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Administração para Engenharia Prof. Ângelo Antônio Teoria das Relações Humanas Construída: com base na teoria clássica Tarefa (Taylor) Estrutura (Fayol) x Pessoas Teoria das Relações Humanas • Surgiu nos EUA na década de 1930, teve importância até o final dos anos 1950; • Tentou reverter a desumanização do trabalho; • Buscou democratizar a ADMINISTRAÇÃO e combater o formalismo; • Introduziu as novas ideias que surgiram com o desenvolvimento das Ciências Humanas (Psicologia e Sociologia). Teoria das Relações Humanas Teoria das Relações Humanas • O homem não pode ser reduzido a um ser de comportamento mecânico; • O homem é guiado pelo sistema social e por demandas de ordem biológica; • Todos os homens possuem necessidades variadas; • As novas ideias priorizaram a importância da satisfação humana, estudaram a formação de GRUPOS Teoria das Relações Humanas • A partir do conceito do HOMO SOCIAL, surgiu a necessidade de um LÍDER facilitasse a relação das PESSOAS dentro do GRUPO; • Na ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA: orientação para a produção – autoritário; • Nas RELAÇÕES HUMANAS: orientação para o empregado – democrático. As origens da Teoria das Relações Humanas A Experiência de Hawthorne Western Electric Company Localizada em Hawthorne Bairro de Chicago (EUA) Anos 20 A Western Electric Company • Foi uma empresa americana de engenharia elétrica, fabricante de componentes telefônicos, fundada em 1869 e que pertenceu a AT&T; • Em 1924, a WESTERN teve interesse em conhecer, com mais detalhes, a rotina de trabalho de seus funcionários; • Pela primeira vez houve o encontro entre uma empresa e uma instituição acadêmica na busca de melhoria de resultados. As origens da Teoria das Relações Humanas • A pesquisa teve o patrocínio pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA, Sociedade de Engenharia de Iluminação e Fundação Rockfeller. • A supervisão inicial ficou a cargo de DUGALD CALEB JACKSON (1865–1951) do MIT. • Os trabalhos foram reconduzidos pela HARVARD, liderada por ELTON MAYO no ano de 1927. DUGALD JACKSON ELTON MAYO Elton Mayo (1880–1949) • Sociólogo • Psicólogo • Pesquisador • Australiano • Fundador da Escola de Relações Humanas • Teve no início da carreira bons resultados, ligados a depressão, pessimismo e falta de valorização, etc. A Experiência de Hawthorne • Fase 1 - Efeito da iluminação na produtividade Monitorar a relação entre a luz e a eficiência dos trabalhadores, tomando por base os princípios de TAYLOR e do casal GILBRETH. A Experiência de Hawthorne • Fase 1 – Conclusão Independentemente do nível iluminação ter aumentado ou diminuído, a produtividade dos trabalhadores aumentou. Não há uma resposta simples sobre o problema. A Experiência de Hawthorne • Fase 1 – Conclusão Independentemente do nível iluminação ter aumentado ou diminuído, a produtividade dos trabalhadores aumentou. A Experiência de Hawthorne “cum hoc ergo propter hoc” “com isto, logo por causa disto” A causalidade se aplica aos casos em que a ação A causa o resultado B. Por outro lado, a correlação é simplesmente uma relação — a ação A relaciona-se com a ação B A Experiência de Hawthorne • Fase 2 – Supervisão, Trabalho em equipe e produtividade Grupo experimental - Observação (isolados) Grupo controle (no mesmo ambiente) A Experiência de Hawthorne • Fase 2 – 12 períodos de análises e experiências • 1º Período – Mensuração da produtividade original (2.400 unidades/semana) – 2 semanas • 2º Período – Isolar o grupo de observação para verificar algum efeito – 5 semanas • 3º Período – Mudança no pagamento (observação – por produção; controle – igual) – 8 semanas • 4º Período - Introduzidos dois intervalos de 5 minutos de descanso – aumento de produção • 5º Período - Introduzidos dois intervalos de 10 minutos de descanso – aumento de produção • 6º Período - Introduzidos seis intervalos de 5 minutos de descanso – sem aumento de produção (queixas) • 7º Período - Introduzidos dois intervalos de 5 minutos de descanso com lanches – aumento de produção • 8º Período - Mudança no horário (observação – até 16:30h; controle – 17h) – aumento de produção • 9º Período - Mudança no horário (observação – até 16h; controle – 17h) – sem aumento de produção • 10º Período - Mudança no horário (retorno ao horário das 17h) – aumento de produção • 11º Período - Semana com cinco dias e sábado livre – aumento de produção • 12º Período – Pagamento individualizado (por produção) – aumento de produção (3.000 unid/pessoa) A Experiência de Hawthorne • Fase 2 – Conclusões: Grupo Experimental superou o Grupo de Observação 1) As moças do grupo experimental alegavam gostar de trabalhar neste grupo porque experimentavam condições de supervisão mais brandas que lhes permitia trabalhar com maior liberdade e menor ansiedade; 2) Havia um ambiente amistoso e sem pressões, onde a conversa era permitida, aumentando a satisfação no trabalho; A Experiência de Hawthorne • Fase 2 – Conclusões: Grupo Experimental superou o Grupo de Observação 3) Não havia temor quanto à supervisão. Apesar de haver maior supervisão que no departamento, a característica e o objetivo desta eram diferentes e o grupo sabia, sabia que participava de uma experiência que deveria reverter em benefícios para as demais colegas; 4) Houve o desenvolvimento social do grupo experimental. As moças faziam amizades entre si, amizades que se estendiam para fora do trabalho. As moças passaram a se preocupar umas com as outras, acelerando sua produção quando alguma