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Direito reais - Posse

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PARA SOLICITAR RESUMOS : @IGMCRUZ PARA RESUMOS, TCC, ANALISE DE DADOS: (62) 9 9230-9444 
 
 
Direitos Reais 
 
No direito civil a posse é apresentada de cara no art. 1225, que vem abaixo, mas 
para saber sobre tais direitos, deve-se saber sobre a posse: 
Art. 1.225. São direitos reais: 
I. a propriedade; 
II. a superfície; 
III. as servidões; 
IV. o usufruto; 
V. o uso; 
VI. a habitação; 
VII. o direito do promitente comprador do imóvel; 
VIII. o penhor; 
IX. a hipoteca; 
X. a anticrese. 
XI. a concessão de uso especial para fins de moradia; 
XII. a concessão de direito real de uso; 
XIII. a laje. 
 
TEORIAS 
SUBJETIVA DE SAVIGNY (POSSE É FATO QUE GERA CONS JURIDICAS) 
Ideia de corpus e animus, onde o corpus é a coisa e o animus é a vontade; 
 Se eu tenho a coisa e vontade de possui-la sou possuidor; 
 Se tenho a coisa, mas sem vontade de possui-la sou detentor; 
Apresentada na usucapião, ainda é aplicado a teoria de Savigny; 
A posse é um meio de defesa para a propriedade (interditos 1210 §1) 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de 
turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se 
tiver justo receio de ser molestado. 
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se 
por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de 
desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou 
restituição da posse. 
Mas o controle indireto não é possuidor, pois não tem o controle da coisa imediato 
(locatários, mediadores e etc); 
OBJETIVA DE IHERING (ADOTADA PELO CC) (POSSE É DIREITO) 
A teoria de Ihering tem o corpus e o animus, basta que o sujeito se comporte como 
dono; Visibilidade de domínio; 
O possuidor poderá passar a ser proprietário se o proprietário não se manifestar, ou 
seja, a função social da propriedade é levada em consideração; 
A detenção é determinada pela lei, não mais pela subjetividade; Contudo a lei 
apresentando o que é detenção deve-se observar o comportamento no mundo 
real e no caso concreto;2 
RESUMO 
Ambas as teorias são aplicadas, mas se perguntar qual a adotada é a Ihering; 
Posse = corpus e animus da T objetiva+ Fundamento da T Subjetiva+ Função social 
Posse é o comportamento de dono onde alguém exerce poderes de fato em 
relação a uma coisa de forma autônoma com a devida função social. 
Elementos da posse são: Corpus, animus, função social, atos concretos... 
POSSE CIVIL E NATURAL 
A posse civil é derivada de uma relação jurídica; a qual pode ser expressa somente 
por decisões ou leis; depende de relação jurídica; podendo o locatário até mesmo 
defender sua posse contra o locador, pois é sua a posse; 
Locatário, comodatário exercem posse civil; 
A posse natural é derivada de uma relação natural entre as pessoas, o indivíduo 
transforma a função social do local e assim adquire sua posse; 
Posse é um fato, o que ocorre na vida! e o possuidor deve exercer efetivamente o 
poder sobre a coisa vinculada; você só adquire posse de quem tem posse; 
COMPOSSE 
Composse está para posse assim como condômino está para a propriedade; 
Mais de uma pessoa tendo posse do bem sem divisão; Casamento: aquele que 
exclui o outro pode sofrer ação possessória; 
 
