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FLOTAÇÃO E PROPRIEDADES DA INTERFACE UNIDADE III MÁQUINAS DE FLOTAÇÃO Elaboração Cristiane Oliveira de Carvalho Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO UNIDADE III MÁQUINAS DE FLOTAÇÃO ................................................................................................................................................................5 CAPÍTULO 1 CLASSIFICAÇÃO DA FLOTAÇÃO ............................................................................................................................................. 6 CAPÍTULO 2 MÁQUINAS MECÂNICAS ............................................................................................................................................................ 9 CAPÍTULO 3 MÁQUINA PNEUMÁTICA ......................................................................................................................................................... 14 REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................18 4 5 UNIDADE IIIMÁQUINAS DE FLOTAÇÃO A terceira unidade trata dos processos de flotação e dos equipamentos. O capítulo 1 apresenta diversos processos de flotação, além da flotação que é o principal processo utilizado na concentração de minerais. O capítulo 2 aborda sobre as máquinas mecânicas, explicando o que é uma célula e apresentando o funcionamento desse tipo de equipamento, além de citar alguns dos principais componentes. O capítulo 3 trata das máquinas pneumáticas, suas principais características, como elas participam no processo de flotação, além de citar alguns dos principais modelos industriais. Objetivo da unidade » Entender as principais funções que um equipamento deve satisfazer. » Conhecer as características da máquina mecânica utilizadas no processo de flotação. » Compreender as características da máquina pneumática usada no processo de flotação. Você sabia que existem equipamentos de flotação para ensaios de bancada? A figura abaixo mostra a célula de flotação em bancada: equipamento e equipamento em uso, respectivamente. Figura 14. Célula de flotação em bancada: equipamento e equipamento em uso, respectivamente. Fonte: Sousa (2016). 6 CAPÍTULO 1 CLASSIFICAÇÃO DA FLOTAÇÃO A flotação age normalmente nas interfaces água/ar e água óleo (menos usada), para efetuar o processo de separação entre os minerais valiosos. Outras interfaces estão sendo pesquisadas, tais como a interface água + álcool/ar e água/plástico com o intuito de descobrir demais aplicações (LUZ et al., 2010). Os processos mais utilizados na indústria são descritos a seguir: Flotação por Espumas (Froth flotation) – É o processo mais relevante e mais utilizado. Nesse tipo de flotação, os minerais hidrofobizados dispersos em meio aquoso são capturados por bolhas de ar e deslocados para a superfície, sendo retirados na camada de espumas por transbordo ou mecanicamente. Já os minerais hidrofílicos se mantêm na fase aquosa acompanhando o fluxo de água. Figura 15. Processo de flotação por espumas. Fonte: https://www.br.endress.com/pt/industrias-brasil/primaries-metals/separacao-mineracao. Flotação em Película (Skin flotation) – Nesse tipo de flotação, os minerais são separados usando a interface água/ar. O processo consiste em despejar vagarosamente os minerais na superfície da água, as partículas hidrofílicas se molham e afundará, enquanto as partículas hidrofóbicas continuaram na superfície sem se molhar, sendo retiradas por transbordamento. Flotação em Óleo (Bulk oil flotation) – A separação dos minerais é realizada usando as propriedades da interface água/óleo. Nesse caso, as partículas são agitadas em suspensão água/óleo. Depois de algum tempo de repouso do sistema água/óleo, as partículas hidrofílicas molham e se afundam, enquanto as hidrofóbicas se concentram na interface água/óleo. https://www.br.endress.com/pt/industrias-brasil/primaries-metals/separacao-mineracao 7 MÁQUINAS DE