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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Escola Politécnica Curso de Engenharia Civil Departamento de Construção Civil MÉTODOS EXECUTIVOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO DE UM EMPREENDIMENTO COMERCIAL DE GRANDE PORTE Mônica Athayde Freire Rio de Janeiro 2007 ii Mônica Athayde Freire MÉTODOS EXECUTIVOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO DE UM EMPREENDIMENTO COMERCIAL DE GRANDE PORTE Projeto de Monografia apresentado ao Departamento de Construção Civil da Escola Politécnica da UFRJ como exigência parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil Orientador: Profª. Elaine Garrido Vazquez Rio de Janeiro 2007 iii MÉTODOS EXECUTIVOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO DE UM EMPREENDIMENTO COMERCIAL DE GRANDE PORTE Mônica Athayde Freire MONOGRAFIA SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUIITOS NECESSÁRIOS PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ENGENHEIRO CIVIL. Aprovada por: _________________________________________ Profª. Elaine Garrido Vazquez, D. Sc. _________________________________________ Profª. Ana Catarina Jorge Evangelista , D. Sc. _________________________________________ Profª. Jaqueline Passamani Zubelli Guimarãres, M. Sc. Rio de Janeiro, RJ – BRASIL DEZEMBRO DE 2007 iv AGRADECIMENTOS Com a entrega da monografia, seguida da colação, chega o fim de mais uma etapa em minha vida. Lembranças destes anos de faculdade nunca me faltarão. Compartilho esta conquista e agradeço a todos que fizeram parte de minha jornada. A todos os meus amigos, em especial à Fabiene pela força, à Vivi pela imensa ajuda, à Fernanda por aturar minhas reclamações e ao Rodrigo por sempre torcer por mim. Aos meus familiares, especialmente ao meu irmão pela paciência, minha irmã pela presença mesmo distante e ao meu pai por aturar meu mau-humor, ou seria sono? À minha querida orientadora Elaine Vazquez pela ajuda constante e à Jaqueline Zubelli pelas respostas para uma grande quantidade de “pequenas” dúvidas. v Resumo da Monografia apresentada à Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Engenheiro Civil. MÉTODOS EXECUTIVOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO DE UM EMPREENDIMENTO COMERCIAL DE GRANDE PORTE Mônica Athayde Freire Dezembro/2007. Orientador: Profª. Elaine Garrido Vazquez A impermeabilização tem a finalidade de tornar materiais, áreas ou objetos impermeáveis. A proteção de determinada área em uma construção, quando realizada corretamente, garante sua estanqueidade. Sendo de grande importância para a construção civil, a impermeabilização aumenta a durabilidade das construções. O processo de impermeabilização é constituído de diversas etapas até chegarmos ao produto estanque, consistem na análise da estrutura a ser impermeabilizada, o projeto de impermeabilização, a preparação da superfície, a impermeabilização propriamente dita, os testes de estanqueidade, as camadas separadoras e as proteções, cada uma destas etapas devem ser monitoradas no decorrer de sua execução. Foi realizado um estudo de caso em um empreendimento comercial de grande porte de uma construtora de renome. O processo de impermeabilização e o método executivo foram acompanhados durante aproximadamente um ano para que pudessem ser analisados. Palavras-chave: Impermeabilização, estanqueidade, processo e projeto de impermeabilização. 1 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6 1.1. Considerações Iniciais ................................................................................... 6 1.2. Justificativa ..................................................................................................... 6 1.3. Objetivo .......................................................................................................... 6 1.4. Metodologia Aplicada ..................................................................................... 6 1.5. Estruturação do Trabalho ............................................................................... 7 2. IMPERMEABILIZAÇÃO: PROJETO E PROCESSO ............................................ 8 2.1. Histórico ......................................................................................................... 8 2.2. Princípios Básicos do Processo de Impermeabilização ................................. 8 2.2.1. Fase 1: Preparo de Superfície e Regularização .................................... 10 2.2.2. Fase 2: Impermeabilização .................................................................... 11 2.2.3. Fase 3: Sistemas Auxiliares e Complementares ................................... 12 2.3. Classificação dos Sistemas de Impermeabilização ...................................... 15 2.3.1. Classificação quanto à Aderência .......................................................... 15 2.3.2. Classificação quanto à Flexibilidade ...................................................... 16 2.3.3. Classificação quanto ao Método de Execução ...................................... 16 2.4. Solicitações Impostas pelos Fluidos nas Partes Construtivas ...................... 17 2.4.1. Impermeabilização Contra Fluidos que Atuam Sob Pressão Unilateral ou Bilateral .............................................................................................................. 17 2.4.2. Impermeabilização de Estruturas Sujeitas à Água de Percolação......... 19 2.4.3. Impermeabilização contra a Umidade do Solo ...................................... 20 2.4.4. Impermeabilização de Estruturas Sujeitas à Água de Condensação .... 20 2.5. Principais Materiais ...................................................................................... 21 2.6. Ferramentas e Equipamentos Utilizados na Impermeabilização .................. 25 2.7. Detalhes Construtivos .................................................................................. 28 3. CASE EMPREENDIMENTO COMERCIAL NO RIO DE JANEIRO .................... 29 3.1. Introdução .................................................................................................... 29 3.2. Áreas Impermeabilizadas – 2º Subsolo ........................................................ 31 3.2.1. Cisterna ................................................................................................. 31 3.2.2. Poço do Elevador .................................................................................. 32 3.2.3. Paredes dos Subsolos ........................................................................... 34 3.3. Áreas Impermeabilizadas – 1º Subsolo ........................................................ 36 3.3.1. Central de Água Gelada de Ar Condicionado ........................................ 36 2 3.4. Áreas Impermeabilizadas – Térreo .............................................................. 38 3.4.1. Área Externa Descoberta ...................................................................... 38 3.4.2. Espelhos D´água ................................................................................... 44 3.4.3. Área Coberta Aberta .............................................................................. 46 3.4.4. Piscina ................................................................................................... 48 3.4.5. Haman (Banho Romano) ....................................................................... 50 3.4.6. Sauna Seca ........................................................................................... 51 3.4.7. Sauna a Vapor .......................................................................................53 3.5. Áreas Impermeabilizadas – Pavimento Tipo e Cobertura ............................ 55 3.5.1. Terraços e Varandas ............................................................................. 55 3.6. Áreas Impermeabilizadas – Telhado ............................................................ 61 3.6.1. Calhas ................................................................................................... 61 3.6.2. Teto da Casa de Máquinas .................................................................... 63 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 65 5. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 67 3 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 – Preparo da superfície ........................................................................................................... 10 Figura 2 – Regularização: cantos arredondados .................................................................................. 11 Figura 3 – Imprimação asfáltica ............................................................................................................ 11 Figura 4 – Aplicação de manta asfáltica ............................................................................................... 12 Figura 5 – Teste de estanqueidade ...................................................................................................... 12 Figura 6 – Pressão unilateral positiva ................................................................................................... 18 Figura 7 – Pressão unilateral negativa .................................................................................................. 18 Figura 8 – Pressão bilateral positiva e negativa ................................................................................... 18 Figura 9 – Equipamentos de segurança ............................................................................................... 