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SINAIS VITAIS III

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Sinais Vitais
Profa. Karina Dias
Profa. Glaucia Miola
FUNDAMENTOS DOS CUIDADOS EM SAUDE, ÉTICA 
E BIOSSEGURANÇA
Objetivos da Aula:
• Conhecer quais são, qual a 
importância e os parâmetros de 
normalidade dos sinais vitais, através 
da aferição da Pressão Arterial, 
frequência cardíaca e respiratória.
O que são 
sinais vitais?
- Pulso (P – batimentos por minuto bpm)
- Pressão arterial (PA - mmHg)
- Temperatura (T - º C)
- Frequência respiratória (FR ou R – incursões respiratórias 
por minuto irpm)
- Dor 5º sinal vital
Essas medidas são indicadores do estado de saúde, devida a sua importância são referidas como Sinais Vitais
Sinais Vitais A avaliação dos sinais vitais 
permite identificar necessidades 
básicas dos pacientes.
É uma maneira rápida e eficiente.
Os sinais vitais e outras medições 
fisiológicas são a base para 
solução de problemas clínicos.
Pressão Arterial (PA)
Pressão Arterial 
 A pressão arterial é a força exercida sobre as paredes de uma 
artéria pelo sangue que pulsa sob pressão do coração. O sangue 
flui através do sistema circulatório e se move de uma área de alta 
pressão para uma área de baixa pressão.
 PA: PAS X PAD mmHg
- Pressão Máxima é quando ocorre a ejeção de sangue para 
aorta (contração)- Sistólica 
- Pressão Mínima ocorre quando os ventrículos relaxam e o 
sangue que permanece nas artérias exercendo uma pressão 
mínima – Diastólica
Método Indireto de medida da 
Pressão Arterial - Auscultatório
Indireto:
Auscultatório
 A medida indireta com técnica auscultatória é realizada com 
auxílio de um manômetro, aneróide, acoplado a uma bolsa inflável 
e um estetoscópio. 
 A passagem do Fluxo sanguíneo pela artéria não produz som 
porém, quando a artéria é completamente ocluída e a passagem 
do sangue impedida, o fluxo antes laminar torna-se turbulento 
gerando ruídos audíveis ao estetoscópio durante a deflação 
progressiva do manguito.
ESFIGMOMANOMENTRIA
 Em 1905, Nicolai Sergievic
Korotkoff sugeriu a 
possibilidade de auscultar os 
sons com a utilização do 
estetoscópio, identificando as 
pressões sistólica e diastólica 
e determinando o método 
indireto com técnica 
auscultatória usado nos dias 
atuais. 
Mensuração da Pressão 
Arterial
MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL
Escolha do manguito
Recomendações
 A dimensão do manguito preconizada pela 
American Heart Association (AHA) desde 
1951, nas recomendações como razão 
circunferência braquial/largura do manguito 
é 0,40 . 
 A largura correta do manguito, portanto, 
deve ser 40% da medida da circunferência 
braquial.
Quadro 2 – Dimensões do manguito de acordo com
a circunferência do membro. 
Circunferência do 
braço (cm)
Denominação do 
manguito
Largura do 
manguito 
(cm)
Comprimento 
da bolsa (cm)
≤ 6 Recém-nascido 3 6
6-15 Criança 5 15
16-21 Infantil 8 21
22-26 Adulto pequeno 10 24
27-34 Adulto 13 30
35-44 Adulto grande 16 38
45-52 Coxa 20 42
MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL
Preparo do paciente: 
1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 3 a 5 
minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a 
medição. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do 
procedimento. 
2. Certificar-se de que o paciente NÃO: 
 Está com a bexiga cheia; 
 Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos; 
 Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; 
 Fumou nos 30 minutos anteriores. 
Cuidados para a realização da técnica 
da medida da pressão Arterial.
Verifique se o paciente está com a bexiga vazia.
Verifique se o paciente não se alimentou, ingeriu café ou 
bebida alcoólica há menos de 30 minutos.
Verifique se o paciente não fumou há pelo menos 30 minutos.
Verifique se o paciente realizou atividade física intensa -
caminhada, exercícios, fisioterapia - nos últimos 60 minutos.
MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL
Posicionamento: 
 O paciente deve estar sentado, com pernas 
descruzadas, pés apoiados no chão, dorso 
recostado na cadeira e relaxado; 
 O braço deve estar na altura do coração, 
apoiado, com a palma da mão voltada para 
cima e as roupas não devem garrotear o 
membro. 
MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL
1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e 
olécrano; 
2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço (ver Quadro); 
3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital; 
4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria 
braquial; 
5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial*;
5. Estimar o nível da PAS 
pela palpação do pulso 
radial.
Infle o manguito até não sentir mais o 
pulso radial.
Logo em seguida libere lentamente o ar 
abrindo a válvula da pêra de borracha.
Identifique no manômetro o valor que 
corresponde ao reaparecimento do pulso.
Aguarde de 15 a 30 segundo para realizar 
a medida da pressão arterial.
O valor encontrado equivale à pressão 
sistólica estimada.
6. Palpar a artéria 
braquial na fossa 
cubital e colocar 
a campânula ou 
o diafragma do 
estetoscópio sem 
compressão 
excessiva. 
MEDIDA DA 
PRESSÃO 
ARTERIAL
6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a 
campânula ou o diafragma do estetoscópio sem 
compressão excessiva*; 
7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o 
nível estimado da PAS obtido pela palpação*; 
8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 
mmHg por segundo)*; 
9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase 
I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a 
velocidade de deflação*; 
10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons 
(fase V de Korotkoff)*; 
11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último 
som para confirmar seu desaparecimento e depois 
proceder à deflação rápida e completa*; 
MEDIDA DA 
PRESSÃO 
ARTERIAL
12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, 
determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de 
Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero*; 
13. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo 
em torno de um minuto. Medições adicionais deverão 
ser realizadas se as duas primeiras forem muito 
diferentes. Caso julgue adequado, considere a média 
das medidas; 
14. Medir a pressão em ambos os braços na primeira 
consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a 
maior pressão como referência; 
15. Informar o valor de PA obtido para o paciente; e 
16. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e 
o braço em que a PA foi medida. 
CLASSIFICAÇÃO
Classificação PAS (mm Hg) PAD (mm Hg)
Normal ≤ 120 ≤ 80
Pré-hipertensão 121-139 81-89
Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99
Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 - 109
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, 
a maior deve ser utilizada para classificação da PA.
Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS ≥ 140 mm
Hg e PAD < 90 mm Hg, devendo a mesma ser classificada
em estágios 1, 2 e 3.
Decúbito 
dorsal
Posição
ortostática
Locais de aferição da PA
Artéria pediosa Artéria poplítea:MMII
Artéria poplítea: a pressão sistólica é 20 a 30 mmHg mais elevada nos 
membros inferiores.
Respiração
 A respiração é o mecanismo que 
o corpo para promover trocas 
gasosas entre a atmosfera e o 
sangue, e o sangue e as células. 
 Respiração: 
 - Ventilação: movimento de 
gases para dentro e para fora 
dos pulmões 
 - Difusão: movimento de oxigênio 
e dióxido de carbono entre os 
alvéolos e as hemácias 
 - Perfusão: fluxo sanguíneo no 
capilares pulmonares
Mecânica da 
ventilação pulmonar
 Inspiração:, a contração do 
diafragma aumenta o volume 
torácico, o que provoca a 
expansão dos pulmões. Caixa 
torácica se eleva, as costelas 
projetam-se quase inteiramente 
para frente, de maneira que o 
esterno também se move para 
frente e para longe da coluna 
vertebral, aumentando o 
diâmetro anteroposterior do 
tórax.
 Expiração: o diafragma relaxa e 
a
retração elástica dos pulmões, 
da parede torácica e das 
estruturas abdominais comprime 
os pulmões. 
Aferição da 
Frequência 
Respiratória
Alguns métodos úteis: 
 Observação direta das incursões:
 Abdominais ou diafragmáticas
(homens)
 Torácicas (mulheres)
 Palpação do movimento torácico, 
abdominais ou diafragmáticas;
 Ausculta tórax.
Frequência Respiratória
Em adultos:
 Eupneia: frequência de 16 a 20 respirações por minuto, sucessão 
regular de movimentos respiratórios, com amplitude de 
profundidade mais ou menos igual;
 Taquipneia: frequência respiratória acima de 20 respirações por 
minuto
 Bradipneia: frequência respiratória abaixo de 16 respirações por 
minuto.
