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Inicialmente: evidência clínica de vesículas (até 3 mm/múltiplas, tem liquido no seu interior) ou bolhas (maior que 3 mm/únicas) na pele ou mucosas., podem ocorrer simultaneamente. Gengivoestomatite herpética primária (HSV) Infecção por herpes simples recidivante (HSV) Doença das mãos, pés e boca coxsackievírus ou enterovírus 71 Infecções pelo vírus varicela-zoster (VZV) Eritema multiforme (provável hipersensibilidade) Pênfigo vulgar (autoimune) Penfigóides (autoimune) ou gengivoestomatite herpética primária aguda padrão mais comum de infecção primária sintomática pelo HSV (vírus herpes simples). mais de 90% dos casos: HSV1 (o restante é pelo HSV2) contágio: contato físico com indivíduo infectado maioria dos casos entre os 6 meses e 5 anos de idade (pico entre 2 e 3 anos). o início é abrupto e frequentemente acompanhado por: linfadenopatia cervical anterior, febre, náusea, diminuição do apetite, dificuldade na alimentação e irritabilidade pela presença de lesões orais dolorosas. na fase inicial a mucosa apresenta diversas vesículas que rapidamente rompem e formam pequenas úlceras avermelhadas. aumentam e desenvolvem áreas centrais de ulceração recobertas por fibrina. úlceras adjacentes podem se unir e originar úlceras maiores, rasas e irregulares. Em todos os casos há gengiva aumentada, dolorosa e eritematosa. autoinoculação: comum em crianças, équando o vírus se propaga de uma parte do corpo para outra; pode ocorrer para os dedos, olhos e áreas genitais restringir o contato com lesões ativas os casos brandos geralmente se resolvem dentro de 5-7 dias e os graves podem persistir por 2 semanas (suspeitar de deficiência imune) tratamento: suspensão oral de Aciclovir (bochechos) nos 3 primeiros dias de sintomatologia. tratamento de suporte: líquidos, repouso, analgésicos (dipirona gotas) e antipirético. o vírus permanece em latência nos gânglios nervosos trigeminal é o mais prevalente reativação do vírus latente HSV1 não reinfecção a reativação pode estar associada à idade avançada, raios solares, estresse físico ou emocional, tratamento odontológico, calor, frio, gravidez, alergias ou câncer. aproximadamente 90% da população possui anticorpos para o HSV. o herpes secundário pode se desenvolver em 40% localização: podem ocorrer tanto no local da inoculação primária ou áreas adjacentes do epitélio suprido pelo gânglio. a região mais comum de recidiva é o lábio os sintomas são mais intensos nas primeiras 8 horas. Sinais e sintomas prodrômicos (antes da lesão): dor, ardência, prurido, formigamento, calor localizado e eritema do local. aparecem de 6-24 horas antes do desenvolvimento das lesões. as lesões iniciam como vesículas (1-3 mm), rompem rapidamente e formam grupos de múltiplas pápulas pequenas e eritematosas que formam grupamentos de vesículas preenchidas por líquido. o rompimento das vesículas e a liberação do líquido contendo vírus podem resultar na disseminação das lesões nos lábios previamente fissurados pela exposição ao sol o epitélio afetado é perdido. cicatrização: 7-10 dias. periodicidade das recorrências: variável dias, meses ou anos podem afetar outras áreas da mucosa bucal mais em gengiva inserida e palato duro várias formas (do éter ao vodu) nenhuma delas soluciona o problema. Lesões vesículo-bulhosas da mucosa oral Existe a benzedeira, nas quais as pessoas vão se benzer e logo a lesão cicatriza. isso porque a lesão já rompeu, está em estado de crosta e o ciclo está se completando. Aciclovir tópico (creme 10g – 5%) aplicar 5x/dia por 5 dias durante a fase prodrômica Penciclovir em creme; Aciclovir, Valaciclovir e Fanciclovir (principalmente em imunocomprometidos) Aciclovir comprimidos 200 mg 1 comprimido 5x/dia por 5 dias em casos graves de imunocomprometidos: antiviral intravenoso (aciclovir ev) etiologia: infecção do coxsackievírus ou enterovírus 71. infecção altamente contagiosa. transmissão: de uma pessoa para outra, ar ou contaminação orofecal saneamento básico precário vírus possui predileção pela pele das mãos e pés e mucosa da boca. 90% dos casos: em crianças com menos de 5 anos. após curto período de incubação, se resolve de forma espontânea em 1 ou 2 semanas. sinais e