25 Figura 10 – Ferramentas ....................................................................................................................... 26 Figura 11 – Esfregão de mupiá ............................................................................................................. 26 Figura 12 – Caldeira elétrica ................................................................................................................. 27 Figura 13 – Caldeiras ............................................................................................................................ 27 Figura 14 – Manta aplicada com maçarico ........................................................................................... 27 Figura 15 – Localização pelo Google Earth .......................................................................................... 29 Figura 16 – Locação da obra ................................................................................................................ 29 Figura 17 – Corte .................................................................................................................................. 31 Figura 18 – Preparo da superfície ......................................................................................................... 32 Figura 19 – Corte .................................................................................................................................. 33 Figura 20 – Preparo de superfície ......................................................................................................... 33 Figura 21 – Corte .................................................................................................................................. 34 Figura 22 – Preparo de superfície ......................................................................................................... 35 Figura 23 – Argamassa Polimérica ....................................................................................................... 35 Figura 24 – Corte .................................................................................................................................. 36 Figura 25 – Regularização .................................................................................................................... 37 Figura 26 – Piso armado para concretagem ......................................................................................... 37 Figura 27 – Corte área de circulação e de jardins ................................................................................ 39 Figura 28 – Regularização .................................................................................................................... 39 Figura 29 – Imprimação asfáltica .......................................................................................................... 40 Figura 30 – Manta asfáltica ................................................................................................................... 40 Figura 31 – Teste de estanqueidade .................................................................................................... 41 Figura 32 – Proteção primária ............................................................................................................... 41 Figura 33 - Brita nº2 .............................................................................................................................. 42 Figura 34 - Geotextil não tecido de poliéster ........................................................................................ 42 Figura 35 – Assentamento e compactação do solo .............................................................................. 43 Figura 36 – Piso intertravado ................................................................................................................ 43 Figura 37 – Detalhe executivo ............................................................................................................... 44 Figura 38 – Teste de estanqueidade .................................................................................................... 45 4 Figura 39 – Proteção primária e paramento vertical ............................................................................. 45 Figura 40 – Revestimento final: cerâmico ............................................................................................. 46 Figura 41 – Corte .................................................................................................................................. 47 Figura 42 – Manta asfáltica aderida com asfalto .................................................................................. 47 Figura 43 – Corte .................................................................................................................................. 48 Figura 44 – Regularização do fundo ..................................................................................................... 49 Figura 45 – Teste de estanqueidade .................................................................................................... 49 Figura 46 – Corte .................................................................................................................................. 50 Figura 47 – Epóxi com alcatrão de hulha .............................................................................................. 51 Figura 48 - Corte ................................................................................................................................... 52 Figura 49 – Epóxi isento de solventes .................................................................................................. 52 Figura 50 – Corte .................................................................................................................................. 53Figura 51 – Argamassa polimérica........................................................................................................ 54 Figura 52 – Corte .................................................................................................................................. 56 Figura 53 - Imprimação asfáltica no terraço .......................................................................................... 56 Figura 54 – Manta asfáltica e rodapé de 40 cm .................................................................................... 57 Figura 55 – Manta asfáltica: Ralo .......................................................................................................... 57 Figura 56 – Teste de estanqueidade .................................................................................................... 57 Figura 57 – Proteção Primária .............................................................................................................. 58 Figura 58 – Entrada da impermeabilização .......................................................................................... 58 Figura 59 – Emenda de mantas ............................................................................................................ 59 Figura 60 – Isolamento térmico e geotextil não tecido de poliéster ...................................................... 59 Figura 61 – Tela soldada e acabamento final: cimentado .................................................................... 60 Figura 62 – Corte .................................................................................................................................. 61 Figura 63 – Geotextil não tecido de poliéster ........................................................................................ 62 Figura 64 – Proteção mecânica em placas 60 x 60 cm ........................................................................ 62 Figura 65 – Corte .................................................................................................................................. 63 Figura 66 – Manta asfáltica ardoziada .................................................................................................. 64 5 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Etapas do processo de impermeabilização ......................................................................... 10 Tabela 2 - Sistemas auxiliares e complementares ............................................................................... 13 Tabela 3 – Sistemas de impermeabilização ......................................................................................... 15 Tabela 4 – Métodos executivos ............................................................................................................. 17 Tabela 5 – Atuação dos fluídos ............................................................................................................. 17 Tabela 6 – Influência da pressão .......................................................................................................... 19 Tabela 7 – Exemplo para impermeabilização contra fluidos que atuam sob pressão .......................... 19 Tabela 8 – Exemplo para impermeabilização contra água de percolação ........................................... 20 Tabela 9 – Exemplo para impermeabilização contra umidade do solo ................................................ 20 Tabela 10 – Exemplo da impermeabilização contra água de condensação ........................................ 21 Tabela 11 – Principais materiais utilizados ........................................................................................... 