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Prova IFPA - IFPA - 2019 - para Professor EBTT - História.pdf

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Prévia do material em texto

INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ 
CONCURSO PÚBLICO DOCENTE EBTT 
Edital 22/2019 – IFPA 
Prova Objetiva – 18/08/2019 
Área: História 
 
INSTRUÇÕES 
1. Aguarde autorização para abrir o caderno de prova. Antes de iniciar a resolução das questões, confira a
numeração de todas as páginas.
2. A prova objetiva é composta conforme tabela abaixo:
PROVA OBJETIVA PESONÚMERO DE QUESTÕES
TOTAL DE 
PONTOS 
 Conhecimentos Básicos Língua Portuguesa 05 0,5 2,5 
 Legislação 10 0,75 7,5 
 Conhecimentos Específicos 30 3 90 
Total - 100 45
7. Não serão permitidos empréstimos, consultas e comunicação entre os candidatos, tampouco o uso de livros,
apontamentos e equipamentos eletrônicos ou não, inclusive relógio tipo databank. devendo ser desligados e
colocados OBRIGATORIAMENTE no saco plástico. O não cumprimento dessas exigências implicará a
eliminação do candidato.
9. Ao concluir a prova, permaneça em seu lugar e comunique ao aplicador de prova. Aguarde autorização
para entregar o caderno de prova e o cartão-resposta.
10. O candidato deverá devolver o cartão-resposta e o boletim de questões da prova objetiva recebidos. As
matrizes das provas objetivas estarão disponíveis, no site do IFPA, podendo o candidato, anotar o gabarito
das questões somente no verso de seu cartão de inscrição. O candidato que não levar o seu cartão de
inscrição não poderá anotar o seu gabarito da prova objetiva.
11. Ao final da prova, os 03 (três) últimos candidatos deverão permanecer na sala até que o último candidato
termine sua prova, devendo todos assinarem a Ata de Prova.
12. Preencha, abaixo, o seu número de inscrição e assine no local indicado
DURAÇÃO DESTA PROVA: 04 horas 
6. O cartão-resposta deverá ser preenchido com caneta esferográfica azul ou preta, tendo-se o cuidado de
não ultrapassar o limite do espaço para cada marcação.
5. Ao receber o cartão-resposta, examine-o e verifique se o nome impresso nele corresponde ao seu. Caso
haja qualquer irregularidade, comunique-a imediatamente ao aplicador de prova.
4. A interpretação das questões é parte do processo de avaliação, não sendo permitidas perguntas aos
aplicadores de prova.
3. Haverá no cartão resposta, para cada questão, cinco campos de marcação: um campo para cada uma das
cinco opções (A, B, C, D e E), o candidato deverá preencher apenas aquele correspondente à resposta julgada
correta, de acordo com o comando da questão.
8. A duração da prova é de 04 (quatro) horas. Esse tempo inclui a resolução das questões e a transcrição
das respostas para o cartão-resposta.
NÚMERO DE INSCRIÇÃO ASSINATURA DO CANDIDATO 
www.pciconcursos.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edital N.º 22/2019/REI/IFPA, de 31 de maio de 2019 18/08/2019 – PROVA OBJETIVA 
Serviço Público Federal 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará 
Concurso Público para Provimento de Cargos Efetivos de Professor da Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico 
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 CONHECIMENTOS BÁSICOS 
 
 
 
 Língua Portuguesa 
TEXTO PARA AS QUESTÕES 1 E 2: 
Conservação de idiomas autóctones norteia Ano Internacional das Línguas 
Indígenas celebrado pela UNESCO 
Anualmente, a Organização das Nações Unidas – ONU aborda temáticas 
relacionadas a aspectos relevantes para a humanidade. Em 2019, será a vez de 
celebrar o Ano Internacional das Línguas Indígenas. Dessa forma, o Brasil se torna 
um dos maiores contemplados da comemoração, visto que possui uma das maiores 
diversidades étnicas do mundo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística – IBGE, o país abriga 305 povos indígenas e 274 línguas originárias. 
Para se ter uma ideia da riqueza cultural, o país possui mais línguas autóctones do 
que toda a Europa – por lá, são 140, segundo o Instituto de História Europeia. 
(Adaptado) 
Disponível em: <http://www.funai.gov.br/index.php/comunicacao/noticias/5310-conservacao-de-
 
 
 
 
 
 
 
www.pciconcursos.com.br
idiomas-autoctones-norteia-ano-internacional-das-linguas-indigenas-celebrado-pela-unesco> Acesso 
em: 12/07/2019.
1. A relação semântica, que traduz a existência de significado equivalente entre 
duas ou mais unidades lexicais, é conhecida como sinonímia. Avalie as 
afirmações abaixo sobre expressões sinônimas, presentes no texto: 
I – A expressão ‘línguas autóctones’ constitui, no contexto, sinônimo de ‘línguas 
indígenas’ 
II – A expressão ‘línguas originárias’ constitui, no contexto, sinônimo de ‘línguas 
indígenas’ 
III – A expressão ‘diversidades étnicas’ constitui, no contexto, sinônimo de ‘povos 
indígenas’ 
É correto o que se afirma em: 
a) I, somente. 
b) II, somente. 
c) III, somente 
d) I e II, somente. 
e) II e III, somente. 
2. Duas palavras do texto que obedecem à mesma regra de acentuação gráfica 
são: 
a) Línguas – será. 
b) Indígenas – país. 
c) Autóctones – étnicas. 
d) Temáticas – história. 
e) lá– estatística. 
3. Boa notícia para os professores de Português do Fundamental 1 e 2: a BNCC 
mantém muitos dos princípios adotados nos Parâmetros Curriculares Nacionais 
(PCNs). Um deles é a centralidade do texto e dos gêneros textuais. Isso quer 
dizer que o ensino de português precisa continuar contextualizado, articulado ao 
uso social da língua. No entanto, entre as duas décadas que separam os dois 
documentos, os estudos de linguagens evoluíram bastante. Da mesma forma, a 
sociedade também passou por profundas alterações, sobretudo por conta da 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ampliação do uso da tecnologia. A BNCC reflete esse avanço, que se manifesta, 
Edital N.º 22/2019/REI/IFPA, de 31 de maio de 2019 18/08/2019 – PROVA OBJETIVA 
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principalmente, em dois aspectos: a presença de textos multimodais – 
 
 
 
 
 
 
 
popularizados pela democratização das tecnologias digitais – e as questões de 
 
 
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multiculturalismo – uma demanda política da contemporaneidade. 
Disponível em: <https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/22/propostas-em-lingua-portuguesa-da-
bncc-focam-na-gramatica-e-nos-generos-digitais> Acesso em: 12/07/2019. 
Acerca dos recursos de progressão e coesão textuais, pode-se afirmar que: 
I – O pronome ‘deles’ em ‘um deles’ (linha 3) refere-se a ‘professores de Português’. 
II – ‘Os dois documentos’ (linha 5) são os Parâmetros Curriculares Nacionais, já 
mencionados no primeiro período. 
III – A locução adversativa ‘No entanto’ indica oposição das ideias expressas, no 
período iniciado pela locução, e no imediatamente anterior. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, somente. 
b) II, somente. 
c) III, somente. 
d) I e II, somente. 
e) II e III, somente. 
4. No âmbito de estudos da linguagem, o termo discurso é polissêmico. Os 
discursos direto e indireto são formas de se reproduzir as vozes de outrem. 
Assinale a alternativa na qual há o emprego do discurso indireto: 
a) “Opa! Crônica de hoje pro JH sobre a fila pra comprar um ingresso de última hora 
pro Torneio de Wimbledon. Madruguei lá.” (Tweet de @rodrigo_carvalho) 
b) “Música com trecho de Belchior é a coisa mais africana que poderia fazer, diz 
Emicida; o rapper paulistano tocou no NOS Alive, um dos principais festivais da 
Europa.” (Tweet de @Amon Borges) 
c) “As vendas inauguram um novo mercado: kits ou caixas de produtos feitos por 
empresas para serem vendidos dentro dos carros. Algumas fabricantes 
negociam diretamente com os condutores.” (Tweet de @folha) 
d) “Partidas de Wimbledon são tão disputadas que parte do público acampa para 
conseguir um ingresso.” (Tweet de @jornalhoje) 
e) “Estou há 3 dias na roça, distante de tudo. Preparo a sucessão para minha filha, 
também engenheira agrônoma [...]” (Tweet de @xicograciano)5. Crase é o fenômeno linguístico em que ocorre a fusão da preposição ‘a’ e do 
artigo ‘a’. Nos fragmentos abaixo avalie os trechos em negrito e assinale a 
opção que requer o uso de crase:
a) Em relação a parte pedagógica, reformulamos o regimento escolar com um 
rigor maior para a disciplina. Também teremos uma nota para o comportamento. 
b) Em Sergipe, por exemplo, a gestão estadual implementou um sistema de 
monitoramento em tempo real, em 48 escolas, para reduzir as estatísticas de 
arrombamentos e furtos. 
c) O objetivo principal [dessa forma de atuação reativa] é impedir que as condutas 
negativas ocorram estabelecendo um controle.
 
