Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Regulamento de Operação Ferroviária Diretoria de Operações Regulamento de Operação Ferroviária ROF Regulamento de Operação Ferroviária Regulamento de Operação Ferroviária ROF N°_____ Este regulamento pertence à MRS Logística S/A. Foi entregue e está sob a responsabilidade de guarda, cumprimento e uso de: Nome: ________________________________________________________ Matrícula: _____________________________________________________ Que, ao rubricá-lo, concorda em devolvê-lo à Diretoria de Operações da MRS Logística S/A, quando assim lhe for solicitado. Compromete-se, outrossim, a comunicar o extravio deste, no prazo de 48 horas. Este regulamento é um documento que faz parte do Sistema de Gestão de Docu- mentos da MRS e deve ser controlado de acordo com as diretrizes da DO-MRS-0001 – Controle de Documentos e Registros. Qualquer necessidade de cópia deve ser solicitada à Gerência de Engenharia e Normatização Operacional. É totalmente contra as diretrizes do Sistema de Ges- tão de Documentos a cópia (salvar, imprimir ou fotocopiar) do ROF por alternati- va que não seja a citada acima. Toda a área que receber cópia desse regulamento deve fazer controle da distribuição do mesmo através de lista mestra conforme DO-MRS-0001. A presente versão do ROF foi efetuada no período de maio a julho de 2016 por comissão constituída pela Diretoria de Operações. Esta versão tem vigência de 2017 à 2021, podendo ser alterada conforme decisão estratégica. Recibo Regulamento de Operação Ferroviária Participantes da comissão de elaboração do ROF: Nome Gerência ADMILSON RENATO DA SILVA COORDENAÇÃO DO CENTRO CONTROLE DA MANUTENÇÃO (CCM) AFONSO FLÁVIO DE ASSIS VALENTE GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO DE VAGÕES (MG) ANDERSON CHRISTIANO GERÊNCIA DE OPERAÇÃO DE PÁTIOS E TERMINAIS (PLANALTO) BÁRBARA MACEDO BORGES LEONEL GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DE SEGURANÇA CLÁUDIO ESTEVES DOS REIS GERÊNCIA DE OPERAÇÃO DE TRENS (MG) DIEGO GARCIA RODRIGUES GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO DE VAGÕES (SP) EDUARDO BARBOSA NÓBREGA GERÊNCIA DE ENGENHARIA DA MALHA ELIEZER DE JESUS BRANDÃO NOGUEIRA GERÊNCIA DE OPERAÇÃO DE PÁTIOS E TERMINAIS (MG) ÊNIO GONZAGA GERÊNCIA DE ATENDIMENTO EXTERNOS DE LOCOMOTIVAS EUSTÁQUIO DE ALMEIDA COELHO GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO DE VIA (FERROVIA DO AÇO) FERNANDO AUGUSTO TAKASHI FUJIMOTO GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO DE ELETROELETRÔNICA FERNANDO OLIVEIRA LUCENA GERÊNCIA DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO FLÁVIO HENRIQUE DA SILVA FLORIPES GERÊNCIA DE OPERAÇÃO DE TRENS (SP) FRANCISCO ROSA DE LIMA GERÊNCIA DE OPERAÇÃO TRÁFEGO FERROVIÁRIO (CCO) FRANZ HERMANN SEEHABER GERÊNCIA DE ENGENHARIA E NORMATIZAÇÃO OPERACIONAL HENRIQUE GUEDES DE OLIVEIRA GERÊNCIA DE ENGENHARIA DA MALHA IBERÊ ANTÔNIO DE OLIVEIRA SOUZA GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO DE ELETROELETRÔNICA (RJ) JAQUELINE BEATRIZ XAVIER GERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE JOSÉ ANTÔNIO MANSUETO GERÊNCIA DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO JOSÉ RICARDO LORENZO TEIXEIRA GERÊNCIA DE OPERAÇÃO TRÁFEGO FERROVIÁRIO (CCO) KLEBER WILSON BATISTA GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO MECÂNICA DE LOCOMOTIVAS (RJ) LEONARDO MATTOS CREMONEZI GERÊNCIA DE VIA PERMANENTE (FRANCISCO BERNARDINO) MARCELO DA SILVA MARINHO GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO DE VAGÕES (RJ) MARCELO DE ARAUJO TOZZO GERÊNCIA DE GESTÃO E PROJETOS DE EXPANSÃO MÁRCIO RONALDO RODRIGUES BARIZON GERÊNCIA DE SEGURANÇA PATRIMONIAL (JUIZ DE FORA) MÁRIO EIRAS FILHO GERÊNCIA DE ENGENHARIA DE MATERIAL RODANTE NÍCOLAS CONRADO ARISTIDES GERÊNCIA DE PROGRAMAÇÃO DE PRODUÇÃO PAULO CESAR FERREIRA GERÊNCIA DE CONTROLE OPERACIONAL PAULO ROBERTO DA SILVA GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO DE VIA (SP) RAPHAEL SOUZA GOMES GERÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (MG) RENATO TEIXEIRA GUARNIERI GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE VIA RICARDO RAYMUNDO DIAS GERÊNCIA DE OPERAÇÃO DE TRENS (RJ) RODRIGO ALMEIDA DAMASCENO GERÊNCIA DE SEGURANÇA PATRIMONIAL RONALDO DA SILVA NOGUEIRA GERÊNCIA DE ENGENHARIA DA MALHA SEBASTIÃO MARCIANO CARLOS GERÊNCIA DE OPERAÇÃO DE PÁTIOS E TERMINAIS (MG) THALES JUNHO FERREIRA GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO DE ELETROELETRÔNICA (MG) VALMIR DOS SANTOS GERÊNCIA DE ENGENHARIA E NORMATIZAÇÃO OPERACIONAL WILER REGINALDO DA LUZ GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DO CCO Regulamento de Operação Ferroviária Sumário 9 10 19 46 48 49 52 53 55 57 58 61 61 62 63 66 69 69 71 74 75 1. INTRODUÇÃO 2. DISPOSIÇÕES GERAIS 3. DEFINIÇÕES 4. OBRIGAÇÕES 4.1. Controladores de Tráfego do CCO 4.2. Inspetores de operação de trens 4.3. Operadores de Trens 4.4. Auxiliares de maquinistas 4.5. Operadores de escala 4.6. Agentes de estação e manobradores de pátios e terminais 4.7. Colaboradores das empresas contratadas para serviço na MRS 4.8. Centro de formaçâo de trens 4.9. Especialistas do CCO 4.10. Técnicos de manutenção (rádio mecânica) 4.11. Inspetores de operação de pátios 5. COmUNICAÇÃO 5.1. Meios de comunicação disponíveis 5.2. Processo de comunicação 5.3. Uso e zelo dos equipamentos de comunicação 5.4. Processo de comunicação via mensagens de texto 6. SINAlIzAÇÃO 6.1. Sinais por placas 6.2. Sinais luminosos 6.3. Sinais acústicos (Instrumentos de Alarme) Regulamento de Operação FerroviáriaRegulamento de Operação Ferroviária 76 77 79 80 82 82 83 83 84 84 85 91 92 94 97 98 99 102 103 106 112 116 116 117 118 122 123 124 125 6.4. Sinais manuais 6.5. Sinalização auxiliar 6.6. Farol 7. OPERAÇÃO DE máqUINAS DE ChAvE (Amv) 7.1. Regras gerais de operação de AMVS 7.2. Máquina de chave manual com travador elétrico 7.3. Máquina de chave de mola 7.4. Máquina de chave elétrica 7.5. Máquina de chave manual com controlador de circuito elétrico 7.6. Máquina de chave elétrica com comando local 7.7. Máquina de chave manual 8. mANOBRAS E FORmAÇÃO DE TRENS 8.1. Execução de manobras 8.2. Segurança pessoal em manobras 8.3. Manobras de produtos perigosos 8.4. Formação de trens 8.5. Classificação de trens 8.6. Documentos de trem 8.7. Recuo em manobras 8.8. Inspeção e vistoria de trens 8.9. Manobra em passagem em nível 9. lICENCIAmENTO E CIRCUlAÇÃO DE TRENS 9.1. Disposições gerais de licenciamento e circulação de trens 9.2. Licenciamento via talão 9.3. Licenciamento via rádio 9.4. Licenciamento via telefone 9.5. Licenciamento via CBTC ou TWE 9.6. Licenciamento via CTC (controle de tráfego) 9.7. Licenciamento via Cab-Signal 9.8. Circulação de trens em trecho não sinalizado 9.9. Cruzamento de trens 9.10. Proteção de trens Regulamento de Operação FerroviáriaRegulamento de Operação Ferroviária 126 126 126 129 130 131 137 140 141 141 145 145 148 176 187 191 202 9.11. Circulação sobre balança ferroviária 9.12. Circulação na área dos viradores de vagões 9.13. Operação de trens com equipamentos defeituosos 9.14. Falhas na passagem em nível 9.15. Licenciamento via mensagem de texto (CBTC/TWE/TWC) 9.16. Licenciamento e circulação de trens em regime de contingência 10. mANUTENÇÃO 11. mEIO AmBIENTE, SAúDE E SEGURANÇA DO TRABAlhO 12. OCORRêNCIAS E ACIDENTES FERROvIáRIOS 12.1. Providências iniciais em caso de acidente ferroviário (inclui acidente com dano ambiental ou incidente ambiental) 12.2. Atropelamento 12.3. Providências iniciais em caso de ocorrências ferroviárias ANEXO 1 - SINAIS DE PlACAS ANEXO 2 - SINAIS DE BlOqUEIO E SEUS SIGNIFICADOS ANEXO 3 - SINAIS mANUAIS ANEXO 4 - mODElO DOS ElEmENTOS INDICATIvOS DE RISCO ANEXO 5 - mODElO DE lICENÇA DE TAlÃO 7 Regulamento de Operação Ferroviária Controle de atualização de páginas Página Dataversão Responsável Regulamento de Operação Ferroviária Introdução O Regulamento de Operação Ferroviária es- tabelece as regras a serem seguidas por todos os colaboradores próprios e contratados, cujas ativi- dades estão ligadas, de forma direta ou indireta, à operação ferroviária na malha da MRS Logísti- ca, exceto no trecho de Perequê (exclusive) até a margem direita e margem esquerda da baixada santista. O Regulamento também é aplicado na execução das operações de circulação e manobra de trens em linhas ferroviárias controladas pelo Centro de Controle Operacional (CCO), pelas es- taçõese pelas oficinas de manutenção. É dever de todo colaborador, que exerça ati- vidade ou transite nas áreas operacionais da MRS Logística, o rigoroso cumprimento das regras con- tidas nesse regulamento. O fiel cumprimento das regras é condição fundamental para a garantia da prestação do serviço de transporte ferroviário, de acordo com os requisitos de segurança, eficiência e responsabilidade social requeridos pelos clien- tes, acionistas e pela sociedade. Nossos sinceros agradecimentos a todos os colaboradores que, com seu empenho, co- nhecimento, experiência, críticas e sugestões, colaboraram para a construção e revisão desse regulamento, com o qual espera-se estabelecer uma normatização ampla e objetiva da operação ferroviária na MRS Logística. Regulamento de Operação Ferroviária 10 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 2.1. O presente regulamento cancela toda e qualquer outra regra ou instru- ção anterior que esteja em desacordo com as que nele se encontram. 2.1.1. Todo procedimento emitido deve estar em concordância ou ser mais restritivo do que as regras contidas neste regulamento, exceto em casos de procedimentos especiais elaborados pelas áreas de Normatização e Enge- nharia com autorização do diretor de Operações. Os procedimentos serão encaminhados para análise de riscos pela área de Segurança do Trabalho, sempre que sua execução. 