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Tarefa Aula Biofilme Cariogênico

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Tarefa – Biofilme Cariogênico
Após leitura do Capítulo 8 “Cárie dentária e sua relação com o microbioma bucal” (páginas 222 a 239) do Livro: Microbiologia Bucal: Microbioma e sua relação com saúde e doença. Arthur RA, Negrini TC, Montagner F. 1a edição, Manole, 2022
Responda:
1. Alguns mecanismos são responsáveis pela tolerância à ambientes acidificados nos microrganismos do biofilme dentário. Cite e explique 2 desses mecanismos.
1. Bomba F-ATPase: o que ocorre é que os ácidos produzidos (íons H+) se difundem para dentro da célula dos microrganismos, reduzindo o pH intracelular. Dessa forma, os microrganismos tolerantes à ambientes acidificados contam com a bomba F-ATPase (capaz de atuar em ambientes acidificados) pela qual ocorre, com consumo de ATP, a passagem desses íons H+ para o ambiente extracelular, controlando o pH intracelular e permitindo o funcionamento metabólico do microrganismo.
2. Alteração da permeabilidade aos íons H+: alguns microrganismos tolerantes à ambientes acidificados são capazes de modificar a composição de sua membrana celular para que ocorra menor difusão dos íons para o meio intracelular, como por exemplo um aumento na proporção de lipídios monoinsaturados de cadeia longa na membrana.  
0. De que forma a atividade proteolítica contribui para o desenvolvimento de cárie em dentina?
Durante o processo de desmineralização, o baixo pH ativa as enzimas proteolíticas presentes na matriz dentinária e na saliva que degradam o colágeno dentinário. Essa degradação ocorre em meio ácido pelas catepsinas, por serem eficientes em meio ácido, e durante o restabelecimento das condições de neutralidade do pH, uma vez que as metaloproteinases de matriz (MMP) são mais eficientes em pH neutro. Em decorrência dessa degradação parcial do colágeno, o mesmo torna-se mais vulnerável à desnaturação induzida por pH ácido e à ação de proteases microbianas. Assim, a dentina torna-se suscetível a desenvolver lesão de cárie também por ação de microrganismos proteolíticos como a Prevotella spp. e o Fusobacterium spp., que utilizam o colágeno parcialmente degradado como substrato para seu metabolismo.
0. Explique de que forma o polissacarídeo extracelular sintetizado na presença de sacarose altera a organização espacial do biofilme supragengival.
A PECinsol na presença de sacarose atua com um alicerce no crescimento tridimensional do biofilme, atuando no desenvolvimento de microcolônias. A adesão de microrganismos é facilitada, além de  realizar um importante papel na proteção das microcolônias contra ação de antimicrobianos e defesas do hospedeiro. A densa e espessa camada de matriz extracelular facilita a acidificação do biofilme no seu interior e ao redor favorecendo os microrganismos acidúricos, esse processo ocorre pois a saliva e sua capacidade de tampão tem dificuldade de acesso na presença de sacarose. A resistência do biofilme ao estresse mecânico da cavidade bucal é alterada, tornando-o mais resistente. A queda do pH fica mais intensa e rápida devido a porosidade adquirida pelo biofilme em presença de sacarose, isso acontece porque a porosidade permite uma rápida difusão de nutrientes que serão metabolizados pelas microcolônias, facilitando a desmineralização da superfície dentária.
0. Muitas interações ocorrem entre os microrganismos de um biofilme cariogênico. Uma delas é a interação entre S. mutans  e C. albicans. Essa interação aumenta a cariogenicidade do biofilme, acentuando o desenvolvimento da lesão de cárie. Cite dois motivos pelos quais essa interação aumenta a cariogenicidade do biofilme.
Estudos mostram uma relação positiva para a interação de S. mutans e C. albicans e acentuam a produção de produtos cariogênicos no biofilme oral dos pacientes. Dentre essas interações positivas, podem-se destacar dois motivos:
1. Pela interação fúngico-bacteriano que acabam proporcionando uma integração metabólica entre o fungo C. albicans e a bactéria S. mutans. Isso pode ser visto quando os fungos ficam comprometidos em formar biofilme na presença, apenas, de sacarose; então as bactérias fazem a lise da macromolécula em micromoléculas de glicose+frutose que proporcionam um melhor metabolismo fúngico que auxilia na produção e adesão de biofilme cariogênico.
2. Os S. mutans, possuem ao seu redor o  PECinsol. Logo após, as hifas fúngicas utilizam o PECinsol para fazer a ligação na C. albicans e formar uma capa protetora para o fungo contra a ação de compostos antifúngicos e isso que acentua o potencial cariogênico desse biofilme.

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