 
PARA SOLICITAR RESUMOS : @IGMCRUZ PARA RESUMOS, TCC, ANALISE DE DADOS: (62) 9 9230-9444 
 
 
POSSE E DETENÇÃO 
Para caracterizar a posse e detenção deve-se caracterizar os exercícios fáticos; 
A detenção é prevista na lei, mas não adianta, pois o comportamento do sujeito 
pode ser contrário ao disposto na lei: 
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de 
dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em 
cumprimento de ordens ou instruções suas. 
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como 
prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se 
detentor, até que prove o contrário. 
Caseiro é um detentor de fato caso siga suas ordens, mas caso se comprove como 
possuidor ele terá direitos, sendo caso ele tome suas próprias decisões; 
Existem 3 tipos de detenção 
DETENÇÃO DEPENDENTE 
Detenção dependente interessada: Age em nome próprio; permite que ocupe e 
mantenha vigilância (1208); 
Detenção dependente desinteressada: Age em nome do possuidor; subordinado 
(1198); 
DETENÇÃO INDEPENDENTE 
Por meio de violência ou clandestinidade; Sendo que a posse (injusta) só é 
permitida após finalizada a violência e clandestinidade; 
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE ÁREA PUBLICA 
A posse é permitida se lhe for concedido o direito de posse (banca de jornal na 
calçada), mas não é permitida a posse irregular autônoma ou natural (morar as 
margens da botafogo) Jamais será posse; 
Sumula 619 – STJ – não tem indenização, retenção nem nada; 
RESUMO 
Existem 3 tipos de detenção, e o resumo está lá em cima; existe linha tênue entre o 
detentor que age de maneira interessada e o possuidor; a detenção não dá 
direitos, somente a posse; 
 
Qualificação da Posse 
Independente da concepção da posse, ela é qualificável; posse, e sua forma de 
obtenção, daqui pra frente só se enquadra em posse, e não outros requisitos como 
a detenção; 
A posse é caracterizada pelo corpus e o animus; mas é qualificável para saber 
quais os efeitos podem ser invocados: se tem direito a tutela da posse, interditos 
possessórios, indenização por benfeitorias ou não, tenho direito a usucapião; 
VICIOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS 
As duas classificações mais utilizadas são as seguintes: 
VÍCIOS OBJETIVOS: JUSTA OU INJUSTA (1200) 
Os vícios objetivos tem repercussão e influencia na qualificação da posse: 
O que causa: Apenas no Importe para a tutela possessória, pretensão de interditos 
possessórios; 
É justa a posse adquirida de modo não é violenta (física ou psicológica), 
clandestina (modo ardiloso e sorrateiro) ou precária (era possuidor justo, mas com 
termino do contrato, quando deve devolver o bem, se não devolve é injusto pela 
precariedade); 
Os atos de violência se extinguem a partir do momento que a ocupação é 
divulgada e torna-se publica; 
Vícios são relativos (Restrito a vítima) (só é considerado injusto de acordo a uma 
pessoa especifica, ao resto do mundo é justa) não existe posse justa ou injusta erga 
omnes; 
Não existe tutela possessória contra terceiro de boa fé! Se A apanhou de B e B 
vendeu a posse pra C, A não pode exigir a posse de C! (1212) 
A má fé pode ser caracterizada se o B tiver sido citado antes da venda pro C! 
Se após for vitima de esbulho, turbação ou violação a posse, for omisso 
prolongadamente leva a supressio (acaba um direito) e surrepio (surge outro 
direito); Intervessio possessionis 
 