2.2. Qualquer alteração no regulamento somente pode ser feita através de Instrução Normativa ou revisão programada por comissão constituída pelo diretor de Operações. 2.3. Os colaboradores cujos deveres sejam determinados pelo regulamento devem ter um exemplar do mesmo ao seu alcance, quando em serviço, e procurar o entendimento de todo o seu conteúdo. 2.4. Os colaboradores devem conhecer, cumprir e fazer cumprir integralmen- te todas as regras contidas no regulamento, bem como todos os procedi- mentos vigentes em cada setor operacional da MRS. Disposições Gerais 02 Regulamento de Operação Ferroviária 11ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 2.5. São obrigatórios o treinamento prévio e a habilitação de todos os co- laboradores envolvidos nas operações ferroviárias e na utilização de cada recurso operacional. 2.6. Antes de iniciar uma jornada de trabalho os colaboradores devem obter conhecimento das regras, procedimentos e condições da sua área de atuação através da leitura frequente dos quadros de avisos e de outros meios de comunicação da empresa. Em caso de dúvidas, devem procurar esclarecimentos. 2.6.1. Em trocas de turnos, o colaborador envolvido na operação ferroviária que está entrando em serviço não deve iniciar as atividades até que tenha conhecimento total da programação associada a estas. 2.7. Todos os colaboradores devem prestar toda assistência a seu alcance no cumprimento das regras e comunicar imediatamente, ao superior imedia- to, qualquer infração das mesmas. 2.8. Todos os colaboradores de empresas contratadas pela MRS Logística, cujas atividades estão ligadas direta ou indiretamente à operação ferroviá- ria, devem conhecer e cumprir as regras do regulamento pertinentes a sua área de atuação. São obrigatórios o treinamento prévio e habilitação de todos os contratados e terceirizados envolvidos nas operações ferroviárias e na utilização de cada recurso operacional. Regulamento de Operação Ferroviária 12 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 2.8.1. É de responsabilidade do gestor do contrato entregar à Contratada um exemplar do regulamento no ato da assinatura do contrato. 2.8.2. É de responsabilidade do gestor do contrato orientar e fazer cumprir o regulamento, assim como recolhê-lo ao fim do contrato. 2.9. Nenhum colaborador próprio, contratado ou terceirizado, envolvido na operação ferroviária, está isento de responsabilidade, sob alegação de ignorar as regras contidas neste regulamento. O não cumprimento deste regulamento é considerado falta grave. 2.10. Os colaboradores da MRS estão sujeitos à obediência do regulamento da ferrovia na qual estão operando, mediante treinamento e habilitação prévia. 2.11. Os colaboradores de outra ferrovia estão sujeitos à obediência do regu- lamento da MRS, quando nela estão operando, mediante treinamento e habilitação prévia. 2.12. Quando estiverem em situação de risco, os colaboradores devem ado- tar todos os procedimentos necessários à preservação de sua integridade física. 2. Disposições Gerais Regulamento de Operação Ferroviária 13ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 2.13. Toda e qualquer anormalidade que possa interferir na circulação dos trens e que ofereça risco de acidentes deve ser imediatamente comunica- da ao responsável pelo movimento de veículos ferroviários do local, por qualquer colaborador, independente da categoria ou função na Empresa. 2.14. Quando ocorrer alguma situação de risco envolvendo bens da MRS, o colaborador deverá adotar os procedimentos compatíveis para preservar o patrimônio, sem colocar em risco sua integridade física. 2.15. Os colaboradores, contratados ou terceirizados são proibidos de ingerir, ter posse ou comercializar no trabalho bebidas alcoólicas, narcóticos, sedati- vos alucinógenos ou qualquer combinação ou derivados de tais substâncias que possam alterar o comportamento das pessoas. 2.16. Todos os colaboradores devem estar atentos aos movimentos dos veí- culos ferroviários em qualquer momento, em qualquer via e em qualquer sentido. Os colaboradores não devem permanecer sobre a linha, exceto quando inerente à atividade e com o uso da devida sinalização prevista para a atividade. Os colaboradores que tiverem suas funções ligadas à ope- ração ferroviária devem conhecer os locais, as estruturas, as obstruções e os gabaritos presentes na malha ferroviária. 2.17. A condução de trens somente pode se executada por colaboradores de- vidamente treinados, habilitados e autorizados pela MRS. Colaboradores em fase de treinamento podem operar trens, desde que acompanhados de monitor. Regulamento de Operação Ferroviária 14 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 2.18. Locomotivas podem ser operadas pelos colaboradores da manutenção de material rodante, dentro das áreas de oficinas para manobras dos veículos em manutenção, desde que estejam treinados e habilitados para a função. 2.19. No caso de um Operador de Trens desrespeitar licenças, sinais ou co- meter qualquer irregularidade durante a operação ferroviária, o mesmo deve comunicar o fato imediatamente ao responsável pelo movimento de veículos ferroviários do local. 2.20. É permitido viajar nas cabines das locomotivas, além da equipagem do trem, somente pessoas credenciadas ou previamente autorizadas pela Ge- rência de Operação de Trens ou Controlador de Tráfego, devidamente equi- padas de EPIs. Todas as pessoas que viajam na locomotiva devem obedecer às instruções do Maquinista. 2.20.1. Visitantes, colaboradores envolvidos na operação ferroviária, manuten- ção do material rodante, manutenção da via permanente e de equipamen- tos de bordo somente podem trafegar na cabine do trem, desde que não exceda o número de 6 (seis) pessoas, incluindo a equipagem do trem. Em casos de acidentes sem acesso rodoviário, o Maquinista deverá avaliar e poderá circular com mais de 6 (seis) pessoas a bordo. 2.20.2. Em locomotivas comandadas/rebocadas somente podem viajar Maqui- nistas, Auxiliares de Maquinistas, Inspetores de Operação de Trens ou ou- tros colaboradores com habilitação específica para essa atividade. Outros colaboradores não habilitados podem viajar em locomotivas comandadas/ rebocadas somente se acompanhados por colaborador habilitado. 2. Disposições Gerais Regulamento de Operação Ferroviária 15ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 2.20.3. A viagem fora da cabine da locomotiva é permitida somente para ins- peçãode linha, de material rodante ou de trens cruzando, limitado a três pessoas, com o trem em velocidade inferior a 20 km/h e, desde que a locomotiva tenha corrimão (frontal ou lateral, devidamente fixado). O co- laborador deverá estar apoiado, no mínimo, por 3 (três) pontos. 2.20.4. O Operador de Trens deve informar ao Controlador de Tráfego a quanti- dade de pessoas viajando na(s) locomotiva(s). 2.20.5. A transposição de uma locomotiva acoplada à outra em movimento so- mente é permitida na via de circulação, se o motivo for a verificação de avaria ou o teste de tração. Nesse caso, a locomotiva precisa manter a ve- locidade inferior a 20 km/h e ser equipada com guarda-corpo e passadiço sobre os engates. 2.21. O Maquinista ou Auxiliar de Maquinista deve permanecer dentro da loco- motiva, mesmo quando o trem estiver parado, aguardando cruzamento ou licenciamento. Somente com autorização do responsável pelo movimento de veículos ferroviários do local, o mesmo pode sair do comando da locomotiva. 2.21.1. A vistoria de composição no trecho, sempre que necessária, é realizada por colaborador habilitado ou pelo Maquinista, inclusive quando em mo- nocondução, e seguindo orientações da Rádio Mecânica. Para a liberação imediata de trens no trecho, poderá ser aplicada a regra 12.3.5.3. 2.22. É expressamente proibido, a todos os colaboradores envolvidos na ope- ração ferroviária, qualquer tipo de ação que possa tirar sua atenção duran- te o exercício de suas atividades funcionais. Regulamento de Operação Ferroviária 16 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 2.23. É proibido transpor composição, sem o prévio conhecimento do Opera- dor de Trens e dos envolvidos na manobra. Nos casos de vagões parados ou estacionados, a transposição é permitida somente com autorização do Controlador de Tráfego Local. 2.23.1. É permitido transpor a via quando veículos estão se movimentando em sentido ao colaborador, desde que a distância mínima seja de 3 (três) va- gões. Já para veículos parados, estacionados ou se afastando, a distância mínima precisa ser de 6 (seis) metros. 2.24. É proibido passar entre engates de veículos ferroviários, cuja distância seja inferior a seis metros, sem a prévia autorização do Colaborador res- ponsável pela movimentação do veículo ferroviário e na ausência deste, do Operador de Trens ou Controlador de Tráfego do local. 2.25. É proibido subir ou descer de veículos ferroviários em movimento, exceto para os casos descritos em procedimentos específicos e validados pela área de Segurança do Trabalho. 2.25.1. Todo colaborador, quando descer de veículo ferroviário, não deve soltar as mãos antes de ter os pés firmes no chão. 2.25.2. É proibido subir e descer de vagões, locomotivas e veículos ferroviários por quaisquer outros suportes que não sejam degraus, escadas ou apoios de mãos instalados para esta finalidade. 2. Disposições Gerais Regulamento de Operação Ferroviária 17ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 2.26. A concessão de novas passagens em nível somente é possível se, na sua implantação, for atendida toda a legislação vigente, bem como todas as normas do assunto específico. 2.26.1. O pedido de concessão de passagem em nível é precedido de exame técnico das condições do local da pretendida passagem em nível, por pes- soa especialista no assunto, a critério da MRS, com elaboração de laudo conclusivo e específico, devidamente assinado. 