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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO 
 CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
AMANDA PERUCCINI QUIOZINE 
BEATRIZ SOUZA DE OLIVEIRA 
SAMANTHA CUNHA MELO DOS REIS 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: 
A INCLUSÃO DO ALUNO COM AUTISMO NO ENSINO 
REGULAR 
 
 
 
 
 
SÃO BERNARDO DO CAMPO 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMANDA PERUCCINI QUIOZINE 
BEATRIZ SOUZA DE OLIVEIRA 
SAMANTHA CUNHA MELO DOS REIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: 
A INCLUSÃO DO ALUNO COM AUTISMO NO ENSINO 
REGULAR 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Diretoria de Graduação da Universidade 
Metodista de São Paulo como exigência parcial 
para obtenção de Licenciatura em Pedagogia. 
 
Área de concentração: Educação. 
 
Orientação Profa.Me :Cristiane Gandolfi 
 
 
 
 
 
 
SÃO BERNARDO DO CAMPO 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho primeiramente a minha mãe, que é em quem me inspirei 
e me inspiro todos os dias, tanto como professora, como na vida. Dedico aos 
meus familiares e amigos por me apoiarem e não deixarem que eu desista dos 
meus sonhos. Por fim, dedico também para alguns alunos que tive durante a 
faculdade, especialmente o Lucas, com quem tive muito contato e que me 
despertou o interesse em me aprofundar no assunto e mostrou que inclusão 
vai muito além do que pensamos. 
Amanda Peruccini Quiozine 
Este trabalho é dedicado principalmente aos meus pais, minha irmã e aos meus 
familiares, que desde o início do curso me ampararam e me ajudaram a chegar 
até aqui. Dedico a minha tia Rosemeire, que também é professora e é em 
quem eu me inspiro. Não poderia deixar de dedicar também ao meu avô, que 
infelizmente faleceu esse ano, mas sempre se preocupou e deixou claro que 
tinha muito orgulho de toda a minha trajetória. 
Beatriz Souza de Oliveira 
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus que meu deu força para concluir 
essa jornada, dedico a minha amada filha, meu esposo, meus pais, minha irmã 
 
 
 
 
 
 
 
 
e aos meus familiares, que sempre me incentivaram a nunca desistir dos meus 
sonhos e a seguir em frente, compreendendo todos os momentos em que 
precisei me ausentar. 
Samantha Cunha Melo dos Reis 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradecemos primeiramente a Deus, por nos guiar em nossa trajetória e 
não nos deixar desamparadas, nos dando força, saúde e sabedoria para 
concluirmos o curso. 
A professora Maria José de Oliveira Russo por sempre nos dar o suporte 
que precisamos, estar disposta para esclarecer nossas dúvidas e nos 
incentivar a batalharmos sempre para nos tornarmos pedagogas que 
mudarão a vida de muitas pessoas. 
A professora Alessandra Domeniquelli, que se preocupou do início ao fim, 
em todos os detalhes do nosso curso e trabalho. 
A nossa orientadora Cristiane Gandolfi, que sempre que possível nos 
ajudou, nos aconselhou e encorajou a enxergarmos que éramos capazes de 
chegar até aqui. 
A todos os professores que passaram por nós durante esses 4 anos, nos 
fazendo aprender, refletir e nos tornarmos quem somos hoje. 
Aos nossos colegas de classe, que sempre estiveram conosco, 
principalmente a nossa amiga Marília, que tem um papel fundamental no 
nosso desenvolvimento durante o curso e que sempre nos apoiou. 
Por fim, somos gratas pelo nosso companheirismo e por compartilharmos 
desse mesmo sonho de encerrar a graduação com um tema de trabalho tão 
importante para nós e para a sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A educação inclusiva deve ser entendida como uma tentativa a mais de atender 
às dificuldades de aprendizagem de qualquer aluno no sistema educacional e 
com um meio de assegurar que os alunos, que apresentam alguma deficiência, 
tenham os mesmos direitos que os outros, ou seja, os mesmos direitos dos 
seus colegas escolarizados em uma escola regular. 
 (Mantoan 2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Esta pesquisa tem como tema a inclusão dos alunos com autismo no ensino regular, 
além de compreender as barreiras que esses alunos enfrentam para obter uma 
aprendizagem de qualidade e significativa. Outro ponto abordado é a história da 
inclusão na cidade de São Bernardo do Campo, onde foi realizada análise de 
documentos para compreender como é realizada a inclusão e os para atender as 
pessoas com deficiência no município, além do papel que a escola e a família 
desempenham no desenvolvimento do aluno com autismo. A escola tem a função de 
formar cidadãos com habilidades e competências de forma que propiciem aos alunos 
caminhos para que eles aprendam cada vez mais e possibilitem aos mesmos 
desenvolver criticamente no meio social. Dessa forma a escola deve ser um espaço 
educacional democrático, com a participação de toda a equipe escolar e a 
comunidade. Baseia-se na inclusão de alunos com autismo, na perspectiva de uma 
educação para todos, onde algumas adaptações com estratégias são necessárias 
para o aprendizado dessas crianças. Se necessário com propostas políticas 
pedagógicas inovadoras que estimulem o respeito às diferenças individuais, além de 
assegurem oportunidades iguais aos alunos. Portanto, essa pesquisa tem o propósito 
de refletir sobre os conhecimentos científicos que desvendam e reconheçam os 
desafios enfrentados e apontem possibilidades para uma inclusão de qualidade para 
os alunos com autismo no âmbito escolar. Portanto, essa pesquisa será produzida 
para trazer benefícios à sociedade, no sentido de provocar reflexões, instigar novas 
pesquisas e favorecer decisões nas práticas pedagógicas mais eficazes à educação. 
O presente trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica, utilizando livros 
acadêmicos, revistas científicas, com vários autores e pesquisadores dessa temática, 
trabalhos esses publicados nos últimos vinte cinco anos, onde foi analisada a relação 
que a criança possui desde pequeno, sua inserção na sociedade e a forma com que 
é educada por seus responsáveis o que poderá contribuir no seu desenvolvimento, ou 
seja, nas suas dificuldades de aprendizagem. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
também fez parte da pesquisa, com a finalidade de compreensão do direito de 
igualdade. Nesse sentido o conhecer as concepções de vários teóricos sobre o tema, 
bem como refletir sobre o transtorno de espectro autista e as dificuldades de 
aprendizagem, farão com que nossos educadores compreendam a necessidade de 
aprofundamentos teóricos e práticas vivenciadas relacionadas por profissionais da 
área. Dessa forma, essa pesquisa pretende contribuir para o processo de inclusão na 
escola regular, consequentemente na sua inserção na sociedade, contribuindo no seu 
desenvolvimento. 
 