PARA SOLICITAR RESUMOS : @IGMCRUZ PARA RESUMOS, TCC, ANALISE DE DADOS: (62) 9 9230-9444 
 
 
REINTEGRAÇÃO E MANUTENÇÃO DE POSSE, E INTERDITO PROIBITORIO 
Esbulho é a reintegração na posse, portanto não há esbulho em uma propriedade 
abandonada; 
Turbação é a manutenção na posse, ou seja, uma dificuldade em manter seus atos 
possessórios; 
Ameaça é o interdito proibitório; 
AÇÃO DE FORÇA NOVA E FORÇA VELHA 
A força nova e força velha ou ação anterior a ano e dia e ação posterior a ano e 
dia só tem influencia para o processo! E não para a posse, portanto: 
 Força nova: Antes de ano e dia procedimento especial; 
 Força velha: Após ano e dia buscar pelo procedimento comum; 
VÍCIOS SUBJETIVOS: POSSE DE BOA-FÉ OU MÁ-FÉ 
Repercute em danos, benfeitorias, retenção usucapião [...] 
A posse de boa-fé é ignorar o vício e mesmo após cautelas mínimas (perguntar aos 
vizinhos e etc) não ter condição de ter conhecimento do vício; A doutrina e a lei 
só considera a mudança de boa fé para má fé com a citação (1201); 
POSSE DIRETA E INDIRETA 
A posse direta é temporária (transitória de deveres dominiais), subordinada e 
derivada (seu conteúdo é definido pela natureza real ou obrigacional); 
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE 
1. Posse direta (posse de quem está no bem) e indireta (posse do proprietário 
que aluga) 
2. Posse exclusiva(apenas uma pessoa, solteiro), composse (duas ou mais 
pessoas) e posses paralelas (contrato de aluguel, duas posses diferentes; ver 
item 1) 
POSSE EM COMPOSSE 
 Posse pro divisio (posse divisível no terreno)e posse pro indivisio (Posso 
indivisível, ambos no mesmo local) 
 
3. Posse justa (não é violenta, clandestina ou precária) e posse injusta (é 
violenta, clandestina ou precária) (CC Art. 1200) 
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim 
como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão 
depois de cessar a violência ou a clandestinidade. 
Violência e clandestinidade não é posse é detenção (até 1 ano, após 1 ano 
vira posse). 
4. Posse de boa fé e pose de má fé 
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que 
impede a aquisição da coisa. 
Posse de boa fé passa a ser vista como má fé desde o momento que as 
circunstâncias apresentam que ele não tem mais boa fé sobre o imóvel, ou 
seja, no momento da citação. 
A ignorância protege o possuidor de boa-fé, 
5. Posse nova (menos de ano e dia) e posse velha (mais de ano e dia) 
Diferença da ação de força nova e força velha 
6. Posse natural ()e posse civil ou jurídica (Recebe a posse do imóvel em 
contrato, ou por decisão judicial) 
Posse natural, recebe de forma natural e a civil ou jurídica é a que se recebe 
por meio da lei ou apreensão da coisa. 
7. Posse ad interdicta (permite pelos interditos possessórios, mas não conduz a 
usucapião) e posse ad usucapionem (permite pelos interditos possessórios, e 
conduz a usucapião). 
8. Pro indivisio e divisio, ocorre quando as partes que possuem composse 
dividem ou não o local onde habitam, caso não dividam é indivisio, caso 
haja divisão especifica é chamada de divisio. 
 
 
Aquisição e perca da posse 
MODOS DE AQUISIÇÃO DA POSSE 
MODOS ORIGINÁRIOS 
1. Apreensão da coisa (pegar coisa sem dono) 
2. Exercício do direito: Servidão de trânsito (passagem de aqueduto ou 
estrada) 
3. Disposição da coisa ou direito 
 
 
 
