolve e se relaciona.
Segundo Kishimoto (2001)a escola deve se preocupar 
com ambientes que valorizem o brincar, pois a sociedade 
em busca ascensão social e diminuição da desigualdade 
por meio da educação, busca introduzir a criança em um 
ambiente que acelere o aprendizado, e desconsidere o 
desenvolvimento e interesses próprios de uma determinada 
faixa etária, e o brincar é um desses interesses que acabam 
sendo desprezados.
ACESSE:
Para saber mais sobre a importância do brincar 
na educação infantil. Leia A LDB e as Instituições 
de Educação Infantil: Desafios e Perspectivas. 
Disponível em: http://citrus.uspnet.usp.br/eef/
uploads/arquivo/v15%20supl4%20artigo1.pdf
http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/v15 supl4 artigo1.pdf
http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/v15 supl4 artigo1.pdf
16 Organização e Legislação da Educação
Quando a criança brinca ela desenvolve a imaginação, 
e Vygotsky afirma que a imaginação contribui para o 
desenvolvimento do pensamento lógico da criança.
Os primeiros anos de vida da criança contribuem 
para o desenvolvimento do seu pensamento lógico e 
também de sua imaginação, os quais caminham juntos: 
a imaginação a é um momento totalmente necessário, 
inseparável do pensamento realista, na imaginação a 
direção da consciência tende a se afastar da realidade.
(VYGOTSKY, 1989, p.75)
Percebemos que o entendimento sobre as crianças 
tem se modificado com o passar dos anos. Atéo século 
XVII, não havia a preocupação com as crianças como 
atualmente, . Umfator a ser analisado, são os números 
de mortalidade infantil na época, que eram visto com 
naturalidade, pois não havia saúde pública preocupada 
em reduzir esses números.
Atualmente tem se o conceito que as crianças são 
símbolos do futuro e investir nelas eé investir no futuro, 
essa visão é nova e ainda hoje temos que desenvolver 
pensamentos sobre isso.
A preocupação com as crianças e a ideia de que 
elas são o futuro da nossa sociedade, são conceitos novos 
que foram progredindo conforme a sociedade foi se 
desenvolvendo.
A criança passa a ser vista como um sujeito de direitos 
e deveres a serem preservados, e detentores de culturas 
próprias que devem ser consideradas.
Com essa nova concepção de criança a escola e 
o trabalho do docente precisaram ser repensados. Os 
Referenciais Curriculares Nacionais visam a organização de 
instituições educacionais e da prática docente, para que 
se promova um desenvolvimento efetivo das crianças.
17Organização e Legislação da Educação
ACESSE:
Para conhecer os Referenciais Curriculares 
Nacionais. Leia o RCN disponível em http://portal.
mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf
Objetivos da Educação Infantil
A Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 ao determinar que 
a educação infantil é a primeira etapa da educação básica e 
por meio de um documento Referencial Curriculares Nacional 
da Educação Básica, visa auxiliar o trabalho do educativo das 
crianças que compreende essa etapa da educação
O Referencial Curricular busca determinar metas de 
qualidade que contribuam para o desenvolvimento integral 
da criança.
O referencial pretende apontar metas de qualidade 
que contribuam para que as crianças tenham um 
desenvolvimento integral de suas identidades, capazes 
de crescerem como cidadãos cujos direitos das crianças 
á infância são reconhecidos. (BRASIL, 1996)
A prática da educação Infantil deve ser organizada 
de modo que promova o desenvolvimento das crianças 
através de alguns aspectos. São Eles:
 Desenvolvendo a Imagem positiva de si, atuando 
de forma independente, com confiança e percebendo 
suas limitações.
O professor deve desenvolver atividades que 
promovam a independência do aluno, estimule a confiança 
e promova a percepção de suas limitações visando o 
educando a superar seus limites.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf
18 Organização e Legislação da Educação
 Descobrir e conhecer progressivamente seu 
próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, 
desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a 
própria saúde e bem estar.
O trabalho na educação infantil deve ter atividades 
voltadas para que a criança conheça seu próprio corpo, 
e hábitos saudáveis que contribua com cuidados para a 
própria saúde.
Figura 3: Conhecendo o próprio corpo
Fonte: Freepik
 Estabelecer vínculos afetivos e de troca com 
adultos e crianças fortalecendo sua autoestima e 
ampliando gradativamente suas possibilidades de 
comunicação e interação social.
A educação infantil deve ter atividades que valorize 
a interação entre crianças e adultos, pois por meio da 
interação social as crianças aprendem e se desenvolvem.
19Organização e Legislação da Educação
 Observar e explorar o ambiente com atitudes 
de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como 
integrante, dependente e agente transformador do meio 
ambiente e valorizando atitudes que contribuam para 
sua conservação.
A criança por meio da exploração e observação, 
deve ser estimulada a descobrir o novo e a atitudes de 
conservação do meio ambiente.
Figura 4: Criança com uma lupa investigando.
Fonte: Freepik
 Brincar, expressando emoções, sentimentos, 
pensamentos, desejos e necessidades.
O brincar é o meio que a criança tem para se comunicar 
e interagir com os outros e com o meio onde está inserido, 
o educador deve promover momentos de brincadeiras 
e faz de conta, para que a criança desenvolva emoções, 
sentimentos e pensamentos.
 Utilizar diferentes linguagens (corporal, musical, 
plástica, oral e escrita) ajustadas ás diferentes intenções 
e situações de comunicação, de forma a compreender 
20 Organização e Legislação da Educação
e ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, 
necessidades e desejos e avançar no seu processo de 
construção de significados, enriquecendo cada vez mais 
sua capacidade expressiva.
Apresentar para os alunos as diferentes formas de se 
comunicar e de artes estimulando situações para que eles 
possam expressas suas ideias, sentimentos e desejos para 
que enriqueça sua capacidade de se expressar.
Figura 5: Comunicação pela arte
Fonte: Pgbsimon, Pixabay, 2019.
 Conhecer algumas manifestações culturais, 
demonstrando atitudes de interesse, respeito e 
participação frente a elas e valorizando a diversidade.
Os alunos devem ter contato com diferentes 
manifestações culturais promovendo interesse, respeito e 
valorização pelas diferentes formas de manifestações culturais.
21Organização e Legislação da Educação
Conhecendo esses objetivos concluímos a importância 
que a educação infantil tem frente ao desenvolvimento do 
aluno. Por meio da educação infantil a criança tem acesso 
ao desenvolvimento da sua autonomia e independência, 
conhecer o próprio corpo, desenvolver vínculos afetivos, 
relações sociais, explorar ambientes, diferentes linguagens,manifestações culturais e principalmente o brincar.
O educador deve conhecer o mundo da criança utilizando 
o lúdico e a brincadeira para desenvolver as habilidades típicas 
dessa faixa etária, não acelerando o processo de aprendizado 
e sim respeitando o desenvolvimento de cada fase infantil.
Duração da Educação Infantil
A Lei de diretrizes e bases determina ser a educação 
infantil a primeira etapa da educação básica e contempla 
as crianças de 0 anos até 5 anos de idade.