Palavra chaves: Autismo, Aprendizagem, Desenvolvimento, Educação Inclusiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 7 
 
2 REFLEXÃO CONCEITUAL SOBRE A INCLUSÃO ........................................... 10 
2.1 Um panorama sobre o conceito de inclusão................................................. 10 
 
3 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO DE SÃO 
BERNARDO DO CAMPO............................................................................................ 
19 
 
4 UMA REFLEXÃO CONCEITUAL SOBRE O AUTISMO E AS IMPLICAÇÕES 
PEDAGÓGICAS....................................................................................... 
25 
4.1 Autismo......................................................................................................... 25 
4.2 Desafios da inclusão no ensino.................................................................. 26 
4.2.1 O papel da educação no processo inclusivo............................................... 28 
4.2.2 Vida escolar e o envolvimento da 
família.....................................................30 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 33 
 
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Nesse trabalho foi abordado a educação inclusiva e os desafios encontrados 
pelos alunos com necessidades especiais na escola regular, pois a realidade nas 
escolas é repleta de superações. Serão apresentadas ideias para melhor 
compreensão do tema discutido, explorando as dificuldades encontradas pelos alunos 
com Autismo. 
Discutir a inclusão escolar é necessário, pois é preciso entender os obstáculos 
que impedem à qualidade na aprendizagem desses alunos, o papel que a escola e a 
família desempenham em seu desenvolvimento. Além da importância dos saberes 
pedagógicos e como a formação docente colabora no processo de ensino em sala de 
aula promovendo uma aprendizagem significativa. 
É necessário criar condições para uma inclusão eficaz dos alunos com 
transtorno do espectro autista (TEA). Diante deste exposto aponta-se como problema 
de pesquisa: Qual é a importância da inclusão de alunos com Autismo na escola 
regular? A inclusão realmente acontece? A discussão sobre a inclusão de todos neste 
ambiente, exige propostas políticas pedagógicas inovadoras que estimulem o respeito 
às diferenças individuais e assegurem oportunidades iguais aos alunos. Dessa forma 
é necessário criar condições para uma inclusão eficaz dos alunos com deficiência. 
O processo de inclusão escolar requer da sociedade um novo olhar para as 
diferenças do indivíduo, determinando um compromisso assumido por todos, pois o 
ser humano possui como principal característica, a pluralidade, e não a igualdade ou 
a uniformidade. 
A construção de uma escola inclusiva é um desafio, pois requer quebra de 
paradigmas. A escola inclusiva tem o seu processo educativo como um processo 
social, onde todas as crianças com necessidades especiais e de distúrbios de 
aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível do normal. 
O desafio é grande e a dificuldade do acesso é maior ainda, afinal, não basta 
somente acompanhar o crescimento do número de matrículas de alunos com Autismo, 
mais do que preparar as escolas e capacitar professores, a educação inclusiva é o 
direito da pessoa com deficiência de frequentar a escola regular. 
O objetivo geral desta pesquisa é investigar a importância da inclusão de alunos 
com Transtorno do Espectro Autista na escola regular e o que possibilita entender o 
direito de igualdade. Tendo por objetivos específicos entender o conceito de Inclusão 
8 
 