22 Tabela 12 - Impermeabilização contra fluidos que atuam sob pressão unilateral ou bilateral ............. 23 Tabela 13 – Impermeabilização contra água de percolação ................................................................ 23 Tabela 14 - Impermeabilização contra umidade do solo ...................................................................... 24 Tabela 15 - Impermeabilização contra água de condensação ............................................................. 25 Tabela 16 – Detalhes Construtivos ....................................................................................................... 28 Tabela 17 – Áreas impermeabilizadas .................................................................................................. 30 Tabela 18 - Cisterna .............................................................................................................................. 31 Tabela 19 – Poço do elevador .............................................................................................................. 32 Tabela 20 – Paredes dos subsolos ....................................................................................................... 34 Tabela 21 - Central de água gelada de ar condicionado ...................................................................... 36 Tabela 22 – Área externa descoberta ................................................................................................... 38 Tabela 23 – Espelho d´água ................................................................................................................. 44 Tabela 24 – Área Coberta Aberta ......................................................................................................... 46 Tabela 25 – Piscina ............................................................................................................................... 48 Tabela 26 – Haman ............................................................................................................................... 50 Tabela 27 – Sauna seca ....................................................................................................................... 51 Tabela 28 – Sauna a vapor ................................................................................................................... 53 Tabela 29 – Terraços e varandas ......................................................................................................... 55 Tabela 30 – Calhas ............................................................................................................................... 61 Tabela 31 – Teto da casa de máquinas ................................................................................................ 63 6 1. INTRODUÇÃO 1.1. Considerações Iniciais As construções podem sofrer mutações climáticas e estar sujeitas à umidade relativa, temperatura, vento, chuva, calor ou incidência do Sol. Dessa forma, há a necessidade de às protegermos de infiltrações e do calor. A impermeabilização é um processo com a finalidade de tornar materiais, áreas ou objetos impermeáveis. A proteção de determinada área em uma construção, quando realizada corretamente, garante sua estanqueidade. Sendo de grande importância para a construção civil, a impermeabilização aumenta a durabilidade das construções, impede a corrosão das armaduras de concreto, protege as superfícies de umidade, manchas e fungos e garante ambientes salubres. 1.2. Justificativa A fim de complementar a formação de graduação, a escolha do tema foi direcionada para as etapas da construção de uma edificação. Dentre diversos temas vivenciados nesta área, a oportunidade de executar um estudo de campo, a necessidade em dar ênfase à importância do projeto de impermeabilização e à impermeabilização propriamente dita foram determinantes para a escolha do tema. 1.3. Objetivo A etapa de impermeabilização é uma fase importante para tornar a construção protegida, evitar comprometimento e preservar sua vida útil. Desta forma, conhecer os tipos, como aplicá-la e qual o melhor material a ser especificado são itens que devem ser observados e analisados durante a concepção do projeto de impermeabilização.1.4. Metodologia Aplicada Primeiramente, foram elaboradas pesquisas em livros, normas, sites na internet e manuais técnicos de grandes empresas da área. Além disso, foi realizado um estudo de caso no subsistema de impermeabilização em uma obra. 7 1.5. Estruturação do Trabalho O trabalho foi estruturado em cinco capítulos, nos quais se incluem esta introdução, as considerações finais e a bibliografia. No segundo capítulo foi realizado um breve histórico, conceituando os princípios básicos, incluindo as fases e o projeto específico, a classificação, os materiais mais utilizados, as solicitações impostas pelos fluidos, as ferramentas e o procedimento de execução para os processos de impermeabilização. No terceiro capítulo foi realizado um estudo de caso, com a finalidade de enriquecer o trabalho. A partir da compreensão de diversos itens no segundo capítulo, pôde-se analisar a impermeabilização na obra visitada. Já no quarto capítulo foram apresentadas as considerações finais deste trabalho lembrando a importância do projeto de impermeabilização, da manutenção pós entrega da obra e da sustentabilidade. 8 2. IMPERMEABILIZAÇÃO: PROJETO E PROCESSO 2.1. Histórico A necessidade de impermeabilizar vem de muito tempo, seja no segmento comercial ou residencial, os serviços de impermeabilização até hoje são executados. O primeiro processo de impermeabilização da história foi descrito na Bíblia. Versículos do Antigo Testamento informam que a Torre de Babel e a Arca de Noé foram impermeabilizadas com asfalto. Durante as instruções para a construção da grande Arca de Noé, Deus teria dito: “Faze para ti uma arca de madeira resinosa: farás compartimentos e a revestirás de betume por dentro e por fora”. Essas ordens foram providenciais para gerar um barco seguro e salvar as espécies no dilúvio. O petróleo e derivados como o asfalto e o betume são conhecidos pelo homem há pelo menos seis mil anos. Segundo Heródoto, na construção dos Jardins Suspensos da Babilônia, Nabucodonosor utilizou betume como impermeabilizante e material de liga (século V a.c.). O petróleo era usado pelos egípcios para embalsamar mortos ilustres e como elemento de liga de suas pirâmides. Os índios das Américas do Norte e do Sul – muitos anos antes da chegada de portugueses, ingleses e espanhóis – serviam-se do petróleo e de seus derivados naturais para pavimentar estradas do império inca. Gregos e romanos utilizavam o petróleo, também para a confecção de armas. Entre os construtores das caravelas de Pedro Álvares Cabral, havia um grupo especialistas (calafates) em impermeabilizar as juntas das madeiras com betume, abreu, pez, resina e alcatrão. Atualmente, dispomos de diversos produtos desenvolvidos especialmente com a função de evitar a ação indesejada da água. 2.2. Princípios Básicos do Processo de Impermeabilização Para uma construção devem ser elaborados diversos projetos necessários para a sua execução. Alguns destes projetos são essenciais à construção e outros são os chamados complementares. Entre os projetos essenciais podemos exemplificar os de estrutura, instalações e arquitetura. Já o projeto de impermeabilização é complementar aos anteriores, neste devemos especificar as cargas, as dimensões e os detalhes. 9 O processo de impermeabilização é constituído de diversas etapas até chegarmos ao produto estanque. A análise da estrutura a ser impermeabilizada, o projeto de impermeabilização, a preparação da superfície, a impermeabilização propriamente dita, os testes de estanqueidade, as camadas separadoras e as proteções, cada uma destas etapas devem ser monitoradas no decorrer de sua execução. Durante a concepção do projeto de impermeabilização é possível alcançar uma maior eficiência a partir da escolha dos materiais e sistemas que serão aplicados de acordo com as características do projeto a ser executado. Em cada caso, deverão ser analisadas todas as interferências construtivas, tais como o tipo de edificação, movimentações estruturais, finalidades de cada área e segurança dos trabalhadores. As principais normas que referenciam o projeto de impermeabilização são: NBR 9575 – Impermeabilização: Seleção e Projeto e a NBR 9574 – Execução de impermeabilização. Estas normas estabelecem que para a aplicação da impermeabilização nas construções, o executante deve receber uma série de documentos técnicos. Estes são constituídos de memorial descritivo e justificativo, desenhos e detalhes específicos, especificações dos materiais e serviços a serem realizados. A norma (NBR 9575, 2003) indica que o projeto seja elaborado por um profissional que possua qualificação para exercer esta responsabilidade técnica e deve ser legalmente habilitado pelo CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia). Este projeto deve ser seguido na integra pelo executante da obra e no fechamento da contratação, deve ser fornecida uma planilha com a quantidade dos serviços a serem realizados e com a forma de medição dos serviços. Para que a impermeabilização seja iniciada é necessário que o projeto tenha sido entregue ao responsável pela obra e que esta por sua vez esteja com o local onde será executada a impermeabilização liberado para início dos serviços. Na tabela 1, observa-se três fases do processo de impermeabilização. 