A educação infantil segundo a LDB tem a finalidade 
do desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social 
dos alunos, e suas ações devem complementar as ações 
da família e da comunidade.
Esse assunto é muito questionado dentro das 
instituições de ensino, pois alguns pais transferem para 
a escola a responsabilidade pela formação, educação e 
cuidado com as crianças. 
No entanto, ao analisar as diretrizes verificamos que 
a família continua com sua responsabilidade em relação 
aos seus filhos, e a função da escola e apenas completar o 
trabalho iniciado pelos pais.
ACESSE:
Para saber mais sobre a Lei de diretrizes e Bases da 
Educação Infantil. Leia a LDB. Disponível em: http://
www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/
id/529732/lei_de_diretrizes_e_bases_1ed.pdf
http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/529732/lei_de_diretrizes_e_bases_1ed.pdf
http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/529732/lei_de_diretrizes_e_bases_1ed.pdf
http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/529732/lei_de_diretrizes_e_bases_1ed.pdf
22 Organização e Legislação da Educação
Organização da Educação Infantil
A educação infantil deverá ser oferecida da seguinte 
forma:
 Creches: O atendimento será para crianças de até 3 
(três) anos de idade;
 Pré-Escola: O atendimento será para crianças de 4 
(quatro) a 5 (cinco) anos de idade.
A matricula na Educação Infantil é obrigatória a partir 
dos 4 (quatro) anos de idade, o estado deve oferecer vaga 
de acesso a todas as crianças a partir dessa idade, e caso o 
responsável não efetue a matricula da criança, poderá ser 
enquadrado pelo código penal como abandono intelectual.
Conforme o artigo 246 do código penal, o responsável que 
deixar sem justa causa de prover o acesso da criança a escola, 
poderá ser multado ou detenção de 15(quinze) dias a 1 (um) mês.
ACESSE:
Para saber mais sobre o artigo 246 do código 
penal. Leia o código penal disponível em: https://
www.jusbrasil.com.br/topicos/10607450/artigo-
246-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-
de-1940
Em alguns sistemas jurídicos, como por exemplo, o 
americano é permitido o ensino em casa, no caso o direito 
brasileiro não permite ainda essa modalidade de ensino. 
Segundo a LDB 9394/96 a educação infantil será 
organizada seguindo as seguintes regras:
 A avaliação deve ser realizada mediante 
acompanhamento e registro do desenvolvimento das 
crianças, essa avaliação não tem caráter classificatório 
para acesso ao ensino fundamental.
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10607450/artigo-246-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10607450/artigo-246-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10607450/artigo-246-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10607450/artigo-246-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-
23Organização e Legislação da Educação
ACESSE:
Para saber mais sobre a avaliação na educação 
infantil. Leia Avaliação da Aprendizagem na 
Educação Infantil: Recurso para prática pedagógica. 
Disponível em: http://www.marilia.unesp.br/
Home/Eventos/2015/jornadadonucleo/
avaliacao-da-aprendizagem.pdf
 A carga horária mínima anual deve ser de 800 
(oitocentas) horas, distribuídas por um mínimo de 200 
(duzentos) dias de trabalho educacional.
 Atendimento as crianças de no mínimo 4 (quatro) 
horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para 
a jornada integral
 Frequência mínima de 60% (sessenta) do total de 
horas sendo controlada pela instituição de ensino.
 Expedir documentação que comprove os 
processos de desenvolvimento das crianças. 
Um Avaliação é fator importante a ressaltar na 
educação infantil. , esta deve ser um instrumento norteador 
da aprendizagem, além de promoção reflexiva do educador 
sobre sua prática. Ao avaliar, o professor deve considerar 
as mudanças e transformações do educando frente ao 
processo educativo.
Contudo a avaliação na educação infantil não pode ter 
o caráter classificatório, nem de promoção para continuação 
dos estudos, e sim um instrumento de identificação de 
conhecimentos para nortear o trabalho do professor. 
A fim de garantir a qualidade da educação na 
educação infantil, são instituídos documentos entre eles o 
Referencial Curricular Nacional Educação Infantil (RCNEI), 
que é um guia que auxilia a compreensão e qualidade da 
http://www.marilia.unesp.br/Home/Eventos/2015/jornadadonucleo/avaliacao-da-aprendizagem.pdf
http://www.marilia.unesp.br/Home/Eventos/2015/jornadadonucleo/avaliacao-da-aprendizagem.pdf
http://www.marilia.unesp.br/Home/Eventos/2015/jornadadonucleo/avaliacao-da-aprendizagem.pdf
24 Organização e Legislação da Educação
educação infantil, oferecendo objetivos e orientações para 
o trabalho com as crianças.
O RCNEI está organizado por volumes:
 Volume 1 Introdução: Apresenta uma reflexão sobre 
as creches e pré-escolas, apresentando a concepção sobre 
criança, educação, trabalho docente.
 Volume 2 Formação Pessoal e Social: Aborda a 
importância do trabalho de construção da identidade e 
autonomia das crianças.
 Volume 3 Conhecimento do Mundo: Trata a 
importância sobre experiência e conhecimento de mundo 
por meio da música, artes visuais, linguagem oral e escrita, 
natureza e sociedade e matemática.
Outro documento importante, são as Diretrizes 
Curriculares Nacionaisl da Educação Infantil (DCNEI) que 
visa garantir o cumprimentoi proposto na LDB 9394/96, 
que prioriza a criança como o centro do processo de 
aprendizado. 
1.1 Esta norma tem por objetivo estabelecer Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil a serem 
observadas na organização de propostas pedagógicas 
na educação infantil. (BRASIL, 2010, p. 13)
A Base Nacional Comum Curricular na Educação 
Infantil (BNCC) apresenta um conjunto de orientações 
sobre a elaboração do currículo pela escola, reforçando ser 
a criança a protagonista do processo ensino aprendizado.
A BNCC é composta por 5 (cinco) campos de 
experiências e 6 (seis) direitos de aprendizagem.
Os direitos de aprendizagem na Educação Infantil 
visam assegurar que as crianças aprendam em situações 
diversas, sendo agente ativo no processo de aprendizagem, 
25Organização e Legislação da Educação
em ambientes que estimulem a vivenciar e superar desafios. 
Conforme o BNCC.
Tendo em vista os eixos estruturantes das práticas 
pedagógicas e as competências gerais da Educação 
Básica propostas pelo BNCC, seis direitos de aprendizagem 
e desenvolvimento asseguram, na Educação Infantil, as 
condições para que as crianças aprendam em situações 
nas quais possam desempenhar um papel ativo em 
ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a 
sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam 
construir significados sobre si, os outros e o mundo social 
e natural. (BRASIL1996) 
ACESSE:
Para conhecer a Base Nacional de Educação. Leia 
BNCC. Disponível em: http://basenacionalcomum.
mec.gov.br/abase/
Segundo a BNCC na Educação Infantil são direitos de 
aprendizagem:
CONVIVER: Convívio com outras crianças e adultos 
utilizando diferentes linguagens, ampliando conhecimentos 
sobre si e do outro, em relação a cultura e diferença entre 
as pessoas.