FLOTAÇÃO | UNIDADE III Flotação Carreadora (Carrier flotation) – Processo aplicado para realizar a recuperação de partículas ultrafinas, empregando-se partículas grosseiras e hidrofobizadas previamente. Assim, as partículas hidrofóbicas se ligam às partículas grosseiras e são transportadas pelas bolhas de ar, resultando na flotação. Eletroflotação – Tipo de processo de flotação em que bolhas de gás são formadas pela decomposição eletroquímica da água. Flotação em floco (Floc flotation) – Usado para recuperação de partículas finas depois da sua agregação seletiva. Depois que ocorre a agregação, os flocos são flotados. O processo mais utilizado na flotação mineral para concentrar os minerais é a flotação por espuma e será o mais abordado. É necessário entender alguns conceitos técnicos específicos para determinar a maneira como o processo de flotação será conduzido. Explicando algumas definições: » Flotação direta – O mineral de valioso é flotado e separado na espuma, enquanto o mineral de ganga segue o fluxo da polpa mineral. Exemplo: flotação de minérios de cobre, chumbo e zinco etc. » Flotação reversa – O mineral de ganga é flotado, e os minerais valiosos ficam na polpa mineral. Exemplo: flotação de minério de ferro. » Flotação coletiva (Bulk flotation) – Consiste no processo em que um grupo de minerais com características similares são flotados em grupo. » Flotação seletiva – Também chamada de flotação diferencial, ocorre apenas quando uma espécie mineral é flotada. » Flotação instantânea (Flash flotation) – Flotação efetuada em intervalos pequenos de tempo, depois da moagem. As partículas não liberadas (mistas) voltam para o moinho para realizar uma nova etapa e serem flotadas novamente. Brod (2012) esclarece que somente alguns minerais são hidrofóbicos naturalmente, tais como enxofre, grafita, talco, molibdenita e carvão. Esse grupo pode ser flotado de forma direta. No entanto, grande parte das partículas é naturalmente hidrofílica e, portanto, é preciso acrescentar reagentes para que a flotação se efetive, seja essa direta ou reversa. O acréscimo de reagentes é realizado conforme as espécies minerais que serão separadas. Santana (2011) afirma que o processo de flotação pode ser classificado de acordo com o material a removido ou separado são: flotação mineral, coloidal, iônica e de precipitados. O autor ainda explica que a flotação, conforme o método de geração de bolha, pode ser: eletroflotação, flotação por ar disperso e flotação por ar dissolvido. 8 UNIDADE III | MÁQUINAS DE FLOTAÇÃO Flotação por ar disperso – Nesse processo, a formação de bolhas é produzida por agitação, pelo acréscimo de bolhas no equipamento de flotação, ou mesmo usando um meio dispersor. O dispersor pode possuir diversos níveis de porosidade e pode ser rígido (cerâmica porosa, aço ou polietileno) ou macio (borracha, filtro). Os poros do dispersor ditam os tamanhos das bolhas, no entanto geralmente são grandes se comparados a processo de flotação por ar dissolvido e variam de 100 a 3000µm, sendo possível flotar partículas grossas. Flotação por ar dissolvido (FAD) – É fundamentada na solubilidade do ar na água, conforme a pressão do sistema. Essa dissolução do ar na água aumenta com o aumento da pressão. Primeiramente a água é saturada com ar em uma câmara em elevadas pressões. Depois desse procedimento, a corrente aquosa segue para o equipamento de flotação e passa por uma redução de pressão atmosférica; ao passar por elementos de constrição de escoamento, realiza a liberação do ar que está em excesso, formando uma nuvem de microbolhas na polpa. 