10 Tabela 1 - Etapas do processo de impermeabilização LIMPEZA GERAL REGULARIZAÇÃO: DECLIVIDADE > 1% (NBR 9574, 1986). IMPERMEABILIZAÇÃO DE ACORDO COM O PROJETO IMPRIMAÇÃO ASFÁLTICA: ENTRE SUBSTRATOS E A MANTA TESTE DE ESTANQUEIDADE: COMPROVAR A EFICIÊNCIA CAMADAS PROTEÇÕES TRATAMENTO DE JUNTAS FASE 2: IMPERMEABILIZAÇÃO FASE 1: PREPARO DA SUPERFÍCIE E REGULARIZAÇÃO FASE 3: SISTEMAS AUXILIARES E COMPLEMENTARES 2.2.1. Fase 1: Preparo de Superfície e Regularização O preparo da superfície consiste em uma limpeza geral e detecção de pontos falhos de concretagem, grauteamento de tubos e elementos transpassantes à superfície e preparar a superfície com argamassa específica. Deve-se umedecer a área com água em abundância antes da regularização. Na figura 1 exemplifica-se a execução do preparo da superfície. Figura 1 – Preparo da superfície A regularização consiste em adequar a superfície para ao recebimento do sistema de impermeabilização. É necessário fornecer à camada impermeável 11 declividade de no mínimo 1%, quando necessário (NBR 9574, 1986). Na figura 2 observamos o canto arredondado da meia-cana. Figura 2 – Regularização: cantos arredondados 2.2.2. Fase 2: Impermeabilização A etapa de impermeabilização tem a função de barrar a passagem de fluidos. Baseado no projeto, de acordo com desenhos e detalhes específicos, deve-se aplicar o sistema e material especificado. Caso o sistema especificado utilize mantas pré-fabricadas surge a necessidade de um elemento de ligação entre o substrato e a manta que é a imprimação asfáltica. Este elemento é composto por asfalto oxidado diluídos em solventes orgânicos. Na figura 3 temos um exemplo de aplicação. Figura 3 – Imprimação asfáltica 12 Pode-se aplicar no processo de impermeabilização inúmeros tipos de sistemas que serão vistos posteriormente. Na figura 4, exemplifica-se a aplicação de manta asfáltica. Figura 4 – Aplicação de manta asfáltica Para comprovar a eficiência da impermeabilização quando este é composto por mantas, utilizamos o teste de estanqueidade por 72 horas. Após este período, observa-se a ocorrência de sinais de infiltração. Na figura 5, observa-se este teste de estanqueidade. Figura 5 – Teste de estanqueidade 2.2.3. Fase 3: Sistemas Auxiliares e Complementares Alguns sistemas auxiliares ou complementares são utilizados após a camada de impermeabilização, estes são objeto de projeto executivo. Devem ser detalhados para caracterizar todos os materiaise serviços que compõe o projeto (NBR 9575, 13 2003). A tabela 2, relaciona estes sistemas auxiliares com o material utilizado para este fim. Tabela 2 - Sistemas auxiliares e complementares SISTEMAS FUNÇÃO MATERIAL UTILIZADO CAMADA-BERÇO Apóia e protege a camada impermeável contra agressões provenientes do substrato. adesivo elastomérico; asfáltico; geotêxtil de poliéster ou polipropileno; manta asfáltica; poliestireno expandido ou extrudado; CAMADA DE AMORTECIMENTO Absorve e dissipa os esforços estáticos e dinâmicos atuantes sobre a camada impermeável, protegendo-a de danos causados por estes. composta por areia, cimento e emulsão asfáltica; geotêxtil de poliéster ou polipropileno; emulsão asfáltica com borracha moída; poliestireno expandido ou extrudado; CAMADA DRENANTE Facilita o escoamento de fluidos que atuam junto à camada impermeável. geotêxtil; polipropileno; CAMADA SEPARADORA Evita a aderência de outros materiais sobre a camada impermeável. filme polietileno; papel Kraft betumado; 14 PROTEÇÃO MECÂNICA Protegem contra os efeitos do meio ambiente danificam a impermeabilização. É o caso do ataque das raízes agressivas, vibração de um motor ligado à estrutura de um subsolo, entre outros. Recomenda-se o uso, também, para proteger a impermeabilização dos danos causados pela própria obra na instalação de revestimentos. argamassa; concreto; metal; solo geotêxtil; PROTEÇÃO TÉRMICA Reduzir as oscilações térmicas sobre as estruturas e sobre a impermeabilização, protegendo-a e aumentando sua vida útil, acarreta em economia de energia e aumento da vida útil dos componentes da edificação. concreto celular; lã de rocha; lã de vidro; mineral expandido; poliestireno; poliuretano. TRATAMENTO DE JUNTAS A impermeabilização deve respeitar as juntas de dilatação do edifício. faixas de mantas asfálticas pré-fabricadas; faixas de mantas elastoméricas de poliisobutileno isopreno; faixas de mantas elastoméricas de etilenopropilenodieno- monômero (EPDM); lâminas metálicas; perfil de policloropreno; perfil de policloreto de vinila (PVC); mástiques; membrana elastomérica de poliisobutileno isopreno, em solução, estruturada; 15 2.3. Classificação dos Sistemas de Impermeabilização Os sistemas de impermeabilização podem ser classificados quanto à aderência, flexibilidade e execução. Esta classificação está apresentada na tabela 3. Tabela 3 – Sistemas de impermeabilização CLASSIFICAÇÃO pintura aplicação de camadas SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO Aderentes Não - aderentes Quanto à aderência Parcialmente aderentes Quanto à flexibilidade Quanto ao método de execução Moldados in loco Rígidos Semi-flexíveis Flexíveis a frio a quente Pré fabricados 2.3.1. Classificação quanto à Aderência A norma (NBR 9575, 2003) classifica os processos, quanto à aderência, em aderentes, parcialmente aderentes e não aderentes. Os processos aderentes são totalmente ligados à estrutura de concreto armado constituído por materiais de seu próprio corpo. São exemplos deste processo o chapisco na argamassa impermeável e a imprimação no revestimento impermeável. Os processos parcialmente aderentes são definidos como o conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas partes construtivas, parcialmente aderidos ao substrato. Este processo só tem aderência na zona de compressão da ferragem do concreto e soltos na zona de tração. Já os processos não aderentes são definidos como um conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas partes construtivas, totalmente não aderidos ao substrato. É exemplificada pelo contato do processo somente com as superfícies verticais de arremate. 16 2.3.2. Classificação quanto à Flexibilidade Nesta classificação os sistemas podem ser rígidos, semi-flexíveis e flexíveis. Os sistemas rígidos são utilizados em estruturas com sub pressão e não sujeitas à movimentação, forte exposição solar e variações térmicas e vibração. Este sistema acompanha proporcionalmente o trabalho estrutural sem sofrer infiltração nas zonas de fissuração. Utilizam-se argamassas impermeáveis e processos de cristalização para este sistema. Aplica-se este sistema em reservatórios, piscinas e caixas d`água enterradas, fundações, subsolos, pisos, paredes de encosta, entre outros. Os sistemas semi-flexíveis são muito eficientes para superfícies sujeitas a rachaduras e fissuras. Aplicação de argamassas poliméricas e resinas epóxicas flexibilizadas são exemplos deste sistema. Os polímeros empregados lhes conferem a propriedade de dar certa flexibilidade, além de aumentar a aderência e a impermeabilidade dos mesmos. Utiliza-se este sistema em saunas, banheiros, piso de cozinhas, paredes de subsolos sem influência do lençol freático, entre outros. Os sistemas flexíveis são aplicados em estruturas que estão sujeitas ao trabalho térmico e não sujeitas ao lençol freático. Utilizamos para estes sistemas mantas pré-moldadas e mantas moldadas in loco. Aplica-se este sistema em terraços, pilotis expostos ao sol, bases de torre de refrigeração, juntas de dilatação, entre outros. 2.3.3. Classificação quanto ao Método de Execução A classificação quanto ao método executivo pode ser divida em materiais moldado in loco e pré-fabricados. Apresentamos na tabela 4 uma comparação entre os dois métodos para facilitar a escolha. 17 Tabela 4 – Métodos executivos Fonte: Cocito, 2006 MOLDADOS IN LOCO PRÉ-FABRICADOS Espessura variável, com pontos de menor espessura mais frágeis Espessura definida e controlada pelo processo industrial Conhecimento das características dos materiais componentes Conhecimento prévio das características do material Aplicação em camadas sobrepostas, sujeitas a interferências Aplicação normalmente em uma única camada Menor velocidade de aplicação, com maiores custos de mão-de-obra Maior velocidade de aplicação, com maior rendimento da mão-de-obra Maior dificuldade como o número de camadas, consumo por m², tempo de secagem, entre outros. Maior facilidade de controle de aplicação 2.4. Solicitações Impostas pelos Fluidos nas Partes Construtivas O tipo adequado da impermeabilização a ser empregado na construção deve ser determinado segundo as solicitações impostas pelos fluidos. A tabela 5 apresenta formas de atuação destes fluidos. Tabela 5 – Atuação dos fluídos IMPOSIÇÃO FORMA DE ATUAÇÃO ÁGUA SOB PRESSÃO UNILATERAL OU BILATERAL ÁGUA DE PERCOLAÇÃO CHUVA, LAVAGEM UMIDADE DE SOLO ÁGUA CAPILAR ÁGUA DE CONDENSAÇÃO SAUNAS, CAMARAS FRIGORÍFICAS 2.4.1. Impermeabilização Contra Fluidos que Atuam Sob Pressão Unilateral ou Bilateral No caso da pressão deve-se analisar se a estrutura a ser impermeabilizada está sujeita à pressão da água unilateral ou bilateral. Quando a pressão é unilateral, ela pode ser considerada positiva ou negativa, porém quando bilateral, a pressão será considerada positiva e negativa. 18 Água sob pressão positiva é a água confinada ou não, exercendo pressão hidrostática superior a 1kPa de forma direta à impermeabilização (NBR 9575, 2003). Observa-se este fenômeno na figura 6. Figura 6 – Pressão unilateral positiva Água sob pressão negativa é a água confinada ou não, exercendo pressão hidrostática superior a 1kPa de forma inversa à impermeabilização (NBR 9575, 2003). Como exemplifica a figura 7. Figura 7 – Pressão unilateral negativa A figura 8 mostra a atuação bilateral onde há Influência da pressão positiva e negativa. Figura 8 – Pressão bilateral positiva e negativa A tabela 6 associa o sistema de impermeabilização quanto à flexibilidade que deve seraplicado, de acordo com a influência da pressão. 