sintomas: febre, mal estar, linfadenopatia e úlceras bucais. na boca (palato, língua e mucosa jugal): lesões múltiplas: iniciam como vesículas que rompem e formam úlceras (membrana fibrinosa e halo eritematoso) a dor nas lesões bucais pode ser a principal queixa. nas mãos, pés e dedos: lesões maculopapulares que progridem para vesículas e se tornam ulceradas e crostosas concomitantes ou pouco depois das lesões bucais. diagnóstico: clínico: sintomas leves, lesões cutâneas e disseminação epidêmica confirmação: cultura do vírus ou detecção de anticorpos circulantes. tratamento: sintomático, pois a doença é de duração relativamente curta, autolimitada e faltam terapias antivirais específicas. VZV tem a capacidade de permanecer latente em gânglio sensitivo (espinha dorsal) e ser reativado em casos de imunossupressão, trauma, estresse emocional/físico, etc. Ao contrário do HSV, apenas uma recidiva é esperada. infecção primária pelo VZV transmissão principalmente pela inalação de gotículas contaminadas. doença muito contagiosa e incomum (vacinação amplamente difundida) mais comum na infância. período de incubação: 2 semanas recuperação: 2-3 semanas. sinais e sintomas: febre, calafrios, mal estar e cefaleia podem acompanhar as erupções vesiculares eritematosas difusas. pruriginosas (coceira). evolução das lesões: eritema vesícula pústula crosta endurecida. na boca: vesículas de curta duração que originam múltiplas úlceras rasas. tratamento: em indivíduos normais, realiza-se terapia de suporte (analgésicos, repouso, hidratação, antipiréticos, quando a criança se queixa de muita coceira, dar banhos mornos e passar creme antipruriginoso). Em imunocomprometidos, prescrição de antivirais (aciclovir, vidarabina). reativação do vírus doença incomum. ocorre após imunossupressão (neoplasias, drogas, HIV, radioterapia, cirurgia da medula espinhal ou trauma local) sintomas prodrômicos: dor e parestesia (tronco, cabeça ou pescoço). erupção cutânea vesicular que se torna pustular e ulcerada. o exantema regride em 2-3 semanas em indivíduos normais. a doença pode persistir por várias semanas se houver uma doença que provoque baixa imunidade. Poderá ocorrer neuralgia pós-herpética persistente (chamada dor do cobreiro – deve-se prescrever analgésico potente). na boca: adultos com deficiência imune, lesões na mucosa móvel ou aderida e, estendem-se para a linha média. acompanham as lesões de pele. tratamento indivíduos normais: medidas de suporte e sintomáticas (analgésicos, antipiréticos, antipruriginosos - difenidramina): aciclovir altas doses (800 mg, 5x/dia, por 7-10 dias) diminuir a duração e reduzir a dor pós-herpética. Imunocomprometidos: medidas de suporte e antiviral sistêmico. doença mucocutânea, autolimitada, bolhosa e ulcerativa. etiopatogenia incerta provável reação de hipersensibilidade (origem imunológica). lesões cutâneas em forma de alvo (ou olho de boi) e/ou lesões bucais ulcerativas. 50% dos casos estão associados a uma infecção prévia (herpes simples ou Mycoplasma pneumoniae) e exposição a antibióticos, analgésicos ou anticonvulsivantes. : Eritema multiforme menor Eritema multiforme maior - Síndrome de Stevens-Johnson: 5 casos/milhão/ano conjuntivite severa e ulceração na glande peniana Necrólise epidérmica tóxica - Doença de Lyell: 1 caso/milhão/ano. atinge pacientesmais velhos do sexo feminino; péssimo prognóstico (paciente sofre muito). sintomas prodrômicos: febre, mal estar, cefaleia, tosse e dor de garganta (1 semana antes do início). adultos jovens (20-30 anos). sexo masculino. doença autolimitada (duração de 2-6 semanas). 20% dos casos apresentam recidiva. na pele: lesões eritematosas em 50% dos casos. iniciam nas extremidades, lesões planas, redondas e vermelhas escuras, evolução para bolhas com centro necrótico. na boca e na pele: lesões emergem rapidamente e são desconfortáveis. casos brandos: úlceras primárias na ausência de outros agentes, própria da doença, sempre associada ao quadro clínico/eritema, diferente da úlcera secundária (relacionada a próteses mal adaptadas, aparelhos ortodônticos, restaurações fraturadas, etc). casos graves: áreas de descamação difusa e ulceração em toda superfície da pele e mucosas (necrólise epidérmica tóxica). na