 Apneia: parada da respiração
Temperatura corporal
 A temperatura do interior do corpo 
permanece quase constante, mesmo 
quando o indivíduo fica exposto a 
extremos de frio ou de calor.
 O organismo mantém uma temperatura 
central crítica de aproximadamente 
37,1°C. 
 Quando a temperatura corporal 
aumenta acima desse nível, os 
mecanismos de perda de calor são 
iniciados. 
 Quando a temperatura corporal cai 
abaixo desse nível, os mecanismos de 
geração de calor têm início.
Locais de aferição da Temperatura
Axilar Retal
Locais de aferição da Temperatura
timpânica Bucal
Temperatura 
corporal
 Temperatura axilar: 35,5 a 
37°C, em média de 36 a 
36,5°C
 Temperatura bucal: 36 a 
37,4°C
 Temperatura retal: 36 a 
37,5°C (0,5°C maior que a 
axilar).
 Normotermia
Dor
Experiência sensorial e emocional 
desagradável, relacionada a lesão 
tecidual real ou potencial. 
Sociedade Internacional para 
Estudo da Dor (IASP)
Função 
biológica 
da dor
A dor aguda tem uma função importante de alerta 
– Proteção
– Indica que algo não está bem 
– Procura por Profissionais de Saúde/Assistência 
– Diagnóstico
Dor Aguda
• Está relacionada a afecções traumáticas, infecciosas 
ou inflamatórias • Características: 
• – Início recente e duração limitada 
• – Segue-se a lesão tecidual
• – Desaparece com a resolução do processo 
patológico
• – Associa-se com alterações neurovegetativas 
(taquicardia, hipertensão arterial, sudorese, palidez, 
expressão facial de desconforto, agitação psico-
motora e ansiedade)
• – O diagnóstico etiológico não é difícil 
• – O controle é adequado
• – Tem uma função biológica de alerta 
Dor Crônica
• "É aquela que persiste além do curso normal de 
uma doença ou do tempo razoável para curar uma 
lesão; ou que é associada a processo patológico 
crônico que causa dor contínua, ou ainda, a dor que 
recorre em intervalo de meses ou anos.“ 
• Características:
• – Duração de meses ou mais 
• – Não ocorrem respostas neurovegetativas devido a 
adaptação de sistemas neuronais
• – Não tem função biológica de alerta e gera 
estresse físico, emocional, econômico e social 
• – Gera incapacidade laborativa, alterações do sono, 
do apetite, da vida afetiva, social, sexual e do humor 
• – É de diagnóstico e tratamento mais difíceis
Por que 
avaliar a dor?
• O alívio da dor é um direito do paciente 
• Avaliar é fundamental para conhecer a 
natureza da dor, sua origem e características 
• Para estabelecer o tratamento mais indicado 
• Para verificar se o tratamento foi eficaz no 
alívio da dor 
• A dor retarda a recuperação do paciente 
• Indicador de qualidade da assistência
Avaliação de dor
• Há muitas estratégias para se 
avaliar a dor – História da dor 
(localização, início, intensidade, 
características, fatores de piora e 
melhora, tipo da dor) – Exame 
físico – Exame neurológico –
Escalas
Instrumento 
de avaliação
Instrumentos unidimensionais
Multidimensionais
Localização da dor
Diário de dor
Instrumentos de avaliação de outros construtos
Referências
• BERNE, R.M.; LEVY, M.N. Fisiologia. 5ªed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2005.
• GUYTON, A.C. Tratado de Fisiologia Médica. 10ªed. Rio deJaneiro: Guanabara 
Koogan, 2002.
• POTTER, PA; PERRY, AG. Fundamentos de Enfermagem. 5ªed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2004.
• TAYLOR, C; LILLIS, C; LeMONE, P. Fundamentos deEnfermagem. 5ªed. Porto 
Alegre: Artmed, 2007.
• BARROS, A.L.B.L e cols. Anamnese e exame físico. Avaliação diagnóstica de 
enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed,2003.
• Base cientificas na Pratica de Enfermagem, Unidade VI- 31,Sinais vitais
• Santos ESF; Passos VCS. Procedimentos de verificação de sinais vitais e controles 
do cliente. In: Volpato ACB & PassosVCS(org). Técnicas Básicas de Enfermagem. 
Editora Martinari.4ªed, 2015. 480p.

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