2.26.2. Não é permitida a instalação, a menos de 50 metros para cada lado do eixo longitudinal da via pública a cruzar a ferrovia na passagem em nível, de qualquer objeto ou painel que possa causar a distração de motoristas e pedestres ou o prejuízo à sinalização, salvo aqueles necessários à própria segurança do trânsito na passagem em nível. 2.26.3. As passagens em nível devem ser sinalizadas, segundo a legislação e as regras específicas. 2.27. Os colaboradores devem ter seus relógios acertados com o do SISLOG. 2.28. Todo colaborador deve registrar quaisquer irregularidades ocorridas em sua jornada de trabalho. Regulamento de Operação Ferroviária 18 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 2.29. Todos os fatos que porventura venham a ocorrer e não estejam previstos no presente regulamento devem ser levados ao superior imediato, a quem cabe decidir e orientar. Posteriormente, estes fatos devem ser reportados à Gerência de Engenharia e Normatização Operacional para que sejam regulamentados. 2.30. A movimentação de veículos ferroviários em trecho submerso, exceto em terminais, poderá ser autorizada, desde que a via (infraestrutura e superes- trutura) tenha sido inspecionada e declarada segura pela área de manuten- ção via rádio para o Controlador de Tráfego (central ou local). Locomotivas podem trafegar, se o nível de água não ultrapassar a parte inferior do limpa-trilho ou 100 mm em relação ao boleto do trilho, sem exceder 20 km/h. Outros veículos ferroviários devem ser avaliados e autorizados pela área de manutenção. Cada trem/veículo ferroviário deve obter autorização para movimentar em trecho submerso, pois a ocorrência pode se agravar com a passagem dos mesmos. 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 19ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.1. ACIDENTE FERROVIÁRIO Ocorrência que, com a participação direta de veículo ferroviário, pro- vocar danos a esse ou a um ou mais dos seguintes elementos: pessoas, outros veículos, instalações, obras de arte, via permanente, meio ambiente ou ainda quando ocorrer paralisação do tráfego a animais. 3.1.1. ACIDENTE FERROvIáRIO COm DANO AmBIENTAl Qualquer ocorrência ferroviária descrita nos itens 3.1.3 a 3.1.10 que traga dano ao meio ambiente que resulte na perda do controle de um ou mais aspectos ambientais e que as atividades de recuperação do dano fiquem restritas à mitigação, redução ou compensação, sendo impossível a total recuperação. 3.1.2. ACIDENTE FERROvIáRIO COm INCIDENTE AmBIENTAl Trata-se de qualquer ocorrência ferroviária descrita nos itens 3.1.3 a 3.1.10 que ocorra em circunstâncias não desejáveis, porém as atividades de recuperação do dano ambiental sejam totalmente possíveis. 3.1.3. ABAlROAmENTO Colisão de veículo ferroviário ou trem, circulando ou manobrando, com qualquer obstáculo, exceto outro veículo ferroviário. 3.1.4. ADERNAmENTO Acidente em que o veículo ferroviário se encontra parcialmente tomba- do no leito da linha. 3.1.5. ATROPElAmENTO Acidente que ocorre quando um trem ou veículo ferroviário colide com pessoa e/ou animal, provocando lesão ou morte. Definições03 Regulamento de Operação Ferroviária 20 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.1.6. DESCARRIlAmENTO Acidente em que o material rodante abandona parcial ou totalmente os trilhos, por causas diversas. 3.1.7. ChOqUE DE TRENS Colisão de veículos ferroviários ou trens, circulando no mesmo sentido, na mesma via, podendo um deles estar parado. 3.1.8. ENCONTRO DE TRENS Colisão de veículos ferroviários ou trens circulando em sentidos opostos na mesma via, podendo um deles estar parado. 3.1.9. ESBARRO DE TRENS Colisão de veículos ferroviários ou trens, circulando ou manobrando em vias distintas, podendo um deles estar parado. 3.1.10. TOmBAmENTO Acidente em que o veículo ferroviário se encontra tombado no leito da linha. 3.2. ALERTOR Dispositivo de segurança ligado ao sistema de freio, provido de uma bo- toeira ou um pedal com mola, fixo ou móvel, com temporizador, situado na cabine da locomotiva, ao qual o Maquinista deve responder ao sinal emitido, pressionando ou soltando o pedal ou botoeira, enquanto o trem estiver em movimento, com objetivo de garantir a parada do trem, caso o sistema não seja reconhecido pelo operador. 3.3. AGENTE DE ESTAÇÃO Colaborador responsável pelo planejamento, movimentação e controle de veículos ferroviários, fornecimento deinformações operacionais, inter- face com clientes e emissão de documentação dos trens nos pátios e termi- nais, com o objetivo de atender os clientes externos e internos, nos prazos previstos em procedimentos. 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 21ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.4. ALARME Sinal sonoro e ou luminoso que indica mudança de código no sistema de sinalização ATC Speed Control, desarme do dispositivo sobre-veloci- dade, indicação dos Sistemas de Proteção do Motor Diesel, Indicação do Sistema de Patinação de Rodas, atuação do Sistema de Alertor e indicação de falta de energia. 3.5. AMV Aparelho de Mudança de Via (AMV) é um conjunto formado por vários acessórios, máquinas e componentes que são projetados para propiciar o desvio de veículos ferroviários de uma via para a outra. O AMV é constitu- ído basicamente de três partes: 3.5.1. ChAvE Parte inicial do AMV - seus principais componentes são a máquina da chave (elétrica ou manual) e a meia chave direita e esquerda (agulhas e trilho de encosto). É muito comum, no ambiente ferroviário, chamar todo o AMV de Chave. 3.5.2. PARTE INTERmEDIáRIA OU DE lIGAÇÃO É formada pelos trilhos de ligação que conectam a chave à região do cruzamento. 3.5.3. REGIÃO DO CRUzAmENTO A região do cruzamento é formada pelo jacaré, contra-trilho e seus res- pectivos trilhos de encosto. Também é comum, no ambiente ferroviário, chamar o jacaré de cruzamento. 3.6. AMV DE ENTRADA (INFERIOR e SUPERIOR) A entrada de um pátio ou desvio é chamada de entrada inferior quando estiver localizada no ponto de quilometragem menor e, de entrada supe- rior, quando localizada no ponto de quilometragem maior. Regulamento de Operação Ferroviária 22 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.7. APITO CURTO Forma de acionamento da buzina que tem duração de acionamento de aproximadamente 1 segundo. 3.8. APITO LONGO Forma de acionamento da buzina que tem duração de acionamento de aproximadamente 2 segundos. 3.9. AUXILIAR DE MAQUINISTA Colaborador responsável por auxiliar o Maquinista na operação de trens em toda a malha da MRS, visando a operação segura e econômica, dentro dos tempos previstos em procedimentos. 3.10. AUXÍLIO Locomotiva ou grupo de locomotivas destinadas a reforçar o quadro de tração de um trem, durante a circulação em trechos específicos. 3.11. BLOCO SEÇÃO DE BLOQUEIO Trecho de linha com limites bem definidos utilizado por trens e gover- nado por um ou mais sistemas de licenciamento, definidos no capítulo 9 deste regulamento. 3.12. CABINE Habitáculo onde encontra-se o controlador mestre do Maquinista, pe- destal do sistema de freio, painel de controle do motor diesel, disjuntores de acionamento dos circuitos elétricos, sistemas de comunicação, sinaliza- ção e extintores. 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 23ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.13. CAB-SIGNAL Sinal de cabine instalado no compartimento do Operador de Trens, indi- cando a condição de circulação do trem. Pode ser usado em conjunto com sinais fixos ou em substituição aos mesmos. 3.14. CANAL DE RÁDIO-COMUNICAÇÃO Meio de comunicação sem fio, em RF (rádiofrequência), de enlace ter- restre, para permitir a troca de informação entre os usuários da ferrovia. 3.15. CARGA PERIGOSA Qualquer material, equipamento, mercadoria, substância ou produto, primário ou derivado, beneficiado ou não, acondicionado ou a granel, que, pelas suas características, traga ou possa trazer riscos para a vida, saúde ou integridade das pessoas, para o meio ambiente ou para a própria ferrovia. 3.16. CBTC (Communication Based Train Control) - Controle de Trens Baseado em Comunicações. Sistema para controle de trens composto de CCO, com- putador de bordo, intertravamento no campo e rede de dados digital, instalado ao longo da ferrovia. 3.17. CCO (Centro de Controle Operacional) Instalação física que controlada a circulação dos trens na malha da MRS e nas ferrovias de intercâmbio. 3.18. CERCA ELETRÔNICA Cerca Eletrônica é um sistema que tem como objetivo supervisionar os limites das licenças recebidas via satélite, através de uma solução de inter- face do Computador de Bordo (OBC) com um sistema de comunicação via satélite. Ele monitora a distância da posição da frente do trem até o Regulamento de Operação Ferroviária 24 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 limite da licença recebida e o computador de bordo aciona uma curva de frenagem quando se aproximar do final da licença. O licenciamento de trens obedecerá às regras estabelecidas nos procedimentos específicos do sistema Cerca Eletrônica. 3.19. CIRCUITO DE VIA Circuito elétrico do qual os trilhos fazem parte para detectar a presença de trens. 3.20. CONTROLADOR DE TRÁFEGO Colaborador responsável pelo planejamento, programação e controle da circulação dos trens na malha MRS. 3.21. CONTROLE DE TRÁFEGO CENTRAL São as atividades de planejamento, programação e controle de circula- ção dos trens na malha da MRS, realizadas pelo CCO. 3.22. CONTROLE DE TRÁFEGO LOCAL São as atividades de controle e licenciamento de trens e manobras em trechos não controlados pelo Controle de Tráfego Central. É realizado pe- las estações (nas linhas de pátios e terminais), pelas oficinas (nas linhas internas das mesmas) e pelas equipes de manutenção (quando solicitam intervalo para manutenção). 