BRINCAR: Promoção do brincar diariamente em 
diversos formas e espaços, entre crianças e adultos, 
ampliando o acesso as produções culturais, imaginação, 
criatividade e experiências emocionais, corporais, 
sensoriais, cognitivas.
PARTICIPAR: A participação ativa com adultos e 
criançasno planejamento da gestão da escola e atividades 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/
26 Organização e Legislação da Educação
propostas, na escolha das brincadeiras, materiais e 
ambientes e elaboração de conhecimentos.
EXPLORAR: A exploração de movimentos, gestos, 
sons, formas e texturas, cores, palavras, emoções e 
transformações, relacionamentos, histórias, objetos, 
elementos da natureza na escola ou fora dela, ampliando 
saberes sobre cultura.
EXPRESSAR: Como sujeito criativo, dialógico e 
sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, 
dúvidas, hipóteses, descobertas por meio de diferentes 
linguagens.
CONHECER-SE: Construir sua identidade pessoal, 
social e cultural sobre si e de seus grupos de pertencimentos, 
nas diversas experiências de cuidado, interações, 
brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar 
e em seu contexto familiar e comunitário.
O documento aborda que as atividades na 
Educação Infantil devem ser planejadas de acordo com 
a intencionalidade educativa, para que desenvolva na 
criança a observação, questionamento, levantamento de 
hipóteses, o julgamento e construção dos conhecimentos.
A educação infantil segundo o BNCC deve ter como 
eixo a brincadeira e a interação, os campos de experiências 
são estruturas curriculares que interligam as experiências 
concretas da vida da criança com os conhecimentos que 
fazem parte do patrimônio cultural.
Os campos de experiência se baseiam nas Diretrizes 
Curriculares Nacionais da Educação Infantil. . São 
organizados da seguinte forma:
O eu, o outro e o nós: É na interação com adultos e 
crianças que as crianças vão construindo seu modo de agir, 
sentir e pensar. Nessas experiências elas podem ampliar 
o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizando 
sua identidade, respeitando os outros e reconhecendo as 
diferenças.
27Organização e Legislação da Educação
Corpos, gestos e movimentos: Na educação infantil 
o corpo ganha o centro do processo dessa forma deve 
ser estimulado experiências que as crianças possam por 
meio da ludicidade e interação com o outro, possibilitem 
explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, 
gestos, olhares e sons.
Traços, sons, cores e formas: A educação infantil 
deve promover a participação da criança em tempo 
de espaço para produção, manifestação e apreciação 
artísticas favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, 
criatividade e expressão pessoal da criança. 
Figura 6: Desenvolvimento da criatividade
Fonte: Joduma, Pixabay
Escuta, fala, pensamento e imaginação: A escola 
deve promover experiências que possibilitem a criança 
falar e ouvir, pois por meio da comunicação a criança se 
desenvolve como sujeito ativo e pertencente a um grupo 
social.
28 Organização e Legislação da Educação
Figura 7: Crianças brincando de telefone sem fio.
Fonte: Freepik
Espaço, tempos, quantidades, relações e 
transformações: A educação infantil deve promover 
experiências que possibilitem as crianças observar, 
manipular, investigar e explorar o meio que está inserido 
levantando hipóteses e resolvendo problemas ampliando 
seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural.
Figura 8: Conhecendo espaços
Fonte: Protowink, Pixabay
29Organização e Legislação da Educação
A Base Nacional Comum Curricular orienta que a 
escola deve estar atenta para a transição da Educação 
Infantil para o Ensino Fundamental, para que haja 
continuidade do processo educativo que respeite as 
mediações e conhecimentos de cada fase. 
30 Organização e Legislação da Educação
Analisando o Ensino Fundamental de 
9 (nove) anos seus objetivos, duração, 
organização e obrigatoriedade
Nessa aula iremos analisar e refletir sobre o Ensino 
Fundamental de 9 (nove) anos seus objetivos, duração, 
obrigatoriedade e como deve ser a sua organização.
A LDB 9394/96 considera o ensino fundamental um 
nível da educação básica que atende as crianças a partir 
dos 6 (seis) anos de idade, um dos principais objetivos do 
ensino fundamental é a formação básica do cidadão.
Além da LDB existem documentos como Diretrizes 
Curriculares Nacionais, Plano Nacional de Educação e Base 
Nacional Comum Curriculares que norteiam o trabalho 
desse nível da educação básica. 
Ao longo desse capitulo vamos conhecer esses 
documentos e sua relação com o ensino fundamental.
Vamos juntos promover essa reflexão?
Objetivos, Duração, Organização e 
Obrigatoriedade do Ensino Fundamental
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação divide a 
educação brasileira em níveis: educação básica e ensino 
superior.
A educação básica e subdividida em:
Educação Infantil: creches e pré-escolas
Ensino Fundamental: Anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e 
anos finais (do 6º ao 9º ano)
Ensino médio: Do 1º ao 3º ano.
Como podemos observar o Ensino fundamental é a 
continuação da Educação infantil, sendo para essa transição 
é importante além do equilíbrio entre as mudanças, ocorra 
o acolhimento afetivo do aluno ao ser introduzido nesse 
31Organização e Legislação da Educação
novo nível, evitando assim a fragmentação do processo 
ensino aprendizagem e favorecendo a continuidade da 
aprendizagem.
Visando minimizar esses problemas a Base Nacional 
Comum Curricular orienta que o Ensino Fundamental- 
Anos Iniciais, deve valorizar as situações lúdicas de 
aprendizagem e a articulação com as experiências vividas 
na Educação Infantil.
O trabalho da escola deve prever uma progressiva 
sistematização dessa experiência, e desenvolvimento de 
novas formas de relação com o mundo pelos educandos.
Os primeiros anos do Ensino Fundamental devem 
estar focados na alfabetização, garantido oportunidade de 
conhecimento da escrita e práticas de letramento. 
Figura 9
Fonte: Pixabay
A BNCC apresenta competências e habilidades 
envolvidas no processo de alfabetização que a criança 
necessita desenvolver são elas:
 Compreender diferenças entre escrita e outras 
formas gráficas (outros sistemas de representação);
32 Organização e Legislação da Educação
 Dominar as convenções gráficas (letras maiúsculas 
e minúsculas, cursiva e script);
 Conhecer o alfabeto;
 Compreender a natureza alfabética do nosso 
sistema de escrita;
 Dominar as relações entre grafemas e fonemas;
 Saber decodificar palavras e textos escritos;
 Saber ler, reconhecendo globalmente as palavras;
 Ampliar a sacada do olhar para porções maiores de 
texto que meras palavras, desenvolvendo assim fluência e 
rapidez de leitura (fatiamento).
ACESSE:
Para aprimorar seus conhecimento sobre a Base 
Nacional Comum Curricular. Leia BNCC. Disponível 
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-
content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf
Segundo orientação da Base Nacional Comum 
Curricular (2017) os anos finais do ensino fundamental, 
devem propor atividades que promovam a progressão 
do conhecimento, por meio da consolidação das 
aprendizagens anteriores e a ampliação das práticas de 
linguagens e experiências, com desafios mais complexos 
que permitem ressignificar o conteúdo aprendido.