9 CAPÍTULO 2 MÁQUINAS MECÂNICAS A flotação é um processo extremamente relevante para a concentração de minerais e tem possibilitado o crescimento e o aprimoramento dos equipamentos de flotação. A condição essencial para um bom desempenho dessa operação unitária é a existência de equipamentos fidedignos(ULIANA, 2017). Essa confiabilidade está relacionada com a “obtenção de alto desempenho metalúrgico e capacidade para receber, transportar e distribuir os fluxos da alimentação, do flotado e do deprimido – além de ter a capacidade de distribuir corretamente os fluxos de ar, que devem ser constantemente inseridos no equipamento” (ULIANA, 2017, p. 27). Santana (2011) explica que o desempenho de um processo é de acordo com as condições químicas e hidrodinâmicas presentes no equipamento, porque estas facilitam a adesão das partículas hidrofóbicas a bolhas de ar e possibilitam o transporte das bolhas mineralizadas para a fase da espuma, na parte superior do equipamento. Conforme Luz et al. (2010), existem algumas operações que estão diretamente vinculadas ao processo de flotação, tais como: condicionamento; dosagem e adição de reagentes; e a flotação que se realiza de fato. Essa mesma referência explica que ainda é preciso realizar outras operações com grande frequência, como o adensamento das polpas com o objetivo de possibilitar o condicionamento, atrição da superfície das partículas, a qual tem como finalidade a retirada de coberturas de lama ou de óxidos; transporte de polpas e espumas; instrumentação e controle do processo. Esses equipamentos de flotação precisam ser adequados para executar diversas funções concomitantemente com a finalidade de alcançar uma maior eficiência no processo. Por isso, é preciso (MARIA, 2009): » sustentar as partículas em suspensão: para que isso ocorra, é preciso que a polpa esteja sobre certo nível de agitação, de modo que a velocidades ascendente das partículas minerais na polpa seja maior que a velocidade de sedimentação das mesmas; » produzir e espargir as bolhas de ar: precisam ser produzidas bolhas com tamanhos apropriados para a coleta de partículas com diversos tamanhos. É importante entender que os equipamentos devem possibilitar uma dispersão adequada das bolhas de ar por toda a polpa, auxiliando o contato partícula-bolha; 10 UNIDADE III | MÁQUINAS DE FLOTAÇÃO » coletar seletivamente e promover o transporte do mineral de valor: possibilitar a colisão eficiente das partículas com as bolhas de ar é importante para que aconteça a adesão das partículas minerais hidrofóbicas às bolhas e para que ocorra o deslocamento ascendente do conjunto partícula-bolha para a camada de espuma. Maria (2009) esclarece que existem diversos equipamentos de flotação com diferentes características e fatores básicos a serem levados em consideração na análise do desempenho: » performance atrelada ao teor e recuperação do mineral de valor; » capacidade de alimentação de sólidos por unidade de volume; » dispêndios operacionais por tonelada de sólidos alimentada; » simplicidade de operação. Máquinas de Flotação Essas máquinas de flotação são tanques que recebem a polpa alimentada initerruptamente, por um dos seus lados e descarrega pela face oposta. A unidade que compõe esses tanques é conhecida como célula. Essas células podem ser únicas, mas normalmente são utilizadas em agrupamentos de duas ou mais. Nesses casos, é instalado numa extremidade do conjunto um compartimento para realizar a alimentação e na extremidade oposta um compartimento para efetuar a descarga. Existem alguns modelos de células fechadas, no entanto atualmente os modelos não usam divisões entre uma célula e outra. Nesse modelo, a espuma sobe e é descarregada pela frente (mas, em alguns modelos, é descarregada por trás) derramando sobre as calhas que estão dispostas na extensão do conjunto de células. Assim, o material deprimido é deslocado pela corrente de água e sai pelo fundo da célula, seguindo para a próxima célula, até ser descarregado pela caixa de descarga. Figura 16. Arranjo das células de flotação. Alimentação Caixa de alimentação Caixa de descarga Fonte: Luz et al. (2010). 