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Cidadania e humanidade Medicina sistêmica

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UCCG3: Conhecimentos gerais 3 
Cidadania e humanidade: 
Medicina sistêmica: 
De onde vem as doenças: sofrer é mais fácil 
do que encontrar solução, porque no sofrimento 
não é possível agir. Toda solução exige ação. 
Princípios sistêmicos: relacionado ao 
pertencimento, hierarquia e equilíbrio entre as 
troncas (mecanismos da consciência). 
Estatísticas: Nos U.S.A cerca de 300-400 
médicos tiram sua vida todos os anos. No geral 
aumentou-se 3 cifras a mais de suicídios entre 
médicos. Isso está relacionado a prática 
profissional, com o contato íntimo e contínuo com 
a dor e o sofrimento, a proximidade com a morte, 
cobranças, medo d falhar e limitações do 
conhecimento diante as expectativas dos pacientes. 
Mas também podem ser resultados de questões de 
âmbito pessoal, como desavenças familiares, 
dificuldades financeiras, conflitos com a identidade 
sexual, rompimento de relacionamentos etc. 
O sentindo da vida é a vida em si, nada além 
disso. A vida , tomada como ela é , a 
experimentamos sem sentido. O sentido da vida 
depende daquilo que cada um faz com aquilo que 
lhe foi predeterminado. 
Relação saúde, sociedade e cultura: 
Quando estudamos as relações entre saúde, 
sociedade e cultura conseguimos estabelecer as 
relações entre adoecimento e cura. Quando 
conversamos sobre saúde devemos incluir e conhecer 
a realidade demográfica, epidemiológica, social, 
política e cultural. Dentro desse contexto há uma 
estreita relação entre saúde e sociedade, onde 
devemos refletir desde o sujeito até a família e as 
relações sociais mais amplas. Na Idade Antiga a 
doença era sempre atribuída a forças externas, e 
sua explicação era atribuída a forças sobrenaturais 
e envolvia a igreja e seus sacerdotes como 
intermediadores da cura. No período do 
Renascimento surgiu a teoria social da medicina, 
que buscava explicações para as doenças nas 
condições de vida e de trabalho das pessoas. 
Atualmente, entende-se o processo de saúde e 
doença como multifatorial e de multicausalidade. 
Nessa nova forma de ver esse processo, as pessoas 
adoecem e morrem em função do jeito que vivem, 
o qual é determinado socioculturalmente e 
economicamente. Dessa forma, saúde, sociedade e 
cultura estão extremamente relacionadas, e, a 
partir dessa relação, realizam-se ações de promoção 
de saúde. As sociedades são multiculturais 
compostas de diferentes grupos sociais que 
interagem entre si; não podemos afirmar que 
possuam a mesma cultura, pois podem falar a 
mesma língua ou usar roupas parecidas e não ter a 
mesma cultura. Essa diversidade de culturas 
presente na sociedade exige de médicos e 
profissionais da saúde maior cuidado e 
entendimento do contexto sociocultural dos 
indivíduos com os quais trabalham. Esse contexto 
cultural exerce influência decisiva nas manifestações 
das doenças, na busca de tratamento e na relação 
que as pessoas estabelecem com os serviços de 
saúde; é fundamental conhecer o universo 
sociocultural no qual se encontram inseridos os 
pacientes com os quais trabalhamos. Olhando pela 
antropologia médica, há perspectivas diferentes em 
relação à saúde e à doença dependendo da cultura 
em que o indivíduo está inserido, e isso difere 
entre o médico e os pacientes. 
Antropologia médica: trata de como as 
pessoas, nas diferentes culturas e grupos sociais, 
explicam as causas das doenças, os tipos de 
tratamento em que acreditam e a quem recorrem 
se ficam doentes. Também é o estudo de como 
essas crenças e práticas estão relacionadas com as 
mudanças biológicas e psicológicas no organismo 
humano, tanto na saúde quanto na doença. O 
histórico-cultural e econômico de uma sociedade 
tem relação com a determinação social das doenças, 
porque sempre avaliamos dados epidemiológicos e 
encontramos em variáveis sociais e demográficas 
informações que explicam a causa das patologias. 