O conteúdo que será desenvolvido no ensino 
fundamental será dividido em 5 (cinco) áreas do 
conhecimento com os componentes curriculares próprios 
a serem trabalhados, são eles:
ÁREA DE LINGUAGENS 
Componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, 
Educação Física, Língua Inglesa (ensino fundamental anos 
finais)
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf
33Organização e Legislação da Educação
Competências:
1. Compreender as linguagens como construção 
humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, 
reconhecendo-as e valorizando-as como formas de 
significação da realidade e expressão de subjetividades e 
identidades sociais e culturais.
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem 
(artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos 
da atividade humana para continuar aprendendo, ampliarsuas possibilidades de participação na vida social e 
colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, 
democrática e inclusiva.
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou 
visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, 
sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, 
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos 
e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de 
conflitos e à cooperação.
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos 
de vista que respeitem o outro e promovam os direitos 
humanos, a consciência socioambiental e o consumo 
responsável em âmbito local, regional e global, atuando 
criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir 
e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, 
das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao 
patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de 
práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção 
artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, 
identidades e culturas.
6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de 
informação e comunicação de forma crítica, significativa, 
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo 
as escolares), para se comunicar por meio das diferentes 
linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver 
34 Organização e Legislação da Educação
problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos. 
(BRASIL, 2017)
AREA DE MATEMÁTICA
Componente curricular: Matemática
 Competências:
1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência 
humana, fruto das necessidades e preocupações de 
diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, e é 
uma ciência viva, que contribui para solucionar problemas 
científicos e tecnológicos e para alicerçar descobertas e 
construções, inclusive com impactos no mundo do trabalho.
2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de 
investigação e a capacidade de produzir argumentos 
convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos 
para compreender e atuar no mundo.
3. Compreender as relações entre conceitos e 
procedimentos dos diferentes campos da Matemática 
(Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade) 
e de outras áreas do conhecimento, sentindo segurança 
quanto à própria capacidade de construir e aplicar 
conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a autoestima 
e a perseverança na busca de soluções.
4.Fazer observações sistemáticas de aspectos 
quantitativos e qualitativos presentes nas práticas sociais 
e culturais, de modo a investigar, organizar, representar 
e comunicar informações relevantes, para interpretá-las 
e avaliá-las crítica e eticamente, produzindo argumentos 
convincentes.
5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, 
inclusive tecnologias digitais disponíveis, para modelar e 
resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de 
conhecimento, validando estratégias e resultados.
6. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, 
incluindo-se situações imaginadas, não diretamente 
35Organização e Legislação da Educação
relacionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar 
suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes 
registros e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além 
de texto escrito na língua materna e outras linguagens para 
descrever algoritmos, como fluxogramas, e dados).
7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, 
sobretudo, questões de urgência social, com base em 
princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, 
valorizando a diversidade de opiniões de indivíduos e de 
grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
8. Interagir com seus pares de forma cooperativa, 
trabalhando coletivamente no planejamento e 
desenvolvimento de pesquisas para responder a 
questionamentos e na busca de soluções para problemas, 
de modo a identificar aspectos consensuais ou não na 
discussão de uma determinada questão, respeitando 
o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles. 
(BRASIL, 2017)
ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
Componente Curricular: Ciências
Competências:
1. Compreender as Ciências da Natureza como 
empreendimento humano, e o conhecimento científico 
como provisório, cultural e histórico.
2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas 
explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar 
processos, práticas e procedimentos da investigação 
científica, de modo a sentir segurança no debate de 
questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do 
mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar 
para a construção de uma sociedade justa, democrática e 
inclusiva.
3. Analisar, compreender e explicar características, 
fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e 
36 Organização e Legislação da Educação
tecnológico (incluindo o digital), como também as relações 
que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade 
para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções 
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das 
Ciências da Natureza.
4. Avaliar aplicações e implicações políticas, 
socioambientais e culturais da ciência e de suas 
tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo 
contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do 
trabalho.
5. Construir argumentos com base em dados, 
evidências e informações confiáveis e negociar e defender 
ideias e pontos de vista que promovam a consciência 
socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, 
acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de 
grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais 
de informação e comunicação para se comunicar, acessar 
e disseminar informações, produzir conhecimentos e 
resolver problemas das Ciências da Natureza de forma 
crítica, significativa, reflexiva e ética.
7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e 
bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, 
fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo 
aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas 
tecnologias.
8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, 
autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e 
determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências 
da Natureza para tomar decisões frente a questões 
científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da 
saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, 
democráticos, sustentáveis e solidários. (BRASIL, 2017)
37Organização e Legislação da Educação
ÁREA DE CIENCIAS HUMANAS
Componente Curricular: Geografia e História
Competências:
1. Compreender a si e ao outro como identidades 
diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em 
uma sociedade plural e promover os direitos humanos.
2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o 
meio técnico-científico-informacional com base nos 
conhecimentos das Ciências Humanas, considerando 
suas variações de significado no tempo e no espaço, para 
intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de 
problemas do mundo contemporâneo.
3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do 
ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a 
curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam 
para a transformação espacial, social e cultural, de modo a 
participar efetivamente das dinâmicas da vida social.
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e 
dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes 
culturas, com base nos instrumentos de investigação 
das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a 
valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, 
seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem 
preconceitos de qualquer natureza.
5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no 
mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos 
em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços 
variados.
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos 
das Ciências Humanas, paranegociar e defender ideias 
e opiniões que respeitem e promovam os direitos 
humanos e a consciência socioambiental, exercitando 
a responsabilidade e o protagonismo voltados para o 
bem comum e a construção de uma sociedade justa, 
democrática e inclusiva.
38 Organização e Legislação da Educação
7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e 
iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias 
digitais de informação e comunicação no desenvolvimento 
do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, 
distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, 
ritmo e conexão. (BRASIL, 2017)
AREA DO ENSINO RELIGIOSO:
Componente Curricular: Ensino Religioso
Competências:
1. Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes 
tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, a partir 
de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos.
2. Compreender, valorizar e respeitar as manifestações 
religiosas e filosofias de vida, suas experiências e saberes, 
em diferentes tempos, espaços e territórios.
3. Reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade 
e da natureza, enquanto expressão de valor da vida.
4. Conviver com a diversidade de crenças, 
pensamentos, convicções, modos de ser e viver.
5. Analisar as relações entre as tradições religiosas e 
os campos da cultura, da política, da economia, da saúde, 
da ciência, da tecnologia e do meio ambiente.
6. Debater, problematizar e posicionar-se frente 
aos discursos e práticas de intolerância, discriminação 
e violência de cunho religioso, de modo a assegurar os 
direitos humanos no constante exercício da cidadania e da 
cultura de paz. (BRASIL, 2017)
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (9394/96) 
em seu artigo 32º aborda que o objetivo do Ensino 
Fundamental e a formação básica do cidadão. Segundo a 
LDB a formação básica se dará por meio.