19 Tabela 6 – Influência da pressão SISTEMA INFLUÊNCIA DA PRESSÃO RÍGIDO UNILATERAL (NEGATIVA) UNILATERAL (POSITIVA OU NEGATIVA) BILATERAL FLEXÍVEL UNILATERAL (POSITIVA) SEMI-FLEXÍVEL A tabela 7 exemplifica o local identificando qual sistema e material pode ser especificado de acordo com a pressão atuante. Tabela 7 – Exemplo para impermeabilização contra fluidos que atuam sob pressão LOCAL PRESSÃO ATUANTE CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA ESCOLHA DO MATERIAL PISCINAS ELEVADAS Unilateral Positiva Flexível Membranas Asfálticas ou de Polímeros Flexível Manta de Polímeros Semi-Flexível Epoxi Rigida Argamassa Impermeável ou epoxi Semi-Flexível Argamassa Polimérica SUBSOLOS Unilateral Negativa BANHEIROS - BOX Unilateral Positiva 2.4.2. Impermeabilização de Estruturas Sujeitas à Água de Percolação Os sistemas de impermeabilização de estruturas também estão sujeitos à água de percolação, que atua sobre superfícies não exercendo pressão hidrostática superior a 1 kPa (NBR 9575, 2003). Na tabela 8, de acordo com o local exemplificado determina-se o sistema e material que pode ser especificado. 20 Tabela 8 – Exemplo para impermeabilização contra água de percolação LOCAL CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA MATERIAL TERRAÇOS / MARQUISES Flexível membrana asfáltica, de polímero e elastômeros JARDINS SUSPENSOS Flexível membranas de polímeros PISO DE BANHEIROS / COZINHAS Semi-flexível argamassa polimérica / epoxi flexibilizado 2.4.3. Impermeabilização contra a Umidade do Solo A umidade no solo é a água existente no solo absorvida pelas partículas do solo (NBR 9575, 2003). Na tabela 9, de acordo com o local exemplificado determina-se o sistema e material que pode ser especificado. Tabela 9 – Exemplo para impermeabilização contra umidade do solo LOCAL CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA MATERIAL CONSTRUÇÕES AO NIVEL DO SOLO EM ALVENARIA OU CONCRETO SUBSOLOS SEM ÁGUA SOB PRESSÃO D´ÁGUA DE LENÇOL PISOS RESIDENCIAIS MUROS DE ARRIMO Rígido ou Semi-Flexível Argamassa impermeável ou argamassa polimérica, respectivamente Rígido ou Semi-Flexível Concreto impermeável ou argamassa polimérica, respectivamente 2.4.4. Impermeabilização de Estruturas Sujeitas à Água de Condensação Água de condensação nada mais é que a água com origem na condensação de vapor d’água presente no ambiente sobre a superfície de um elemento construtivo deste ambiente (NBR 9575, 2003). Na tabela 10, de acordo com o local exemplificado, determina-se o sistema e material que pode ser especificado. 21 Tabela 10 – Exemplo da impermeabilização contra água de condensação LOCAL CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA MATERIAL SAUNAS Semi-flexivel epóxi com alcatrão de hulha 2.5. Principais Materiais Os materiais mais utilizados na impermeabilização são as argamassas, os cristalizantes, os cimentícios, os asfálticos, os poliméricos e o epóxi. No grupo das argamassas encontram-se os sistemas de impermeabilização em que a camada impermeável é fruto do emprego de argamassas de cimento e areia preparadas com aditivos hidrofugantes ou resinas poliméricas com a função de torná-las impermeáveis. Já os cristalizantes são sistemas cuja camada impermeável é obtida pela aplicação de materiais à base de cimento, adicionados às resinas e aplicados na forma de pasta, este penetra nos poros da superfície e ao se cristalizar tampa os poros. Os sistemas de impermeabilização cimentícios são aqueles em que se empregam materiais à base de cimento, adicionados às resinas e aplicados na forma de pasta o que resulta numa película impermeável sobre a superfície. Este sistema é muito semelhante ao cristalizante por haver a penetração e a cristalização dos compostos de cimento, porém se diferenciam pela formação de uma película impermeável com espessura da ordem de 5mm. No grupo asfáltico, encontram-se os sistemas de impermeabilização à base de asfalto na camada impermeável que podem ser moldadas in loco (membranas a quente ou a frio) ou pré-fabricadas (mantas). Os sistemas poliméricos são aqueles cuja camada impermeável é obtida pela aplicação de polímeros na forma de membranas ou mantas. O epóxi faz parte de um sistema de impermeabilização flexibilizado, moldado in loco do tipo aderente à estrutura, constituído por um revestimento polimérico à base de resinas epóxi. A tabela 11 relaciona-se, de acordo com a flexibilidade, especificações mais utilizadas à base dos materiais citados acima. 22 Tabela 11 – Principais materiais utilizados SISTEMAS QUANTO À FLEXIBILIDADE a quente (com asfalto oxidado) a frio (emulsão asfáltica) solução asfáltica modificada com polimeros (geralmente a frio) sem adição de cimento com adição de cimento (MAI) MANTAS - pré fabricado SEMI-FLEXÍVEL Mantas plásticas - ex. PVC, PEAD Mantas asfálticas Mantas poliméricas Mantas elastométricas - ex. butílicas, EPDM FLEXÍVEL Concreto impermeável com aditivos Argamassa com hidrofugantes Cimentos impermeabilizantes e líquidos seladores Cimentos impermeabilizantes e polímeros MATERIAL UTILIZADO RÍGIDO Concreto impermeável sem aditivos Argamassa aditivadas com polímeros Membranas acrílicas Epóxi flexibilizado Epóxi isento de solventes Membranas poliméricas Membranas elastométricas - ex. neoprene, hypalon Epóxi cinza MEMBRANAS - moldadas in loco Membranas asfálticas A tabela 12 relaciona algumas especificações de materiais impermeabilizantes que podem ser aplicados quando a impermeabilização atua contra os fluidos que atuam sob pressão unilateral e bilateral. 23 Tabela 12 - Impermeabilização contra fluidos que atuam sob pressão unilateral ou bilateral Fonte: NBR 9575, 2003 argamassa impermeável com aditivo hidrófugo; membrana elastomérica de poliisobutileno- isopreno (I.I.R), em solução; argamassa modificada com polímero; membrana de asfalto elastomérico em solução; argamassa polimérica; membrana poliuréia; cimento cristalizante para pressão negativa; membrana de poliuretano; cimento modificado com polímero; membrana de poliuretano modificada com asfalto; membrana epoxídica; manta asfáltica; membrana de asfalto modificado sem adição de polímero; manta elastomérica de etilenopropilenodieno- monômero (E.P.D.M.); membrana de polímero modificado com cimento; manta elastomérica de poliisobutileno-isopreno (I.I.R); membrana de asfalto modificado com adição de polímero elastomérico; manta de policloreto de vinila (P.V.C); membrana de emulsão asfáltica; manta de polietileno de alta densidade (P.E.A.D). IMPERMEABILIZAÇÃO CONTRA FLUIDOS QUE ATUAM SOB PRESSÃO UNILATERAL OU BILATERAL Se a impermeabilização atua contra a água de percolação algumas especificações de materiais impermeabilizantes que podem ser aplicados estão relacionados na tabela 13. Tabela 13 – Impermeabilização contra água de percolação Fonte: NBR 9575, 2003 argamassa impermeável com aditivo hidrófugo; membrana elastomérica de poliisobutileno- isopreno (I.I.R), em solução; argamassa modificada com polímero; membrana de emulsão asfáltica; argamassa polimérica; membrana de poliuretano; cimento modificado com polímero; membrana de poliuretano modificado com asfalto; membrana epoxídica; membrana de poliuréia; membrana acrílica; manta asfáltica; membrana de polímero modificado com cimento; manta de acetato de etilvinila (E.V.A); membrana de asfalto elastomérico em solução; manta elastomérica de etilenopropilenodieno- monômero (E.P.D.M.); membrana de asfalto modificado sem adição de polímero; manta elastomérica de poliisobutileno-isopreno (I.I.R); membrana de asfalto modificado com adição de polímero elastomérico; manta de policloreto de vinila (P.V.C); membrana elastomérica de estireno-butadieno- estireno (SBS); manta de polietileno de alta densidade (P.E.A.D.). membranaelastomérica de policloropreno e polietileno clorossulfonado; - IMPERMEABILIZAÇÃO CONTRA ÁGUA DE PERCOLAÇÃO 24 Quando a umidade do solo atua temos algumas especificações de materiais impermeabilizantes que podem ser aplicados, estes estão listados na tabela 14. Tabela 14 - Impermeabilização contra umidade do solo Fonte: NBR 9575, 2003 argamassa impermeável com aditivo hidrófugo; membrana de emulsão asfáltica; argamassa modificada com polímero; membrana elastomérica de poliisobutileno- isopreno (I.I.R), em solução; argamassa polimérica; membrana de asfalto elastomérico em solução; cimento modificado com polímero; membrana poliuréia; membrana epoxídica; manta asfáltica; membrana de polímero modificado com cimento; manta elastomérica de etilenopropilenodieno- monômero (E.P.D.M.); membrana de asfalto modificado sem adição de polímero; manta elastomérica de poliisobutileno-isopreno (I.I.R); membrana de asfalto modificado com adição de polímero elastomérico; manta de policloreto de vinila (P.V.C.); membrana de poliuretano; manta de polietileno de alta densidade (P.E.A.D.). membrana de poliuretano modificado com asfalto; - IMPERMEABILIZAÇÃO CONTRA UMIDADE DO SOLO No caso do fluido atuante é resultado da água de condensação, algumas especificações de materiais impermeabilizantes que podem ser aplicados estão na tabela 15. 