3.23. CREMALHEIRA Sistema de tração adotado no trecho de serra entre Paranapiacaba e Raiz da Serra. Consiste em um conjunto de três esteiras cremalheiras, dispostas na via de forma que, no momento em que a locomotiva se posiciona, dá- se o engrenamento da mesma com as coroas cremalheiras dos motores de tração da locomotiva. 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 25ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.24. CTC (CONTROLE DE TRÁFEGO CENTRALIZADO) Conjunto de equipamentos localizados no CCO que tem como função comandar sinaleiros e máquinas de chave ao longo da ferrovia, bem como monitorar o funcionamento dos mesmos. Além disso, mostra a ocupação dos circuitos de via para o Controlador de Tráfego. 3.25. DESVIO Linha adjacente à linha principal, ou a outros desvios, destinada aos cruzamentos, ultrapassagens, desvio de veículos ferroviários e formação de trens. Os desvios podem ser classificados em: 3.25.1. DESvIO ATIvO Desvio provido de Aparelho de Mudança de Via em ambas as extremi- dades. 3.25.2. DESvIO mORTO Desvio provido de um único Aparelho de Mudança de Via, apresentan- do, na outra extremidade, um batente delimitador de seu comprimento útil. 3.26. DETETOR DE DESCARRILAMENTO Dispositivo eletro-mecânico instalado ao longo da ferrovia, que tem como princípio básico de funcionamento a interrupção dos contatos elé- tricos, acionado pela passagem sobre o mesmo de algum rodeiro descar- rilado ou alguma peça de arrasto. O CCO recebe indicação luminosa no painel mímico. 3.27. DETETOR DE DESCARRILAMENTO DO VAGÃO (DDV) Dispositivo instalado nos vagões que, em caso de descarrilamento, acio- na o freio de emergência do trem. Regulamento de Operação Ferroviária 26 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.28. DETETOR DE DESCARRILAMENTO VIA RÁDIO Dispositivo instalado ao longo da ferrovia que tem como principio bási- co de funcionamento a interrupção dos contatos elétricos do dispositivo pela passagem sobre os mesmos de algum rodeiro descarrilado ou alguma peça de arrasto. Envia informação automática de alarme via rádio para o Operador de Trens e, posteriormente, para o CCO. 3.29. DISCO DE VELOCÍMETRO Dispositivo interno instalado nos velocímetros das locomotivas e veículos ferroviários que permite o registro da velocidade e dos eventos da opera- ção do trem. É composto por um conjunto de discos que permite o regis- tro dos eventos durante sete dias. 3.30. DISPOSITIVO DE SOBRE – VELOCIDADEDispositivo de segurança da locomotiva que não permite que o Maqui- nista ultrapasse a velocidade definida no equipamento, parando o trem. 3.31. ENCARRILADEIRA Equipamento destinado a encarrilhar rodeiros de veículos ferroviários. 3.32. END OF TRAIN E TRAINLINK Dispositivo instalado no último vagão de um trem, ligado ao encana- mento geral que se comunica com uma unidade de comando na cabine da locomotiva (trainlink) via rádio. Permite ao Maquinista monitorar as condições momentâneas da cauda do seu trem, como também provocar aplicações de emergência. 3.33. ENGATE CEGO Suporte localizado nas testeiras de veículos ferroviários que tem por fi- 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 27ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 nalidade a fixação das mangueiras, evitando a entrada de impurezas no sistema de ar ou que as mesmas fiquem de arrasto, o que pode danificá -las. Dessa forma, evita-se também a avaria nos equipamentos de via e na sinalização instalados ao longo da linha. 3.34. EQUIPAGEM Equipe formada, por uma ou mais pessoas, responsável pela operação dos trens. 3.35. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL É todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelos cola- boradores, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. 3.36. ESTAÇÃO FERROVIÁRIA Estabelecimentos da ferrovia destinados à execução de serviços ligados à operação e à circulação de trens. As estações são responsáveis por todo o controle, posicionamento e recebimento de vagões dos terminais do clien- te, manipulação de toda a documentação dos vagões e trens, atendimento aos clientes e particulares em geral. 3.36.1. ESTAÇÃO CONCENTRADORA É aquela que executa e controla, via sistemas, as operações de carga/des- carga, formação ou recomposição de trens e a emissão de documentação de transporte. Estas operações são controladas por um Agente de Estação no local. Pode ou não controlar estação satélite. 3.36.2. ESTAÇÃO DE CIRCUlAÇÃO É utilizada para cruzamentos, ultrapassagens de trens e para controle da circulação ferroviária. Não executa operação de carga e/ou descarga, formação ou recomposição de trens, nem emissão de despachos. Regulamento de Operação Ferroviária 28 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.36.3. ESTAÇÃO DE INTERCÂmBIO É aquela que liga uma empresa ferroviária à outra. 3.36.4. ESTAÇÃO SATÉlITE É aquela que executa operações de carga/descarga, formação ou re- composição de trens, mas não emite documentação de transporte. Estas operações são controladas por uma estação concentradora. Pode ou não ter controle via sistemas. 3.37. FREIO MANUAL Equipamento instalado nas locomotivas e vagões, operado manualmen- te, que tem como objetivo mantê-los estacionados em segurança. 3.38. GABARITO Contorno de referência, ao qual devem adequar-se as instalações fixas, as cargas e veículos ferroviários, para possibilitar o tráfego ferroviário sem interferência. 3.39. GHT (Gráfico Horário de Trem) Aplicativo destinado à visualização espaço/tempo de movimentação passada e prevista de trens, assim como o planejamento operacional da circulação de trens. Pode ser automático ou manual. 3.40. GPS (SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL) Acrônimo para a expressão em inglês Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global). É um sistema de posicionamento por satélite utilizado para determinação da localização de um receptor na superfície da terra ou em sua órbita. 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 29ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.41. HABILITAÇÃO Capacitação do colaborador para o exercício de uma função ou ativida- de, através de treinamento teórico, prático ou ambos, evidenciados por ficha de treinamento e por registro em sistema. 3.42. HORA OFICIAL Hora fornecida diretamente pelo SISLOG, sendo automaticamente atua- lizada pelo servidor de produção. 3.43. HOT BOX – HOT WHEEL (Detector de caixa quente e roda quente) Dispositivos instalados ao longo da ferrovia que têm, como princípio de funcionamento, a detecção da temperatura do rolamento e da roda dos vagões e locomotivas. 3.44. INCIDENTE Evento não programado, relacionado à operação ou à manutenção fer- roviária, que ocorre em circunstâncias não desejáveis, que pode resultar em lesões corporais ou danos materiais. 3.45. INDICAÇÃO DE SINAL Aspecto indicativo, transmitido por um sinaleiro fixo ou Cab-Signal. 3.46. INSPETOR DE OPERAÇÃO DE TRENS Colaborador responsável por promover a melhoria operacional dos Ma- quinistas e Auxiliares de Maquinistas, através do estabelecimento de trei- namentos, acompanhamento e controle dos procedimentos operacionais, com o objetivo de atingir a excelência em qualidade, segurança e economia. Regulamento de Operação Ferroviária 30 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.47. LIMITE DE MANOBRA Trecho de linhas em pátios sinalizados ou não, limitados por placas de regulamentação. 3.48. LINHA DUPLA São duas linhas paralelas destinadas à circulação. 3.49. LINHA MISTA Via férrea com três ou mais trilhos, para permitir a passagem de veículos com bitolas diferentes. 3.50. LINHA PRINCIPAL Linha atravessando pátios e ligando estações. 3.51. LINHA SINGELA Linha principal única sobre a qual os trens circulam em ambos os sentidos. 3.52. LINHA TRONCO Linha de um sistema ferroviário que, em virtude de suas características de circulação, apresenta maior importância em relação às demais linhas do sistema. 3.53. LOCOTROL O sistema LOCOTROL proporciona controle remoto automático e inde- pendente de conjunto de locomotivas localizados em um trem, a partir de uma locomotiva controladora na posição de líder. 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 31ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.54. MALOTE DE DOCUMENTOS Bolsa utilizada para o transporte dos documentos fiscais e operacionais, referentes à composição do trem. 3.55. MANOBRADOR Colaborador responsável pela execução das manobras nos pátios e nos terminais e pela inspeção de cargas recebidas e expedidas em pátios. 3.56. MÁQUINA DE CHAVE Aparelho que permite a mudança de via de circulação. 3.56.1. máqUINA DE ChAvE COm TRAvADOR ElÉTRICO Chaves de operação manual, instaladas geralmente nos desvios localiza- dos na linha singela em trechos dotados de sinalização automática. Os tra- vadores elétricos só permitem que as agulhas sejam mudadas de posição, caso sejam obedecidos determinados requisitos de segurança. 3.56.2. máqUINA DE ChAvE DE DUPlO CONTROlE Máquina de chave acionada eletricamente, podendo ser operada manu- almente quando necessário. 3.56.3. máqUINA DE ChAvE DE mOlA Máquina de chave equipada com mecanismo de mola, regulada para restabelecer a posição de repouso das agulhas, após a passagem do trem. 3.56.4. máqUINA DE ChAvE ElÉTRICA COm COmANDO lOCAl Máquina de chave, comandada no local por circuitos elétricos, devendo ser colocada como comando local (com ou sem indicação no CTC). Este modelo de máquina de chave elétrica, quando chaveada para controle local, não sofre ou interfere no inter-travamento do circuito e sinal. Regulamento de Operação Ferroviária 32 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.56.5. máqUINA DE ChAvE mANUAl Aparelho operado manualmente, permitindo a mudança de via. 3.56.6. máqUINA DE ChAvE mANUAl COm CONTROlA- DOR DE CIRCUITO ElÉTRICO É normalmente empregada em desvios com facilidade relativa de vigi- lância humana, por parte dos colaboradores da MRS. Os circuitos elétricos, ao serem acoplados às chaves, impedem, quando na posição contrária ao movimento, que os sinais abram na sua direção, exceto para o sinal de chamada ou restritivo. 