 
 
 
 
 
 
 
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d) "Que atividades a gente faz com os alunos para colocar, na prática, ações 
 
socioemocionais? Como organizar o cotidiano para que possam se sentir 
 
 
respeitados e pertencentes a esses espaços?", questiona a pesquisadora. 
 
 
e) A pesquisadora pondera que a implantação da mediação escolar também 
requer formação dos profissionais para que eles saibam como solucionar os 
conflitos [...] 
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CONHECIMENTOS BÁSICOS 
Legislação 
6. Os princípios constitucionais da igualdade e da dignidade da pessoa humana são 
fundamentais para instituir no Brasil a Lei No. 10436/2002, devidamente 
regulamentada pelo Decreto No. 5626/2005. Ao considerar os regulatórios em 
referência, o conceito da Língua Brasileira de Sinais – Libras para o ordenamento 
jurídico pátrio é: 
a) Considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e 
interage com o mundo por meio de experiências visuais. Assim, deficiência 
auditiva é a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou 
mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 
3.000Hz. 
b) O Poder Público deve garantir às pessoas surdas ou com deficiência auditiva o 
seu efetivo e amplo atendimento, por meio do uso e da difusão da Língua 
Brasileira de Sinais – Libras e da tradução e da interpretação de Libras - Língua 
Portuguesa. 
c) A Língua Brasileira de Sinais – Libras é o idioma oficial dos surdos, considerada 
ainda a segunda língua oficial brasileira, o que impõe a necessidade de 
intérpretes que garantam a comunicação da comunidade de pessoas surdas do 
Brasil com o mundo exterior. 
d) Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e 
expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com 
estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de 
ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. 
e) O sistema educacional em todos os níveis da federação deve garantir a inclusão 
nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de 
Magistério, em seus níveis médio e superior, o ensino da Língua Brasileira de 
Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais – 
PCNs, sem prejuízo da modalidade escrita da língua portuguesa. 
7. O Decreto Nº 9.057/2017 atualizou a regulamentação da educação à distância 
em todo o território nacional, inclusive a oferta de cursos à distância para a 
educação profissional técnica de nível médio, cursos superiores de graduação e 
pós-graduação. Entre as principais mudanças, estão a criação de polos de EaD 
pelas próprias instituições e o credenciamento de instituições na modalidade EaD 
sem exigir o credenciamento prévio para a oferta presencial. Para fins deste 
Decreto é correto afirmar: 
a) As instituições de ensino superior públicas dos sistemas federal, estaduais e 
distrital ainda não credenciadas para a oferta de cursos superiores na 
modalidade à distância ficam automaticamente credenciadas, pelo prazo de 
cinco anos, contado do início da oferta do primeiro curso de graduação nesta 
modalidade, condicionado à previsão no Plano de Desenvolvimento Institucional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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b) As atividades como tutorias, avaliações, estágios, práticas profissionais e de 
laboratório e defesa de trabalhos, previstas nos projetos pedagógicos ou de 
desenvolvimento da instituição de ensino e do curso, serão realizadas e 
avaliadas igualmente à distância através dos polos de educação a distância da 
respectiva instituição de ensino. 
c) As instituições de ensino credenciadas para a oferta de educação superior na 
modalidade à distância dos sistemas de ensino federal, estaduais e distrital 
dependem de autorização prévia para o funcionamento de curso superior na 
modalidade a distância. 
d) O Decreto Nº 9.057/2017 regulamenta a totalidade dos dispositivos da Lei nº 
9.394, de 20 de dezembro de 1996 , que estabelece as diretrizes e bases da 
educação nacional. 
e) Para fins do Decreto Nº 9.057/2017, educação à distância é a modalidade 
educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e 
aprendizagem ocorre com utilização de meios e tecnologias de informação e 
comunicação, com pessoal qualificado, com políticas de acesso, com 
acompanhamento e avaliação compatíveis, e desenvolve atividades educativas 
por estudantes e profissionais da educação que estejam em lugares e tempos 
comuns. 
8. Conforme artigo 1º (caput) da Lei No. 9795/1999: Entendem-se por educação 
ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade 
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências 
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, 
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. A partir do marco 
regulatória para Educação Ambiental no Brasil, é correto afirmar que: 
 
 
 
 
a) Conforme Decreto 4281/2002, que regulamenta a Lei no 9.795/2002, a Política 
Nacional de Educação Ambiental será executada exclusivamente pelos órgãos e 
entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA. 
b) Entendem-se por educação ambiental formal as ações e práticas educativas 
voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua 
organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente através da 
difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços 
nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de 
temas relacionados ao meio ambiente 
c) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua competência e 
nas áreas de sua jurisdição, devem aplicar exclusivamente as diretrizes, normas 
e critérios para a educação ambiental constantes da Política Nacional de 
Educação Ambiental. 
d) Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação 
ambiental, incumbindo ao Poder Público, nos termos dos artigos 205 e 225 da 
Constituição Federal vigente, definir as políticas públicas que incorporem a 
dimensão ambiental, promover a educação ambiental como disciplina em todos 
os níveis de ensino tanto quanto o engajamento da sociedade na conservação, 
recuperação e melhoria do meio ambiente. 
e) A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada, 
contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal, não 
deve ser implantada como disciplina específica no currículo de ensino. No 
entanto, nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadasao 
aspecto metodológico da educação ambiental, quando se fizer necessário, é 
facultada a criação de disciplina específica. E nos cursos de formação e 
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especialização técnico-profissional, em todos os níveis, deve ser incorporado 
conteúdo que trate da ética ambiental das atividades profissionais a serem 
desenvolvidas.
9. Ao considerar a Lei No. 11645/2008 que altera a Lei no 9.394/1996, modificada 
pela Lei no 10.639/2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da 
temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, é correto afirmar: 
a) As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africanas, 
conforme Resolução MEC Nº 01/2004, constituem-se de orientações, princípios e 
fundamentos para planejar, executar e avaliar a Educação, e têm por meta, 
promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade 
brasileira eminentemente europeia e principalmente portuguesa. 
b) Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e 
privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e 
indígena cujo conteúdo programático inclui diversos aspectos da história e da 
cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois 
grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta 
dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira 
e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas 
contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do 
Brasil. 
c) A Lei 10.639 foi sancionada em 2003 e institui o ensino da cultura e história afro-
brasileiras e africanas, a Lei 11.645/2008 complementa a lei 10.639 ao 
 