25 Tabela 15 - Impermeabilização contra água de condensação Fonte: NBR 9575, 2003 argamassa impermeável com aditivo hidrófugo; membrana de emulsão asfáltica; argamassa modificada com polímero; membrana de asfalto elastomérico em solução; argamassa polimérica; membrana de poliuretano; cimento modificado com polímero; membrana de poliuretano modificado com asfalto; membrana epoxídica; membrana de poliuréia; membrana de polímero modificado com cimento; manta de acetato de etilvinila (E.V.A.); membrana de asfalto modificado sem adição de polímero; manta de policloreto de vinila (P.V.C.); membrana de asfalto modificado com adição de polímero elastomérico; manta de polietileno de alta densidade (P.E.A.D.); membrana acrílica; manta asfáltica; membrana elastomérica de estireno-butadieno- estireno (S.B.S.); manta elastomérica de etilenopropilenodieno- monômero (E.P.D.M.); membrana elastomérica de poliisobutileno- isopreno (I.I.R), em solução; manta elastomérica de poliisobutileno-isopreno (I.I.R). membrana elastomérica de policloropreno e polietileno clorossulfonado; - IMPERMEABILIZAÇÃO CONTRA ÁGUA DE CONDENSAÇÃO 2.6. Ferramentas e Equipamentos Utilizados na Impermeabilização Na impermeabilização, como nos demais serviços executados em uma construção, é necessário zelar pelos operários. Na figura 9, abaixo, são dados exemplos de equipamentos como botas, luvas (PVC ou borracha), capacetes, óculos de segurança, máscaras de proteção (para aplicação de imprimação e produtos à base de solvente) e uniformes. Figura 9 – Equipamentos de segurança 26 Algumas ferramentas também são necessárias no processo de impermeabilização. Na figura 10 temos desempenadeira, colher de pedreiro, trincha e pincel largo, vassoura ou vassourão de pêlo macio, rolo para pintura e maçarico. Figura 10 – Ferramentas Para aplicação de mantas utiliza-se, também, o esfregão de mupiá, uma fibra de tecido reforçado que suporta altas temperaturas. A aplicação pode ser observada na figura 11. Figura 11 – Esfregão de mupiá Para utilização de, por exemplo, mantas com aplicação a quente é necessário esquentar o asfalto. Pode ser na caldeira elétrica ou caldeira de aquecimento elétrico, à gás ou à lenha. A figura 12 apresenta a caldeira elétrica. 27 Figura 12 – Caldeira elétrica Na figura 13, podemos observar a caldeira de aquecimento à lenha e à gás. Figura 13 – Caldeiras Quando a manta não é aplicada com asfalto a quente, é executada com o auxílio do maçarico. Na figura 14 podemos observar um exemplo desta aplicação. Figura 14 – Manta aplicada com maçarico 28 2.7. Detalhes Construtivos Alguns detalhes devem ser seguidos para maior eficiência da impermeabilização. Se vedados com cuidado conforme estes detalhes a vida útil da impermeabilização será prolongada. Muitos dos casos de infiltrações são causados por erros de aplicação nestes pontos. Dentre diversos tipos de detalhes construtivos, faremos referência aos principais, isto é, referentes a tubulações, ralos e área onde há o encontro de impermeabilização horizontal e vertical. Alguns itens da NBR 9575 estão relacionados na tabela 16. Tabela 16 – Detalhes Construtivos Toda a tubulação que atravesse a impermeabilização deve ser fixada na estrutura e possuir detalhes específicos de arremate e reforços de impermeabilização Todo encontro de planos verticais e horizontais deve possuir detalhes específicos da impermeabilização Os planos verticais a serem impermeabilizados devem ser executados com elementos rigidamente solidariezados às estruturas, até a cota final de arremate da impermeabilização, prevendo reforços necessários DETALHES CONSTRUTIVOS A inclinação do substrato das áreas horizontais deve ser no mínimo de 1% em direção aos coletores de água. Para calhas e áreas internas é permitido o mínimo de 0,5%. As arestas e os cantos vivos das áreas a serem impermeabilzadas devem ser arredondados sempre que a impermeabilização assim requerer As proteções mecânicas, bem como os pisos posteriores, devem possuir juntas de retração e trabalho térmico preenchidos com materiais deformáveis, principalmente no encontro de diferentes planos. 29 3. CASE EMPREENDIMENTO COMERCIAL NO RIO DE JANEIRO 3.1. Introdução Neste capitulo será apresentado um case de um empreendimento comercial localizado no Rio de Janeiro de uma construtora de renome. O empreendimento se situa na Barra da Tijuca numa área construída de 111.327,20 m², constituído de 6 blocos com 6 ou 7 andares cada e aproximadamente 900 unidades comerciais. Figura 15 – Localização pelo Google Earth Figura 16 – Locação da obra No empreendimento estudado, foi contratada uma empresa terceirizada para a execução do projeto de impermeabilização. Em conjunto com este projeto foi 30 entregue um caderno de especificações complementares e detalhes específicos para execução. No projeto referente ao empreendimento analisado, houve indicação para impermeabilização em diversos locais. Na tabela 17, de acordo com o pavimento localizado, estão relacionadas as áreas analisadas em nosso estudo. Tabela 17 – Áreas impermeabilizadas PAVIMENTO LOCAL CISTERNA POÇO DO ELEVADOR PAREDES DO SUBSOLO PAREDES DO SUBSOLO CENTRAL DE ÁGUA GELADA DE AR CONDICIONADO ÁREA EXTERNA DESCOBERTA ESPELHOS D´ÁGUA ÁREA COBERTA ABERTA PISCINA HAMAN SAUNA SECA SAUNA A VAPOR PAVIMENTO TIPO E COBERTURA TERRAÇOS E VARANDAS CALHA TETO DA CASA DE MÁQUINAS TELHADO TÉRREO 1º SUBSOLO 2º SUBSOLO No estudo de caso classificou-se a impermeabilização quanto à aderência, à flexibilidade e ao método de execução. Devido à influência da pressão analisou-se o sistema quanto à flexibilidade, isto é, se o sistema utilizado era rígido, flexível ou semi-flexível e com o trabalho estrutural classificou-se quanto à aderência, ou seja, aderente, parcialmente aderente ou não-aderente. De acordo com o método de execução, classificou-se em moldado in loco ou pré-fabricado. 31 A classificação quanto à flexibilidade também pode ser influenciada por outras atuações dos fluidos, conforme apresentado na revisão bibliográfica, porém nesta análise somente a pressão foi determinante para a escolha do sistema. 3.2. Áreas Impermeabilizadas – 2º Subsolo 3.2.1. Cisterna Tabela 18 - Cisterna QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 PREPARO DE SUPERFÍCIE FASE 2 EPOXI ISENTO DE SOLVENTES FASE3 - PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO CISTERNA (NÃO ENTERRADA) PRESSÃO UNILATERAL POSITIVA ADERENTE SEMI-FLEXÍVEL MOLDADO IN LOCO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA LOCAL SOLICITAÇÃO 3.2.1.1. Procedimento de Execução Na figura 17, abaixo, apresenta-se um corte representativo da cisterna. Figura 17 – Corte 32 Este sistema de impermeabilização iniciou-se com o preparo de superfície que consiste na limpeza geral com escova de aço e água, com remoção das partículas soltas ou desagregadas, corrigindo-se todas as imperfeições de concretagem. Podemos observar a sua aplicação na figura 18. Figura 18 – Preparo da superfície Seguido ao preparo de superfície, houve a aplicação de epóxi isento de solventes com rolo. A especificação “isento de solventes” foi escolhida por ser aplicado em ambientes fechados sem oferecer riscos e sem alterar a potabilidade da água. 3.2.2. Poço do Elevador Tabela 19 – Poço do elevador QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 PREPARO DE SUPERFÍCIE FASE 2 EPOXI ISENTO DE SOLVENTES FASE 3 - LOCAL SOLICITAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO MOLDADO IN LOCO POÇO DO ELEVADOR PRESSÃO UNILATERAL NEGATIVA SEMI-FLEXÍVEL ADERENTE 33 3.2.2.1. Procedimento de Execução O corte referente à execução do poço do elevador pode ser observado na figura 19. O procedimento utilizado é similar ao aplicado na cisterna. Figura 19 – Corte A figura 20 representa o preparo de superfície do poço. Figura 20 – Preparo de superfície 34 3.2.3. Paredes dos Subsolos Tabela 20 – Paredes dos subsolos QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 PREPARO DE SUPERFÍCIE FASE 2 ARGAMASSA POLIMÉRICA FASE 3 - PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO MOLDADO IN LOCO PAREDES DOS SUBSOLOS PRESSÃO UNILATERAL NEGATIVA SEMI-FLEXÍVEL ADERENTE LOCAL SOLICITAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA 3.2.3.1. Procedimento de Execução O corte observado na figura 21 ilustra o processo de impermeabilização. Figura 21 – Corte Nas paredes dos subsolos inicialmente aplicou-se o preparo de superfície. Na figura 22 observamos o preparo de superfície das paredes dos subsolos. 