3.56.7. máqUINA DE ChAvE FAlSA (DESCARRIlADEIRA) Dispositivo de segurança, instalado em uma linha, para impedir a circu- lação de trens ou veículos em uma linha principal. 3.56.8.mAqUINA DE ChAvE COm COmANDO lOCAl Chave elétrica cujo posicionamento para Normal ou Reversa é feito atra- vés de uma caixa de comando, situada próximo a esta chave. O CCO não consegue operá-la remotamente. 3.56.9. máqUINA DE ChAvE TAlONávEl Equipamento eletro-hidráulico que, quando passado em sentido contrá- rio, as pontas de agulhas movimentam-se para posição oposta mantendo- se travadas, não retornando à posição original. 3.57. MAQUINISTA Colaborador responsável pela operação dos trens, em toda a malha da MRS. 3.58. MARCO Identificação física de cor amarela instalada entre as vias que indica o limite em que o veículo ferroviário não pode permanecer ou ultrapassar sem autorização, a fim de não restringir o gabarito na via adjacente. 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 33ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.59. NOMENCLATURA DE LINHAS Em trecho de linha dupla, considera-se linha 1 (um) aquela que está situada à esquerda no sentido crescente de quilometragem, e linha 2 aquela que está situada à direita. Em trecho de linha singela, a linha principal é denominada de linha 1 (um) e as demais linhas (desviadas) são denominadas da seguinte forma: 3.59.1. lINhAS ÍmPARES Linhas à esquerda da linha principal, no sentido crescente da quilometragem. 3.59.2. lINhAS PARES Linhas à direita da linha principal, no sentido crescente da quilometragem. 3.60. OCORRÊNCIA FERROVIÁRIA Qualquer fato que altere o tráfego ferroviário. 3.61. OPERADOR DE ESCALA Colaborador designado para planejar, executar e controlar a alocação de equipagens ao longo do trecho. 3.62. OPERADOR DE TRENS Todo colaborador treinado, habilitado e autorizado a operar qualquer veículo auto propulsor sobre a via ferroviária. 3.63. PASSAGEM EM NÍVEL (PN) É o cruzamento de uma ou mais linhas com uma rodovia principal ou secundária, no mesmo nível. 3.64. PAT (Programa de Atividades de Trens) Conjunto de atividades planejadas para um trem ao longo de seu itine- rário, criado no SISLOG. Regulamento de Operação Ferroviária 34 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.65. PÁTIO É um sistema de vias, dentro de limites definidos, destinado à circulação, à formação e à recomposição de trens, bem como à execução de mano- bras e ao estacionamento de vagões (em trânsito, para carga/descarga, limpeza, inspeção ou manutenção). 3.65.1. PáTIO ASSISTIDO Conjunto de vias interligadas destinado à circulação, à formação de trens, à manobra e ao estacionamento de veículos ferroviários, controlado por um Agente de Estação/Manobrador. Sua fronteira com as SBs adjacen- tes é controlada por pontos denominados de “limite de pátio”. 3.66. PÊRA FERROVIÁRIA Linha circular utilizada para a inversão de sentido de trens e veículos, carga e descarga em terminais. 3.67. PILOTO Colaborador conhecedor das características físicas, sinalização e/ou re- gulamento do trecho da ferrovia a ser percorrido, designado para acompa- nhar um trem quando um Operador de Trens não estiver familiarizado com o trecho à ser percorrido. Para trens tracionados por locomotivas, somente poderá exercer a função de piloto, outro Operador de Trens treinado e habilitado neste tipo de condução. 3.68. PLACA DE COMPLETO Placa afixada no último veículo de uma composição indicando o final do trem. É pintada com tinta refletiva. 3.69. PREFIXO DE TREM Identificação por meio de letras e algarismos que nomeia um trem em função de sua categoria, classe, natureza do transporte, origem, destino, seqüencial e dia de formação. 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 35ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.70. PROGRAMAÇÃO DE TRENS Programação contendo os prefixos, prioridades, horários previstos, re- cursos necessários para a formação dos trens, manobras previstas ao longo do trecho de circulação e, inclusive, instruções especiais e especificações para operação dos trens na malha da MRS e nas ferrovias de intercâmbio. 3.71. PROGRAMADOR DE CIRCULAÇÃO Responsável pelo planejamento da circulação dos trens na malha da MRS, com o objetivo de atendimento à produção e à concessão de inter- valo, de forma eficiente e produtiva. 3.72. PUNHO REMOVÍVEL Ferramenta utilizada para abertura e para fechamento de torneiras do encanamento geral. 3.73. RÁDIO MANUTENÇÃO - CCM Estrutura com funcionamento ininterrupto que tem a responsabilidade de dar suporte às equipes de manutenção de campo da malha ferroviária. 3.74. RÁDIO MECÂNICA - CCM Estrutura com funcionamento ininterrupto que tem a responsabilidade de orientar os Maquinistas na execução de atividades para a recuperação do material rodante em eventual ocorrência de falha. 3.75. RONDA Colaborador ou contratado responsável por executar serviços de inspe- ções através de rondas ao longo da ferrovia, bem como todos os servi- ços de manutenção da superestrutura e infraestrutura da via permanente, cumprir a programação estabelecida pela supervisão, zelando pela produ- tividade, qualidade e segurança. Regulamento de Operação Ferroviária 36 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.76. ROTA Trecho de linha que um trem venha a percorrer, decorrente de uma licen- ça concedida pelo Controlador de Tráfego. 3.77. SARGENTO Equipamento de fixação que, junto a um par de talas, é instalado provi- soriamente na linha devido a alguma fratura de trilho e ou solda. 3.78. SHUNT Curto circuito provocado pela fixação do fio condutor de eletricidade nos trilhos direito e esquerdo de uma determinada linha sinalizada, para garantir a ocupação do circuito de via e impedir o alinhamento de rota so- bre essa. É usado pelas equipes de manutenção de campo somente depois de recebida a autorização do Controlador de Tráfego. 3.79. SINAL Meio de comunicação visual através de código de cores, placas ou ges- tos que regulamentam a circulação dos trens. 3.79.1. SINAIS DE BUzINA DE lOCOmOTIvAS E vEÍCUlOS FERROvIáRIOS Sinal sonoro emitido pela locomotiva ou por veículo ferroviário com ob- jetivo de alertar pessoas e/ou animais sobre a aproximação do trem. 3.79.2. SINAl AUTOmáTICO Sinal que muda de aspecto sem depender do comando do Controlador de Tráfego. 3.79.3. SINAl AzUl Sinal utilizado para a simples conferência com indicativo de letras abaixo do sinaleiro. 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 37ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 C – Indicativo da posição da chave. DET – Indicativo do detector de descarrilamento, não atuado. H – Indicativo de Hot Box – Hot Wheel 3.79.4. SINAl CONTROlADO Sinal luminoso com comando do CCO. 3.79.5. SINAl CRUzETADO Sinal para o qual deve ser desprezado o seu aspecto, devendo essa con- dição ser regida por instruções especiais de circulação. Sinaleiro no qual é fixada uma amarração de duas peças de madeira em forma de cruz à fren- te do foco, pintadas em cor amarela refletiva, indicando que a sinalização luminosa apresentada não será respeitada. 3.79.6. SINAl DE BlOqUEIO Sinal que comanda a entrada em um bloco. 3.79.7. SINAl FIXO Qualquer sinal ou placa em local permanente, que indica uma condição, afetando a circulação de um trem. 3.79.8. SINAl lUmINOSO (colorido) Sinal fixo que tem sua indicação fornecida pela cor de um ou mais focos luminosos. 3.79.9. SINAl mUlTIFOCAl Unidade de sinal na qual cada aspecto é apresentado por sistema óptico distinto. 3.79.10. SINAl REPETIDOR Sinal fixo para aviso prévio de indicação de um sinal de bloqueio, situado à sua frente. Por não possuir circuito de ocupação entre este sinal e o sinal Regulamento de Operação Ferroviária 38 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 de bloqueio à frente, somente neste caso é permitido passar por este sinal quando em aspecto vermelho. O sinal tem a indicação “R” fixada abaixo do sinaleiro para sua correta identificação. 3.79.11. SINAl UNIFOCAl Unidade de sinal na qual todos os aspectossão apresentados por um único sistema óptico. 3.80. SINALEIROS Componentes ferroviários instalados ao lado da via ou em pórticos des- tinados a exibir os sinais luminosos. 3.80.1. SINAlEIRO AlTO Sinaleiro fixado ao lado da via, que exibe o sinal em mastro. Pode ser de altura média. 3.80.2. SINAlEIRO BAIXO OU ANÃO Sinaleiro que não possui mastro e é fixado diretamente sobre a base. 3.81. SINALIZAÇÃO Conjunto de meios compostos por sinais luminosos, acústicos, manuais e placas, contendo inscrições de letras, algarismos ou símbolos, caracteri- zando situações para as quais se exigem cumprimento de regulamentos e chamando a atenção para os Operadores de Trens, equipes de manuten- ção e colaboradores em geral, em favor da segurança, economia e flexibi- lidade do tráfego ferroviário. 3.82. SINO DE LOCOMOTIVA Equipamentos de formato tradicional, geradores de vibrações sonoras, com o objetivo de alertar pessoas e/ou animais sobre a aproximação do trem. . 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 39ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.83. SCB Equipamento de bordo instalado em veículos auto propulsores que mo- nitora, principalmente, limites de licenças e de velocidades. É parte inte- grante do sistema CBTC, TWE e TWC. 3.84. SISLOG Sistema de informações da MRS que concentra e operacionaliza as vá- rias atividades do planejamento e controle da produção e da execução do transporte ferroviário. Abrange desde o planejamento e a distribuição da demanda mensal de transporte até a parte operacional, contemplando toda a operação de transporte (desde a criação de um trem até a sua che- gada na estação de destino). 