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DOENÇAS IMUNOLÓGICAS DE INTERESSE ODONTOLOGICO


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FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA- MULTIVIX
GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
DOENÇAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO E SUA RELAÇÃO COM A ODONTOLOGIA
LEONARDO PINHEIRO FALSONI
NOVA VENÉCIA-ES
2020
DOENÇAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO E SUA RELAÇÃO COM A ODONTOLOGIA
LEONARDO PINHEIRO FALSONI
Trabalho apresentado à disciplina de Patologia Oral do curso graduação em Odontologia da Faculdade Capixaba de Nova Venécia- ES, como requisito para avaliação.
Orientador: Flávia Altoé Salomão.
NOVA VENÉCIA-ES
2020
RESUMO
A cavidade oral influencia o organismo ao mesmo tempo em que sofre influência
desse, sendo assim são diversas as doenças sistêmicas que possuem manifestações
orais, entre essas podemos citar as doenças autoimunes. As doenças autoimunes são
caracterizadas por uma resposta do sistema imunológico contra componentes do
organismo. Sendo assim compreender as características dessas doenças é de grande
importância para um correto diagnóstico.
Palavras-Chave: Doença. Autoimune. Odontologia. 
1 INTRODUÇÃO
Diferente do pensamento que por muito tempo perdurou na sociedade a cavidade oral não é uma parte dissociada do organismo humano, sendo uma parte integrante do mesmo a boca sofre influência do organismo como um todo ao mesmo tempo que também o influencia, ou seja, a saúde geral do nosso organismo depende intimamente da saúde bucal e vice versa, além disso é possível observar tanto manifestações sistêmicas de doenças bucais, como também manifestações bucais de doenças sistêmicas (JORGE, 2002).
Em outras palavras tratar a cavidade oral em dissociação com restante do organismo por muito tempo foi prática comum, acreditava-se que não havia associação entre doenças bucais e sistêmicas, entretanto hoje é sabido que essa associação existe, tendo, tanto a cavidade oral influencia no organismo em geral como esse sobre a cavidade oral. Sendo assim é possível perceber manifestações orais de doenças sistêmicas, podendo essas indicar o início ou evolução de determinada patologia, servindo então como forma de alarme auxiliando assim no diagnóstico precoce de algumas doenças. Entre as doenças com manifestações orais podemos citar as autoimunes, as síndromes e as doenças infecto contagiosas (RIBEIRO et.al, 2011). 
Sendo assim compreender as características dessas doenças e como se manifestam é de grande importância para o correto diagnóstico do paciente, bem como para a realização de um tratamento rápido e eficiente. Neste trabalho serão abordadas as doenças autoimunes de interesse odontológico, sendo as principais o pênfigo, pênfigoide, eritema multiforme, líquen plano oral e lúpus eritematoso. 
As doenças autoimunes podem ser entendidas como a resposta do organismo frente a ação do sistema imunológico contra componentes do próprio organismo que perdura por um período de tempo não determinado. O sistema imunológico é capaz de desenvolver respostas frente a diversos estímulos incluindo entre esses os realizados por componentes do corpo humano. Essa autoagressão pode derivar tanto da resposta imune inata quando da adaptativa, mas em geral são derivadas das respostas adaptativas (BRASILEIRO FILHO, 2004). Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica referente as doenças autoimunes de interesse odontológico.
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1 PÊNFIGO
Consiste em um grupo de doenças autoimunes, que se caracteriza pela formação de bolhas intra-epiteliais. Afeta mais indivíduos de origem judaica e mediterrânea e de meia idade ou idosos. Caracteriza-se pela formação difusa de bolhas, podendo levar a morte. Na cavidade oral se inicia com a formação de bolhas, podendo também aparecer como úlceras aftosas, sendo as lesões erosivas difusas mais características dos estágios avançados da doença. A gengiva apresenta lesão descamativa dolorosa, ou como úlceras ou erosões. O diagnóstico é realizado por meio de exame histológico e o tratamento consiste no encaminhamento do paciente ao dermatologista e controle atraumático da placa pelo CD e pelo paciente, podendo também utilizar corticosteroide tópico (NEWMAN et al. 2010).
