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Gabarito da Primeira Prova 1. Encontre números reais x e y tais que 3x+ 2iy − ix+ 5y = 7 + 5i. Solução: Rearrajando os termos acima: (3x+ 5y) + i(−x+ 2y) = 7 + 5i. Logo3x+ 5y = 7−x+ 2y = 5 cuja solução é x = −1 e y = 2. 2. Encontre as partes, real (Re) e imaginária (Im), do complexo 5 + 5i 3− 4i + 20 4 + 3i e depois coloque-o na forma polar. Solução: 5 + 5i 3− 4i + 20 4 + 3i = (5 + 5i)(3 + 4i) 25 + 20(4− 3i) 25 = (−5 + 35i) + (80− 60i) 25 = 3− i. Logo temos Re = 3 e Im = −1. Quanto a forma polar, temos que |z| = √ 10 e θ = arctan(−1/3). Assim z = √ 10(cos θ + i sen θ). 3. Calcule o valor ∣∣∣∣3(i)30 − (i)192i− 1 ∣∣∣∣ . Solução: (i)30 = (i2)15 = −1; (i)19 = i(i2)9 = −i. Logo∣∣∣∣3(i)30 − (i)192i− 1 ∣∣∣∣ = ∣∣∣∣ −3 + i−1 + 2i ∣∣∣∣ = | − 3 + i|| − 1 + 2i| = √ 10√ 5 = √ 2. 4. Seja u(x, y) = 2x− x3 + 3xy2. (a) Mostre que u(x, y) é harmônica. (b) Encontre v(x, y) de forma que u(x, y) + iv(x, y) seja analítica. Solução: (a) Temos que ∂u ∂x = 2 − 3x2 + 3y2; ∂u ∂y = 6xy; ∂2u ∂x2 = −6x; ∂ 2u ∂y2 = 6x. Logo ∂2u ∂x2 + ∂2u ∂y2 = 0 e u(x, y) é harmônica. Pelas condições de Cauchy-Riemann queremos v(x, y) tal que ∂v ∂y = ∂u ∂x = 2 − 3x2 + 3y2. Integrando-se em relação a y obtemos v(x, y) = 2y − 3x2y + y3 + ϕ(x), onde ϕ(x) é constante em relação a y e acompanha a integral indefinida. Novamente as condições de Cauchy-Riemann impõe que ∂v ∂x = −∂u ∂y . Portanto, −6xy + ϕ′(x) = −6xy; ϕ′(x) = 0 e ϕ(x) = k é constante. Logo v(x, y) = 2y − 3x2y + y3 + k, ou v(x, y) = 2y − 3x2y + y3, escolhendo k = 0. Não foi pedido, mas a função que obtemos é f(z) = (2x − x3 + 3xy2) + i(2y − 3x2y + y3) que é analítica em todo o plano complexo, e tem como derivada f ′(z) = (2− 3x2 + 3y2) + i(−6xy). 5. Seja f(z) = e z3+1 z−1 . Encontre a região do plano complexo onde f é analítica e calcule sua derivada nessa região. Solução: A função g(z) = z3 + 1 z − 1 não está definida no ponto z = 1. Esse ponto não anula o numerador, logo não podemos simplificar a fração eliminando o ponto de indefinição. Em todos os pontos do plano z3 + 1 e z − 1 são analíticas e em todos os pontos diferentes de z = 1, z − 1 não se anula. Logo, como quociente de duas analíticas com denominador não nulo para todo z 6= 1, a função racional g(z) é analítica em todos os pontos do plano complexo diferentes de z = 1. Como a função exponencial é analítica em todos os pontos do plano complexo, a função composta, f(z) = eg(z) é analítica em todos os pontos z 6= 1, isto é, á região do plano complexo onde f(z) é analítica é Cr { 1 }. Nessa região, calculamos a derivada de f f ′(z) = e z3+1 z−1 ( z3 + 1 z − 1 )′ = e z3+1 z−1 ( 2z3 − 3z2 − 1 (z − 1)2 ) = f(z) ( 2z3 − 3z2 − 1 (z − 1)2 ) , pela “regra da cadeia.” 6. Calcule cos(i) + isen (i). Solução: cos(i) = eii + e−ii 2 = e−1 + e 2 ; sen (i) = eii − e−ii i2 = e−1 − e i2 . Logo cos(i) + isen (i) = e−1. 2 7. Sabendo-se que senh z = ez − e−z 2 e cosh z = ez + e−z 2 , para todo número complexo z, mostre que senh z e cosh z são analíticas em todo C e calcule as derivadas (senh z)′, (cosh z)′. Solução: A função exponencial é analítica para todo z ∈ C, assim como a função constante 1/2. Logo senh z e cosh z são soma e produto de funções analíticas em todo o plano complexo. Portanto são também analíticas em todo z ∈ C. O cálculo das derivadas é feito usando as regras de derivação: (senh z)′ = ( ez − e−z 2 )′ = ez + e−z 2 = cosh z; (cosh z)′ = ( ez + e−z 2 )′ = ez − e−z 2 = senh z. 3
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