3.85. SISAD (Sistema de Apoio ao Despacho) Sistema utilizado para controle de circulação de trens em trechos não sinalizados para visualizar, de forma gráfica, os licenciamentos autorizados via rádio/telefone. 3.86. SPEED CONTROL Sistema de indicação visual e sonora do limite máximo de velocidade permitido para trafegar. 3.87. TERMINAL São pontos ligados à malha ferroviária, dotados de um sistema dinâmico composto de infra-estrutura e instalações, mediante os quais são realiza- dos carregamentos, descargas e transbordos de mercadorias dos vagões para os meios complementares de dispersão e vice-versa. Além disso, ar- mazenando mercadorias temporariamente. Regulamento de Operação Ferroviária 40 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.88. TMDS (Sistema de Despacho e Gerenciamento de Trens) É um painel sinóptico onde o Controlador de Tráfego recebe indicações e controla os dispositivos de campo, através dos sistemas CBTC, TWE, TWC e/ou CTC. É possível também acessar o SISAD. 3.89. TRAÇÃO DISTRIBUÍDA Formação de trem em que a tração do mesmo é distribuída, seccionando o trem em blocos, com quantidades de vagões definidas. As locomotivas são distribuídas entre estes blocos e são operadas remotamente, a partir da locomotiva comandante ou operadas por Maquinistas. 3.90. TRAVADOR ELÉTRICO Dispositivo que permite a movimentação de chaves não comandadas por CTC, somente se forem atendidas certas condições de segurança de- terminadas pelos circuitos de sinalização. 3.91. TRAVESSÃO Linha diagonal provida de Aparelho de Mudança de Via em ambas as ex- tremidades, permitindo a passagem de um trem de uma linha para outra. 3.92. TREM Qualquer veículo com prefixo definido que circule sobre a via férrea, em trecho sinalizado ou não, cuja movimentação é controlada pelo Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local. 3.93. TRIÂNGULO Três linhas ligadas em forma de triângulo por meio de AMVs, permitindo a inversão de veículos ferroviários. 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 41ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.94. TWC (Track Warrant Control) É um sistema de controle e monitoramento do movimento dos trens, através de rede de dados dedicada de comunicação interligada entre CCO e o computador de bordo. 3.95. TWE (Track Warrant Enforcement) É um sistema de controle e monitoramento do movimento dos trens, através de rede de dados dedicada de comunicação. O computador de bordo dos trens não está integrado com o intertravamento no campo. 3.96. VEÍCULO FERROVIÁRIO Todo veículo auto propulsor ou não, que circula unicamente sobre trilhos 3.96.1. vEÍCUlOS lEvES Veículo com menos de 3.500kg por eixo que ao circular pode não causar a ocupação do circuito de via. Enquadram-se nesta categoria os seguintes veículos: auto de linha, caminhão de linha, rodoferroviários e carretinha de rodoferroviário. 3.96.2. AUTO DE lINhA Veículo auto propulsionado destinado ao transporte de pessoal na exe- cução de serviços na ferrovia. 3.96.3. CAmINhÃO DE lINhA Veículo ferroviário auto propulsionado destinado ao transporte de pes- soal na execução de serviços na ferrovia e de carga não remunerada. 3.96.4. CARRO CONTROlE (Track Star) Equipamento instrumentado para medição de parâmetros relacionados à geometria e à condição de elementos estruturais da via permanente. Regulamento de Operação Ferroviária 42 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.96.5. DESGUARNECEDORA E DESGUARNECEDORA DE OmBRO DE lASTRO Equipamento destinado à limpeza do lastro, restabelecendo os padrões ideais do mesmo. 3.96.6. ESmERIlhADORA Equipamento de via permanente usado para esmerilhar o boleto do tri- lho, melhorando o contato roda-trilho e aumentado sua vida útil. 3.96.7. GUINDASTE FERROvIáRIO Equipamento ferroviário utilizado para elevação de grandes cargas, uti- lizado em atendimentos a acidentes. 3.96.8. lOCOmOTIvA Veículo impulsionado por energia de tração diesel/elétrica e/ou elétrica, utilizado para rebocar trens de carga ou de serviço. 3.96.9. lOCOmOTIvA hITAChI DIESEl Locomotiva de tração diesel-elétrica específica para tração no trecho de serra entre Paranapiacaba e Raiz da Serra, onde é adotado o sistema de cremalheira para tração. 3.96.10. lOCOmOTIvA STADLER Locomotiva de tração elétrica específica para tração no trecho de serra entre Paranapiacaba e Raiz da Serra, onde é adotado o sistema de crema- lheira para tração. 3.96.11. SOCADORA E REGUlADORA Conjunto de equipamentos destinado à manutenção e restabelecimento dos padrões de geometria de via permanente. 3.96.12. vAGÃO Veículo utilizado no transporte, com características distintas, em função do tipo de mercadoria e do processo de carga e descarga. 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 43ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.96.13. vAGÃO COm ENGATE FIXO mAROmBA Vagão lastrado, provido de dois engates em cada testeira, que permite tracionar composições com vagões de bitolas diferentes. 3.96.14. vAGÃO COm ENGATE ROTATIvO Vagões cujos engates permitem que os mesmos sejam descarregados nos viradores, sem a necessidade de desengatá-los. Todos os vagões singe- los e duais possuem uma bolsa de engate fixo de um lado e uma bolsa de engate rotativo do outro. Quando ligados por barra de união, um lado da barra é fixo e do outro lado é rotativo. 3.96.15. vAGÃO DUAl Dupla de vagões ligados por uma haste rígida (maromba) e duas man- gueiras, com válvula de controle e reservatórios auxiliar e de emergência em apenas um deles, que comanda os freios do outro. 3.96.16. vAGÃO DUPlO Dupla de vagões ligados por uma haste rígida (maromba) e uma man- gueira com válvula de controle e reservatórios de ar em ambos os vagões. 3.96.17. vAGÃO ISOlADO Condição de um vagão sem freio, por defeito no sistema ou por ação de alguém que, interrompendo o funcionamento da válvula de freio em virtude de alguma avaria, permite a circulação do mesmo em condições especiais. 3.96.18. vAGÃO mADRINhA São vagões com engates rotativos em ambos os lados. 3.96.19. vAGÃO PENTA ARTICUlADO Unidade quíntupla de vagões articulados, através de truques comparti- lhados entre as unidades centrais, composto de seis truques e três sistemas de freio.Utilizado para transporte de containers. Regulamento de Operação Ferroviária 44 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.96.20. vAGÃO PROTEÇÃO Veículo ferroviário utilizado entre a locomotiva e o primeiro vagão da composição de um trem com produtos perigosos, contendo materiais e equipamentos para os casos de acidentes. 3.96.21. vAGÃO SINGElO São vagões com engate rotativo em um dos lados e fixo do outro lado, com sistema de freio próprio. 3.96.22. vAGÃO TRIAl Unidade tripla de vagões ligados por duas hastes rígidas (maromba) e quatro mangueiras inteiriças entre o vagão principal (central) e os vagões complementares (extremidades), com válvula de controle, válvula vazio- carregado e reservatório de ar. 3.97. VEÍCULO RODOFERROVIÁRIO Veículo projetado para operar tanto sobre trilhos quanto fora dos trilhos. 3.97.1. PARA ATENDImENTO À mANUTENÇÃO Veículo equipado com dispositivo que possibilita o deslocamento rodovi- ário e ferroviário, utilizado para auxiliar na manutenção de via permanente e eletroeletrônica. 3.97.2. PARA ATENDImENTO A ACIDENTES Veículo equipado com dispositivo que possibilita o deslocamento rodo- viário e ferroviário, dotado de um guindaste, utilizado para o atendimento de acidentes ferroviários. 3.98. VELOCIDADE LIMITADA Velocidade não superior a 50 km/hora, definida para cada trecho em procedimento específico. 3. Definições Regulamento de Operação Ferroviária 45ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 3.99. VELOCIDADE MÁXIMA AUTORIZADA (V.M.A.) Velocidade máxima permitida para um determinado trecho, definida pelas condições da via permanente, material rodante e segurança operacional. 3.99.1. RESTRIÇÃO DE vElOCIDADE Toda e qualquer condição restritiva temporária da via permanente ou material rodante. Para todos os efeitos, uma RESTRIÇÃO DE VELOCIDADE é considerada uma VMA. 3.100. VELOCIDADE REDUZIDA Velocidade não superior a 30 km/hora. 3.101. VELOCIDADE RESTRITA Velocidade que o trem deve circular, de maneira a ter condição para PARAR dentro da METADE do campo de visão. A Velocidade Restrita deve ser cumprida até que a frente do trem alcance o ponto determinado. Em nenhum caso, a velocidade restrita pode exceder a VMA do trecho. Regulamento de Operação Ferroviária 46 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.1. CONTROLADORES DE TRÁFEGO DO CCO 4.1.1. Operar os equipamentos de controle de circulação de trem, com perfei- ção e cuidado. 4.1.2. Não permitir o uso de rádio na comunicação operacional que não seja sobre a circulação do trem e/ou sobre a manutenção, exceto em casos de emergências. 4.1.3. Efetuar rotas para trens, licenças para o trem, liberando sinais e movi- mentando AMVs por meio de comandos elétricos, obedecendo a priorida- de, conforme planejamento da circulação. 4.1.4. Na falha da sinalização, o Controlador de Tráfego deve orientar o Opera- dor de Trens sobre a sua circulação. 4.1.5. Reportar as ocorrências, irregularidades e acidentes ocorridos em seu turno de trabalho, para seu superior imediato. 4.1.6. Conhecer as condições de circulação dos trens, a capacidade e extensão dos desvios e o perfil da via permanente no trecho por ele controlado. 4.1.7. Estar atento a qualquer não-conformidade que ocorra no CTC, comuni- cando imediatamente ao setor competente. Obrigações 04 Regulamento de Operação Ferroviária 47ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.1.8. Manter o sistema GHT, ou o gráfico manual de trens, e a região de con- trole devidamente atualizados. 4.1.9. Manter os AMVs posicionados para a linha na qual o trem vai circular durante um cruzamento de trens. 