39Organização e Legislação da Educação
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo 
como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita 
e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do 
sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em 
que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, 
tendo em vista a aquisição de conhecimentos e 
habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de 
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que 
se assenta a vida social. (BRASIL, 1996)
Buscando reafirmar e promover os objetivos propostos 
na LDB em relação ao ensino fundamental, o conselho 
nacional de educação estabelece Diretrizes Curriculares 
para o Ensino Fundamental (DCN).
ACESSE:
Para saber mais sobre as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para o Ensino Fundamental. Leia DCNs. 
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.
gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-
20dez-site.pdf
Segundo as DCNs para o ensino fundamental:
 As escolas deverão estabelecer princípios para 
nortear seus trabalhos são eles: 
a) Princípios Éticos da Autonomia, Responsabilidade, 
Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum.
b) Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de 
Cidadania, do Exercício a Criticidade e do Respeito a Ordem 
Democrática.
40 Organização e Legislação da Educação
c) Princípios Estéticos da Sustentabilidade, 
Criatividade, Diversidade de Manifestações Artísticas e 
Culturais.
 As escolas devem promover o reconhecimento 
pessoal do aluno, professores e a identidade da unidade 
escolar.
 As escolas devem reconhecer que o processo 
de aprendizagem é constituído pela interação com do 
conhecimento, linguagem e interação afetiva, o dialogo 
deve favorecer o protagonismo do aluno na educação e 
também a construção de valores indispensáveis a vida 
cidadã.
 Todas as escolas devem garantir a igualdade de 
acesso aos alunos a uma Base Nacional Comum para 
que seja legitimada uma educação de qualidade.
 As escolas deverão desenvolver propostas 
curriculares que tenham relação com a comunidade 
local de modo que desenvolvam cidadãos capazes 
de serem protagonistas e responsáveis por si próprio, 
família e comunidade.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) foram 
desenvolvidos para que as instituições de ensino , tivessem 
parâmetros para desenvolver uma educação de qualidade.
Segundo o PCN os objetivos do ensino fundamental é 
que os alunos sejam capazes de:
 compreender a cidadania como participação social 
e política, assim como exercício de direitos e deveres 
políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes 
de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, 
respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
 posicionar-se de maneira crítica, responsável e 
construtiva nas diferentes
41Organização e Legislação da Educação
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de 
mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;
 conhecer características fundamentais do Brasil nas 
dimensões sociais, materiais e culturais como meio para 
construir progressivamente a noção
de identidade nacional e pessoal e o sentimento de 
pertinência ao País;
 conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio 
sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais 
de outros povos e nações, posicionando-se contra 
qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, 
de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras 
características individuais e sociais;
 perceber-se integrante, dependente e agente 
transformador do ambiente, identificando seus elementos 
e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a 
melhoria do meio ambiente;
 desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e 
o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, 
física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e 
de inserção social, para agir com perseverança na busca 
de conhecimento e no exercício da cidadania;
 conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando 
e adotando hábitos saudáveis como um dos 
aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com 
responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde 
coletiva;
 utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, 
gráfica, plástica e corporal — como meio para produzir, 
expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir 
das produções culturais, em contextos públicos e 
privados, atendendo a diferentes intenções e situações 
de comunicação;
42 Organização e Legislação da Educação
 saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos 
tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
 questionar a realidade formulando-se problemas e 
tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento 
lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise 
crítica, selecionando procedimentos e verificando sua 
adequação. (BRASIL, 1997)
Ao analisar os objetivos do ensino fundamental, 
observamos que os diversos documentos sobre o assunto 
visam garantir a formação de indivíduos críticos e aptos a 
conviver em sociedade.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 
estabelece no seu artigo 32, que o ensino fundamental 
deveria ter a duração de 08 (oito) anos, esse artigo teve 
alteração por meio da Lei 11.274 de 2006, onde o ensino 
fundamental obrigatório passou a ter a duração de 9 (nove) 
anos.
A responsabilidade pela oferta do Fundamental 
Anos Iniciais e Educação Infantil é de competência dos 
Munícipios. Já o Fundamental Anos Finais e Ensino Médio 
serão de competência do Estado.
O objetivo do governo com essa proposta é 
oportunizar um maior tempo do educando no convívio 
escolar, oferecendo maior oportunidade de aprender e de 
ter uma educação de maior qualidade.
Nesse sentido, podemos ver o ensino fundamental de 
nove anos como mais uma estratégia de democratização 
e acesso à escola. A Lei nº. 11.274, de 6 de fevereiro de 
2006, assegura o direito das crianças de seis anos à 
educação formal, obrigando as famílias a matriculá-las e 
o Estado a oferecer o atendimento. (Brasil,2007, p. 27)
43Organização e Legislação da Educação
Ao analisarmos a citação acima verificamos que o 
discurso do governo na defesa do ensino fundamental 
de 9 anos, busca reafirmar um direito garantido desde a 
constituição, que é o acesso a uma educação de qualidade 
para todos, e a garantia de vaga e estrutura adequada.
Por lei o ensino fundamental tem como característica 
ser obrigatório e gratuito e com duração de 9 (nove) anos, 
devendo ser iniciado com 6 (seis) anos de idade completos 
até 31 de Março do ano da matricula.
A Resolução nº 7 de 14 de Dezembro de 2010 do 
Conselho Nacional de Educação (CNE) aborda as regras do 
corte etário para as matriculas.
Art. 8º O Ensino Fundamental, com duração de 9 (nove) 
anos, abrange a população na faixa etária dos 6 (seis) 
aos 14 (quatorze) anos de idade e se estende, também, a 
todos os que na idade própria, não tiveram condições de 
frequentá-lo.
§ 1º É obrigatória a matrícula no Ensino Fundamental de 
crianças com 6 (seis) anos completos ou a completar até 
o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula, nos 
termos da Lei e das normas nacionais vigentes.
§ 2º As crianças que completarem 6 (seis) anos após essa 
data deverão ser matriculadas na Educação Infantil (Pré-
Escola). (BRASIL, 2010)
Como vimos,desde 2010 a regra está prevista, no 
entanto diversos estabelecimentos de ensino pelo Brasil, 
principalmente particulares não consideravam esse corte 
para efetuar a matricula dos alunos nas escolas.
Devido a esse cenário o MEC (Ministério da Educação 
e Cultura) por meio da Portaria nº 1.035/2018, publica que o 
Parecer CNE/CEB nº 2/2018, onde vem reafirmar as regras 
do corte etário já citados pelo CNE em 2010.