Escolar; conhecer a história da educação especial em São Bernardo do Campo; 
explanar teoricamente sobre o autismo, suas características genéticas e as limitações 
que as crianças que nascem com o transtorno enfrentam, além de conhecer a 
importância da escola, do educador e da família na construção de uma escola 
inclusiva eficiente para crianças com autismo. 
A partir de um referencial teórico em que a história da criança com Autismo, as 
políticas educacionais e a formação docente embasam a temática, com suporte 
teórico de autores como Facion, Jordan, Mantoan, Marchesi, Mello, entre outros. 
Dessa forma, a pesquisa pretende trazer reflexões acerca do trabalho pedagógico e 
a formação docente com os alunos do ensino regular. A da Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação também fará parte da pesquisa, com a finalidade de compreensão do 
direito de igualdade. 
Portanto, conhecer as concepções de vários teóricos sobre o tema, bem como 
refletir sobre o transtorno de espectro autista e as dificuldades de aprendizagem, farão 
com que os educadores compreendam a necessidade de aprofundamento teórico e 
práticas vivenciadas relacionadas por profissionais da área. 
A inclusão de crianças com transtorno do espectro autista (TEA), 
principalmente no ensino fundamental, é um tema bastante discutido é de suma 
importância na educação, pois existem diversos desafios no dia-a-dia das crianças 
com necessidades educacionais especiais. 
Espera-se que essa pesquisa possa contribuir para fornecer conhecimentos 
que desvendam e reconheçam os desafios enfrentados e aponte soluções para esses 
alunos dentro do âmbito escolar. Portanto, com esta pesquisa será produzida para 
trazer benefícios à sociedade, no sentido de provocar reflexões, instigar novas 
pesquisas e favorecer decisões nas práticas pedagógicas mais eficazes à educação. 
Diante das considerações apresentadas esta pesquisa segue estruturada em 
três seções, que são descritas brevemente. 
A seção 1 trata do conceito e os aspectos históricos da educação inclusiva, 
para melhor compreensão do real papel da inclusão na escola regular e os direitos e 
dificuldades que os alunos enfrentam. 
A seção 2 traz a abordagem da história da inclusão na cidade de São Bernardo 
do Campo, onde foi realizada análise de documentos para compreender como é 
realizada a inclusão dos investimentos e a implementação de ações para atender as 
pessoas com deficiência no município. 
9 
 
A seção 3 apresenta os sintomas e características dos alunos com autismo, 
além de compreender as barreiras que esses alunos enfrentam para obter uma 
aprendizagem de qualidade e significativa, além de entender o papel que a família 
desempenha na eficácia da inclusão escolar dos alunos com TEA, pois a família 
possui papel fundamental em seu desenvolvimento. 
As considerações finais trazem as principais reflexões que o estudo possibilitou 
evidenciar na pesquisa com a expectativa de que possa contribuir no contexto de 
inclusão social e educacional, pois se baseia a inclusão de alunos com autismo, na 
perspectiva de uma educação para todos, onde algumas adaptações com estratégias 
são necessárias para o aprendizado dessas crianças. Se necessário com propostas 
políticas pedagógicas inovadoras que estimulem o respeito às diferenças individuais, 
além de assegurar oportunidades iguais aos alunos. 
Espera-se que este estudo possa trazer contribuições a todos os professores 
que estão trabalhando com alunos com TEA na escola regular, para que possam 
desvendar e reconhecer os desafios enfrentados e apontem possibilidades para uma 
inclusão de qualidade para os alunos com autismo no âmbito escolar. Portanto, essa 
pesquisa será produzida para trazer benefícios à sociedade, no sentido de provocar 
reflexões, instigar novas pesquisas e favorecer decisões nas práticas pedagógicas 
mais eficazes à educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 REFLEXÃO CONCEITUAL SOBRE A INCLUSÃO 
 
 
10 
 
É preciso entender os caminhos que levam a criança com Transtorno Espectro 
Autista (TEA) frequentar e se incluir na educação escolar inclusiva, pois o processo 
de inclusão escolar requer da sociedade um novo olhar para as diferenças do 
indivíduo, determinando um compromisso assumido por todos, pois o ser humano 
possui como principal característica a pluralidade, e não a igualdade ou a 
uniformidade. 
A construção de uma escola inclusiva é um desafio, pois requer quebra de 
paradigmas. Nesse sentido a escola inclusiva tem o seu processo educativo como um 
processo social, onde todas as crianças com necessidades especiais e de distúrbios 
de aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível do normal. 
O desafio é grande e a dificuldade do acesso é maior ainda, afinal, não basta 
somente acompanhar o crescimento do número de matrículas de alunos com TEA, 
mais do que preparar as escolas e capacitar professores, a educação inclusiva não 
deve ser confundida com a integração na rede regular de ensino. Educação inclusiva 
é o direito da pessoa com deficiência de frequentar a escola regular. 
 
 
2.1 Um panorama sobre o conceito de inclusão 
 
A necessidade de construir uma sociedade inclusiva nos leva a compreender o 
significado desse termo.Segundo Vítor da Fonseca1 (2003) inclusão significa ação ou 
resultado de incluir, de envolver, de abranger, de fechar, de encerrar, de introduzir, de 
inserir dentro de alguma coisa. Entretanto a inclusão não está associada somente a 
crianças com deficiência mental ou física, mas engloba também crianças com algum 
tipo de dificuldade na aprendizagem, seja por distúrbios neurológicos ou alteração 
genética. 
Para Maria Teresa Eglér Mantoan2 (2003, p.24): “A inclusão implica uma 
mudança de perspectiva educacional, pois não atinge apenas alunos com deficiência 
 
1 Vitor da Fonseca é psicopedagogo e psicomotricista, desenvolve ações de formação há vários anos com 
professores, psicólogos, médicos e terapeutas. É autor de várias obras e artigos no domínio da 
psicomotricidade, da antropologia, das perturbações do desenvolvimento, das dificuldades de aprendizagem, 
da estimulação precoce, da educação especial, da psicopedagogia, da neuropsicologia, e da educação cognitiva. 
2 Maria Teresa Eglér Mantoan é pedagoga, mestre e doutora em Educação pela UNICAMP. A referida autora 
tem uma larga produção acadêmica nas áreas de Educação Especial e Inclusão Escolar ocupando um espaço de 
destaque entre os principais pesquisadores brasileiros na área 
11 
 