35 Figura 22 – Preparo de superfície Seguido do preparo de superfície houve a aplicação da argamassa polimérica, que consiste em uma argamassa impermeável bi-componente, à base de cimento, agregados minerais inertes, polímeros acrílicos e aditivos, formando um revestimento impermeável. Fornecida pronta para o uso, a aplicação foi executada com desempenadeira metálica em camadas de no máximo 1 mm de espessura até que a superfície atingisse o acabamento desejado. A figura 23 abaixo ilustra esta aplicação. Figura 23 – Argamassa Polimérica 36 3.3. Áreas Impermeabilizadas – 1º Subsolo 3.3.1. Central de Água Gelada de Ar Condicionado Tabela 21 - Central de água gelada de ar condicionado QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 REGULARIZAÇÃO IMPRIMAÇÃO ASFÁLTICA MANTA ASFÁLTICA TIPO III TESTE DE ESTANQUEIDADE PARAMENTO VERTICAL: CHAPISCO + TELA GALVANIZADA (RODAPÉS) GEOTEXTIL NÃO TECIDO DE POLIESTER CENTRAL DE ÁGUA GELADA PRESSÃO UNILATERAL POSITIVA FLEXÍVEL FASE 3 ADERENTE FASE 2 PRÉ-FABRICADO LOCAL SOLICITAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO 3.3.1.1. Procedimento de Execução O corte na figura 24 se refere às camadas do processo de impermeabilização. Figura 24 – Corte 37 A impermeabilização desta central iniciou-se com a regularização, seguida da aplicação da imprimação asfáltica e colagem da manta asfáltica a quente com asfalto oxidado, virando o rodapé com 40 cm. A eficiência do processo de impermeabilização foi comprovada a partir do teste de estanqueidade num período mínimo de 72 horas. A figura 25 ilustra a execução da regularização com caimento. Este processo de execução está descrito de forma completa no item referente à área externa descoberta. Figura 25 – Regularização Atuando como camada separadora aplicou-se o geotextil não tecido de poliéster, como reforço utilizou-se o chapisco com tela galvanizada no rodapé de 40 cm. O piso foi armado com tela soldada e concretado para acabamento final. Na figura 26 observamos a tela soldada, antes da concretagem. Figura 26 – Piso armado para concretagem 38 3.4. Áreas Impermeabilizadas – Térreo 3.4.1. Área Externa Descoberta Tabela 22 – Área externa descoberta QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO IMPRIMAÇÃO ASFÁLTICA MANTA ASFÁLTICA TIPO III TESTE DE ESTANQUEIDADE PROTEÇÃO PRIMÁRIA: ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA 1:6, e = 2cm PARAMENTO VERTICAL: CHAPISCO + TELA GALVANIZADA (RODAPÉS) PROTEÇÃO MECÂNICA COM PINTURA ANTI-RAIZ (JARDINS) CAMADA CONTÍNUA DE BRITA Nº 2 GEOTEXTIL NÃO TECIDO DE POLIESTER LOCAL SOLICITAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO FASE 3 ÁREA EXTERNA DESCOBERTA PRESSÃO UNILATERAL POSITIVA FLEXÍVEL FASE 2 ADERENTE PRÉ-FABRICADO 3.4.1.1. Procedimento de Execução Os cortes na figura 27, a seguir, se referem às camadas de impermeabilização desta área. A esquerda observa-se as camadas dos locais de circulação de pessoas e a direita tem-se as áreas onde há jardineiras. 39 Figura 27 – Corte área de circulação e de jardins Devido à extensão desta área, a impermeabilização foi executada em diversos setores a fim de não prejudicar o andamento da obra. Este processo iniciou-se com a regularização com caimento de no mínimo 1%. A composição da regularização foi argamassa de cimento portland e areia média, traço 1:3, com acabamento áspero, desempenado fino, isento de quaisquer aditivos e consistência firme. No encontro de planos foi executado um arredondamento todas as arestas. Na figura 28 observamos a execução da regularização em um destes setores. Figura 28 – Regularização Seguido da regularização, aplicou-se a imprimação asfáltica, um elemento de ligação entre a manta pré-fabricada de asfalto e o substrato. A figura 29 ilustra a imprimação em outro setor. 40 Figura 29 – Imprimação asfáltica Após a imprimação, utilizou-se a manta aderida a quente, com asfalto oxidado com sobreposição das mantas de 10 cm. Onde há encontro do plano horizontal da área com um plano vertical, a manta deve subir no rodapé de 40 a 80 cm, de acordo com a necessidade imposta pela obra. Na figura 30 temos, à esquerda, a aplicação da manta com asfalto a quente e a direita, um setor com a manta já aplicada. Figura 30 – Manta asfáltica Para o teste de estanqueidade, isto é, comprovação da eficiência após a manta já aplicada, separou-se em setores os locais a serem testados. Após o barreiramento do setor, preencheu-se a área com lâmina de água mínima de 10 cm ao longo de toda a superfície impermeabilizada por 72 horas. Após este período, observou-se a ocorrência de sinais de infiltração. Na figura 31 pode-se observar dois setores sofrendo o teste de estanqueidade em separado. 41 Figura 31 – Teste de estanqueidade Depois de finalizado o teste de estanqueidade, foi necessário executar a camada de proteção primária, composta por argamassa e areia num traço de 1:6 com espessura de 2 cm. A necessidade desta camada vem da intensa movimentação de materiais e pessoas na obra diariamente. Com isso, a impermeabilização executada até então não sofreu danos até que o revestimento final fosse executado. Juntamente à execução da proteção primária nos rodapés, foi realizado o paramento vertical, correspondente à aplicação de tela galvanizada e chapisco (cimento e areia traço 1:2) para reforço. Abaixo, figura 32, observamos a execução da proteção primária. Figura 32 –Proteção primária Nos locais onde seriam construídos jardins aplicou-se a proteção mecânica anti-raiz, que é uma tinta a base de alcatrão com propriedades repelentes a raízes. 42 Com a necessidade de drenar a água que atua sobre a área, foi executada uma camada contínua de brita funcionando como uma camada drenante. Na figura 33 observamos a aplicação desta camada. Figura 33 - Brita nº2 Para que não houvesse comunicação entre o solo usado para enchimento do piso no acabamento final e a camada de brita, foi utilizado uma camada separadora. Esta camada se refere à aplicação de geotextil não tecido de poliéster não permitindo, assim, que o solo se misture com a camada de brita, prejudicando a drenagem. A figura 34, a seguir, representa esta camada separadora sendo aplicada sobre a camada drenante. Figura 34 - Geotextil não tecido de poliéster O assentamento do solo e a sua compactação podem ser observados na figura 35. 43 Figura 35 – Assentamento e compactação do solo O acabamento utilizado para o piso final foi de blocos intertravados conforme observamos abaixo, na figura 36. Figura 36 – Piso intertravado 44 3.4.2. Espelhos D´água Tabela 23 – Espelho d´água QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO IMPRIMAÇÃO ASFÁLTICA MANTA ASFÁLTICA TIPO III TESTE DE ESTANQUEIDADE PROTEÇÃO MECÂNICA: ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA 1:6, e = 2cm PARAMENTO VERTICAL: CHAPISCO + TELA GALVANIZADA (RODAPÉS) FASE 2 LOCAL SOLICITAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO FASE 3 ADERENTE PRÉ-FABRICADO ESPELHO D´ÁGUA PRESSÃO UNILATERAL POSITIVA FLEXÍVEL 3.4.2.1. Procedimento de Execução O corte na figura 37 se refere às camadas de impermeabilização do espelho d´água. Figura 37 – Detalhe executivo 45 O procedimento utilizado no espelho d´água consistiu em regularização com caimento. Seguida da imprimação asfáltica e a aplicação da manta asfáltica a quente com asfalto oxidado nas paredes e fundo. Em locais como o espelho d´água, deve-se atentar aos detalhes construtivos referentes às tubulações. O teste de estanqueidade foi executado conforme a figura 38. Figura 38 – Teste de estanqueidade Após o teste de estanqueidade aplicou-se a proteção primária com argamassa de cimento e areia, nas paredes executou-se o paramento vertical com tela e chapisco para reforço, conforme observamos na figura 39. Figura 39 – Proteção primária e paramento vertical Por fim, na figura 40, observamos a aplicação do acabamento final com pastilhas. 46 Figura 40 – Revestimento final: cerâmico 3.4.3. Área Coberta Aberta Tabela 24 – Área Coberta Aberta QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO IMPRIMAÇÃO ASFÁLTICA MANTA ASFÁLTICA TIPO III TESTE DE ESTANQUEIDADE PROTEÇÃO MECÂNICA: ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA 1:6, e = 2cm PARAMENTO VERTICAL: CHAPISCO + TELA GALVANIZADA (RODAPÉS) FASE 3 ADERENTE PRÉ-FABRICADO ÁREA COBERTA ABERTA PRESSÃO UNILATERAL POSITIVA FLEXÍVEL FASE 2 LOCAL SOLICITAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO 47 3.4.3.1. Procedimento de Execução O corte na figura 41 representa as camadas do processo de impermeabilização da área coberta aberta. Figura 41 – Corte O caso da área coberta aberta é semelhante ao da área externa descoberta. As diferenças observadas na área coberta é que não há a necessidade de proteção mecânica anti-raiz, por não existirem jardins neste local, da execução da camada drenante nem da camada separadora por não receber diretamente água da chuva, por exemplo. Assim, após o teste de estanqueidade da manta asfáltica executou-se o paramento vertical e a proteção primária. E a seguir foi assentado o revestimento final especificado para o local. Na figura 42 podemos observar a manta asfáltica e a areia para o preparo da proteção primária. Figura 42 – Manta asfáltica aderida com asfalto 48 3.4.4. Piscina Tabela 25 – Piscina QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO IMPRIMAÇÃO ASFÁLTICA MANTA ASFÁLTICA TIPO III TESTE DE ESTANQUEIDADE PROTEÇÃO MECÂNICA: ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA 1:6, e = 2cm PARAMENTO VERTICAL: CHAPISCO + TELA GALVANIZADA (RODAPÉS) PRÉ-FABRICADO LOCAL SOLICITAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO FASE 3 ADERENTE PISCINA PRESSÃO UNILATERAL POSITIVA FLEXÍVEL FASE 2 3.4.4.1. Procedimento de Execução O corte na figura 43 se refere às camadas de impermeabilização da piscina. Figura 43 – Corte O processo de impermeabilização utilizado na piscina é similar ao do espelho d´água. Inicialmente aplicou-se a regularização com caimento, conforme a figura 44, a seguir. 