“Os pacientes normalmente queixam-se de dor na mucosa bucal, e o exame clínico exibe erosões superficiais e irregulares e ulcerações distribuídas aleatoriamente na mucosa bucal. Essas lesões podem afetar quase qualquer local da mucosa bucal, embora o palato, a mucosa labial, a mucosa jugal, o ventre de língua e a gengiva sejam envolvidos com maior frequência. Os pacientes raramente relatam a formação intrabucal de vesículas ou bolhas e essas lesões podem raramente ser identificadas pelo exame clínico, provavelmente devido à ruptura precoce do teto fino e friável das bolhas” (NEVILLE, p. 778, 2009).
2.2 PÊNFIGÓIDE
Essa patologia corresponde a uma desordem na qual os anticorpos agem contra componentes da membrana basal, fazendo com que o epitélio do tecido conjuntivo se desloque. Pode ser Penfigóide bolhoso quando afeta em especial a pele, penfigóide benigno da membrana mucosa quando acomete somente as membranas mucosas, penfigóide cicatricial quando acomete somente a área da boca e dos olhos. Em geral os indivíduos acometidos por essa doença são mulheres de meia idade, e a cavidade oral costuma ser o primeiro local onde a doença se manifesta. A característica principal dessa patologia são as lesões descamativas da gengiva, que se apresentam como um eritema intenso na gengiva inserida. A fricção da gengiva pode levar ao desenvolvimento de bolhas, que podem ser claras, amarelas ou hemorrágicas, essas bolhas se rompem e formam ulcerações cobertas de fibrina. O diagnóstico pode ser realizado por meio das características em especial a separação do epitélio do tecido conjuntivo na membrana basal, por meio de exame- histoquímico ou por biópsia. O tratamento inclui remoção profissional da placa, e cuidados diários de remoção cuidadosa da placa, associado ou não ao uso de clorexidina e aplicação de corticosteroides tópicos (NEWMAN et al. 2010).
2.3 ERITEMA MULTIFORME
É uma doença vesiculobolhosa reacional que afeta membranas mucosas e pele, podendo acometer indivíduos em qualquer idade, mas sendo mais comum em indivíduos jovens. As características orais da doenças incluem tumefação dos lábios, formação de crosta na borda do vermelhão e bolhas que rompem formando ulceras cobertas por fibrina (NEWMAN et al. 2010).
“O Eritema multiforme (EM) é uma condição mucocutânea bolhosa e ulcerativa caracterizada por uma reação de hipersensibilidade observada geralmente após infecções, como por herpes simples ou exposição à medicamentos, particularmente antibióticos e analgésicos¹,²,³,⁴. A doença tem caráter autoimune, onde agentes exógenos determinam a ação de anticorpos que agirão contra o próprio indivíduo, determinando principalmente lesões cutâneas e em mucosas diversas, com destaque para as mucosas oral, ocular, genital e respiratória⁵,⁶,⁷. Particularmente na mucosa oral, diversas áreas ulceradas e crostosas podem ser observadas com destaque para as regiões de lábios, mucosa jugal, língua, assoalho de boca e palato” (DA SILVA, p. 4, 2017).
O diagnóstico dessa doença é baseado nos achados clínicos e o tratamento consiste em remoção atraumática da placa por profissional, e controle pelo paciente, uso de corticosteroides sistêmicos, e nos casos leves corticosteroides tópicos (NEVILLE, 2009).
2.4 LÍQUEN PLANO
É uma patologia mucocutânea que afeta pele e boca, e possui potencial pré-maligno, sendo assim seu diagnóstico e tratamento é de grande importância. As lesões cutâneas são mais frequentemente encontradas nos braços, coxas e pescoço, e se caracterizam por pápulas ou estrias esbranquiçadas, que desaparecem de forma espontânea após alguns meses. O aspecto clínico dessa doença pode ser papular, reticular, em forma de placa, atrófico, ulcerativo e bolhoso. As pápulas e estrias brancas são as características mais encontradas e ocorrem em geral de forma bilateral. A lesão ulcerativa e atrófica são descritas como erosivas. A papular, reticular e do tipo placa em geral não apresentam sintomas,enquanto a atrófica e ulcerativa associam-se a dor de intensidade moderada a dor intensa, em especial durante a higienização oral e ao se alimentar. A lesão do tipo placa assemelha-se a leucoplasia oral. O diagnóstico dessa doença é histopatológico e o tratamento consiste na remoção atraumática da placa e utilização de antifúngico quando a lesão apresentar hifas. Nos casos em que não há resposta ao tratamento citado anteriormente e o paciente apresente sensação dolorosa deve ser realizado tratamento com corticosteroides tópicos, três vezes ao dia por várias semanas (NEWMAN et al. 2010).