PARA SOLICITAR RESUMOS : @IGMCRUZ PARA RESUMOS, TCC, ANALISE DE DADOS: (62) 9 9230-9444 
 
 
MODOS DERIVADOS 
Tradição: 
1. Real: entregando realmente, efetivamente e materialmente 
2. Simbólica: entregando simbolicamente (chaves do apto) 
3. Ficta: 
 Constito possessório 
 Traditio brevimann 
Sucessão na posse: 
Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os 
mesmos caracteres. 
QUEM PODE ADIQUIRIR A POSSE 
Aos termos do art. 1205: 
I – pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante; 
II – por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação”; 
A posse pode ser adquirida por qualquer ser humano, mas caso esse tenha 
representante será adquirida por meio daquele que o representa; 
PERCA DA POSSE 
ABANDONO 
a) Tradição: Passa a posse 
b) Perda propriamente dita da coisa 
c) Destruição da coisa 
d) Colocação da coisa fora do comercio: Bem inalienável ou inaproveitável 
e) Posse de outrem 
OS DEMAIS EFEITOS DA POSSE (P. 216) 
PERCEPÇÃO DOS FRUTOS 
Os frutos são devidos ao possuidor de boa-fé, passível de punição o proprietário 
que possibilitou a posse alheia. 
Conceito: 
Frutos são utilidades que uma coisa periodicamente produz. Nascem e renascem 
sem acarretar-lhe a destruição no todo, ou em partes. 
Accessorium sequitur suum principale (art. 92 CC) 
FRUTOS PODEM SER DE DIVERSAS ORIGENS: 
1. Naturais: São os que se desenvolvem e renovam periodicamente em 
virtude da força orgânica da própria natureza. Frutos 
2. Industriais: São os que se originam de uma atividade humana. 
manufaturados 
3. Civis: São as rendas produzidas pela coisa em virtude de sua utilização por 
outrem. Aluguel 
 
E PODEM TER DIVERSOS ESTADOS: 
1. Pendentes: enquanto unidos a coisa que o produziu; 
2. Percebidos ou colhidos: Separados da coisa que o produziu; 
3. Estantes: Os separados e armazenados ou condicionados para a venda; 
4. Percipiendos: Os que deviam ser, mas não foram colhidos ou percebidos; 
5. Consumidos: Os que não existem mais, pois foram utilizados; 
REGRAS DA RESTITUIÇÃO (P. 218) 
O possuidor de boa-fé tem direito enquanto durar os frutos percebidos na boa-fé, 
mas devem ser restituídos os antecipados. 
O de má-fé responde por todos os frutos colhidos, deduzidos os custos de 
produção. 
A Boa fé acaba quando o possuidor é citado 
RESPONSABILIDADE PELA PERDA OU DETERIORAÇÃO DA COISA 
Perca: total Deterioração: parcial 
Mas o possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a 
que ele não der causa. 
O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que 
acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na 
posse do reivindicante. 
INDENIZAÇÃO DAS BENFEITORIAS E O DIREITO DE RETENÇÃO 
Benfeitorias são melhoramentos feitos em coisa já existente. 
PARA SOLICITAR RESUMOS : @IGMCRUZ PARA RESUMOS, TCC, ANALISE DE DADOS: (62) 9 9230-9444 
 
 
Benfeitorias (Melhorar o que já existe) ≠ ascensão (Fazer do zero) 
1. Necessárias: Tem por finalidade conservar o bem ou evitar que ele se 
deteriore; Tem que fazer se não o trem estraga. 
2. Úteis: São as que aumentam ou facilitam o uso do bem; Feita pro trem ficar 
melhor de usar. 
3. Voluptuárias: São as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso 
habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado 
valor; Fez uma piscina e um jardim no trem. 
 Mas depende da utilidade do bem, ou seja, piscina pode ser os 3. Na 
escola de natação é necessária. Em um condomínio é útil. Em uma 
capa é voluptuária. 
REGRAS DA INDENIZAÇÃO DAS BENFEITORIAS (P. 226) 
O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e 
úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, 
quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção 
pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
Retenção (saída do imóvel) é exercida na contestação 
O possuidor de má fé só tem direito as necessárias, e não pode reter estas, nem 
mesmo levantar as voluptuárias. 
Possuidor de boa fé tem restituição a valor atual, e o de má fé tem restituição ao 
valor passado ou atual, a escolha do proprietário. 
DOS DIREITOS REAIS (P. 232) 
Direito real consiste no poder jurídico e imediato sobre a coisa, com exclusividade 
e contra todos. 
 
Propriedade: é o poder jurídico de uma pessoa usar, gozar ou dispor de um bem 
em sua plenitude e dentro dos limites estabelecido em lei, bem como no ato de 
quem possua ou detenha

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