e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que 
obtenham sucesso na corrente educativa geral”. 
Em relação às palavras de Mantoan (2003), a inclusão no ensino regular tem o 
objetivo de beneficiar e auxiliar o aluno independente de sua necessidade, 
assegurando um ensino eficiente e a permanência de todos na escola, o que 
possibilita sua participação na sociedade independente de sua diversidade. 
Com o passar dos anos movimentos sociais e leis respaldam o direito à 
educação inclusiva no Brasil, dessa forma é importante verificar alguns dos marcos 
importantes da construção da Educação Inclusiva no Brasil e no mundo. 
Em 1962 foi criada a Federação Nacional da Associação de Pais e Amigos dos 
Excepcionais (APAEs), essa instituição representa o maior movimento social do 
Brasil, pois ela viabilizou conquistas legais para pessoas com deficiência. 
Em 1971 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Lei 5.692 
afirmava que os alunos com “deficiências físicas ou mentais, os que se encontrem em 
atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados deverão 
receber tratamento especial”. Entretanto, essa lei não promovia a inclusão na rede 
regular, determinando que a escola especial deveria atender esses alunos (BRASIL, 
1971). 
No Brasil em 1988 a Constituição Federal trouxe pela primeira vez a ideia de 
que a educação é para todos, na medida em que se estava falando em igualdade de 
condições de acesso e permanência na escola. Em 1990 o Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA) garante atendimento especializado aos alunos com deficiência 
nas escolas regulares, através da Lei 8.069/90(art. 54, inciso III), (BRASIL, 1990). 
Ainda em 1990 aconteceu a Declaração Mundial de Educação para todos: chamando 
a atenção dos países para a universalização do ensino básico. 
Em 1994 a declaração de Salamanca defendeu que a escola deveria incluir a 
todas as crianças, sem qualquer discriminação. Em 1996 a Lei 9.394 conhecida como 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) assegurou o direito de 
atendimento escolar aos alunos com necessidades educacionais especiais e se for 
necessário com atendimento educacional especializado (BRASIL, 1996). 
Vale acrescentar que a Lei 12.796/13 alterou a lei 9.394/96 onde o texto falava 
em "educandos com necessidades especiais". Agora, a redação diz "atendimento 
educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos 
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf
12 
 
os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino”; - "o 
poder público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos 
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades ou superdotação na própria rede pública regular de ensino, 
independentemente do apoio às instituições privadas sem fins lucrativos, 
especializadas e com atuação exclusiva em educação especial". 
Em 1999 a Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora3 de 
Deficiência define a educação especial como uma modalidade de ensino, enfatizando 
a atuação complementar da educação especial ao ensino regular. 
Além disso, o primeiro Plano Nacional de Educação (PNE) sob a Lei 10.172/01 
salientou a evolução da educação inclusiva e seu atendimento à diversidade. Em 2011 
o PNE teve como meta o repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da 
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) para 
melhorar a qualidade do atendimento aos alunos com necessidades especiais de 
ensino assim como investir em profissionais de atendimento educacional 
especializado (BRASIL, 2001). 
Aprovada na lei 13.005/2014 que substitui a Lei 10.172/2001, o novo plano 
prevê que todas as crianças e os adolescentes entre 4 a 17 anos com algum tipo de 
deficiência, transtornos de desenvolvimento, habilidades especiais ou 
superdotação devem ter acesso à educação básica e ao atendimento 
especializado — preferencialmente por meio da rede regular de ensino e de um 
sistema efetivo de educação inclusiva (BRASIL, 2014). 
Além disso, ainda em 2001 as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial 
na Educação Básica tornou oficial no Brasil o termo Educação Inclusiva e 
“necessidades educacionais especiais”, além de apresentar a proposta de 
flexibilização e adaptação curricular. 
A Lei 12.764/2012 (Lei Berenice Piana)4 instituiu a Política Nacional de 
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, no seu art. 1º, 
§2º, deixando claro que o indivíduo diagnosticado no espectro autista é considerado 
 
3 O termo não é mais utilizado, o correto é pessoas com deficiência, entretanto por se tratar de citação 
buscamos fidelidade ao texto trazido nesta pesquisa. 
4 Berenice Piana, foi mãe de um menino em meados da década de 90, onde o autismo não fazia 
parte da vida dela, nem dos profissionais que procurou, por isso ela estudou por conta própria e após 
o diagnóstico, ela lutou pelos direitos, e assim todos tinham direitos estabelecidos para as pessoas 
com deficiência no país. 
13 
 
pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais. Entre as diretrizes da Política 
Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista são 
os direitos da pessoa autista, previstos no art. 3º da Lei Berenice Piana, entre eles, a 
figura do acompanhante especializado, na forma do seu parágrafo único: 
 
Art. 3o São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista: 
(...) 
IV - o acesso: 
a) à educação e ao ensino profissionalizante; 
(...) 
Parágrafo único. Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com 
transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, 
nos termos do inciso IV do art. 2o, terá direito a acompanhante 
especializado. 
 (BRASIL, 2012) 
 