2.5 LÚPUS ERITEMATOSO
É um grupo de desordens autoimunes, onde os anticorpos agem contra vários componentes celulares. Apresenta-se de duas formas Lúpus eritematoso discoide e Lúpus eritematoso sistêmico (tratado)
“O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de causa desconhecida e de natureza auto-imune, caracterizada pela presença de diversos auto-anticorpos. Evolui com manifestações clínicas polimórficas, com períodos de exacerbações e remissões. De etiologia não totalmente esclarecida, o desenvolvimento da doença está ligado a predisposição genética e fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos. É uma doença rara, incidindo, mais freqüentemente, em mulheres jovens, ou seja, na fase reprodutiva, na proporção de nove a dez mulheres para um homem, e com prevalência variando de 14 a 50/100.000 habitantes, em estudos norte-americanos. A doença pode ocorrer em todas as raças e em todas as partes do mundo (BORBA et al. p. 196, 2008).”
Na cavidade oral o lúpus eritematoso sistêmico se caracteriza por gengivite descamativa e lesões ulceradas na mucosas. Além disso os indivíduos acometidos também podem apresentar problemas na articulação temporomandibular, xerostomia e higiene oral deficiente, que por sua vez pode levar ao desenvolvimento de processos cariosos e de doença periodontal. (AMARAL et al, 2014).
Na sua forma discóide o lúpus eritematoso pode ser compreendido como uma forma crônica leve, afetando a pela e as membranas mucosas, se caracterizando como uma área atrófica central com pequenos pontos brancos circundados por uma fina estria com periferia de telangiectasia. Pode assemelhar-se ao líquen plano oral atrófico. O diagnóstico é clínico e histopatológico e o tratamento é o uso de corticosteroide sistêmico e anti-inflamatórios, e se necessário tratamento tópico adicional (NEWMAN et al. 2010).
3 CONCLUSÃO
A cavidade oral é uma parte constituinte e indissociável do organismo humano, sendo assim podemos dizer que essa sofre influência e influencia o organismo humano. Nesse sentido são diversas as doenças sistêmicas que possuem manifestações orais, incluindo entre essas as doenças autoimunnes. As doenças autoimunes são caracterizadas pela resposta imunológica contra componentes do próprio organismo do indivíduo. 
4 REFERÊNCIAS 
AMARAL, C. O. F. et al. Estudo das características estomatológicas e sistêmicas em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. v. 68, n. 3, p. 223-9, 2014.
BORBA, E. F. et al. Consenso de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Rev Bras Reumatol, v. 48, n.4, p. 196-207, 2008.
BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo: Patologia Geral. 3ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2004.
DA SILVA, A. R. Eritema multiforme menor: Relato de caso e condutas empregadas. Trabalho de conclusão de curso. Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia. Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia.
JORGE, Antonio. Microbiologia e imunologia oral. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
KUMAR V, ABBAS AK, FAUSTO N. Robbins & Cotran: Bases Patológicas das Doenças. 8ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
MONTENEGRO MR, FRANCO M. Patologia: Processos Gerais. 4ª edição. São Paulo: Atheneu, 1999.
NEVILLE et al. Patologia Oral e Maxilofacial. Ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2009.
Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. 5ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. NEWMAN MG, TAKEI HH, KLOKKEVOLD PR, CARRANZA Jr.
RIBEIRO, Bruna Brenha et al. Importância do reconhecimento das manifestações bucais de doenças e de condições sistêmicas pelos profissionais de saúde com atribuição de diagnóstico. Odonto, v, 20, n. 39, São Paulo, 2011, P. 61-70.

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