11 MÁQUINAS DE FLOTAÇÃO | UNIDADE III Dentro dessas células são instaladas as máquinas de flotação, que é um rotor, colocado no fundo da célula, suspenso por um eixo conectado a um acionamento, com movimento de giro dentro do tubo. Esse rotor tem como finalidade primordial manter a polpa em agitação e, assim, em suspensão, impedindo que as partículas se sedimentem. Essa rotação do rotor produz uma região com pressão negativa dentro da célula e faz com que o ar atmosférico seja aspirado por meio do tubo que circunda o eixo de acionamento do rotor (LUZ et al., 2010; MARIA, 2009). Portanto o rotor tem como principal função a agitação e aeração da polpa. Em conjunto com o rotor, existe uma peça conhecida como estator e tem como finalidade quebrar as bolhas de ar produzindo uma elevada quantidade de bolhas com pequeno diâmetro. Segundo Lima (2009, p. 31 e 32), o rotor tem as seguintes funções: suspensão dos sólidos; dispersão do ar introduzido em pequenas bolhas; agitação turbulenta, proporcionando a colisão partícula-bolha; transferência de polpa de uma célula para outra num circuito em série; formação de uma camada de espuma no topo das células. A Figura 17 mostra um rotor e um estator de uma máquina de flotação de modelos diferentes Figura 17. Máquinas de flotação. Rotor/ estator Calha Tubo de ar comprimido calha Tubo vertical Distribuidor rotor exaustor Fundo falso O rotor puxa o ar para o tubo vertical O rotor puxa a polpa para cima acionamento Fonte: Luz et al. (2010) e Will (2016). 12 UNIDADE III | MÁQUINAS DE FLOTAÇÃO Existem diversos projetos quanto ao formato da célula, do conjunto rotor-estator, entre outros aspectos mecânicos. Na figura a seguir estão os esquemas de roto-estator. Figura 18. Desenho esquemático de: rotores estatores. Metso Metso Outokumpu Dorr-Oliver Fonte: Luz et al. (2010). As células mecânicas de flotação foram os primeiros equipamentos a serem utilizados no processo de concentração de minérios. As primeiras células mecânicas foram as cell to cell, no entanto, de acordo com a complexidade do projeto e seu alto custo de construção, foram produzidas as células open flow (MARIA, 2009). As máquinas mecânicas são categorizadas conforme o fluxo da polpa em cell to cell e open flow. As primeiras máquinas são dotadas de vertedouro entre cada compartimento e são largamente utilizadas em usinas com pequena capacidade e com diversas etapas de limpeza, especialmente de partículas finas (MARIA, 2009; SILVA, 2005). Já as células open flow possuem passagem livre do fluxo de polpa e elevada aplicação, sendo produzidas por diversas empresas com aspectos construtivos específicos. A diferença básica de cada fabricante está na geometria do tanque e no projeto do rotor (impelidor e difusor). 13 MÁQUINAS DE FLOTAÇÃO | UNIDADE III Figura 19. Cell-to-cell e opew flow. Tubo vertical Haste ajustável Difusor Impelidor Tu bo d e a lim en ta çã o Polpa Fluxo de polpa Fluxo de polpa Polpa/dispersão de ar difusor impelidor Tubo de ar Ar pressurizado Bolsa de espuma removível Fonte: Will (2016). Lima (2009) explica que, para selecionar o equipamento, é preciso considerar os fatores econômicos, a simplicidade de assistência técnica e de manutenção. Para analisar o desempenho das células de flotação, é preciso conhecer critérios basilares: desempenho metalúrgico (recuperação e teor); capacidade, expressa em toneladas tratadas por unidade de volume; consumo de energia por tonelada de material tratado; aspectos relacionados aos custos de aquisição, operacionais e de manutenção. (LIMA, 2009, p. 35) O aumento do uso das células mecânicas de flotação está vinculado com: » custos operacionais mais baixos; » melhor controle do processo; » eficiência no consumo de energia; » não compromete o desempenho do processo. 