acrescentar o ensino da cultura e história indígenas. Ambas alteram a Lei 
9.394/1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Nesse 
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sentido, o avanço do ordenamento jurídico pátrio para as temáticas da 
diversidade cultural no país reflete igualmente a sua plena implementação nas 
escolas públicas/privadas do ensino fundamental e médio. 
d) Outro avanço importante garantido pelo ordenamento jurídico brasileiro no que 
tange à Educação das Relações Étnico-Raciais é a produção de material didático 
cujas publicações dão conta de subsidiar os sistemas de ensino no cumprimento 
da legislação. 
e) Historicamente, as culturas africana e afro-brasileira sempre foram priorizadas no 
ambiente escolar, mesmo se representadas de modo pejorativo e/ou com ênfase 
em aspectos subalternos. A história do povo negro deve ultrapassar o sinônimo 
do tráfico de escravos, como historicamente verificamos nas escolas brasileiras. 
10. Muita complexidade envolve as relações étnico-raciais na sociedade brasileira, 
nos ambientes escolares e universitários. Certo é que as políticas públicas 
estabelecidas pelas Leis 10639/2003 e 11645/2008 criam condições para que 
discriminações e racismos possam ser superados em escolas e universidades. A 
primeira foi regulamentada, pelo Conselho Nacional de Educação, 
respectivamente, por meio do Parecer CNE/ CP 3/2004, bem como pela 
Resolução CNE/CP1/2004 que tratam das Diretrizes Curriculares Nacionais para 
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino e Cultura Afro-Brasileira 
e Africana. A segunda foi regulamentada por meio do Parecer CNE/CEB 14/2015 
que trata de Diretrizes Operacionais para Implementação da História e das 
Culturas dos Povos Indígenas na Educação Básica, em decorrência da Lei 
11645/2008. Com essa compreensão, podemos afirmar que: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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a) Enfrentar as desigualdades construídas pelos colonizadores europeus e por seus 
seguidores pátrios, ao longo dos tempos, desde o século XVI até o atual século 
XXI, está na ordem do dia do Brasil atual, de 2019. 
b) Tem-se que fazer frente a tentativas de eliminar as diferenças, transformando-as 
em exotismo, ou deficiências; é indispensável se contrapor a processos de 
assimilação a pensamentos, comportamentos, projetos unicamente de raiz 
europeia. O diálogo entre culturas é o grande desafio da educação das relações 
étnico-raciais, sem perder de vista a preponderância europeia e portuguesa. 
c) O problema não está na falta de políticas públicas, tampouco de orientações para 
implementá-las, mas num projeto de sociedade que ainda se faz dominante, 
projeto esse que tenta eliminar as diferenças étnico-raciais, folclorizar as marcas 
culturais, as sabedorias, conhecimentos e tecnologias exteriores às raízes 
europeias no Brasil. 
d) Como fazer face ao confronto entre branquitude e negritude? Ao entendermos 
que se trata de oposições numa disputa de afirmação e reconhecimento das 
raízes culturais brasileiras. Afinal, educar e reeducar relações étnico-raciais 
implica aprender a negociar mudanças, nas relações entre pessoas, na 
organização da sociedade. 
e) A ideia de um universalismo capaz de unificar todas as diferenças culturais e 
sociais, que busca ajustar pensamentos, comportamentos, escolhas a um padrão 
que desconsidera, deprecia realidades, especificidades, experiências que dão 
significados a modos peculiares de ser e viver, é esse o propósito de uma 
sociedade multicultural como a brasileira consolidada pela legislação em 
referência. 
11. Mário, 14 anos, pretende obter vaga para o 7º ano na escola de Ensino 
Fundamental e Médio Y, da rede pública, a mesma que seu irmão Júlio, 16 anos, 
obteve vaga para o 1º ano do Ensino Médio. A referida escola fica próxima à 
residência dos irmãos, entretanto, Mário foi informado de que não teria a vaga 
garantida no mesmo estabelecimento de seu irmão Júlio. Considerando as 
disposições do Estatuto da Criança e do Adolescente e das Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional, é correto afirmar que: 
a) Mário tem direito a vaga no mesmo estabelecimento de ensino de seu irmão 
Júlio, pois ambos frequentam a mesma etapa da educação básica. 
b) Mário não tem direito a vaga no mesmo estabelecimento de ensino de seu irmão 
Júlio, pois ambos não frequentam a mesma etapa da educação básica. 
c) Mário tem direito a vaga no mesmo estabelecimento de ensino de seu irmão 
Júlio, não importando se frequentam a mesma etapa da educação básica. 
d) Mário não tem direito a vaga no mesmo estabelecimento de ensino de seu irmão 
Júlio, pois ambos não estão no mesmo nível escolar. 
e) Mário tem direito a vaga no mesmo estabelecimento de ensino de seu irmão 
Júlio, pois o acesso à escola pública ou privada é um direito absoluto do 
adolescente. 
12. Daniela, ocupante do cargo efetivo de Professor do Instituto Federal do Pará, 
encontra-se em estágio probatório e pretende acompanhar seu companheiro 
Marcos, que foi deslocado para outro ponto do território nacional para atender 
aos interesses da empresa privada X, da qual ele compõe o quadro de 
empregados. De acordo com a Lei nº 8.112/90, Daniela: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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a) poderá, com remuneração, afastar-se do exercício das funções de seu cargo 
efetivo, para acompanhar seu companheiro Marcos, caso preenchidos os demais 
requisitos legais. 
b) não poderá afastar-se do exercício das funções de seu cargo efetivo para 
acompanhar seu companheiro Marcos, pois este não é servidor público. 
c) não poderá afastar-se do exercício das funções de seu cargo efetivo para 
acompanhar seu companheiro Marcos, pois se encontra em estágio probatório. 
d) poderá, sem remuneração, afastar-se do exercício das funções de seu cargo 
efetivo para acompanhar seu companheiro Marcos, por prazo indeterminado, 
caso preenchidos os demais requisitos legais. 
e) poderá, sem remuneração, afastar-se do exercício das funções de seu cargo 
efetivo para acompanhar seu companheiro Marcos, pelo prazo de até três anos 
consecutivos, caso preenchidos os demais requisitos legais. 
13. De acordo com as regras deontológicas estabelecidas no Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto nº 
1.171/ 1994), é correto afirmar que:
a) Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de 
desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas 
relações humanas. 
b) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, não se 
integra à vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos 
verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada não poderão acrescer ou 
diminuir o seu bom conceito na vida funcional. 
c) Toda pessoa tem direito à verdade, todavia, o servidor pode omiti-la ou falseá-la, 
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da 
Administração Pública. 
d) A moralidade da Administração Pública se limita à distinção entre o bem e o mal, 
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o interesse do 
administrado. 
e) Causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, 
por descuido ou má vontade, constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às 
instalações ou ao Estado, mas não a todos os homens que dedicaram seus 
esforços para construí-los. 
14. No que diz respeito à remuneração, ao regime de trabalho e ao estágio 
probatório dos servidores do plano de carreiras e cargos de magistério federal, 
prevista na lei nº 12.772 de 28 de dezembro de 2012, é correto afirmar que:
a) O docente do Instituto Federal, em regime de dedicação exclusiva, não pode 
receber ganhos econômicos resultantes de projetos de inovação tecnológica. 
b) A avaliação especial de desempenho do docente em estágio probatório deverá 
considerar avaliação pelos discentes, conforme normatização própria da IFE, 
além de outros fatores previstos na Lei 8.112/90. 
c) Excepcionalmente, o RSC poderá ser utilizado para fins de equiparação de 
titulação para cumprimento de requisitos para a promoção na Carreira. 
d) Na hipótese de concessão de afastamento sem remuneração, as solicitações de 
alteração de regime só serão autorizadas após o decurso de prazo igual ao do 
afastamento concedido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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e) Os valores referentes à RT poderão ser percebidos cumulativamente para 
diferentes titulações ou com quaisquer outras Retribuições por Titulação, 
adicionais ou gratificações de mesma natureza. 
15. Túlio tomou posse para o cargo de professor do Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia do Pará e deseja obter informações sobre as finalidades, 
características e objetivos dos Institutos Federais, bem como sobre a estrutura 
organizacional destes. Para tanto, consulta a Lei Nº 11.892, de 29 de dezembro 
de 2008, que estabelece, dentre outras disposições, que: 
a) A administração dos Institutos Federais terá como órgãos superiores o Ministério 
da Educação e a Reitoria do Instituto Federal. 
b) Os Institutos Federais têm por finalidades e características desenvolver a 
educação profissional e tecnológica como processo educativo e investigativo de 
geração e adaptação de soluções técnicas e tecnológicas, notadamente as 
voltadas ao desenvolvimento econômico, considerando as peculiaridades do 
Brasil, dentre outras. 
c) Poderão candidatar-se ao cargo de Reitor os docentes pertencentes ao Quadro 
de Pessoal Ativo Permanente de qualquer dos campi que integram o Instituto 
Federal, desde que possuam o mínimo de 3 (três) anos de efetivo exercício em 
instituição federal de educação profissional e tecnológica, além de outros 
requisitos previstos na Lei Nº 11.892/08. 
d) No desenvolvimento da sua ação acadêmica, o Instituto Federal, em cada 
exercício, deverá garantir o mínimo de 20% (vinte por cento) de suas vagas para 
ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma 
de cursos integrados, para os concluintes do Ensino Fundamental e para o 
público da educação de jovens e adultos. 
e) Os Institutos Federais terão como órgão executivo a reitoria, composta por 1 
(um) Reitor, nomeado pelo Presidente da República, e 5 (cinco) Pró-Reitores, 
nomeados pelo Reitor do Instituto Federal. 
 