 É possível compreender que a legislação protege a inclusão dos autistas no 
ambiente escolar prevê regras claras e assertivas a serem observadas, só assim 
oportunizando uma educação adequada às necessidades especiais dessas crianças 
e adolescentes. 
Nesse mesmo sentido a lei 13.146/2015 intitulada Estatuto da Pessoa com 
Deficiência é destinada a assegurar e promover em condições de igualdade o 
exercício dos direitos das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, 
visando sua inclusão social à cidadania. Dessa forma, a lei afirma a autonomia e a 
capacidade desses cidadãos para exercerem atos da vida civil em condições de 
igualdade com as demais pessoas. 
A lei ainda reforça que a inclusão escolar deve ser umaoferta de sistema 
educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades de ensino. Estabelecendo 
ainda a adoção de um projeto pedagógico que institucionalize o atendimento 
educacional especializado, com fornecimento de profissionais de apoio, além de 
proibir as escolas particulares de cobrarem valores adicionais por esses serviços. 
Pretende-se, com esta pesquisa, provocar uma reflexão a respeito das políticas 
de inclusão, considerando seus princípios e prática, com o objetivo de buscar 
qualidade educacional para todos. Ao falar de inclusão escolar é preciso repensar o 
sentido que se está atribuindo à educação, além de atualizar as concepções e 
significado do processo de construção do indivíduo, compreendendo toda a 
complexidade e amplitude que envolve esse assunto. Nesse sentido fica evidente que 
14 
 
o foco era a integração escolar e não inclusão propriamente dita. Dessa forma é 
necessário entender a diferença entre integrar e incluir. 
Integrar significa vincular um indivíduo em um grupo ou comunidade, já incluir 
significa inserir ou fazer parte de um grupo. Os termos “integração“ e “inclusão”, 
embora tenham significados semelhantes, são empregados para comunicar situações 
de diferentes e se fundamentam em posicionamentos teóricos-metodológicos 
divergentes. 
 Segundo Romeu Sassaki5 (1997), a integração e a inclusão são dois métodos 
de extrema importância em uma sociedade inclusiva. A integração escolar ocorre 
quando crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais são 
inseridas para conviver com os outros alunos. A integração e a inclusão estão ligadas 
ao acesso de crianças com necessidades especiais ao ensino regular, porém há 
diferença no método em que ocorrem. 
Já a inclusão é o resultado do ato de incluir e de inserir algo ou alguém 
(FONSECA, 2003). A inclusão abrange não somente a criança com deficiência mental 
ou física, mas envolve todas as crianças com algum tipo de necessidades 
educacionais especiais (NEE), que estejam associadas a algum tipo de dificuldade na 
aprendizagem. 
Dessa forma, a Constituição Brasileira de 1988 em seu Art. 205 assegura que 
“A educação é direito de todos e dever do Estado e da família“, garantindo dessa 
forma o direito a todos por uma educação de qualidade. Nesse mesmo sentido, a 
Constituição de 88 ainda afirma que “o dever do Estado com a educação será 
efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializado aos 
portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. (BRASIL, 
1988, Art. 208) 
Nesse sentido a escola regular deve favorecer e colaborar para uma inclusão 
eficaz independente se o aluno possui ou não necessidades educacionais especiais 
(NEE), assegurando dessa forma uma educação de qualidade e a permanência de 
todos na escola. Segundo definição de Claudia Werneck6 (1997, p. 52), ”incluir é 
humanizar caminhos”. 
 
5 Romeu Sassaki é considerado o “pai da inclusão”, ele é pesquisador da área e autor do livro inclusão: 
construindo uma sociedade para todos. 
6 Claudia Werneck que é escritora, jornalista e defensora incansável da inclusão, acessibilidade e direitos das 
pessoas com deficiência. A autora escreveu 14 livros, vendeu mais de 400 mil exemplares e tornou-se a única 
autora recomendada simultaneamente pela UNESCO e UNICEF. 
15 
 
Nessa perspectiva, segundo Mantoan (2003, p. 181), integrar significa 
simplesmente colocar o aluno em sala de aula, e assim dizer que está em uma sala 
de ensino regular, ou ainda, agrupá-lo em salas de ensino regular. Já incluir, “é 
incompatível com a integração, já que prevê a inserção escolar de forma radical, 
completa e sistemática”, ou seja, a inserção total do aluno dentro da sala de aula. 
Rosita Edler Carvalho7 (1998), completa essas definições sobre a integração: 
 
[...] tem sido conceituada como um processo de educar/ensinar crianças 
ditas normais junto com crianças portadoras de deficiência, durante uma 
parte ou na totalidade do seu tempo de permanência na escola. Trata-se de 
um processo gradual e dinâmico, que assume várias formas segundo as 
necessidades e características de cada aluno, sempre levando em 
consideração seu contexto socioeconômico (CARVALHO, 1998, p.36). 
 
Em relação ao conceito de inclusão/exclusão educacional, Lígia Assumpção 
Amaral8 (1999, p.20) escreveu sobre o modo de pensar das pessoas ditas ‘normais’ 
em relação às pessoas com deficiência e que necessitem de atendimento educacional 
especializado, “[...] vilões (de quem devemos ter medo), ou como vítimas (de quem 
devemos ter pena), [...] heróis a quem devemos admirar”, essa é a forma que muitos 
observam a inclusão. 
O educador está acostumado a explorar os espaços educacionais com seus 
alunos, buscando perceber o que cada um deles consegue apreender do que está 
sendo estudado e como procedem ao avançar nessa exploração (MANTOAN, 2003). 
Portanto é necessário que os professores sempre se mantenham atualizados, pois é 
preciso encarar a inclusão como uma forma de entender o mundo de uma maneira 
diferente, onde todos os seus alunos, com deficiência ou não, precisam de sua 
mediação para encontrar o caminho para o desenvolvimento e a autonomia. 
 
De pouco adianta, em documentos oficiais, mencionar as necessidades 
básicas de aprendizagem de crianças, jovens e adultos se, em vez de 
perceber como profissional da aprendizagem e especialista no aprendiz, o 
professor se mantiver como o profissional de ensino (CARVALHO, 1998, 
p.143). 
 