44 Organização e Legislação da Educação
ACESSE:
Para saber mais sobre o Conselho Nacional 
de Educação. Leia. Disponivel em: http://
portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
d o c m a n &v i ew = d ow n l o a d & a l i a s = 9707 1-
pceb002-18&category_slug=setembro-2018-
pdf&Itemid=30192
Conforme aborda o Conselho Nacional de Educação 
em 2018:
3. O Ensino Fundamental, com duração de 9 (nove) 
anos, abrange a população na faixa etária dos 6 (seis) 
aos 14 (quatorze) anos de idade e se estende, também, 
a todos os que, na idade própria, não tiveram condições 
de frequentá-lo, nos termos da Resolução CNE/CEB nº 
7/2010. 
a) É obrigatória a matrícula no Ensino Fundamental de 
crianças com 6 (seis) anos completos ou a completar até 
o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula, nos 
termos da Lei e das normas nacionais vigentes. 
b) As crianças que completarem 6 (seis) anos após essa 
data deverão ser matriculadas na Educação Infantil, na 
etapa da pré-escola. (BRASIL 2018)
4. Excepcionalmente, as crianças que, até a data 
da publicação desta Resolução, já se encontram 
matriculadas e frequentando instituições educacionais 
de Educação Infantil (creche ou pré-escola) devem ter 
a sua progressão assegurada, sem interrupção, mesmo 
que sua data de nascimento seja posterior ao dia 31 de 
março, considerando seus direitos de continuidade e 
prosseguimento sem retenção. (BRASIL, 2018)
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=97071-pceb002-18&category_slug=setembro-2018-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=97071-pceb002-18&category_slug=setembro-2018-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=97071-pceb002-18&category_slug=setembro-2018-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=97071-pceb002-18&category_slug=setembro-2018-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=97071-pceb002-18&category_slug=setembro-2018-pdf&Itemid=30192
45Organização e Legislação da Educação
O Conselho Nacional de Educação além da idade de 
corte para a matricula no ensino fundamental, também 
determina que o Ensino fundamental deverá ter a carga 
horária mínima de 800 (oitocentas) horas de aula e pelo 
menos 200 dias letivos de atividade escolar. Conforme o 
artigo 3º.
§ 3º A carga horária mínima anual do Ensino Fundamental 
regular será de 800 (oitocentas) horas relógio, distribuídas 
em, pelo menos, 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho 
escolar. (BRASIL, 2018)
Com a análise desse capítulo podemos verificar 
que o Ensino Fundamental é uma etapa importante do 
desenvolvimento infantil, dessa forma a necessidade de se 
ter uma proposta pedagógica que atenda a necessidade 
do educando, e promova cidadãos aptos a contribuir com 
a sociedade.
46 Organização e Legislação da Educação
Ensino Médio: Finalidade, Duração, 
Modalidades e Organização.
 O ensino médio segundo a LDB 9394/96 é 
compreendido como a etapa final da Educação Básica, 
com duração de 3 (Três) anos tendo como finalidade:
I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos 
adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o 
prosseguimento de estudos; 
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do 
educando, para continuar aprendendo, de modo a ser 
capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições 
de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; 
III – o aprimoramento do educando como pessoa 
humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento 
da autonomia intelectual e do pen samento crítico;25 Lei 
no 9.394/1996 
IV – a compreensão dos fundamentos científico-
tecnológicos dos pro cessos produtivos, relacionando 
a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. 
(BRASIL, 1996)
Analisando as finalidades do Ensino Médio determinada 
pela LDB, podemos perceber a preocupação em consolidar 
os conhecimentos e a preparação para o trabalho e para 
cidadania, no entanto esses objetivos não foram atingidos, 
sendo necessárias novas reflexões sobre o tema.
A Resolução do CNE/CEB nº 4/2010 definem as 
Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, essas diretrizes 
visavam melhorar a educação por meio de uma formação 
mais humana que não se limite ao vestibular, e prepare 
futuro cidadãos.
Com o objetivo de preparar os alunos para se tornarem 
cidadãos plenos preparados para os desafios do século 
47Organização e Legislação da Educação
XXI, , foi desenvolvido a BNCC (Base Nacional Comum 
Curricular) para o ensino médio, contendo aprendizagens 
essenciais para todos os alunos.
A Base Nacional Comum Curricular foi homologada 
em 14/12/2018 e organiza o ensino médio em Áreas 
do Conhecimento, Competência Especifica da Área e 
Habilidades.
ACESSE:
Para entender mais sobre a Base Nacional do Ensino 
Médio. Disponível em: http://basenacionalcomum.
mec.gov.br/bncc-ensino-medio
ÁREA DE LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
Figura 10: Artes
Fonte: Pixabay
48 Organização e Legislação da Educação
Componentes Curriculares: Arte, Educação Física, 
Língua Inglesa e Língua Portuguesa
Competências: 
1. Compreender o funcionamento das diferentes 
linguagens e práticas (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar 
esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos 
diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para 
ampliar as formas de participação social, o entendimento e as 
possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade 
e para continuar aprendendo.
2. Compreender os processos identitários, conflitos 
e relações de poder que permeiam as práticas sociais de 
linguagem, respeitar as diversidades, a pluralidade de ideias e 
posições e atuar socialmente com base em princípios e valores 
assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, 
exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a 
cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.
3. Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e 
verbais) para exercer, com autonomia e colaboração, protagonismo 
e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética 
e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e 
promovam os DireitosHumanos, a consciência socioambiental e 
o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.
4. Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, 
histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de 
uso, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de expressões 
identitárias, pessoais e coletivas, bem como respeitando as 
variedades linguísticas e agindo no enfrentamento de preconceitos 
de qualquer natureza. Compreender os múltiplos aspectos que 
envolvem a produção de sentidos nas práticas sociais da cultura 
corporal de movimento, reconhecendo-as e vivenciando-as como 
formas de expressão de valores e identidades, em uma perspectiva 
democrática e de respeito à diversidade.
5. Apreciar esteticamente as mais diversas produções 
artísticas e culturais, considerando suas características locais, 
49Organização e Legislação da Educação
regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as 
linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções 
autorais individuais e coletivas, de maneira crítica e criativa, com 
respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.
6. Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, 
considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas 
e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de 
engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a 
aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho, informação e 
vida pessoal e coletiva. (BRASIL, 2018)
ÁREA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
Figura 11: Números
Fonte: Pixabay
Componente Curricular: Matemática
Competências:
1. Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos 
matemáticos para interpretar situações em diversos 
contextos, sejam atividades cotidianas, sejam fatos das 
Ciências da Natureza e Humanas, ou ainda questões 
50 Organização e Legislação da Educação
econômicas ou tecnológicas, divulgados por diferentes 
meios, de modo a consolidar uma formação científica geral.
2. Articular conhecimentos matemáticos ao propor e/
ou participar de ações para investigar desafios do mundo 
contemporâneo e tomar decisões éticas e socialmente 
responsáveis, com base na análise de problemas de 
urgência
social, como os voltados a situações de saúde, 
sustentabilidade, das implicações da tecnologia no 
mundo do trabalho, entre outros, recorrendo a conceitos, 
procedimentos e linguagens próprios da Matemática.
3. Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos 
matemáticos, em seus campos – Aritmética, Álgebra, 
Grandezas e Medidas, Geometria, Probabilidade e Estatística 
–, para interpretar, construir modelos e resolver problemas 
em diversos contextos, analisando a plausibilidade dos 
resultados e adequação das soluções propostas, de modo 
a construir argumentação consistente.