 
 
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
16. Antes de começarmos as nos preocupar com o fenômeno das “Fake News” 
disseminadas através dos meios de comunicação e sua repercussão à educação, 
a professora Dra. Circe Bittencourt, já na primeira década do século XXI, escreve 
sobre o Ensino de História e trata do uso das novas tecnologias para o ofício 
docente. Segundo ela, não adianta resistir ou desqualificar a incorporação das 
novas Tecnologias da Informação e Comunicação no ensino/aprendizagem da 
História. Nessa perspectiva: 
a) Torna-se fundamental o cuidado com o método de leitura dos meios de 
comunicação e do uso da informática, de maneira que se propicie uma análise 
crítica das informações e do próprio suporte de comunicação. 
b) Os métodos no processo de novação curricular devem-se ater à série de 
possibilidades trazidas do mundo tecnológico, com o entendimento de que tais 
tecnologias não são “inimigas” e sim preciosas aliadas. 
c) O uso do computador e da internet se mostram nocivos na medida em que 
substituem práticas milenares de escrita e pesquisa no processo de 
ensino/aprendizagem. 
d) A TV e o Rádio, como meios de comunicação e pesquisa, indicam cuidados e 
análise crítica quanto às filiações ideológicas desses meios, mas a internet é um 
espaço de livre acesso às informações, sendo esse o meio de pesquisa e 
disseminação de conhecimento mais recomendado. 
e) O uso de computadores, programas televisivos, filmes, jogos de videogame 
corresponde a uma realidade da vida moderna com a qual crianças e jovens têm 
total identificação. Tais suportes merecem nossa atenção pois ignorá-los seria 
alienar nossos educandos. 
17. A filósofa Djamila Ribeiro em seu livro “Quem tem medo de feminismo negro?”(2018) traz elementos e narrativas de sua história de vida e, ao falar de sua 
infância, nos possibilita pensar como era ser uma criança negra em sala de aula 
nos anos de 1990 no Brasil. Diz ela: “Lembro que nas aulas de história sentia a 
orelha queimar com aquela narrativa que reduzia os negros à escravidão, como 
se não tivessem um passado na África, como se não houvesse existido 
resistência. Quando aparecia a figura de uma mulher escravizada na cartilha ou 
no livro, sabia que viriam comentários como “olha a mãe da Djamila aí”. Eu odiava 
essas aulas ou qualquer menção ao passado escravocrata – me encolhia na 
carteira tentando me esconder”.
A lei 10.639/2003, pode ser uma grande aliada na transformação da realidade de 
milhares de Djamilas em idade escolar, mas ainda temos desafios referente a 
aplicação dessa lei. Marque a opção que indica um dos principais desafios: 
a) Sendo o racismo uma marca estrutural em nossa sociedade a ser superada, a 
referida lei sequer conseguiu ser aplicada no Brasil. 
b) O desafio principal reside na formação dos educadores para a melhor 
compreensão e aplicação da lei. 
c) As empresas voltadas à produção editorial brasileira se negaram a produzir 
materiais didáticos que abordassem o tema, insistindo no argumento de que o 
país vive uma democracia racial. 
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d) Não responsabilizar apenas os professores ou incluir datas comemorativas no 
calendário acadêmico, mas ao longo do ano construir ações que recuperem o 
orgulho de ser negro. 
e) A compreensão de que a lei deveria tratar dos povos indígenas e não o faz. 
Assim, não cumpre seu papel de inclusão da diversidade étnica brasileira.
18. Pensando o ensino de história na era da informação através das tecnologias, 
observe a charge e marque a alternativa que trate do papel do educador no 
contexto de uso das tecnologias para o ensino da disciplina. 
http://www.otempo.com.br/polopoly_fs/1.989788.1423189690!image/image.jpg_gen/derivatives/main-
charges-resize_620/image.jpg 
a) Observando que os alunos têm mais acesso às informações, os professores 
podem cobrar mais e com maior complexidade. 
b) O professor deve estar atento ao uso das tecnologias e, ao primeiro sinal, deve 
chamar a atenção e impedir que o uso prossiga, para não atrapalhar a aula. 
c) As tecnologias da informação estão desviando os educandos de seu foco 
principal que são os livros. O professor deve insistir que a fonte mais confiável 
ainda são os livros. 
d) O professor deve atuar na mediação do uso desses veículos de informação e 
chamar os alunos a uma visão crítica em relação aos mesmos. 
e) Estimular ao máximo o uso das tecnologias como forma de apreender um 
número maior de informações sobre os conteúdos.
19. A lei 10.639 de 2003, altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394 de 
1996, quando estabelece obrigatoriedade quanto ao ensino da História e Cultura 
Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensinos fundamental e médio, estabelece 
ainda que o dia 20 de novembro seja incluído nos calendários escolares como o 
dia da Consciência Negra. Como educadores e a escola podem construir o 
 significado desse dia? 
a) Assim como a Lei Áurea de 13 de maio de 1888, deve-se lembrar e comemorar a 
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libertação dos escravos no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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b) Deve-se aproveitar a ocasião para estimular a autoestima dos alunos negros 
 mostrando a trajetória de luta e resistência e as riquezas da cultura afro-brasileira. 
 
 
 
 
c) Pode-se construir um momento para relembrar os danos causados pelos séculos 
 
 
 
de escravidão e chagas deixadas em nossa sociedade. 
d) Relembrar a tragédia humanitária que foi a escravidão e pensar que mesmo com 
seu fim, essa experiência fomentou o surgimento das favelas, que são redutos de 
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pobreza até hoje. 
e) Aproveitar para conhecer mais sobre o continente africano e debater sobre seus 
problemas sociais e a miséria que acomete aquele continente.
20. Segundo o historiador Pere Petit, (2003) “Desde a segunda metade do século XIX 
até a segunda década do século XX, a castanha-do-Pará foi, pelo seu valor total, 
o terceiro produto mais importante das exportações da Amazônia brasileira, 
somente superado pelas exportações de...”: 
a) Borracha e cacau. 
b) Cacau e as drogas do sertão. 
c) Açaí e mineração. 
d) Pecuária e madeira. 
e) Borracha e mineração. 
21. Em meados do século XIX, a Amazônia vive a intensificação da extração da 
borracha o que fomenta: 
a) Uma modernização aos moldes da Belle Époque que traduz a pompa e o requinte 
da capital parisiense. 
b) Uma simulação de modernização que não trouxe nenhuma mudança efetiva e 
que serviu para distinguir ainda mais as variações de classe. 
c) Um processo de contradições, que expunham de um lado grandes obras como 
teatros e passeios públicos em contrates com a ausência de saneamento, por 
exemplo. 
d) Um processo de evasão de amazonenses em busca de trabalho no Nordeste e 
entre outras regiões, por tratar-se de uma atividade econômica que necessitava 
de baixa mão de obra. 
e) Também o processo de industrialização de centros urbanos como Belém e 
Manaus.
22. No contexto de ocupação da Amazônia e os diversos conflitos advindos desse 
processo, o professor e pesquisador Pere Petit, em sua obra “Chão de 
Promessas” (2003) nos traz a seguinte informação: “O pior massacre contra 
camponeses ocorrido no Brasil nas últimas décadas aconteceu no município de 
Eldorado do Carajás, no dia 17 de abril de 1996, quando foram assassinados pela 
Polícia Militar do Pará 19 trabalhadores sem-terra e 50 ficaram feridos. Nos 
governos de Jose Sarney, Fernando Collor de Mello e Itamar Franco, enquanto se 
deteriorava o sistema de saúde e a educação pública e a distribuição da renda 
per capita se mantinha em níveis escandalosos, o Brasil continuou sendo um dos 
países com pior distribuição de terras privadas no mundo, com mais de 65% da 
população rural vivendo abaixo da linha de pobreza, tendo uma renda mensal 
inferior a 25% do salário mínimo.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Como a grande mídia tratava acontecimentos, que não se mostraram isolados, 
como esse? 
a) Os conflitos e a violência presentes nas áreas rurais da Amazônia Legal são 
apresentados como se fossem o custo inevitável da modernização do campo na 
fronteira agrícola. 
b) A mídia tem um papel central na denúncia e exigência por justiça e reparação em 
casos como esse citado pelo autor. 
c) Sendo a mídia brasileira concentrada no Sudeste do país, acontecimentos no 
Norte não mobilizam o interesse desse setor. 
d) A mídia emprega um tom sensacionalista que não ajuda na compreensão da 
complexidade do problema. 
e) A mídia reforça o estereótipo em torno dos agricultores sem-terra. 
23.Segundo registro da Comissão de Pastoral da Terra, em seu Atlas de Conflitos na 
Amazônia (2017): “Na manhã do dia 23 de maio, um grupo de 25 trabalhadores 
Sem-Terra decidiu reocupar a Fazenda Santa Lúcia, com área total de 5.694 
hectares, localizada no sul do Pará. Outros trabalhadores, num total aproximado 
de 160 pessoas, se somaram ao grupo. No entanto, um caminhão contratado 
para fazer o transporte quebrou e não conseguiu chegar ao local combinado. O 
grupo dos 25 que conseguiu chegar decidiu acampar provisoriamente dentro do 
mato, a uns 300 metros da sede velha da fazenda, temendo a ação de pistoleiros 
e seguranças durante a noite. Relatam os sobreviventes que, por volta das 6h30 
da manhã do dia 24 de maio, o grupo acordou com barulho de carros da polícia 
chegando ao local da sede. O grupo decidiu então correr mais para dentro do 
mato. Alcançados por um grupo de policiais, relatam os sobreviventes que mal 
tiveram tempo de ouvir a ordem dada por um policial: “é a polícia, porra, e se 
correr, morre”, “não corre ninguém”, “não corre senão morre, bando de 
vagabundos”. Junto com as vozes de comando seguiram rajadas de tiros em 
direção ao grupo que se encontravam sentados e com a lona sobre suas 
cabeças. Na tentativa desesperada de fugir dos tiros, uns caíram sobre os outros 
e alguns já atingidos pelas balas não tiveram como fugir. Os que foram 
dominados pelos policiais, foram barbaramente torturados e friamente 
executados. Vários dos sobreviventes que prestaram depoimentos afirmaram 
terem ouvidos os policiais rirem e festejarem após matarem os trabalhadores. A 
Polícia Federal, designada para auxiliar o Ministério Público no esclarecimento 
das mortes, ainda investiga a participação de latifundiários da região no 
financiamento da referida ação criminosa.” 
Com base na leitura, responda: Como ficou conhecido este acontecimento 
registrado pela Comissão de Pastoral da Terra? 
a) Massacre da Curva do S. 
b) Massacre de Eldorado dos Carajás. 
c) Massacre do Araguaia. 
d) Massacre de Pau D’arco. 
e) Massacre de Redenção.
 