 
7 Rosita Edler Carvalho possui uma extensa formação na área da educação e diversas especializações como 
psicopedagogia, mestrado em Políticas Públicas no Instituto Superior de Estudos Estratégicos da ESG em 1984. 
Além de escrever diversos livros direcionados à educação especial. 
8 Lígia Assumpção Amaral é graduada em psicologia e mestra em psicologia social. 
16 
 
As pessoas são diferentes, porém essas diferenças não podem excluir. 
Carvalho (1998, p.146) lembra que “nas novas tendências da educação, em geral, 
entende-se que a educação para todos é também, a educação para cada um”. Dessa 
forma o desenvolvimento de práticas educacionais que aproximem os educadores de 
seus alunos, deve valorizar a forma que o aluno utilizou para resolver determinado 
problema colocado pelo professor, para assim intervir onde o educando apresentou 
suas dificuldades. 
Em relação às mudanças, segundo Carvalho (1998, p.151) “só se efetivarão 
quando estivermos juntos: os da educação especial e os do ensino regular, em busca 
do especial na educação, isto é, em busca do aprimoramento de sua qualidade”. 
Especial na educação e não o educando especial, encontrar juntos uma educação 
capaz de formar cidadãos que se respeitam e busquem seus direitos. 
A formação inicial deste educador também é uma questão que precisa ser 
levada em consideração. Mantoan (2003, p.53) citando este docente “[...] estão 
habituados a aprender de maneira fragmentada e essencialmente instrucional”, os 
professores não conseguem colocar em prática o que aprendem nos cursos de 
formação por diversos motivos, e espera que lhe ensinem como lidar especificamente 
com cada aluno. É claro que é preciso ter um embasamento teórico para se trabalhar 
em sala de aula, mas o educador esquece que precisa conhecer os seus alunos para 
desenvolver práticas educativas que integrem todos os alunos, ao invés de segregar 
alguns. Mantoan continua: 
 
Ensinar, na perspectiva inclusiva, significa ressignificar o papel do professor, 
da escola, da educação e de práticas pedagógicas que são usuais no contexto 
excludente do nosso ensino, em todos os níveis. [...] Assim, uma preparação 
do professor nessa direção requer um design diferente das propostas de 
profissionalização existentes e de uma formação em serviço que também 
muda [...] (MANTOAN, 2003, p.54 - 55). 
 
Dessa forma é preciso que o educador entenda que também é necessário 
ensinar valores aos seus alunose que esses também têm o que lhe ensinar. Nesse 
sentido, se ele não mudar sua forma de pensar ensinará a seus alunos a não respeitar 
as diferenças. 
A formação inicial e continuada, segundo Carvalho (1998, p.151) precisa 
“mudar a atitude dos educadores frente à diferença, bem como todo um conhecimento 
de como facilitar a aprendizagem de seus alunos”, é preciso investir na capacitação 
17 
 
dos docentes para que também saibam utilizar os recursos necessários para seus 
alunos. A realidade mostra que muitos professores não têm recursos financeiros, e/ou 
apoio de seus superiores para investir em cursos de aperfeiçoamento. 
A escola não fica de fora desse debate, muitos de seus alunos são excluídos 
por não acompanharem o ensino oferecido por ela, não sendo uma instituição que 
deveria ensinar a todas as crianças. Ainda, segundo Mantoan (2003, p.18) “A escola 
não muda como um todo, mas os alunos têm de mudar para se adaptar às suas 
exigências”. 
A grande maioria desses alunos só têm acesso ao conhecimento nessa escola 
que segrega, ou seja, separa conhecimentos e serviços educacionais, como, por 
exemplo, sala especial, reforço escolar, para este ou aquele aluno, continua com o 
atendimento especializado. Algumas mudanças, segundo Mantoan (2003), seriam 
necessárias para contribuir com a inclusão, como abolir esses serviços que separam 
e excluem nossos alunos, contribuindo para a diversidade educacional. 
 
A escola, entretanto, existe em função do aluno. O aluno ingressa nela para 
se apropriar, de conhecimentos, de habilidades, para aprender a se 
relacionar crítica e produtivamente na sociedade. Se isso não ocorre, a escola 
não está cumprindo sua função. O sucesso dos alunos não pode depender da 
sua capacidade de se adaptar aos códigos existentes dentro dela. Essa é a 
caracterização da cultura do fracasso. Essas crianças com carência social e 
cultural são vistas como incapazes de aprender e avançar dentro de uma 
escola acabada e perfeita, que se julga imune a qualquer avaliação 
(MANTOAN, 2003, p.59). 
 
 Dessa forma compreende-se que a inclusão é extremamente importante, além 
de ser um ato de cidadania, nesse sentido todos fazem parte da inclusão, pois, 
aprendem, pensam, agem, veem o mundo de formas diferentes, todavia todas essas 
diferenças devem ser respeitadas. 
 
A escola prepara o futuro, e, se as crianças aprenderem a valorizar e a 
conviver com as diferenças nas salas de aula, serão adultos bem diferentes 
de nós, que temos de nos empenhar tanto para entender e viver a 
experiência da inclusão (MANTOAN, 2003, p.61). 
 