boca (lábios, mucosa jugal, língua, soalho bucal e palato mole) iniciam como placas eritematosas que sofrem necrose epitelial e evoluem para grandes erosões rasas e ulcerações com bordas irregulares. apresenta crostas hemorrágicas no vermelhão do lábio. cessação imediata da droga suspeita reidratação endovenosa + anestésicos tópicos (lidocaína pomada): associados à incapacidade de alimentação (dor bucal) se a doença é desencadeada pelo HSV, realiza-se terapia oral contínua com aciclovir ou valaciclovir (previne recidivas) nas formas mais graves (risco de morte): drogas imunossupressoras prescritas em ambiente hospitalar, como por exemplo a imunoglobulina humana. (vulgaris = comum) não é observada com muita frequência (5 casos/milhão/ano). doença mucocutânea autoimune caracterizada pela formação de bolhas intra-epiteliais ocorrem devido a uma produção anormal (causa desconhecida) de AC que atuam contra os desmossomos responsáveis pela adesão entre as células epiteliais, e assim formam-se fendas dentro do epitélio que originam as bolhas intraepiteliais se não tratada, pode causar a morte. as lesões bucais, muitas vezes, são os primeiros sinais da doença e as mais difíceis de serem tratadas. média de idade 50 anos queixa: dor na mucosa bucal. ulcerações persistentes distribuídas na mucosa bucal (palato, mucosa labial, mucosa jugal, ventre da língua e gengiva), de fundo avermelhado e dolorosas. as vesículas ou bolhas raramente são diagnosticadas. provavelmente devido ao rompimento precoce do teto fino e friável das bolhas (teto delgado) em mais de 50% dos casos: lesões bucais aparecem antes das cutâneas. intervalo igual ou superior a 1 ano na pele: vesículas e bolhas que se rompem facilmente. resultado: superfície desnuda e eritematosa. nos olhos: menos frequente conjuntivite bilateral. sinal de NIKOLSKY positivo: tração delicada da pele ou mucosa de aparência normal pode produzir um desgarramento do epitélio. diagnóstico: clínico + microscopia células de TZANCK: (cls epiteliais desagregadas, sem inserção, ficam flutuantes nessas fendas que ficam no epitélio) e ou imunofluorescência (demonstração de auto anticorpos no tecido). instituído na fase inicial, mais fácil atingir o controle, precisa acompanhar cuidadosamente Corticosteroides sistêmicos (prednisona), muitas vezes combinados com imunossupressores (azatioprina), potencializa o efeito do corticosteroide e reduz os efeitos colaterais uso prolongado de corticosteroides tem efeitos sistêmicos: colaterais ganho de peso, diabetes, osteoporose, infecções Prednisona (de 5 a 60 mg/dia): doses altas no início (eliminar lesões) e controle com doses baixas pode apresentar resolução, mas remissões e exacerbações são comuns dados sugerem: mais de 75% dos casos resolução após 10 anos de tratamento; Mortalidade atual: 5-10% (associada ao uso prolongado de corticosteroides sistêmicos). Grupo de doenças bolhosas mucocutâneas crônicas, de origem autoimune, no qual auto anticorpos são dirigidos contra um ou mais componentes da membrana basal. Acredita-se que represente o dobro da incidência do pênfigo vulgar. adultos (50-60 anos); mulheres (2:1). lesões bucais na maioria dos casos e iniciam como vesículas ou bolhas que podem ser observadas diagnóstico diferencial com o pênfigo (raras). lesões ulceradas: dor e podem persistir por semanas e meses, se não forem tratadas outros sítios: mucosa conjuntival, nasal, esofágica, laríngea, vaginal e pele. pode envolver toda mucosa bucal, mas pode limitar-se, principalmente à gengiva. sinal de nikolsky positivo. a pior complicação do PMM é o envolvimento ocular (aproximadamente em 25% dos pacientes com lesões bucais). fibrose subconjuntival, simbléfaros (aderência da conjuntiva com a pálpebra), entrópio (pálpebra voltada para dentro) que permite a triquíase (contato dos cílios com o globo ocular) e a cegueira (deposição de ceratina x mecanismo protetor). diagnóstico: clínico + microscopia (fenda subepitelial) e ou imunofluorescência. tratamento e prognóstico: encaminhamento ao oftalmologista, mas se somente lesões bucais corticosteroides tópicos (Clobetasol pomada, Dexametasona pomada); casos moderados a graves: prednisona.
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