 
 
 
 
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24. Para as autoras Delgado e Ferreira (2013), “as mudanças ocorridas no mundo ao 
final do último milênio, além de terem reconfigurado as relações de poder no 
plano internacional, de redefinirem padrões de gestão da economia e de incluírem 
expressões de multiplicidade sociais e culturais, também afetaram o campo do 
conhecimento. Nas ciências humanas e sociais as transformações foram 
avassaladoras. Solaparam certezas e abalaram os paradigmas da modernidade 
fundamentados na construção de conhecimentos de base estruturalista, 
totalizante e cientificista. Esses movimentos de transformação do mundo 
acoplados a outras tensões da pós-modernidade vieram acompanhados de uma 
busca ansiosa por referências sólidas que inclui, também, novas formas de 
apropriações e usos do passado. Buscam-se, simultaneamente, dois tipos de 
esteios. De um lado, fundamentos para as identidades coletivas que parecem se 
dissolver frente a um mudancismo cotidiano, crescente e inexorável; de outro, 
bases para construção de conhecimentos renovados e atualizados nas áreas das 
humanidades. A história também foi colhida pela profundidade dessa virada 
epistemológica e procura” e deve: 
a) Retomar suas bases positivistas que proporcionam a confiabilidade das fontes e 
discurso oficiais. 
b) Ater-se à história vista de baixo como a única possibilidade de viabilizar uma 
reparação histórica aos excluídos da história. 
c) Atualizar seus métodos e adotar novas abordagens que, entre outras iniciativas, 
tomam a história do tempo presente como um novo fazer histórico, mais complexo 
e desafiador. 
d) Observar com distanciamento e imparcialidade a relatividade dos acontecimentos 
e fatos históricos, desfazendo a ideia de verdade absoluta. 
e) Adaptar seus métodos à lógica da transdisciplinaridade, dialogando com a 
antropologia, psicologia e até a bioética, posto que a ciência histórica não dá mais 
conta de compreender a complexidade do mundo contemporâneo. 
25. Para as autoras Delgado e Ferreira (2013), durante muito tempo se pensou na 
ciência histórica que deveria haver um distanciamento do passado estudado para 
a segurança da análise. O passado deve estar arquivado para que seja 
apresentado com segurança. A história do tempo presente vem questionar essa 
perspectiva, ao afirmar que não há segurança em nenhum momento, mas se as 
testemunhas estão vivas, essas podem questionar as versões analisadas e 
publicadas, por exemplo. Ainda existem muitos desafios nesse campo. Quais 
elementos interferem na metodologia de sua pesquisa e na seleção das fontes 
que serão investigadas e produzidas? 
I. Se a definição cronológica de tempo presente for geracional, o tempo pode se 
alargar um pouco mais, pois pessoas de gerações diferentes convivem na 
dinâmica da história e deixam sua marca nas relações sociais, culturais, políticas 
e econômicas constitutivas do próprio processo histórico e do tempo do seu viver. 
II. [...] presença ativa de sujeitos protagonistas ou testemunhos do passado que 
possam oferecer seus relatos e narrativas como fontes históricas a serem 
analisadas por historiadores. Ou seja, a existência de uma memória social viva é 
fundamental para definição dos recortes temporais e dos campos constitutivos da 
história do tempo presente.
 
 
 
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III. Na verdade, o tempo presente refere-se a um passado atual ou em permanente 
processo de atualização. Está inscrito nas experiências analisadas e intervém nas 
projeções de futuro elaboradas por sujeitos ou comunidades. 
IV. O regime de historicidade do tempo presente é bastante peculiar e inclui 
diferentes dimensões, tais como: processo histórico marcado por experiências 
ainda vivas, com tensões e repercussões de curto prazo. 
V. Tem-se um sentido de longa duração, com simbiose entre memória e história; 
sujeitos históricos ainda vivos e ativos; produção de fontes históricas inseridas 
nos processos de transformação em curso; temporalidade em curso próximo ou 
contíguo ao da pesquisa.
Marque a alternativa que indica todas as asserções corretas. 
a) I, II, III e IV 
b) II, III, IV e V 
c) I, II e V 
d) II, IV e V 
e) Apenas I e III estão corretas.
26. Leia o excerto abaixo e marque a opção que indica o(a) autor(a) e a obra, 
respectivamente: 
“A memória coletiva e a sua forma científica, a história, aplicam-se a dois tipos de 
materiais: os documentos e os monumentos. De fato, o que sobrevive não é o 
conjunto daquilo que existiu no passado, mas uma escolha efetuada quer pelas 
forças que operam no desenvolvimento temporal do mundo e da humanidade, 
quer pelos que se dedicam à ciência do passado e do tempo que passa, os 
historiadores.” 
a) Jacques Le Goff – História e Memória. 
b) Durval Muniz – Violar memórias e gestar a história. 
c) Maurice Halbwachs – A memória coletiva. 
d) Maria de Fátima Guimarães – História, Memória e Patrimônio: possibilidades 
educativas. 
e) Fernando Catroga – Memória, história e historiografia. 
27. Pesquisadores da ciência histórica que se debruçam teórica e metodologicamente 
sobre as memórias – individuaisou coletivas, devem tomar cuidado para: 
a) Não ignorar que os depoimentos são provas que legitimam e reforçam os 
argumentos dos historiadores. 
b) Reproduzir os depoimentos na integra e assim dar a voz aos vencidos. 
c) Observar que os relatos individuais, traduzem a realidade e subjetividade desse 
indivíduo. 
d) Compreender que as reminiscências dependem sempre dos quadros sociais em 
que o indivíduo está mergulhado no passado. 
e) As lembranças são recomposições do passado e não um acesso direto a esse.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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28. Análises políticas do momento atual brasileiro, dão conta que o país está dividido 
e buscam a compreensão de como chegamos a essa conjuntura. Recuando no 
tempo e observando as primeiras décadas da República, um fenômeno 
semelhante e, dadas as particularidades de cada momento histórico, observemos. 
Segundo Alfredo Boulos, “Vargas assumiu o governo em um momento em que o 
Brasil sofria ainda os efeitos da Grande Depressão (1929-1933). As falências, o 
desemprego e a inflação em alta elevaram a tensão social; esse contexto 
conturbado facilitou a radicalização política, e o surgimento de dois agrupamentos 
políticos rivais:” 
O autor se refere à: 
a) Liberais e Conservadores. 
b) Aliança Nacional Libertadora e Liberais. 
c) Monarquistas e Republicanos. 
d) Aliancistas e Integralistas. 
e) Integralistas e Anarquistas. 
29. Um encadeamento de acontecimentos políticos e econômicos nas primeiras 
décadas da república brasileira nos levou à chamada Revolução de 1930. 
Análises posteriores, entretanto, nos possibilitam questionar o próprio conceito de 
revolução. Assinale abaixo a opção que contradiz a ideia de revolução. 
a) Rompeu-se com a estrutura hegemônica entre as oligarquias de Minas Gerais e 
São Paulo. 
b) O governo passa a atuar como conciliador dos interesses de diferentes grupos 
sociais como fazendeiros, operários e industriais. 
c) Ocorreu um golpe da classe burguesa contra o operariado. 
d) A ideia de revolução foi criada pelos vencidos, amparando-se da perspectiva da 
história vista de baixo. 
e) O Estado que emerge após 1930 estava comprometido com o operariado, vide as 
leis trabalhistas.
30. No início do século XX, as tenções internas e externas ao Brasil se viram 
intensificadas pela onda de greves da classe operária, com especial atenção às 
greves de 1917. Sabemos que nesse mesmo ano, o mundo estava em guerra e 
que a Rússia faz sua revolução. Diante desse conjunto de acontecimentos, 
marque a opção que indica a filosofia/movimento que se traduziu na luta dos 
trabalhadores brasileiros no contexto referido acima: 
a) Ideias Liberais. 
b) Ideias Anarco-capitalistas. 
c) Ideais Iluministas. 
d) Ideais Socialistas. 
e) Ideais Anarquistas 
31. As imagens, nas suas diversas formas de representação, são consideradas fontes 
de grande valia para o historiador na atualidade. Sem dúvidas, a participação do 
grupo dos Annales no processo de legitimação das fontes visuais no campo 
historiográfico teve importante peso. As discussões sobre a ampliação da noção 
de documento, a incorporação de novas fontes, a aproximação da história com 
outras ciências humanas e a renovação de temas e problemas foram pontos 
 