4. Compreender e utilizar, com flexibilidade e fluidez, 
diferentes registros de representação matemáticos 
(algébrico, geométrico, estatístico, computacional etc.), 
na busca de solução e comunicação de resultados 
de problemas, de modo a favorecer a construção e o 
desenvolvimento do raciocínio matemático.
5. Investigar e estabelecer conjecturas a respeito 
de diferentes conceitos e propriedades matemáticas, 
empregando recursos e estratégias como observação 
de padrões, experimentações e tecnologias digitais, 
identificando a necessidade, ou não, de uma demonstração 
cada vez mais formal na validação das competências 
conhecturas?????. (BRASIL, 2018)
51Organização e Legislação da Educação
ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
Figura 12: Ciências da netureza
Fonte: Pixabay
Componente Curricular: Ciências
Competências:
1. Analisar fenômenos naturais e processos 
tecnológicos, com base nas relações entre matéria e 
energia, para propor ações individuais e coletivas que 
aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos 
socioambientais e melhorem as condições de vida em 
âmbito local, regional e/ou global.
2. Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica 
da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar argumentos, 
realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos 
seres vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas 
e responsáveis.
3. Analisar situações-problema e avaliar aplicações do 
conhecimento científico e tecnológico e suas implicações 
no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios 
das Ciências da Natureza, para propor soluções que 
52 Organização e Legislação da Educação
considerem demandas locais, regionais e/ou globais, 
e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos 
variados, em diversos contextos e por meio de diferentes 
mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação 
(TDIC). (BRASIL, 2018)
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS 
Figura 13: Ciências Sociais
Fonte: Pixabay
Componente Currícular: Política e Trabalho, Tempo 
e Espaço, Território e Fronteira, Indivíduo, Natureza, 
Sociedade, Cultura e Ética, Política e Trabalho
Competências:
1. Analisar processos políticos, econômicos, sociais, 
ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional 
e mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos 
epistemológicos e científicos, de modo a compreender e 
posicionar-se criticamente com relação a esses processos 
e às possíveis relações entre eles.
53Organização e Legislação da Educação
2. Analisar a formação de territórios e fronteiras em 
diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão 
dos processos sociais, políticos, econômicos e culturais 
geradores de conflito e negociação, desigualdade e 
igualdade, exclusão e inclusão e de situações que envolvam 
o exercício arbitrário do poder.
3. Contextualizar, analisar e avaliar criticamente as 
relações das sociedades com a natureza e seus impactos 
econômicos e socioambientais, com vistas à proposição 
de soluções que respeitem e promovam a consciência e a 
ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito 
local, regional, nacional e global.
4. Analisar as relações de produção, capital e trabalho 
em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo 
o papel dessas relações na construção, consolidação e 
transformação das sociedades.
5. Reconhecer e combater as diversas formas de 
desigualdade e violência, adotando princípios éticos, 
democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os 
Direitos Humanos.
6. Participar, pessoal e coletivamente, do debate 
público de forma consciente e qualificada, respeitando 
diferentes posições, com vistas a possibilitar escolhas 
alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de 
vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e 
responsabilidade. (BRASIL, 2018)
As áreas do conhecimento descritas na Base Nacional 
da Educação Ensino Médio contem Competências Gerais e 
Especificas, com o objetivo de desenvolver competências 
que possibilitem o aluno não apenas adquirir conhecimento 
para conclusão do ensino médio e acesso ao ensino 
superior, mas que possam interpretar o mundo ao seu 
redor, e contribuir por meio de ações e reflexões com a 
sociedade em que fazem parte.
54 Organização e Legislação da Educação
O Ensino Médio passou por uma reforma, por meio da 
Medida Provisória nº 748/2016, com objetivo de melhorar 
a qualidade da educação, diminuição da evasão escolar e 
elevar o atendimento de adolescentes entre 15 e 17 anos.
ACESSE:
Para entender mais o debate sobre a reforma 
do ensino médio. Acesse. Disponível em: http://
www.ebc.com.br/educacao/2016/10/entenda-
reforma-do-ensino-medio
Na Reforma do Ensino Médio o ensino médio 
profissionalizante, passou por novas regras, sendo elas:
 Cursar 1.800 horas-aula dedicadas a área do 
conhecimento
 Cursar 1.200 horas para itinerários formativo de 
livre escolha dos alunos, compostos 5 (cinco) áreas do 
conhecimentos (Linguagens suas tecnologias, Matemática, 
Ciência da Natureza, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas 
e Formação Técnica e Profissional).
Durante o estudo sobre a etapa da educação básica, 
podemos analisar que o assunto sobre a qualidade da 
educaçãoestá em constante debate. Alguns resultados 
apresentados por avaliações externas demonstram a 
fragilidade da educação, através dos altos índices de 
evasão escolar entre os jovens de 15 a 17 anos. Sendo assim, 
evidencia-se iniciativas educacionais importantes para e 
significativas, , objetivando o aluno como protagonista do 
seu conhecimento, buscando uma educação de qualidade 
para todos de acordo com a Constituição Federal de 1988. 
Educação de Jovens e Adultos e a Educação Especial
http://www.ebc.com.br/educacao/2016/10/entenda-reforma-do-ensino-medio
http://www.ebc.com.br/educacao/2016/10/entenda-reforma-do-ensino-medio
http://www.ebc.com.br/educacao/2016/10/entenda-reforma-do-ensino-medio
55Organização e Legislação da Educação
Figura 14: Jovens e adultos indo para escola.
Fonte: Freepik
Educação de Jovens e Adultos
A Educação de Jovens e Adultos EJA, refere a educação 
de jovens e adultos os que não tiveram a oportunidade de 
cursar os estudos na idade própria.
Conforme prevê a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96.
A educação de jovens e adultos será destinada àqueles 
que não tiveram acesso ou oportunidade de estudos no 
ensino fundamental e médio na idade própria. (BRASIL, 
1996)
EJA se configura como uma política social, uma 
vez que por meio da construção do conhecimento, cria 
condições para melhorar a oportunidade de vida, trabalho e 
de inserção na sociedade, pois muitas vezes essas pessoas 
pela interrupção dos seus estudos se sentem excluídas de 
uma vida social.
Para que o ensino seja significativo segundo as 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens 
e Adultos (2010), deve ser considerado interesses, perfis e 
56 Organização e Legislação da Educação
faixas etárias, onde a escola deve proporcionar princípios 
de equidade, e um projeto pedagógico próprio que atenda 
essas especificidades.
ACESSE:
Para entender um pouco mais sobre as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para o EJA. Leia as 
DCNs. Disponivel em http://www.ebc.com.br/
educacao/2016/10/entenda-reforma-do-ensino-
medio
ACESSE:
Para conhecer as metas do Plano Nacional de 
Educação. Lei Planejando a Próxima Década. 
Disponível em http://pne.mec.gov.br/images/
pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
A escola deve ao conhecer quem é o aluno do EJA, 
promover atividades que estimulem a troca de experiência 
entre os alunos, considerando suas vivências e a partir 
desses relatos, promover exercícios que busquem a 
reflexão e construção de novos conhecimentos.