colega demonstrava cansaço. Tornaram-se uma equipe; A Experiência de Hawthorne • Fase 2 – Conclusões: Grupo Experimental superou o Grupo de Observação 5) O grupo desenvolveu liderança e objetivos comuns. A liderança ajudava as colegas a alcançar o objetivo comum de aumentar continuamente a produtividade. • Fase 3 – Entrevistas • Entrevistas com mais de 21 mil empregados • No início eram entrevistas diretivas (questões padronizadas e fechadas) • Entrevistas não diretivas (melhores resultados) • Conheceu melhor o trabalhador americano na época, inclusive sobre sua situação após a crise de 1929 A Experiência de Hawthorne • Fase 3 – Entrevistas Foi constatada a existência de uma organização informal dentro da organização com a finalidade de proteção contra aquilo que os operários consideravam ameaças da Administração contra seu bem-estar A Experiência de Hawthorne • Fase 4 – Grupos informais e a produtividade (1931/1932) • O observador constatou que os operários dentro da sala usavam uma série de artimanhas para reduzir o ritmo de trabalho assim que montavam o que julgavam ser a sua produção normal • Verificou-se que estes operários passaram a apresentar certa uniformidade de sentimentos e solidariedade grupal A Experiência de Hawthorne 1) Integração social: quanto mais integrado socialmente no grupo de trabalho, maior será a disposição de produzir; • Ao contrário da Teoria Clássica que afirmava ser a capacidade técnica ou fisiológica do empregado que determinava o nível de produção 2) Comportamento social: o comportamento do indivíduo se apóia no grupo. Os trabalhadores não agem ou reagem individualmente, mas como membros de um grupo; • Contrapõe-se ao comportamento do tipo máquina proposto pela Teoria Clássica 3) Recompensas e sanções sociais: As pessoas são motivadas pela necessidade de reconhecimento, de aprovação social e participação. A motivação econômica é secundária na determinação da produção; • Homo social contrapondo-se ao homo economicus Conclusões da Experiência de Hawthorne 4) Grupos informais: definem regras de comportamento, formas de recompensas ou sanções sociais, punições, seus objetivos, sua escala de valores sociais, suas crenças e expectativas, que cada participante vai assimilando e integrando em suas atitudes e comportamento; • Contrapõe-se à preocupação exclusiva com os aspectos formais da organização (autoridade, responsabilidade, especialização, estudosdos tempos e movimentos, departamentalização, etc.) 5) Relações humanas: Cada pessoa procura se ajustar às demais pessoas do grupo para que seja compreendida e tenha participação ativa, a fim de atender seus interesses e aspirações; Conclusões da Experiência de Hawthorne 6) Conteúdo do cargo: o conteúdo e a natureza do trabalho têm grande influência sobre o moral do trabalhador, tornando-o produtivo ou desmotivado. Trabalhos repetitivos tendem a se tornar monótonos e maçantes afetando negativamente as atitudes do trabalhador e reduzindo sua eficiência e satisfação; • Na experiência de Hawthorne, os pesquisadores observaram que os operários da sala de montagem de terminais freqüentemente trocavam de posição para variar e evitar a monotonia 7) Aspectos emocionais: Elementos emocionais, não-planejados e até mesmo irracionais do comportamento humano devem ser considerados dentro da organização Conclusões da Experiência de Hawthorne Conclusões da Experiência de Hawthorne Funções básicas da organização, segundo ROETHLISBERGER e DICKSON Algumas Críticas as Relações Humanas • Oposição cerrada à TEORIA CLÁSSICA; • Não enxergou o conflito de interesses entre empregados e empresas; • Foi criticada pela sua LIMITAÇÃO EXPERIMENTAL (restrito à fábrica; • Visão ingênua e romântica do operário (trabalhador feliz, produtivo e integrado); • Ênfase exagerada nos GRUPOS INFORMAIS; • Parcialidade em algumas conclusões; • A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS foi muito criticada e necessitou de uma reestruturação que daria origem à TEORIA COMPORTAMENTAL. Relações Humanas - Consequências • Teoria da hierarquia de Maslow; • Teoria ERG (Existenciais, Relacionamento e Crescimento); • Teoria dos dois fatores (Higiênico e Motivacionais); • Teoria das necessidades de McClelland. • Necessidade de Realização (Achievement – nAch) • Necessidade de Filiação (Affiliation – nAff) • Necessidade de Poder (Power – nPow) Relações Humanas - Consequências Abraham Maslow (1908-1970) Relações Humanas - Consequências • Necessidades existenciais (E) • São todos os desejos materiais e fisiológicos. • Necessidades relacionais (R) • Envolvem relacionamentos com outras pessoas e são satisfeitas por meio do processo do compartilhamento de ideias e sentimentos. • Necessidades de crescimento (G) • Motivam as pessoas a modificar produtiva ou criativamente a si mesmas ou seu ambiente. Clayton Alderfer 1940 – 2015 Psicólogo Relações Humanas - Consequências • Fatores higiênicos • Características do ambiente de trabalho que podem deixar as pessoas insatisfeitas, como políticas da empresa, condições de trabalho, remuneração e supervisão. • Motivadores • Fatores que tornam um cargo mais motivador, como mais responsabilidades, oportunidades de crescimento pessoal e reconhecimento e sentimentos de realização. Frederick Herzberg 1923 – 2000 Relações Humanas - Consequências Poder FiliaçãoRealização David McClelland 1917 – 1998 Psicólogo Conclusão • Administração Científica – Tarefas • Teoria Clássica – Estrutura • Relações Humanas – Pessoas Obrigado a todos!
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