Portanto é preciso muitas iniciativas para diminuir a exclusão escolar e 
assegurar o direito das pessoas com necessidades especiais, podendo recorrer aos 
aspectos legais de seus direitos. Além da colaboração da escola, educadores, alunos, 
18 
 
sociedade, governantes, família na formação dessas crianças e assim cresceriam com 
outro olhar diante das diferenças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO DE SÃO 
BERNARDO DO CAMPO 
 
O objetivo desta seção é conhecer como a educação inclusiva acontece em 
São Bernardo do Campo, uma vez que a sua história sobre a inclusão não é muito 
diferente do restante do país, a cidade caminha para transformar a estrutural exclusão 
19 
 
em inclusão, além de conhecer os espaços, serviços e recursos oferecidos visando o 
desenvolvimento dos alunos. 
Na década de 1990, houve investimentos na Educação Especial como 
substitutiva da escola regular com atendimento exclusivo nas escolas especiais para 
alunos surdos e para alunos com deficiência intelectual. Por aproximadamente uma 
década os investimentos foram voltados para a criação de classes integradas na 
escola regular, também conhecidas como classes especiais que ocupam os espaços 
da escola, porém em classes compostas somente por alunos com deficiência. 
Surge nesta época a preocupação com a educação infantil e com a estimulação 
dos alunos com deficiência o mais cedo possível, com a implantação de um novo 
programa para estimulação das crianças com deficiência. 
Com a aproximação do novo milênio, as discussões sobre a inclusão escolar 
são mais intensas no município e com isso nova legislação e documentos tem por 
orientação que a escola esteja de portas abertas para receber todas as crianças com 
deficiência do município nas escolas comuns e os investimentos são destinados aos 
apoios e recursos necessários para o acesso, a permanência e o sucesso deste aluno 
na escola comum, não havendo mais possibilidade de frequência na escola 
especializada em substituição a escola regular. 
Atualmente, todos os alunos da rede pública são matriculados na escola regular 
e quando o professor da turma verifica que há algum aluno em que ele necessita de 
maior orientação faz um relatório e inicia-se o estudo de caso. Segue algumas datas 
importantes na história da inclusão em São Bernardo do Campo (SÃO BERNARDO 
DO CAMPO, 2019). 
Segregação: 
1957: Abertura de sala de educação de surdos; 
1967: Criação da APAE em São Bernardo do Campo; 
1970: Criação do Serviço de Educação Especial do município. Construção da 
escola Rolando Ramacciotti. 
Integração: 
1990: Primeira experiência de integração na escola Lauro Gomes. Alguns 
alunos com deficiência são encaminhados para salas integradas. 
1991: Surge o primeiro programa de estimulação essencial para alunos de 0 a 
6 anos com deficiência, atendimento inédito na educação especial. 
Inclusão: 
20 
 
1999: Iniciam-se discussões institucionais sobre a educação inclusiva e as 
primeiras matrículas na rede regular de ensino. 
2004: Instituições das salas de recursos nas escolas comuns, conforme indica 
a Política Nacional de educação especial na perspectiva da educação Inclusiva 
Extinção das classes integradas. 
2006: Elaboração e publicação do Caderno de Validação, cuja orientação é a 
de que a escola comum se torna “porta de entrada” de todos os alunos. 
2009: Instituição de modelo “escolas-polo” 
Vale acrescentar que em março de 2008 houveram mudanças significativas no 
atendimento aos alunos com deficiência principalmente na escola regular. As 
discussões que acompanharam o processo de elaboração da Política Nacional de 
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva evidenciaram que a 
inclusão escolar constitui um processo muito mais amplo do que o atendimento de 
pessoas com deficiência. A política aponta para a necessidade de pensar no 
atendimento a todos os alunos considerando suas diferenças: físicas, cognitivas, 
raciais, culturais, sociais entre outras. 
Vale a pena se debruçar sobre o tema que se refere aos serviços e recursos 
disponíveis aos alunos especiais do município de São Bernardo do Campo. 
As escolas polo em surdez: Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) 
Olavo Bilac e EMEB Neusa Macellaro, elas se diferenciam por atender um número 
maior de alunos surdos, com professores especializados na área de deficiência 
auditiva e com proficiência em Libras atuando junto ao professor da classe comum. 
É importante destacar a respeito da história dessas escolas: a EMEB Olavo 
Bilac está localizada na Avenida Doutor Carlos de Campos, 05 – Vila Mussolini – São 
Bernardo do Campo. Trata-se de uma escola municipal e possui 374 alunos na 
Educação Infantil. Inicialmente a escola tinha o nome de Parque Juvenil de Vila 
Mussolini que atendia alunos de 7 a 12 anos, no período oposto ao da Escola Estadual 
de 1.º grau, onde estudavam. No Parque Juvenil desenvolviam atividades manuais 
(marcenaria, bordado, etc.), tendo também atendimento específico no 
acompanhamento das “lições de casa”. Somente em 1979 recebeu o nome Olavo 
Bilac (SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2019). 
Em 1988, foi construída a Escola Municipal de Educação Especial Neusa 
Bassetto, (que está localizada na rua R. Padre Antônio de Souza Lima - Assunção, 
São Bernardo do Campo), para atendimento específicode crianças surdas. Nesta 
21 
 