A carga horária para os cursos de Educação de Jovens 
e Adultos (EJA):
 Duração Minima de 1.600 horas para series finais do 
ensino fundamental
 Duração Mínima de 1.200 horas para o Ensino Médio
O EJA é um importante instrumento para atender uma 
das metas do Plano Nacional de Educação, que visa até 2024 
erradicar o analfabetismo.Para se atender esse objetivo os 
Estados e Municípios devem dividir a responsabilidade, e 
possibilitar a oferta de acesso e oportunidade assegurado 
pela Constituição Federal para todos.
http://www.ebc.com.br/educacao/2016/10/entenda-reforma-do-ensino-medio
http://www.ebc.com.br/educacao/2016/10/entenda-reforma-do-ensino-medio
http://www.ebc.com.br/educacao/2016/10/entenda-reforma-do-ensino-medio
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
57Organização e Legislação da Educação
A Educação de Jovens e Adultos deve ser voltada para 
a formação integral do estudante, seja na alfabetização 
ou reflexão critica do seu cotidiano, dessa forma a escola 
estará favorecendo a cidadania.
Educação Especial
Figura 15: Crianças com deficiencia.
Fonte: Freepik
A Educação Especial é uma modalidade da 
educação que se refere a pessoas com necessidades 
especiais, o atendimento educacional deve ser realizado 
prioritariamente em escolas regulares. .
Entende-se por educação especial, para os efeitos 
desta Lei, a modalidade de Educação escolar, oferecida 
preferencialmente na rede regular de ensino, para 
educandos portadores de necessidades especiais. 
(BRASIL, 1996)
58 Organização e Legislação da Educação
A Educação Especial tem os mesmos objetivos de uma 
educação regular, o que se diferencia é que o atendimento 
deve ser considerado a partir das diferenças do educando.
As diferenças os educandos na educação especial 
são divididas em categorias, são elas:
 Treináveis: Necessitam de ajuda e supervisão
 Educáveis: Frequentam escolas regulares e no 
contra turno classes especiais
A Declaração Mundial de Educação para todos 
aprovada em 1990, trata da universalização de acesso 
e o principio de equidade em relação aos alunos com 
deficiência que possuem necessidades especiais.
NOTA:
O termo equidade significa dar as mesmas 
condições e oportunidades para que todos atinjam 
os mesmos resultados, garantindo a igualdade de 
direitos para todos.
A Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 determina que a 
educação de pessoas com necessidades especiais, deve 
ocorrer preferencialmente em estabelecimentos de ensino 
regular sendo o seu acesso dever do Estado e da Família.
No artigo 59 da LDB orienta que as escolas dever 
garantir aos estudantes 
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos 
e organização específicos, para atender às suas 
necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não 
puderem atingir o nível exigido para a conclusão do 
ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e 
59Organização e Legislação da Educação
aceleração para concluir em menor tempo o programa 
escolar para os superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível 
médio ou superior, para atendimento especializado, bem 
como professores do ensino regular capacitados para a 
integração desses educandos nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva 
integração na vida em sociedade, inclusive condições 
adequadas para os que não revelarem capacidade de 
inserção no trabalho competitivo, mediante articulação 
com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que 
apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, 
intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas 
sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível 
do ensino regular. (BRASIL, 1996)
ACESSE:
Para saber mais sobre o artigo 59 da LDB. 
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/
topicos/11686882/artigo-59-da-lei-n-9394-de-
20-de-dezembro-de-1996
O Brasil nos últimos anos tem se destacado em 
possibilitar o acesso a escola comum para os alunos com 
deficiência, no entanto deve ser observado que o fato de 
permitir o acesso, não torna a inclusão efetiva pois a inclusão 
vai além de apenas o acesso, e sim a transformação da 
escola em um lugar significativo.
Transformar a escola significa, portanto, criar as condições 
para que todos os alunos possam atuar efetivamente 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11686882/artigo-59-da-lei-n-9394-de-20-de-dezembro-de-1996
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11686882/artigo-59-da-lei-n-9394-de-20-de-dezembro-de-1996
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11686882/artigo-59-da-lei-n-9394-de-20-de-dezembro-de-1996
60 Organização e Legislação da Educação
nesse espaço educativo, focando as dificuldades do 
processo de construção para o ambiente escolar e não 
para as características particulares dos alunos (INCLUSÃO 
– REVISTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2010, p. 34).
A inclusão leva em consideração a preparação da 
escola, professores e profissionais da educação, para 
estarem aptos a receberem esses alunos independentes 
das suas especificidades.
Muitas vezes encontramos professores que possuem 
resistência em aceitar alunos com necessidades especiais 
em sua sala de aula, por falta de conhecimento e preparo, 
ou por receio de ter que preparar uma proposta pedagógica 
que se adeque as necessidades desses educandos.
Sabemos da dificuldade de estrutura e número de 
alunos por sala, no entanto o papeldo educador é ser agente 
de transformação, e a escola só conseguirá promover a 
transformação da educação, se criar oportunidade para 
todos aprenderem e de terem seus direitos e especificidades 
respeitados. 
Conforme aborda Mantoan (1998).
[...] uma verdadeira transformação da escola, de tal modo 
que o aluno tenha a oportunidade de aprender, mas na 
condição de que sejam respeitados as suas peculiaridades, 
necessidades e interesses, a sua autonomia intelectual, 
o ritmo e suas condições de assimilação dos conteúdos 
curriculares.( Mantoan, 1998, p.3)
A escola deve propiciar momentos de reflexões e 
respeitos sobre as diferenças, criar oportunidades para que 
todos se desenvolvam independente das suas dificuldades, 
propiciando um ambiente que favoreça a construção de 
futuros cidadãos aptos a lidar com as diferenças e exercer 
sua cidadania.
61Organização e Legislação da Educação
ACESSE:
Para refletir sobre a Educação Inclusiva leia a 
Revista da Educação Especial. Disponivel em: 
INCLUSÃO – REVISTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, 
2010, p. 34).
62 Organização e Legislação da Educação
BIBLIOGRAFIA
MANTOVAI, M.T.E. Compreendendo a deficiência 
mental: Novos Caminhos Educacionais. São Paulo, 
Scipione, 1998.
BRASIL. Lei nº 9.394. Estabelece as Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996. 
Presidência da República. Brasília, DF
BRASIL. Constituição da República Federativa do 
Brasil. Presidência da República. 5 de outubro de 1988. 
Brasília, DF
BRASIL. Referencial Curricular da Educação Infantil, 
Ministerio da Educação, Brasília, DF, 1998.
BRASIL. MEC. Plano Nacional de Educação. Brasilia, 
DF:Plano, 2014
VYGOTSKY. L.S. A formação social da mente. São 
Paulo: Martins Fontes, 1989 
BRASIL. Ensino Fundamental de nove anos: 
orientações para inclusão da criança de seis anos de idade. 
2ª ed. Brasilia: FNDE, Estação Gráfica. 2007.

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