49 Figura 44 – Regularização do fundo A imprimação asfáltica foi utilizada após a regularização, seguida da aplicação da manta asfáltica a quente com asfalto oxidado nas paredes e fundo. O teste de estanqueidade foi realizado no tempo mínimo de 72 horas, conforme observamos na figura 45, seguido da proteção primária com argamassa de cimento e areia e nas paredes executou-se o paramento vertical com tela e chapisco. Por fim foi aplicado o acabamento final. Deve-se atentar nos detalhes construtivos referentes às tubulações, conforme também observou-se na análise do espelho d´água. Figura 45 – Teste de estanqueidade 50 3.4.5. Haman (Banho Romano) Tabela 26 – Haman QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 REGULARIZAÇÃO PISO E PAREDES FASE 2 EPÓXI COM ALCATRÃO DE HULHA FASE 3 - LOCAL SOLICITAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO ADERENTE MOLDADA IN LOCO HAMAN PRESSÃO UNILATERAL POSITIVA SEMI-FLEXÍVEL 3.4.5.1. Procedimento de Execução Abaixo, na figura 46, segue o corte referente às camadas de impermeabilização do haman. Figura 46 – Corte O método de execução da impermeabilização do haman iniciou-se com a regularização de pisos e paredes. Seguido da aplicação, até 2,20m, do epóxi com alcatrão de hulha epóxi em 3 camadas. O alcatrão de hulha epóxi é uma tinta 51 bicomponente, uma contendo composto por resina poliamida mais alcatrão de hulha, e outra contendo resina epóxi. São tintas que associam a alta inércia química do alcatrão de hulha com a impermeabilidade da resina epóxi. Na figura 47 pode-se observar a impermeabilização do haman. Figura 47 – Epóxi com alcatrão de hulha 3.4.6. Sauna Seca Tabela 27 – Sauna seca QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 REGULARIZAÇÃO PISO E PAREDES FASE 2 EPÓXI COM ALCATRÃO DE HULHA FASE 3 CAMADA DE AREIA PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO ADERENTE MOLDADA IN LOCO SAUNA SECA PRESSÃO UNILATERAL POSITIVA SEMI-FLEXÍVEL LOCAL SOLICITAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA 52 3.4.6.1. Procedimento de Execução A seguir, na figura 48 o corte esquemático das camadas de impermeabilização da sauna seca. Figura 48 - Corte O procedimento de execução da impermeabilização da sauna seca é similar a do haman, o que difere é que a aplicação nas paredes vai até o teto. Observe na figura 49 a aplicação deste epóxi. Para a sauna é necessário aplicar na terceira camada de aplicação do epóxi com alcatrão de hulha areia para que haja aderência das cerâmicas que serão o revestimento final da sauna. Figura 49 – Epóxi isento de solventes 53 3.4.7. Sauna a Vapor Tabela 28 – Sauna a vapor QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 REGULARIZAÇÃO PISO E RODAPÉS FASE 2 ARGAMASSA POLIMÉRICA FASE 3 - LOCAL SOLICITAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMAPROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO ADERENTE MOLDADA IN LOCO SAUNA A VAPOR PRESSÃO UNILATERAL POSITIVA SEMI-FLEXÍVEL 3.4.7.1. Procedimento de Execução Abaixo, na figura 50 observamos o corte referente às camadas de impermeabilização da sauna a vapor. Figura 50 – Corte A execução da impermeabilização da sauna a vapor foi iniciada pelo preparo de superfície. A aplicação da argamassa polimérica no piso e no rodapé de 80 cm, 54 devido à altura do banco, que consiste em uma argamassa impermeável bi- componente, à base de cimento, agregados minerais inertes, polímeros acrílicos e aditivos, formando um revestimento impermeável. Fornecida pronta para o uso, a aplicação foi com desempenadeira metálica em camadas de no máximo 1 mm de espessura até que a superfície atingisse o acabamento desejado. Na figura 51 observa-se o rodapé de 80 cm com a aplicação da argamassa. Figura 51 – Argamassa polimérica 55 3.5. Áreas Impermeabilizadas – Pavimento Tipo e Cobertura 3.5.1. Terraços e Varandas Tabela 29 – Terraços e varandas QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO IMPRIMAÇÃO ASFÁLTICA MANTA ASFÁLTICA TIPO III TESTE DE ESTANQUEIDADE PROTEÇÃO MECÂNICA: ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA 1:6, e = 2cm PARAMENTO VERTICAL: CHAPISCO + TELA GALVANIZADA (RODAPÉS) ISOLAMENTO TÉRMICO GEOTEXTIL NÃO TECIDO DE POLIESTER TERRAÇOS E VARANDAS FLEXÍVEL ADERENTE LOCAL SOLICITAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO FASE 2 FASE 3 PRESSÃO UNILATERAL POSITIVA PRÉ-FABRICADO 3.5.1.1. Procedimento de Execução Na figura 52 apresenta-se o corte das camadas de impermeabilização dos terraços e varandas. 56 Figura 52 – Corte A impermeabilização dos terraços e varandas é similar à aplicação na área coberta externa. Consiste na regularização com caimento em direção ao ralo, imprimação asfáltica, conforme a figura 53. Figura 53 - Imprimação asfáltica no terraço Após a regularização executou-se da manta asfáltica aderida ao substrato a quente com asfalto oxidado. Na figura 54, a esquerda observa-se a manta já colada e a direita, o rodapé virado em 40 cm para evitar a umidade ascendente. 57 Figura 54 – Manta asfáltica e rodapé de 40 cm Na figura 55, observamos a colagem da manta asfáltica no ralo das varandas. Figura 55 – Manta asfáltica: Ralo Para comprovar a eficiência da aplicação da manta, utilizou-se o teste de estanqueidade, conforme observamos na figura 56. Figura 56 – Teste de estanqueidade 58 Para a proteção enquanto há a movimentação de materiais e pessoas sobre a área concretada, executou-se a camada de proteção primária e paramento vertical no rodapé com chapisco e areia para reforço do rodapé. Figura 57 – Proteção Primária Em locais onde existe comunicação entre a área externa e a interna num mesmo nível, há a necessidade de avançar com a impermeabilização para dentro do ambiente. É o caso destas varandas e terraços, desde a regularização até a proteção primária, houve um avanço de 1 m para dentro conforme figura 58. Figura 58 – Entrada da impermeabilização Nos terraço da cobertura localizavam-se os ganchos usados na sustentação de andaimes suspensos utilizados na execução do emboço das fachadas. Após a 59 desmontagem, os ganchos foram cortados e surgiu a necessidade de emenda nas mantas, conforme a figura 59. Figura 59 – Emenda de mantas Após o acerto das áreas com emendas, deu-se o início da aplicação da camada proteção térmica. Esta proteção reduz as oscilações de temperatura sobre as estruturas e a impermeabilização, protegendo-a e aumentando sua vida útil. O material utilizado nesta proteção é o poliestireno expandido. Como camada separadora utilizou-se o geotextil não recibo de poliéster, para que não houvesse comunicação entre a camada impermeabilizante e o acabamento final. Observe a aplicação da proteção térmica e a camada separadora na figura 60. Figura 60 – Isolamento térmico e geotextil não tecido de poliéster Para o acabamento final aplicou-se cimentado, mas antes utilizou-se tela soldada para armação do piso. Para que não houvesse deformação devido a, por 60 exemplo, variações térmicas foi executado juntas de retração no piso preenchidas com materiais deformáveis (mástique). Figura 61 – Tela soldada e acabamento final: cimentado 61 3.6. Áreas Impermeabilizadas – Telhado 3.6.1. Calhas Tabela 30 – Calhas QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO IMPRIMAÇÃO ASFÁLTICA MANTA ASFÁLTICA TIPO III TESTE DE ESTANQUEIDADE PARAMENTO VERTICAL: CHAPISCO + TELA GALVANIZADA (RODAPÉS) ISOLAMENTO TÉRMICO GEOTEXTIL NÃO TECIDO DE POLIESTER PROTEÇÃO MECÂNICA EM PLACAS, 60X60cm, e=3cm LOCAL SOLICITAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO FASE 2 FASE 3 PRESSÃO UNILATERAL POSITIVA CALHAS FLEXÍVEL ADERENTE PRÉ-FABRICADO 3.6.1.1. Procedimento de Execução Na figura 62, segue o corte referente às camadas de impermeabilização da calha. Figura 62 – Corte 62 A aplicação da impermeabilização nesta área é semelhante aos terraços e varandas. Na figura 63 podemos observar a aplicação da proteção térmica e a camada separadora. Figura 63 – Geotextil não tecido de poliéster A diferença no método aplicado nos terraços e varandas é que na calha não foi aplicada a proteção primária com argamassa cimento e areia, mas sim a proteção mecânica em placas 60x60 cm com espessura 3 cm. Esta, substituiu a necessidade de uma proteção com argamassa e, também, a execução de um piso em cimentado armado. Podemos observar na figura 64 a execução deste plaqueamento. É importante ressaltar que nas juntas de retração aplicou-se o mástique para que o piso final não fosse prejudicado com as variações térmicas. Figura 64 – Proteção mecânica em placas 60 x 60 cm 63 3.6.2. Teto da Casa de Máquinas Tabela 31 – Teto da casa de máquinas QUANTO À ADERÊNCIA QUANTO À FLEXIBILIDADE QUANTO AO MÉTODO DE EXECUÇÃO FASE 1 ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO IMPRIMAÇÃO ASFÁLTICA MANTA ASFÁLTICA ARDOZIADA FASE 3 - LOCAL SOLICITAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO PRÉ-FABRICADO FASE 2 TETO DA CASA DE MÁQUINAS FLEXÍVEL ADERENTE PRESSÃO UNILATERAL POSITIVA 3.6.2.1. Procedimento de Execução A seguir, na figura 65, tem-se os cortes das camadas impermeabilizantes do teto da casa de máquinas. Figura 65 – Corte Nesta área, após a regularização com caimento, aplicou-se uma camada de imprimação asfáltica com rolo e a seguir houve a aplicação da manta auto protegida com grânulos de ardósia na face oposta ao intemperismo, aderida ao substrato a quente com asfalto oxidado. Nas mantas ardoziadas é necessário uma sobreposição de 10 cm das emendas e aplicação de grânulos adicionais de ardósia para que estas fiquem uniformes após a aplicação a quente. Na figura 66 observamos a manta ardoziada já acabada. 64 Figura 66 – Manta asfáltica ardoziada 65 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como vimos no decorrer do trabalho, a impermeabilização é um serviço com fases bem distintas, a fim de obter a maior eficiência em sua execução deve-se acompanhar todas as etapas do sistema. Além das fases descritas na revisão bibliográfica, após a entrega da obra inicia-se uma nova fase: manutenção. Assim, após a conclusão da impermeabilização são necessários alguns cuidados para a preservação da mesma, como impedir que as áreas tratadas sejam perfuradas ou danificadas, não deve-se alterar níveis de jardineiras ou piscinas, deve-se impedir pancadas em áreas onde for executada impermeabilização rígida. A impermeabilização é responsável pelo maior índice de retorno para manutenção
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