 
 
 
 
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fundamentais para que as fontes visuais fossem incorporadas definitivamente no 
leque de possibilidades dos pesquisadores. Tamanha transformação na própria 
noção de documento foi considerada por Jacques Le Goff como o princípio de 
uma verdadeira “revolução documental”, que se concretizaria nos anos depois 
com o uso do computador e da história serial pelos historiadores. 
MUAZE, Mariana de Aguiar Ferreira. Ensino de história e imagem: territórios possíveis. In: 
ROCHA, Helenice, MAGALHÃES, Marcelo, GONTIJO, Rebeca (Orgs.). O ensino de história em 
questão: cultura histórica, usos do passado. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015. p. 224. (Com 
adaptações) 
Considerando o uso das fontes e sua relação com o ensino de história, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
a) No século XIX, a historiografia metódica centrava o ofício do historiador na análise 
do documento, investido do valor de prova de uma realidade passada a ser 
recuperada objetivamente por meio do método científico. 
b) O que move o historiador na contemporaneidade é o problema, embasado na 
noção de documento/monumento. Como princípio, todo documento é monumento, 
produto de uma dada sociedade, que através da divulgação ou do silêncio 
permitiu que ele se perpetuasse no tempo. 
c) Uma análise documental critica sugere que as fontes sejam trabalhadas em séries 
não isoladas do conjunto de monumentos de que fazem parte, e pensadas tendo 
em vista o jogo de forças que as produziram e perpetuaram no tempo. 
d) As imagens ainda não conquistaram entre os historiadores um lugar à altura de 
sua importância política, cultural, religiosa e social; e o registro visual, na maioria 
das vezes, ainda permanece como ilustração ou mera confirmação do 
conhecimento produzido a partir do documento escrito. 
e) Como resultado do uso das imagens tem-se publicações com farta quantidade e 
qualidade de imagens, as quais são capazes de aproveitar plenamente o 
potencial comunicacional das fontes visuais. 
32. [...] Atolado em dívidas, o comerciante do interior depositava todas as suas 
esperanças – e ameaças – no regatão. Aos olhos das autoridades da época, uma 
única motivação guiava esses dois personagens: a cobiça, e o lugar do índio 
nessa relação era sempre o de vítima. Na cobiça de ambos, comerciante do 
interior e regatão, estaria a origem dos meios utilizados por este último para 
enganar os índios. De todo modo, deve-se observar que a inserção dos índios 
dentro desse sistema se dava a partir do modo tradicional de se fazer trocas entre 
eles, sem uso de moeda. Mais do que isso, note-se que nesse emaranhado de 
parceiros comerciais, os índios eram os únicos que recebiam seu pagamento com 
antecedência, no ato inicial da relação com o regatão. Somente meses depois de 
receber os objetos que tanto desejavam, eles teriam a obrigação da contrapartida, 
o que os colocava numa posição que, aos seus olhos, poderia ser vista como 
vantajosa.
HENRIQUE, Marcio Couto. Sem Vieira nem Pombal: índios na Amazônia no século XIX. Rio 
de Janeiro: EdUERJ, 2018. p. 188-189. (Com adaptações) 
 
 
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Tendo como ponto de partida o trecho acima, assinale a alternativa correta. 
a) A presença dos povos indígenas ao longo da história da Amazônia foi 
apresentada, em sua maior parte, pelas falas dos presidentes da província, 
religiosos e demais responsáveis pela aplicação da política indigenista no século XX, 
o que resulta numa narrativa polissêmica, na qual a vozdos indígenas não se faz 
presente. 
b) Manuela Carneiro da Cunha afirmou: “a percepção de uma política e de uma 
consciência histórica em que os índios são sujeitos e não apenas vítimas, só é nova 
eventualmente para nós. Para os índios, ela parece costumeira”, neste sentido é 
necessário destacar a maneira como os próprios índios interpretavam os processos 
históricos dos quais eram coparticipantes, percebendo os critérios que pautavam 
suas escolhas, sua política de aliança entre outros aspectos, presentes nas suas 
falas. 
c) Os índios que atuaram em diversos seguimentos, como os canoeiros do século 
XIX, apropriaram-se da linguagem dos brancos para manifestar seu desprezo ou 
pouco caso pela religiosidade cristã, ao mesmo tempo em que recusaram a receber 
missionários ou se converterem, resistindo a todas as tentativas de conquistas, além 
de atacarem e matarem os colonos. 
d) O primeiro ano de aldeamento era sempre marcado pela tranquilidade, apesar da 
falta de recursos para manter a alimentação dos índios enquanto aguardavam a 
produção de suas roças e de dinheiro para garantir-lhes a oferta de brindes para 
mantê-los satisfeitos. 
e) Os regatões, assim como as autoridades, missionários e viajantes, eram 
conhecedores dos objetos que mais atraiam os índios e dos quais suas canoas 
estavam sempre abarrotadas: tecidos, bebidas espirituosas (cachaça), farinha e 
outros gêneros alimentícios e “bugigangas” (miçangas, pentes, espelhos, anzóis, 
agulhas, linha de coser), sal, fósforos, munição. Em troca, os índios vendiam aos 
comerciantes borracha, castanhas, cacau, salsa, óleo de copaíba, guaraná, canela, 
cravo, salsaparrilha, piaçava, entre outros produtos extraídos por esses na floresta, 
demonstrando assim o predomínio da moeda nestas relações comerciais. 
33. Acerca da ocupação recente da Amazônia, julgue os itens abaixo como 
verdadeiros (V) ou falsos (F) e, em seguida, assinale a opção correta. 
I. Entre os discursos realizados no Pará a respeito da intervenção na Amazônia das 
diversas instituições controladas pelo governo federal, a partir de meados dos anos 
60 do século XX, destacam-se a extinção da SPVEA e a criação da Sudam, 
recebida inicialmente com grande entusiasmo por parte dos empresários locais. 
II. Entre as lutas em prol dos interesses do Pará, em oposição a alguns projetos 
implementados nesse estado durante o Regime civil-militar, fosse, por exemplo, 
através da Sudam ou pela empresa estatal CVRD, cabe destacar o rechaço de parte 
significativa de setores da classe política, empresários e intelectuais paraenses à 
construção da Estrada de Ferro Carajás-Ponta da Madeira (Maranhão) e à 
 
 
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construção, sem um sistema de eclusas, da barragem da Hidrelétrica de Tucuruí, 
cujo resultado foi a interrupção da navegação fluvial pelo rio Tocantins. 
III. A opção pela estrada de ferro, formalmente aprovada pelos técnicos e 
responsáveis da CVRD, também contou a seu favor com o apoio e pressão exercida 
sobre o Governo Federal e o Congresso Nacional de setores econômicos e políticos 
do Estado do Maranhão, que conseguiram compensar, assim, a oposição à mesma 
por parte de setores da elite paraense, que propunham, com base no discurso de 
que o “minério é nosso”, escoar a produção de ferro e de outros minerais de Carajás 
exclusivamente através do Estado do Pará. 
IV. Com a instituição do Programa Grande Carajás (PGC), em 1980, ficou decidido 
que sua gestão ficaria sob a responsabilidade de um conselho do qual participavam 
exclusivamente representantes de diferentes ministérios do Governo Federal, sob a 
coordenação do ministro-chefe da Secretaria de Planejamento, além da 
representação dos governos estaduais nos quais o PGC atuaria (Pará, Goiás e 
Maranhão). 
V. Os grandes projetos econômicos, para os integrantes dos governos estaduais, 
deveriam ser utilizados, sobretudo, graças às divisas arrecadadas, para que o Brasil 
fizesse frente à elevada e crescente dívida externa. Fato esse que explicaria, além 
de outros fatores, o interesse de determinados países do “Primeiro Mundo” 
(sobretudo o Japão) nas riquezas minerais da Amazônia. O fato é que, apesar dos 
problemas de caixa do governo federal e, sobretudo, ao iniciar-se a denominada 
“década perdida” (anos 80), nem a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), nem 
tampouco os consórcios multinacionais a ela associados, deixaram de financiar os 
trabalhos destinados a concluir a infraestrutura necessária para a exploração das 
jazidas minerais no Pará. 
A sequência correta é: 
a) V, F, V, V, F 
b) F, F, F, F, V 
c) V, V, V, F, F 
d) F, V, V, V, V 
e) F, V, F, F, F 
34. Com promulgação da Constituição Federal de 1988, o Brasil efetivou o Estado 
Democrático de Direito, com ênfase na cidadania e na dignidade da pessoa 
humana, expresso nos artigos 3º e 5º. No artigo 12, a Constituição reconhece o 
caráter multirracial da população e no artigo 215 expressa o respeito à pluralidade 
étnica que caracteriza o povo brasileiro. Vê-se o respeito não só ao negro, como 
também ao indígena e às demais etnias: 
Art. 215
§1º O Estado protegerá as manifestações das culturas 
populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos 
participantes do processo civilizatório nacional. 
 