No Brasil, por exemplo, existem doenças que 
explicam o atraso no desenvolvimento do país: 
parasitoses, desnutrição, febre amarela, entre 
outras. A saúde, é vista como um traço cultural, a 
saúde é geralmente vista como a perspectiva da 
sobrevivência, de anos de vida ganhos, de defesa da 
vida. Mas, se consideramos a cultura, a saúde é 
também ligada à intensidade da vida e à qualidade 
de vida. É a partir de informações sobre a 
realidade demográfica, epidemiológica, social, 
política e cultural que é possível trabalhar com 
políticas públicas adequadas. A saúde e a sociedade 
são compreendidas como indissociáveis, dependendo 
de como entendemos como saúde e a doença são 
produzidas. O processo saúde-doença é determinado 
pela forma como o homem se apropria da natureza 
em seus processos de trabalho em cada momento 
histórico e em determinadas relações sociais de 
produção. Quando queremos estudar saúde, 
sociedade e cultura, devemos compreender que 
temos dois modelos assistenciais: 
 Modelo biomédico: O modelo biomédico veio 
através da valorização do complexo 
industrial, da célula e da química, do poder 
do médico, do conhecimento fragmentado e 
da rigidez. Nesse modelo, o conhecimento e 
a prática de saúde são centralizados no 
profissional médico. 
 Modelo de determinação social: O modelo 
de determinação social valoriza a psicologia 
e o cultural, a atuação interdisciplinar e 
multiprofissional, a pessoa como um todo, 
a permeabilidade e a humildade, a 
flexibilidade e o pensamento crítico político. 
A partir desses modelos podemos incluir o conceito 
de promoção da saúde que, implica em ações de 
promoção da saúde, prevenção de doenças e fatores 
de risco e, depois de instalada a doença, no 
tratamento adequado dos doentes. A promoção da 
saúde está diretamente relacionada à sociedade, 
uma vez que, para melhorar as condições de saúde, 
são necessárias mudanças profundas dos padrões 
econômicos no interior dessas sociedades, além de 
intensificação de políticas sociais, que são 
eminentemente políticas públicas. A promoção de 
saúde é baseada em dois pilares: um diz respeito 
aos comportamentos cotidianos e, o outro, às 
circunstâncias em que vivemos. 
Determinantes sociais de saúde: A maior 
parte da carga das doenças, assim como as 
iniquidades em saúde que existem em todos os 
países, acontece por conta das condições em que as 
pessoas nascem, vivem, trabalham e envelhecem. 
Esse conjunto de fatores se dá o nome de 
determinantes sociais de saúde. As diferenças de 
renda podem influenciar em escassez de recursos e 
ausência de investimentos na comunidade, seja em 
saneamento, infraestrutura ou serviços de saúde, 
entre outros. Com isso, a Organização Mundial da 
Saúde (OMS) estabeleceu ações para melhorar a 
situação da saúde e reduzir iniquidades. Essas ações 
são baseadas em 3 princípios: 
1. Melhorar as condições de vida cotidianas: as 
circunstâncias em que as pessoas nascem, crescem, 
vivem, trabalham e envelhecem. 
2. Abordar a distribuição desigual de poder, 
dinheiro e recursos: os motores estruturais das 
condições de vida referidas nos níveis global, 
nacionais e locais. 
3. Quantificar o problema, avaliar a ação, alargar a 
base de conhecimento, desenvolver um corpo de 
recursos humanos formado sobre os determinantes 
sociais da saúde e promover a consciência pública 
sobre o tema. 
A abordagem dos determinantes sociais reflete o 
fato de que as iniquidades em saúde não podem 
ser combatidas sem que as iniquidades sociais sejam 
combatidas junto. Para que a economia permaneça 
forte e a estabilidade social e a segurança global 
sejam mantidas, é essencial que ações coordenadas 
em prol da saúde sejam implementadas. Trabalhar 
sobre os determinantes sociais também ajuda a 
melhorar as condições de saúde como um todo.

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