14 CAPÍTULO 3 MÁQUINA PNEUMÁTICA As células pneumáticas foram desenvolvidas com o objetivo de suprir deficiências que existem nas células mecânicas. Essas células pneumáticas não possuem impelidor para agitaçãoe também não possuem peças móveis. Nesse caso, a agitação e aeração da polpa ocorrem pelo uso de ar comprimido, possuindo maior gasto energético. No entanto, a turbulência no interior dessas células é menor possibilitando, assim, flotar partículas mais finas do que seria normalmente possível na célula mecânica. A instalação dos aeradores é feita externamente a cuba de flotação e tem como principal finalidade melhorar as ocorrências entre o conjunto partícula-bolhas (colisão, adesão e estabilidade do agregado) que são imprescindíveis para o êxito da flotabilidade. Basicamente, o princípio de uma célula pneumática é gerar e dispersar bolhas de ar na polpa sem depender do sistema de agitação da célula (MARIA, 2009). A figura abaixo mostra um esquema de uma célula pneumática. Figura 20. Representação esquemática de uma célula pneumática. Flotado Flotado Ar Fonte: Maria (2009). Silva (2015) explica que as células pneumáticas possuem algumas vantagens: » eficiência de partículas penas e grossas, em que muitas vezes a flotação em célula não é eficaz; » células com dimensões menores, resultando na necessidade de espaço menor para implantar a unidade; 15 MÁQUINAS DE FLOTAÇÃO | UNIDADE III » menor dispêndio energético por não ser preciso o uso de rotor para deixar a polpa em suspensão; » ausência de componentes mecânicos, tendo assim menor turbulência; » grande faixa de distribuição granulométrica da polpa; » tempo de residência baixo. Hidrodinamicamente a célula pneumática é diferente dos equipamentos frequentemente usados nos circuitos industriais de concentração, que são as células mecânicas e a coluna de flotação. De acordo com Uliana (2017), a direção de fluxos em uma célula pneumática é diferente de uma coluna de flotação, isto é, não há contrafluxo. Os fluxos das partículas contidas na polpa e no ar são similares no aerador e na cuba. Esse mesmo autor mostra, por meio de outro esquema, a operação dessa célula. Figura 21. Esquema de célula pneumática: células, caixas e bombas. Alimentação Deprimido Flotado Aerador Fonte: Uliana (2017). A alimentação da polpa é inserida no conjunto caixa/bomba. Em seguida, é bombeada initerruptamente para a célula pneumática, que possui basicamente o aerador e a cuba de flotação. O ar entra em contanto com a polpa, depois de ser inserido no aerador por meio de autossucção ou mesmo forçado. A bolha é gerada e entra em contato com a superfície da partícula hidrofobizada, o que favorece a adesão da bolha na partícula. 16 UNIDADE III | MÁQUINAS DE FLOTAÇÃO Quando o ar é inserido por meio da autossucção, é preciso saber que há um limite de ar na polpa. Essa quantidade de ar é diretamente proporcional à pressão e/ou vazão de polpa que perpassa o aerador. Já no caso de uma inserção de ar foçada na polpa, essa quantidade de ar adicionada à polpa não é limitada, no entanto pode ser preciso utilizar equipamentos auxiliares como sopradores, ventiladores e/ou compressores. O deprimido e o flotado são separados na cuba de flotação. O deprimido segue pra a caixa de concentrado, e, se necessário, parte desse fluxo pode voltar para a caixa de alimentação (carga circundante e/ ou adequação do nível de caixa). Enquanto isso, o flotado segue para a caixa de rejeito, e, se for viável operacionalmente, esse fluxo é encaminhado para o estágio posterior por bombeamento. Maria (2009) e Silva (2005) esclarecem que as células pneumáticas podem ser categorizadas conforme sistema de injeção ar: » Máquinas com tela: o ar é inserido na parte inferior do equipamento, por meio de um fundo poroso ou um rotor oco recoberto por uma camisa que possui furos. Esse tipo de máquina está apresentado na Figura 22. » Máquinas sem tela: o ar é inserido pela parte superior do equipamento de forma a realizar uma intensa circulação da polpa. Esse tipo de máquina está apresentado na Figura 22. Figura 22. Esquema de célula com tela: célula callow. 6 3 5 1 4 Fonte: Silva (2005). 