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fichamento "o lar á fabrica, passeando pela sala de aula

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO: LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
1° PERÍODO
INARA EVANGELISTA DA SILVA
 RAMIRO CAVALCANTE DE MÉLO
FICHAMENTO_DO LAR Á FÁBRICA, PASSANDO PELA SALA DE AULA:
A GÊNESE DA ESCOLA DE MASSAS
Rio Branco
2022
INARA EVANGELISTA DA SILVA
RAMIRO CAVALCANTE DE MÉLO
FICHAMENTO_DO LAR Á FÁBRICA, PASSANDO PELA SALA DE AULA:
A GÊNESE DA ESCOLA DE MASSAS
Trabalho, fichamento de citações, apresentado ao Curso de Licenciatura em Geografia, como pré-requisito para a avaliação na disciplina Educação e Sociedade (CELA-186) como parte das avaliações parciais. 
Docente: Maria do Socorro Lima de Moura
Rio Branco
202
	ENGUITA, Mariano F. Do lar fábrica, passando pela sala de aula: a gênese da escola de massa. In: A face oculta da escola educação e trabalho no capitalismo. Porto Alegre, Artes médicas, 1989, p. 105-131.
	P. 105
	“Nas sociedades primitivas podem ser o jogo ou as fratrias de adolescentes, marcando seu desenvolvimento por algum que outro rito de iniciação. Em alguns casos, a iniciação de crianças e adolescentes é responsabilidade dos adultos em geral ou dos anciãos; em outras, de estruturas mais ou menos fechadas de parentesco ou da família, que é de qualquer forma uma estrutura ampliada.” (ENGUITA, 1989, p. 105)
	P. 10 5
	“Na Roma arcaica, por exemplo, encontramo-nos com uma mistura de aprendizagem familiar e participação da vida adulta em geral: o jovem varão simplesmente acompanha o pai no trabalho da terra[...] enquanto as filhas permanecem junto á mãe ajudando- em outras tarefas. Na economia camponesa , mesmo em nossos dias, a sede de aprendizagem social para o trabalho continua sendo a família[...] As destrezas e os conhecimentos necessários para seu trabalho podiam ser adquiridos no próprio local de trabalho; e, de qualquer forma, a escola não os oferecia” (ENGUITA,1989, p.105) 
	P. 106
	“Algo parecido ocorria na Idade Média, com a diferença de que neste período a permanência na família original era substituída em grande medida pela educação ou aprendizagem no seio de outra família” (ENGUITA, 1989, p.106)
	P.106
	“As crianças eram enviadas a outra casa com um contrato ou sem ele. Ali aprendiam boas maneiras e talvez fossem levadas a escola, embora estes não fossem muito apreciadas pelas classes altas. Desempenhavam funções servis e não ficava muito clara a fronteira entre os serventes propriamente ditos e os jovens encarregados de sua educação e eles próprios[...]” ((ENGUITA, 1989, p.106)
	P. 108
	“Por que, entretanto, em outra família e não na própria? Precisamente por essa segunda função da aprendizagem, talvez a mis importante. Naquela época, o normal era que os filhos homens adotassem a mesma profissão ou o mesmo ofício que os pais [...] Para isso era necessário haver uma relação mais distante entre o mestre e o aprendiz[...] e isto só podia se obter ou, ao menos, era melhor de fazê-lo, colocando os jovenzinhos a cargo de outra família que, assumindo o papel educadora, não visse travada pelo obstáculo do afeto[..] Na Idade Média encontramo-nos com a incapacidade parcial da instituição familiar.” (ENGUITA, 1989, p.108)
	P. 108
	“Na própria Idade Média, entretanto, havia algo mais que nobres, artesãos e camponeses. Um setor importante e crescente da população, antecipação da grande massa que seria despojada de seus meios de vida no processo da Revolução Industrial, já vivia marginalizada das relações dominantes de produção: mendigos, vagabundos, pícarios, órfãos, etc. Contra os adultos institui-se o internamento em workhouses[...] etc.[...] Para as crianças instituíram-se os mesmos meios ou outros ad hoc, os orfanatos.” (ENGUITA, 1989, p.108)
	P. 109
	“Entretanto, foi o desenvolvimento das manufaturas que converteu definitivamente as crianças na guloseima mais cobiçada pelos industriais: diretamente, como mão de obra barata, e indiretamente, como futura mão de obra necessitada de disciplina. O momento culminante dos orfanatos e, em geral, do internamento e disciplinamento das crianças em casas de trabalho e outros estabelecimentos similares foi no século XVIII.” (ENGUITA, 1989, p.109)
	P. 112
	“[...]Reformadores[...] viam na educação do povo a melhor forma de amansá-lo e trazê-lo ao redil da nova ordem ou da velha[...]”(ENGUITA, 1989, p.112)
	P. 112
	“A via intermediária era a única que podia suscitar o consenso das forças bem-pensantes: educá-los, mas não demasiadamente. O bastante para aprendessem a respeitar a ordem social, mas não tanto que pudessem questioná-la. O suficiente para que conhecesse a justificação de seu lugar nesta vida, mas não ao ponto de despertar neles a expectativa que lhes fizesse desejar o que não estava chamados a desfrutar[...]” (ENGUITA, 1989, p.112)
	P.114
	“[...] Em 1772, William Powell já havia visto a educação como meio de adquirir ou instilar o “hábito da laboriosidade”, e o reverendo William Turner, em 1786, enaltecia as escolas dominicais[...]” como um espetáculo de ordem e regularidade[..] afirmando que as crianças que frequentava as escolas voltavam “mais tratáveis e obedientes[...]”(ENGUITA, 1989, p.114)
	P.117