4.1.10. Não permitir entrada de trem, no trecho por ele controlado, que não esteja nas condições estabelecidas neste regulamento. 4.1.11. Não se ausentar do seu posto de trabalho, sem autorização do superior imediato. 4.1.12. Estar atento aos programas de manutenção, otimizando a circulação para o fornecimento do tempo, minimizando o atraso dos trens. 4.1.13. Sinalizar na região de controle e informar aos Operadores de Trens todas as restrições de velocidade causadas por acidentes ou por qualquer outra irregularidade observada na linha e que ainda não estejam protegidas por placas de sinalização. 4.1.14. Antes de autorizar uma manutenção na via ou manobras nas linhas de circulação, deve cancelar todas as licenças com destino para o trecho em manutenção ou manobra, além de promover a interdição do trecho na região de controle a ser concedido para manutenção ou manobra. Regulamento de Operação Ferroviária 48 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.2. INSPETORES DE OPERAÇÃO DE TRENS 4.2.1. Treinar, orientar e inspecionar as equipes em operações ferroviárias, condução de veículos ferroviários e regulamentos operacionais, através do acompanhamento e orientações. 4.2.2. Elaborar procedimentos para condução dos diversos tipos de trens, in- cluindo os pátios e terminais, visando maior segurança, agilidade e econo- mia na operação. 4.2.3. Acompanhar o desempenho operacional dos colaboradores sob sua res- ponsabilidade. 4.2.4. Quando solicitado, contribuir para o desenvolvimento e para a implan- tação de novas tecnologias, através da participação no desenvolvimento de novos projetos, testes, fornecimento de dados operacionais e análise de novos equipamentos. 4.2.5. Quando solicitado, participar do estudo da causa de acidentes ferroviá- rios definindo junto aos setores competentes formas de evitá-los. 4.2.6. Otimizar a operação de trens mediante estudos em simulador de operação. 4. Obrigações Regulamento de Operação Ferroviária 49ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.3. OPERADORES DE TRENS 4.3.1. Conhecer e obedecer às regras de: 1. Indicações dos sinais do ATC / Cab-Signal / Speed Control / CTC / CBTC / TWE / TWC entre outros. 2. Velocidades regulamentares para cada aspecto e características do trecho a ser percorrido pelo trem. 3. Localização das seções de bloqueio, placas quilométricas e placas de sinalização. 4. Operação de AMVs, travadores elétricos, detectores de descarrilamen- to, pontos de Hot Box e localização de balança ferroviária. 5. Outras regras inerentes à sua função. 4.3.2. Saber realizar corretamente engate e desengate de veículos ferroviários, posicionar torneiras, fazer vistoria de trens, efetuar acoplamentos e desa- coplamentos, substituir mandíbulas e mangueiras e executar qualquer ou- tro tipo de tarefa inerente à sua função, desde que devidamente treinado e munido de EPIs. 4.3.3. Fazer manobras nos pátios e nos terminais. 4.3.4. Fornecer as informações solicitadas pelo CCO/Agentes de Estação e/ou Manobradores e Rádio Mecânica, com precisão e com o máximo de deta- lhes possíveis. 4.3.5. Cumprir as instruções da Rádio Mecânica, do CCO, dos Agentes de Esta- ção e ou dos Manobradores. Regulamento de Operação Ferroviária 50 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.3.6. Durante a circulação, manter-se atento e dar imediato conhecimento ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local de qualquer irre- gularidade observada no seu trem, na linha, no ATC/Cab-Signal na sinaliza- ção de campo, no meio ambiente e outros que possam afetar o patrimônio da MRS ou pôr em risco vidas humanas. 4.3.7. Durante os cruzamentos de trens, observar a outra composição que está passando, informando ao Operador de Trens do outro trem ou ao Contro- lador de Tráfego Central ou Controlador de Tráfego Local qualquer anor- malidade verificada. 4.3.8. Independente da informação do Controlador de Tráfego sobre cruza- mentos ou restrições de velocidade, o Operador de Trens não está isento da obediência à sinalização de campo ou de cabine (caso tenha ATC/Cab- Signal), exceto nos locais onde há cobertura do sistema CBTC, em que a circulação é controlada por licençasenviadas pelo Controlador de Tráfego do CCO para o computador de bordo dos veículos ferroviários. 4.3.9. Uma vez informado do local de cruzamento, o Operador de Trens que receber sinal de partida neste pátio, sem cruzar com o outro trem, deve contatar imediatamente com o Controlador de Tráfego para obter novas informações. 4.3.10. Respeitar todos os dispositivos de segurança dos equipamentos de bor- do, sendo absolutamente proibido isolar ou criar situações que possam anular a função destes dispositivos, exceto em situações especiais quando devidamente autorizado pela Rádio Mecânica. 4. Obrigações Regulamento de Operação Ferroviária 51ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.3.11. Comunicar a presença de clandestinos no trem ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local. 4.3.12. Não permitir o acesso de pessoas não autorizadas no trem. Informar, ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local, a quantidade de pessoas presentes no trem. 4.3.13. Ao término da jornada de trabalho, o Operador de Trens deve deixar o(s) equipamento(s) (trens de serviços) em lugar seguro e devidamente trancado. 4.3.14. Caso ocorra alguma anormalidade que não permita o cumprimento das instruções do Controlador de Tráfego, o Operador de Trens deve comunicar imediatamente ao mesmo para receber novas instruções. 4.3.15. Receber a documentação ao assumir o trem e garantir sua guarda ao longo do percurso do trem. Na estação de destino do trem, deve entregar a documentação ao Agente de Estação. Quando não houver estação aber- ta, é sua responsabilidade entregar a documentação ao cliente / terminal / outra Ferrovia. 4.3.16. Durante a circulação do trem, o Operador de Trens deve compartilhar com os demais ocupantes os aspectos dos sinais observados em trechos sem CBTC. Deve também compartilhar as licenças recebidas (limites de cir- culação, restrições, velocidade restrita). 4.3.17. Nas trocas de Maquinistas em trens e somente nos trechos controlados pelo CCO, é obrigatório repassar e solicitar todas as informações referen- Regulamento de Operação Ferroviária 52 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 tes ao trem, licenciamento e precauções existentes. Não é necessária a apresentação ao Controlador de Tráfego do CCO. Estas informações serão registradas em documento definido em procedimento específico, exceto quando houver registro informatizado a bordo do trem. Em pátios, terminais ou trechos controlados por Agente de Estação, o mesmo deverá ser acionado sempre que for necessária a movimentação do trem. 4.3.18. O Operador de Trens deve inspecionar frequentemente seu trem en- quanto está em movimento, atento a sinais e às indicações de defeitos na via e no trem, especialmente em trechos de curvas. 4.4. AUXILIARES DE MAQUINISTAS 4.4.1. Conhecer e obedecer às regras de: 1. Indicações dos sinais do ATC / Cab-Signal / Speed Control / CTC / CBTC / TWE / TWC entre outros. 2. Velocidades regulamentares para cada aspecto e características do trecho a ser percorrido pelo trem. 3. Localização das seções de bloqueio, placas quilométricas e placas de sinalização. 4. Operação de AMVs, travadores elétricos, detectores de descarrila- mento, pontos de Hot Box e localização de balança ferroviária. 5. Outras regras inerentes à sua função. 4.4.2. Saber realizar corretamente e fazer, engate e desengate de veículos fer- roviários, posicionar torneiras, fazer vistoria de trens, efetuar acoplamentos e desacoplamentos, substituir mandíbulas e mangueiras e executar qual- quer outro tipo de tarefa inerente à sua função, desde que devidamente treinado e munido de EPIs. 4. Obrigações Regulamento de Operação Ferroviária 53ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.4.3. Auxiliar a operação e manobra de trens e locomotivas, mediante os pro- cedimentos adotados. 4.4.4. Revistar locomotivas e vagões para a verificação de sua condição de operação. 4.4.5. Conduzir trens quando em treinamento, sob orientação e supervisão de Maquinista Monitor ou Inspetor de Operação de Trens. 4.4.6. Deve inspecionar freqüentemente seu trem enquanto esteja em movi- mento, atentos a sinais e indicações de defeitos na via e no trem, especial- mente em trechos de curvas. 4.4.7. Estar atento à sinalização, comunicação e licenciamento, verificando, junto ao Maquinista, as condições de condução do trem. 4.5. OPERADORES DE ESCALA 4.5.1. Efetuar o controle de jornada de trabalho das equipagens. 4.5.2. Orientar as equipes para o atendimento dos trens de acordo com a soli- citação do Centro de Formação de Trens, CCO e estação. 4.5.3. Programar os veículos operacionais destinados ao transporte das equi- pagens, mediante a distribuição racional dos recursos, assim como contro- lar e otimizar o uso dos mesmos, registrando em sistema. Regulamento de Operação Ferroviária 54 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.5.4. Fazer a distribuição de lanches e refeições às equipes em serviço, através de contatos com os fornecedores, registrando em sistema. 4.5.5. Recepcionar as equipes e fiscalizar as condições físicas dos Maquinistas e Auxiliares de Maquinistas, mediante aplicação de teste etilômetro pré- funcional. 4.5.6. Fazer o registro dos eventos de freqüência dos Maquinistas e Auxiliares de Maquinistas, através de sistema. 4.5.7. Manter informadas e atualizadas as equipagens sobre a previsão de che- gada de trens, para otimizar a substituição, quando necessário. 4.5.8. Não permitir, no local de trabalho do Operador de Escala, a entrada ou acúmulo de pessoas que possam prejudicar o cumprimento de suas tarefas. 4.5.9. Não se ausentar de seu posto de trabalho, sem autorização do superior imediato. 