 
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§ 2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de 
alta significação para os diferentes segmentos étnicos 
nacionais. 
Portanto, a Carta Magna brasileira garante a cidadania e a dignidade da pessoa 
humana, contrariando qualquer tipo de discriminação aos direitos e liberdades 
fundamentais, reconhece o caráter multirracial da população brasileira, bem como 
expressa o respeito à pluralidade étnica e preocupa-se com o sistema educacional 
do país, não aceitando a parcialidade e os preconceitos. 
GEBRAN, Raimunda Abou; LUVIZOTTO, Caroline Kraus; PONCIANO, Deize Dense. Proposta 
curricular de história: considerações acerca da história e da cultura afro-brasileira. Educação em 
Revista, Marilia, v 11, n. 2, p. 75-94, jul. -dez., 2010. p. 80. Disponível em: 
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/educacaoemrevista/article/view/2322, acesso em 
 
20/06/2019. (Com adaptações) 
A respeito dos Parâmetros Curriculares Nacionais de História no ensino fundamental 
e da Lei 10.639/03 assinale a opção INCORRETA. 
a) Grande parte das propostas curriculares para o enfrentamento do preconceito e 
da discriminação raciais, dirigidas para o ensino fundamental e médio, voltam-se 
para o ensino de História. Outras são desenvolvidas a partir de experiências 
educacionais de grupos e entidades negras organizadas, em interação com o 
sistema formal e oficial de ensino. Mesmo que possam ser consideradas 
insuficientes, o certo é que estas propostas rompem com a imobilidade. Entretanto, 
tais iniciativas enfrentam dificuldades de incorporação efetiva. 
b) A atual legislação educacional é enfática em relação à necessidade da alteração 
da abordagem dada ao negro no sistema educacional. A LDB - Lei 9.394/06, em 
seus artigos Art.26, 26A e 79B - determina a obrigatoriedade do ensino da História e 
Cultura Afro-brasileiras nos estabelecimentos de educação básica e oParecer 03/04 
do Conselho Nacional de Educação aborda a necessidade de cuidados com a 
utilização de determinados materiais didáticos. 
c) A inclusão da temática de História e Cultura Afro-brasileiras nos currículos 
escolares se dá no sentido de ampliar a discussão da diversidade cultural, racial, 
social e econômica brasileira. Assim, é importante ressaltar que o artigo 26A 
acrescido à lei 9.394/1996, provoca bem mais que a inclusão de novos conteúdos, 
exige que se repensem relações étnico-raciais, sociais, pedagógicas, procedimentos 
de ensino, condições oferecidas para a aprendizagem, objetivos tácitos e explícitos 
da educação oferecida pelas escolas. 
d) O ensino de História passou por diversas atualizações nas últimas décadas. A 
influência dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) demonstra a tentativa de 
mudança na organização do ensino no que concerne aos conteúdos escolares. 
Dentro destas mudanças, novos temas ganharam relevância, como a necessidade 
de se trabalhar com a diversidade cultural, realidade nacional e local, 
interdisciplinaridade, entre outros. Sendo assim esta temática entra nos currículos 
escolares, sobretudo no ensino de História. 
e) A História e a Cultura Afro-brasileiras foram muito consideradas por nossa 
tradição historiográfica, haja vista a sua presença nos estudos sobre o tráfico e a 
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escravidão. E como ao longo da história brasileira ocorreu pesquisa e informação 
suficiente, o passado escravocrata demonstra a importância do debate acerca da 
história e cultura afro-brasileira na ambiência escolar, tanto que o enfoque fica por 
conta da chegada dos africanos ao território brasileiro na condição de escravos, 
portanto apresentados como mercadoria e objeto nas mãos de seus proprietários. 
35. Considerando os efeitos da lei de 6 de junho de 1755, que determinava a irrestrita 
liberdade da população indígena da Região Amazônica, cuja aplicação havia sido 
regulada pelo ato de 3 de maio de 1757, ordenado pelo governador Mendonça 
Furtado, ou seja, o “Directorio que se deve observar nos povoados dos Índios do 
Pará e Maranhão em quanto Sua Majestade não mandar o contrário”, é possível 
compreender a carência por trabalhadores escravos que existia entre os súditos 
de El-Rei, levando-os a aquisição dos mesmos logo que desembarcados na 
cidade de Belém pelos navios da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e 
Maranhão, ainda mais quando sabemos que a adoção do “Directorio” acabou 
significando o esvaziamento dos antigos aldeamentos com a dispersão de boa 
parte da população indígena aldeada. 
BEZERRA NETO, José Maia. Escravidão negra na Amazônia (sécs. XVII-XIX). Belém: Paka-
Tatu, 2001. p, 24-25. (Com adaptações). 
Considerando as informações relativas à escravidão negra e indígena na Amazônia, 
assinale a assertiva correta. 
a) Houve um aumento bastante significativo do movimento de fugas de índios 
domiciliados nas vilas, sob o regime do “Directorio”, com a formação de mocambos 
compostos por índios, quando eles não se aquilombavam com cativos africanos 
igualmente fugidos. 
b) A partir da segunda metade do século XVIII, nos setores da economia colonial 
amazônica caracterizados pela agricultura comercial e fazenda de gado, já havia se 
iniciado um intenso processo de substituição dos trabalhadores indígenas pelos 
africanos. 
c) O tráfico de escravos africanos para a Amazônia contou com incentivos fiscais da 
Coroa portuguesa, embora a situação financeira dos colonos paraenses fosse o 
principal incentivador para a criação de uma demanda interna de escravos africanos. 
d) A fundação da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão visava o 
estabelecimento da política pombalina de fomento das atividades agrícolas 
comerciais na Amazônia portuguesa, lastreada na mão de obra indígena. 
e) O estabelecimento do tráfico regular de escravos africanos pela Companhia Geral 
de Comércio resultou no atendimento das demandas dos colonos paraenses por 
escravos, pois contavam ainda com a intensa presença de escravos indígenas na 
agricultura comercial. 
36. De forma diferenciada, os estudos realizados nos últimos anos que enfocam as 
relações entre índios e missionários vêm privilegiando em suas abordagens o 
olhar histórico e a análise processual como instrumentos metodológicos. Com 
efeito, seja para identificar a dinâmica indígena da absorção, rejeição e 
reelaboração da mensagem cristã, seja para recuperar a dinâmica interna ao 
 
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próprio discurso missionário, nas diferentes facetas em que ele se apresenta, é 
preciso acompanhar, na longa ou na breve duração, a dinâmica do encontro-
choque entre horizontes simbólicos diversos e a construção de novos universos 
de significados “negociados”. 
POMPA, Cristina. Para uma antropologia histórica das missões. In: MONTEO, Paula (org.). Deus 
na aldeia: missionários, índios e mediação cultural. São Paulo: Globo, 2006. p. 112. 
(Com adaptações). 
Considerando as informações trazidas por Pompa, julgue os itens abaixo como 
verdadeiros (V) ou falsos (F) e, em seguida assinale a opção correta. 
I. Segundo este novo olhar histórico sobre as fontes, o missionário não é um herói 
civilizador, nem um explorador sem escrúpulos; e o índio não é exclusivamente uma 
vítima passiva, nem tampouco um guerreiro sempre resistente. 
II. A historiografia mais recente tem considerado que a experiência missionária, 
focando na complexidade das relações socioculturais, tem destacado as diversas 
categorias – classe, sociedade ou mercado – como balizas hermenêuticas, indo, 
portanto, além das macrocategorias. 
III. As ressignificações que resultaram desta experiência tocam, por conseguinte, 
também no papel e nas competências das lideranças indígenas, diferentemente da 
visão tradicional que as considerou, durante muito tempo, como meros lacaios 
cooptados pelos inacianos. 
IV. Os indígenas passaram a ser vistos como partícipes ativos no processo da 
(re)organização da vida no interior das missões, especialmente em vista dos modos 
de produção econômica e simbólica (trabalho e religião), como também de 
reprodução social e biológica (família e sexualidade). 
V. Os principais indígenas são apresentados menos como pessoas manipuladas 
pelos padres, mas como agentes de mediação cultural em um ambiente peculiar 
marcado por constantes “encontros-choques”. 
A sequência correta é: 
a) V, F, V, V, F 
b) F, F, F, F, F 
c) V, V, V, F, F 
d) V, V, V, V, V 
e) F, V, F, F, F 
 