1 – alimentação; 2 – concentrado; 3 – controle do rejeito; 4 – ar comprimido; 5 – fundo poroso; 6 – sifão. Existem diversos modelos de células pneumáticas. Alguns dos mais utilizados na indústria estão apresentados na Figura 23 e são: G-Cell, Pneuflot e Jameson Cell. Na maioria dos modelos, a diferenciação está no design aerador ou no modo como é executado o sistema de alimentação. Ter ou não o distribuidor na parte interna da cuba de flotação é outra diferenciação entre os modelos apresentados (ULIANA, 2017). 17 MÁQUINAS DE FLOTAÇÃO | UNIDADE III Figura 23. Modelos: G-Cell, Pneuflot e Jameson Cell. Fonte: Silva (2015). 18 REFERÊNCIAS BROD, Emanuela Reis. Circuito alternativo para flotação de minério de ferro. 2012. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Minas) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2012. CHAVES, A. P. Flotação: o estado da arte no Brasil Ed: Signus – Apoio: Clariant. São Paulo SP 2006 (Coleção: Teoria e prática do tratamento de minérios; V4). CHAVES, Fábio Almeida. Seleção de sistemas de transportes industriais para um projeto de mineração em superfície: mineroduto, caminhões fora de estrada e transportadores de correia. 2015. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica). Universidade Santa Cecília, Santos, 2015. LUZ, A. B.; Sampaio, J. A.; FRANÇA, S. C. A. Tratamento de minérios. 5. ed. Rio de Janeiro: CETEM/ CNPq, 2010. 932 p. NASCIMENTO, Herynson Nunes. Caracterização tecnológica de materiais estéreis com elevado teor de PPC e P da Mina de Alegria da Samarco Mineração S.A. 2014. Dissertação (Mestre em Engenharia Metalúrgica, Materiais e de Minas) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014. OLIVEIRA, Amanda Carvalho de. A importância da escolha racional do reagente regulador de pH em processos alcalinos de flotação. 2016. Dissertação (Mestrado em Engenharia mineral) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2016. OLIVEIRA, José Farias. Flotação. In: Fernandes, Francisco Rego et al. Tendências Tecnológicas Brasil 2015: Geociências e Tecnologia Mineral. Eds. Francisco R. C. Fernandes, Adão B. da Luz, Gerson M. M. Matos, Zuleica C. Castilhos. – Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2007. p. 133-156; MARIA, Robert Cruzoaldo. Otimização Técnico-Econômica de Circuitos de Flotação. 2009. Dissertação (Mestre em Engenharia de Minas) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2009. MAIA, Eduardo Silva. Pelotização e Redução de Concentrado Magnetítico. 2011. 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Dissertação (mestrado Engenharia Metalúrgica, Materiais e de Minas) – Universidade Federal de Minas Gerais, 19 REFERÊNCIAS SILVA, Alessandra Achcar Monteiro. Estudo sobre a flotação de silicatos em coluna para o processo de concentração da apatita. 2015. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2005. SILVA, Angelo Quintiliano Nunes da. Modelagem da relação teor-recuperação da célula de flotação pneumática. 2015. Dissertação (Mestrado Engenharia Metalúrgica, Materiais e de Minas) – UniversidadeFederal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015. SOUSA, Débora Nascimento. Depressores alternativos na flotação catiônica reversa de minério de ferro. 2016. Dissertação (Mestrado em Gestão Organizacional) – Universidade Federal de Goiás, Catalão, 2016. ULIANA, Alexandro. A célula pneumática e sua aplicabilidade à flotação reversa do minério de ferro Itabirítico. 2017. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. VERAS, Moacir Ribeiro. Influência do tipo de espumante nas características de espuma produzida na flotação. 2010. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010. Referências Ilustrativas Figura 2 Fonte: http://www.brastorno.com.br/produto/coluna-de-flotacao/. Figura 11 Fonte: https://betaeq.com.br/index.php/2015/08/28/adsorcao/. http://www.brastorno.com.br/produto/coluna-de-flotacao/ https://betaeq.com.br/index.php/2015/08/28/adsorcao/ UNIDADE III Máquinas de Flotação Capítulo 1 Classificação da Flotação Capítulo 2 Máquinas mecânicas Capítulo 3 Máquina Pneumática Referências
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