4.5.10. Reportar imediatamente ao superior imediato toda e qualquer irregula- ridade que ocorrer durante a sua jornada de trabalho. 4.5.11. Registrar em sistema os casos de apresentação em atraso e atendimento antecipado a escala programada dos Maquinistas e Auxiliares de Maquinista. 4. Obrigações Regulamento de Operação Ferroviária 55ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.5.12. Efetuar o controle de distribuição de rádio transceptor portátil, GPS e EOT. 4.5.13. É de total responsabilidade do Operador de Escala que recebeu a docu- mentação de um trem, zelar pela guarda e pela entrega da documentação para a próxima equipagem do trem. 4.6. AGENTES DE ESTAÇÃO E MANOBRADORES DE PÁTIO E TERMINAL 4.6.1. Conhecer a localização exata e manuseio dos AMVs, travadores elétricos, extensão e capacidade das linhas e demais características de seu pátio ou terminal. 4.6.2. Cumprir as programações da operação, acompanhar as entradas e saí- das de trens de seu pátio e supervisionar as manobras, programando com antecedência as manobras das composições de trens. 4.6.3. Manter controle atualizado dos trens e vagões existentes em seu pátio, bem como dentro dos marcos correspondentes, de forma que possa for- necer informações precisas, sempre que solicitado. 4.6.4. Manter atualizado no sistema o registro de chegada e de partida dos trens e manobras, toda movimentação e eventos de locomotivas e vagões e ordenação das composições, sob sua responsabilidade. Regulamento de Operação Ferroviária 56 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.6.5. Observar a passagem do trem pelo seu pátio sempre que os locais pos- sibilitem sua visualização, comunicando imediatamente ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local qualquer anormalidade nele observada. 4.6.6. Não se ausentar do seu posto de trabalho, sem notificar ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local. 4.6.7. Efetuar engate e desengate de trens, posicionar torneiras, efetuar liga- ções de mangueiras de acoplamento, substituir mandíbulas e mangueiras de acoplamento, operar travadoreselétricos, movimentar AMVs e fazer teste de cauda. 4.6.8. Informar qualquer ocorrência de vagão para a Rádio Mecânica quando não tiver um posto de inspeção mecânica para atendimento. 4.6.9. É responsabilidade do Agente de Estação organizar a documentação do trem e entregá-la à equipagem do trem. Na estação de destino do trem, entregar a documentação ao cliente/terminal/outra ferrovia. 4.6.10. Não permitir, no local de trabalho do Agente de Estação, a entrada ou acúmulo de pessoas que possam prejudicar o cumprimento de suas tarefas. 4.6.11. Antes de autorizar uma manutenção na via ou manobras nas linhas de circulação, deve-se cancelar todas as licenças com destino para o trecho em manutenção ou manobra. É necessário também interditar o trecho na região de controle a ser concedido para manutenção ou manobra. 4. Obrigações Regulamento de Operação Ferroviária 57ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.6.12. Acompanhar, controlar e registrar, em sistemas, as operações em ter- minais de carga, descarga e oficinas de manutenção, sendo responsável direto pela interface operacional entre a MRS e os clientes. 4.7. COLABORADORES DAS EMPRESAS CON- TRATADAS PARA SERVIÇO NA MRS 4.7.1. Somente colaboradores previamente habilitados e autorizados pela MRS podem dirigir-se diretamente ao Operador de Trens para qualquer solicita- ção, no trecho em manutenção ou obras. 4.7.2. Comunicar imediatamente ao Controlador de Tráfego qualquer anorma- lidade que ocorrer no trecho em obra ou manutenção, ou com um trem que estiver circulando neste trecho. 4.7.3. Comunicar, em tempo hábil, ao Controle de Tráfego Central, todas as alterações sobre o programa dos trens destinados aos serviços a serem por eles executados. 4.7.4. Manter atualizada toda a sinalização gráfica auxiliar do trecho em obras ou manutenção, a qual é de sua inteira responsabilidade. 4.7.5. Respeitar o gabarito das ferrovias e ramais nos quais opera, no trecho em obras ou manutenção, para evitar acidentes. 4.7.6. É proibido efetuar manutenções de campo em locomotivas, vagões, ele- Regulamento de Operação Ferroviária 58 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 troeletrônica e via sem a devida autorização do Controle de Tráfego Cen- tral, Controle de Tráfego Local ou Rádio Mecânica. 4.8. CENTRO DE FORMAÇÂO DE TRENS 4.8.1. Estabelecer o prefixo dos trens, programando no SISLOG todo o PAT e SMV previsto para circulação dos trens, possibilitando à Estação o plane- jamento da manobra. 4.8.2. Efetuar serviços referentes ao tráfego de carga geral, obedecendo às leis ambientais e físicas. 4.8.3. Cumprir a programação de formação dos trens, de acordo com a grade e prioridade estabelecidas, otimizando os recursos necessários. 4.8.4. Informar a programação de trens para o Operador de Escalas. 4.8.5. Interagir permanentemente com pátios/terminais, escalas, CCO e Rádio Mecânica. 4.8.6. Respeitar o gabarito das ferrovias e ramais nos quais a MRS opera. 4.8.7. Elaborar programação de trens com circulação especial, em conjunto com as áreas de operação e manutenção. 4.8.8. Controlar o movimento de vagões em: geral, bons, com restrições e avariados. 4. Obrigações Regulamento de Operação Ferroviária 59ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.8.9. Fazer distribuição de vagão, conforme a programação de transporte e atendimento às necessidades de ajuste da programação. 4.8.10. Monitorar os percursos e os tempos de permanência de vagões e trens em operação. 4.8.11. Executar a distribuição de locomotivas para os trens e para revisão/ma- nutenção. 4.8.12. Programar o retorno das locomotivas e vagões avariados para a oficina, determinando o melhor trem em que os mesmos devem ser anexados. 4.8.13. Definir o Programa de Atividades do Trem (PAT), observando e orientan- do o destino de acordo com o itinerário a ser percorrido, e inserir os dados em sistema. 4.8.14. Disponibilizar diariamente a programação de trens, através de sistema, para que as áreas envolvidas preparem os recursos e manobras necessárias. 4.8.15. Definir e alocar locomotivas e vagões para atendimento a trem, levando em consideração o perfil e o quadro de tração. 4.8.16. Programar o abastecimento das locomotivas, levando em consideração a distância a ser percorrida até o próximo ponto de abastecimento, através de consulta em sistema. Regulamento de Operação Ferroviária 60 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.8.17. Manter atualizada a programação de locomotivas, através de consultas e digitação de dados no sistema. 4.8.18. Elaborar programação de trens na CPTM e Cremalheira, em conjunto com as áreas de operação. 4.8.19. Monitorar a formação ideal de trens nos pátios, de acordo com os pro- cedimentos específicos. 4.8.20. Acompanhar a aderência da grade de trens, elaborar relatórios de de- sempenho e propor as alterações necessárias. 4.8.21. Verificar, informar e tomar ações, quando ocorrer paradas de trens não programadas, zelando para o cumprimento do transit-time do trem. 4.8.22. Garantir que a frota de vagões destinada ao transporte de Produtos Pe- rigosos não seja desviada para quaisquer outros fins, sem antes sofrerem completa limpeza e descontaminação, conforme prevê o artigo 5.º, § 1º, § 2º e § 3º do Decreto nº. 98.973 - Regulamento do Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos. 4.8.23. Somente destinar, para carregamento de produtos perigosos, vagões classificados nas frotas para tal finalidade. 4. Obrigações Regulamento de Operação Ferroviária 61ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.9. ESPECIALISTAS DO CCO 4.9.1. Planejar, orientar e monitorar a execução da circulação de trens e ma- nutenções na via. 4.9.2. Administra recursos necessários para atendimento a acidentes. 4.9.3. Interagir com os pátios, adequando à entrada/partida das composições. 4.10. TÉCNICOS DE MANUTENÇÃO (RÁDIO MECÂNICA) 4.10.1. Atender as prioridades do CCO. 4.10.2. Fornecer aos Maquinistas o apoio técnico necessário para o reparo de pequenas avarias e defeitos, ocorridos durante a viagem, orientando-os sobre os possíveis riscos. 4.10.3. Monitorar o movimento de locomotivas e vagões avariados, para agilizar o atendimento no trecho ou nas oficinas. 4.10.4. Monitorar os equipamentos de HOT BOX e HOT WHEEL e passar, imedia- tamente, ao Coordenador do CCO as anomalias no material rodante, para que o mesmo possa tomar as devidas providências em relação ao tráfego ferroviário. Regulamento de Operação Ferroviária 62 ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 4.10.5. Registrar quaisquer irregularidades ocorridas com os veículos ferroviá- rios e fornecer essas informações às oficinas e atendimentos volantes, bem como aos Centros de Formação de Trens. 4.10.6. Conhecer todas as características técnicas das locomotivas, bem como suas respectivas capacidades de tração em cada trecho da MRS. 4.11. INSPETORES DE OPERAÇÃO DE PÁTIOS 4.11.1. Treinar e orientar os Agentes de Estação e Manobradores nos procedi- mentos e sistemas. 4.11.2. Habilitar Agentes de Estação e Manobradores para o exercício de sua função, ministrando cursos e aplicando testes teóricos e práticos. 4.11.3. Executar, quando necessário, as atribuições definidas para Agente de Estação, através de conhecimento prévio das atividades da função. 4.11.4. Elaborar procedimentos para operação de pátios e terminais visando maior segurança, agilidade e economia na operação. 4.11.5. Acompanhar o desempenho operacional dos colaboradores sob sua res- ponsabilidade. 4. Obrigações Regulamento de Operação Ferroviária 63ROF - Regulamento de Operação Ferroviária / Versão 06.00 / 2017 O processo de comunicação estabelecido para a operação e manutenção ferroviária deve ser feito com a utilização dos meios de comunicação dispo- níveis
Compartilhar