 
 
 
 
 
 
 
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37. 
Fotografia de Antônio Cândido da Silva o "Arigó". 
Foto publicada na Revista O Cruzeiro, de 09 de agosto de 1947. 
SERTANEJO CEARENSE 
Que integrava o Exército da Borracha. Um homem para tirar raça! Voltou inutilizadopara o resto da vida, com terríveis doenças no corpo descarnado. 
ONDE ESTÃO OS GENERAIS DA BATALHA DA BORRACHA? 
Texto de Orlando Motta 
FORTALEZA, maio – Numa das várias visitas que fiz à “Hospedaria Getúlio Vargas” 
para conversar com os ex-soldados da Borracha reconduzidos ao Ceará pelo D. N. 
I., perguntei, só por perguntar, ao “arigó” Antônio Candido da Silva o que ele exigiria 
do governo se o governo lhe pedisse para voltar aos seringais do Extremo Norte.
Antônio Cândido encolheu-se mais no canto em que tremia de frio do impaludismo e 
me fuzilou com a estranha e inesperada energia de um olhar cheio de ódio: 
- “Olhe: quando eu morrer, se minha alma tiver vergonha, não passará nem por cima 
do Amazonas”. 
Por que os cearenses começam a pensar desse modo, eles que sempre foram os 
tradicionais voluntários do desbravamento do “Inferno Verde”? 
Revista O Cruzeiro. Rio de Janeiro: Edição 42, 09 de agosto de 1947. 
Considerando as informações sobre a Batalha da Borracha, e tendo como referência 
a imagem acima, publicada na revista O Cruzeiro de agosto de 1947, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
a) A tentativa de aumentar a extração da borracha na Amazônia, para tentar baixar o 
custo da produção, foi o objetivo dos norte-americanos, ao incentivar a Batalha da 
Borracha entre os anos de 1940 a 1945. 
b) O governo brasileiro já havia assumido o monopólio da venda da borracha para o 
mercado interno e, em 1942, assinou acordos com os Estados Unidos e a Inglaterra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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que, através de um esforço conjunto, buscavam aumentar a produção da borracha 
na região. 
c) os acordos de Washington previam o fornecimento de matérias-primas para os 
aliados, sendo que a exclusividade da venda era para os Estados Unidos e 
Inglaterra fixando um preço mínimo e, em troca, o Brasil receberia assistência 
financeira e material necessário para a produção da borracha. 
d) O governo brasileiro criou vários órgãos para encaminharem os seringueiros na 
região amazônica, tais como o Serviço Especial de Mobilização dos Trabalhadores 
e, depois, a Comissão Administrativa do Encaminhamento de Trabalhadores para a 
Amazônia. 
e) Foi organizado o Banco de Crédito da Borracha, depois transformado em banco 
da Amazônia (BASA), responsável pela compra e venda da produção, pela criação 
de colônias agrícolas, pelo transporte dos seringueiros, pela criação de cooperativas 
e fornecimento de crédito rural. 
38. 
Foto de Carol Guzy: A penúria dos refugiados de Kosovo, 199. Kosovo (então parte da Sérvia). 
Essa foto, elencada na internet entre as treze mais famosas do mundo, mostra como 
um refugiado de Kosovo chamado Agim Shala, de 2 anos de idade, é introduzido 
através de uma cerca de arame farpado pelas mãos dos avós em um acampamento 
dirigido pelos Emirados Árabes Unidos em Kukes, Albânia. Os membros da família 
Shala foram reunidos depois de fugir do conflito em Kosovo. 
SANTAELLA, Lucia. Leitura de imagens. São Paulo: Melhoramentos, 2012, (como eu ensino). p. 89. 
(Com adaptações). 
Marque a alternativa correta. 
a) A fotografia só é imagem porque ela também é rastro, marca que funciona como 
uma espécie de vestígio ou pegada. Algo aconteceu, um objeto lá esteve e a luz 
refletida sensibilizou um dispositivo. Contudo, a foto é uma emanação em parte 
manipulada do real. 
b) No caso da imagem acima, vê-se uma foto que é uma imaginação, um sonho, 
uma recordação da realidade em seu estado de passado. 
c) Não se pode negar, entretanto, que uma foto, qualquer foto, é, ao mesmo tempo, 
emanação e transfiguração. Basta o flagrante da câmera para que as coisas 
adquiram caráter plural, um aspecto coletivo do que elas têm no fluxo vertente da 
vida. 
d) A foto é uma versão sofisticada do espelho, que não reflete uma imagem se o 
objeto não estiver diante dele. Seria aterrorizante olhar para o espelho e não ver a 
própria imagem. Assim também é a fotografia. Enquanto a pintura pode simular uma 
 
 
 
 
 
 
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realidade não existente, não há foto sem algo real colocado diante da câmera. Por 
isso, é impossível negar que “a coisa esteve lá”, como nos diz Barthes. 
e) Sem o registro, um acontecimento deixa de existir, perde-se nas brumas e poeiras 
do tempo. Nada mais eficaz do que uma foto para fornecer provas discutíveis de que 
algo aconteceu e foi manipulado. 
39. A História, como disciplina e área de conhecimento, tem um papel central na 
sociedade contemporânea, sobretudo no desvelamento do silenciamento e 
ofuscação impostos aos indivíduos com deficiência, considerando que 
historicamente as experiências dos indivíduos com deficiência foram 
desconsideradas ou mesmo negadas pela escola regular. A História, como teoria 
e prática, deve resgatar a história desses indivíduos, encoberta por preconceito. 
Preconceito que revela mais do que sujeito que discrimina do que do objeto alvo 
da discriminação. No que se refere à escolarização de educandos com deficiência 
ou com necessidades educacionais especiais, historicamente denominada 
educação especial, faz-se urgente refletir sobre sua relação teoria e prática, pois 
é possível afirmar que o conhecimento posto em prática no cotidiano escolar 
desses educandos até então não foi suficiente para democratizar a escola, para 
torná-la acolhedora à diversidade. 
COSTA, Valdelúcia Alves. Ensino de história e educação inclusiva: suas dimensões formativas. In. 
MONTEIRO, Ana Maria, GASPARELLO, Arlette Medeiros, MAGALHÃES, Marcelo de Souza (orgs.). 
Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2007. p. 253. 
(Com adaptações). 
Considerando as informações trazidas no trecho acima, julgue os itens abaixo como 
verdadeiros (V) ou falsos (F) e, em seguida assinale a opção correta. 
I. A urgência de uma educação democrática, inclusiva e emancipadora parece 
constituir-se, dessa maneira, como alternativa para a superação da diferença 
significativa – a deficiência – como obstáculo para o acesso e permanência na 
escola regular dos educandos com deficiência e na possibilidade de se pensar uma 
sociedade justa e humana, contrapondo-se à prática institucional de controle do 
destino de sua “clientela”, ou seja, os educandos com deficiência. 
II. A educação democrática e emancipadora não se constitui em uma alternativa 
capaz de favorecer: a superação das diferenças significativas entre deficientes e não 
deficientes; o acesso e a permanência na escola regular dos educandos com 
deficiência; e a possibilidade de se pensar uma sociedade justa e humana. 
III. Os métodos, as técnicas ou abordagens de ensino são elaborações sociais e 
históricas, portanto, são neutras. Baseiam-se em e refletem valores capazes de 
favorecer a compreensão das implicações pedagógicas das relações de poder no 
seio da educação. 
IV. Necessário é contribuir, com ênfase no ensino de História, para que os 
professores se aperfeiçoem como profissionais reflexivos e críticos, de modo a 
ultrapassarem as limitações baseadas na deficiência e no mundo estreito das 
necessidades educacionais especiais historicamente mantidas e reproduzidas como 
socialmente impostas, para justificar

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