	“[...]Ênfase na disciplina converteu as escolas em algo muito parecido aos quartéis ou aos conventos[...] Regularam-se todos os aspectos da vida de seu interior, ás vezes até a extremos delirantes. Dir-se-ia que os educadores, ou uma parte deles, enfrentavam os alunos fazendo sua a observação do Grã Duque Miguel diante da tropa formada: ‘Esta bem, mas respiram’.” (ENGUITA, 1989, p.117)
	P. 118
	“O ensino ou instrução ficava em segundo plano, atrás da obsessão pela ordem, pela pontualidade, pela compostura.” (ENGUITA, 1989, p.118)
	P.118
	“Não se pense que o delírio pela ordem era privativo das escolas mútuas. Embora sem leva-la a tal extremo, desde antes vinham-no pondo em prática as escolas lassalianas, e logo o Estado educador[...]”(ENGUITA, 1989, p.118)
	P.121
	“O processo de industrialização nos Estados Unidos oferece uma experiência incomparável para a análise da assimilação da população ás novas relações industriais por meio da escola. Nele se combinaram a industrialização mais avançada e a chegada de sucessivas levas de imigrante[...]”(ENGUITA, 1989, p.121)
	P.121
	“A escola foi o mecanismo principal de sua “americanização”, com o encargo de apagar seu passado, suas tradições culturais e sua língua, convertendo-os em cidadãos da nova pátria” (ENGUITA, 1989, p.121) 
	P.123
	“ A população negra emancipada, que reunia a dupla condição de ser proletariado potencial e pertencer a uma raça considerada inferior, deu a alguns reformadores escolares a oportunidade de pôr em prática sobre a formação para o trabalho industrial sem ter que conservar a incômoda roupagem da educação para a sociedade livre democrática.” (ENGUITA, 1989, p. 123)
	P.124
	“O negro devia ser preparado para integrar-se no lugar que lhe havia reservado o branco: o trabalho industrial menos qualificado, mais mal pago e mais duro. Tudo isso sem interferir, entretanto, na vida social e política da comunidade branca nem tentar escapar á sua posição. (ENGUITA, 1989, P.124)
	P.125
	“A rudimentariedade da organização das escolas e dos processos educativos correspondia á rudimentariedade da organização dos processos produtivos o século XIX.” (ENGUITA, 1989, p.124)
	P.128
	“A história da educação ocidental, tal como se apresenta neste livro, começa com as primeiras tentativas educacionais dos gregos alguns séculos antes de Cristo, e chega até os inícios da pedagogia científica no século XX.” (ENGUITA, 1989, p.128)
	P.129
	“Os primeiros anúncios de sistema escolar foram o produto dos impérios: o Baixo Império romana e o Império carolíngio. Tem-se querido ver no primeiro caso a continuação de uma suposta mais indemonstrável escola dos romanos e, no segundo os frutos do pequeno Renascimento.” (ENGUITA, 1989, p.129)
	P.130
	“Outros sistemas escolares surgiram principalmente no calor das lutas religiosas. Isto é certo , quando menos , paraos estados alemães da época da Reforma protestante – e, como reação, para os católicos, por exemplo a expansão do ensino dos jesuítas -, para a Escócia e para um grande número de escolas inglesas criadas como arma na luta entre as seitas e as dominações. Em geral, para o protestantismo não há outro intermediário entre a pessoa e deus senão as sagradas Escrituras , o que exige , e exigiu naquele momento, que todos fossem capazes de lê-las . Por outro lado, os reformadores religiosos, mais que , não ignoravam o enorme poder doutrinador da escola.” (ENGUITA, 1989, p.130)
	P.131
	“Por que o capitalismo foi tão capaz de dar forma á escolarização é algo relativamente fácil de compreender. Em primeiro lugar, as grandes empresas capitalistas sempre exerciam uma grande influência sobre o poder político, quando não foram capazes de instrumentalizá-lo abertamente. Em segundo lugar, além das autoridades pública foram apenas os “filantropos” recrutados ou auto - recrutados entre as fileiras do capital os que puderam prover de fundos um grande número de iniciativas privadas e, de preferência, como é lógico, as que mais se ajustam a seus desejos e necessidades. Em terceiro lugar, os supostos beneficiários das escolas ou os que atuam em seu nome sempre viram estas, essencialmente ou em grande medida, como o caminho para o trabalho e, sobretudo, para o trabalho assalariado, aceitando, por conseguinte, de boa ou má vontade, sua subordinação ás demandas das empresas. Em quarto lugar, as escolas, como organizações que são, têm elementos em comum com as empresas que facilitam o emprego das primeiras como campo de treinamento para as segundas. Em quinto lugar, as empresas sempre apareciam na sociedade capitalista como o paradigma da eficiência e gozaram sempre de uma grande legitimidade social, seja como instituições desejáveis ou como instituições inevitáveis – exceto em alguns períodos de agitação social, os mesmos em que também se viram questionadas as escolas- convertendo-se assim em um modelo a imitar para as autoridades educacionais. E, em último lugar, mas não por sua importância, convém recordar que as escolas de hoje não são resultados de uma evolução não conflitiva e baseada em consensos generalizados, mas o produto provisório de uma longa cadeia de conflitos ideológicos, organizativos e, em um sentido amplo, socias.” (ENGUITA, 1989, p.131)

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