época, a EMEB Olavo Bilac, também atendia alunos com esta necessidade 
educacional especial, mas sem um acompanhamento sistemático. 
Em 1995, o Serviço de Educação Especial, juntamente com o Serviço de 
Educação Infantil, com o objetivo de garantir um direito previsto em lei, e de oferecer 
uma educação de qualidade a todos os alunos, inclusive àqueles com necessidades 
especiais, estruturaram um trabalho de integração entre as duas escolas (EMEB 
Neusa Bassetto e EMEB Olavo Bilac), através do projeto de integração da criança 
surda com a criança ouvinte, transformando este atendimento em um programa. 
Escola com atendimento exclusivo: Escola Municipal de Educação Básica 
Especial (EMEBE) Rolando Ramacciotti que foi construída em 1970 e está localizada 
na Rua Warner, 300, bairro Anchieta. A EMEBE atende alunos adultos com deficiência 
intelectual e outros quadros de deficiência. Além dos alunos matriculados há muitos 
anos em escola especial e que não foram para o ensino comum. Também possui 
oficinas coordenadas por professores da Educação Especial, Artes, Educação Física 
e Tecnologia (PAPP TEC), porém não tem matrícula aberta para novos alunos (SÃO 
BERNARDO DO CAMPO, 2019). 
A EMEB Neusa Bassetto possui atendimento exclusivo, além de atender alunos 
com surdez (acompanhada ou não por outros quadros clínicos), a escola é bilíngue 
com ensino em Libras (Língua Brasileira de Sinais) como primeira língua e Língua 
Portuguesa escrita como segunda língua. A matrícula é realizada após avaliação 
clínica e pedagógica. 
Vale acrescentar que a inclusão das pessoas surdas foram as primeiras a ser 
instruídas institucionalmente. Dessa forma, em 1957 foi instalada uma classe na 
Chácara Queiroz Ferreira para atender alunos surdos. Tal classe recebeu a 
denominação de Escola Municipal de Surdos (SÃO BERNARDO DO CAMPO, 1985). 
Em 1973, essa escola foi transferida para o Colégio Brasília e funcionava em classes 
anexas a este colégio. Porém, o aumento da demanda por esse tipo de atendimento, 
ocasionou em 1976, sua instalação em um prédio municipal no Parque Santo Antônio, 
originando o Núcleo de Educação de Deficientes da Audiocomunicação (Nedac), com 
a direção da professora Neusa Bassetto. 
Já em 1980, o Nedac passou a denominar-se Escola Municipal de Educação 
de Deficientes da Audiocomunicação (Emedac) Neusa Bassetto, homenageando a 
professora que muito havia contribuído para com a educação especial dos municípios 
de São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul. 
22 
 
Todavia, devido a difícil localização da escola no Parque Santo Antônio, espaço 
físico e instalações inadequadas, os pais dos alunos mobilizaram-se para reivindicar 
melhores instalações e transporte e em 1988 a escola foi transferida para o bairro do 
Rudge Ramos, onde funciona até o término dessa pesquisa. 
Essa escola representa diversas concepções, no início de sua criação seguia 
uma orientação oralista que desencadeou uma prática pedagógica pautada no 
treinamento auditivo e no aprendizado da fala como pré-requisito para um posterior 
ensino dos conteúdos escolares (SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2007). 
Além de alunos surdos, nessa perspectiva o Serviço de Atendimento à Pessoa 
com Deficiência Visual (SAPDV) realiza o atendimento aos alunos com baixa visão ou 
com cegueira, matriculados nas EMEBs, além de atender a munícipes jovens e 
adultos, oferecendo atendimento para aprendizagem do Braille, Soroban e Noções de 
informática Adaptada. Faz parte desse núcleo ainda o Núcleo de Material Adaptado 
(onde se adaptam às atividades oferecidas aos alunos matriculados nas EMEBs). 
É possível perceber que a educação especial do município de São Bernardo 
compreende que a complexidade do processo educacional necessita de múltiplos 
olhares para ser entendida e que o trabalho multiprofissional muito tem a contribuir 
com o desenvolvimento das propostas educacionais e, consequentemente, dos seus 
alunos. 
Vale acrescentar que a equipe multiprofissional é aquela composta de 
profissionais de diferentes especializações. Na Secretaria de Educação estes 
profissionais são: psicoterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e 
assistente social, todos com seus saberes profissionais articulados para o melhor 
atendimento à escola e consequentemente ao aluno e sua família. 
Além disso, todas as escolas possuem um professor de atendimento 
educacional especializado (AEE), onde esses profissionais atuam nas escolas 
comuns, em parceria com os demais professores e equipes gestoras, das escolas 
polo e no Serviço de Apoio à Pessoa com Deficiência Visual (SAPDV). 
Todas as escolas de educação infantil e ensino fundamental contam com um 
professor de referência que trabalha com as crianças com deficiência, transtornos do 
espectro do autismo e altas habilidades ou superdotação, por meio do atendimento 
no contra turno (no período contrário ao da frequência no ensino comum), ensino 
colaborativo (no próprio período de frequência no ensino comum em atividades 
planejadas em parceria com o professor da turma) e suporte às unidades escolares 
23 
 
(em ações de elaboração de materiais e recursos, orientação ao professor e as 
famílias). 
O atendimento no período inverso ao horário de aula tem como objetivo reforçar 
/ complementar a educação, realizado pelo professor de AEE que tem como principal 
objetivo eliminar ou minimizar barreiras para o desenvolvimento das aprendizagens 
dos alunos, por meio de estratégias, disponibilização de serviços e de recursos de 
acessibilidade. 
O município seguiu quase que na íntegra o art. 2° e o parágrafo único da 
supracitada Res. nº 04/09, pensando no atendimento no contraturno do horário de 
aula: 
Um serviço da educação especial desenvolvido na rede regular de ensino que 
tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno 
por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e 
estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na 
sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem. 
Recursos de acessibilidade na educação aqueles que asseguram condições 
de acesso ao currículo dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, 
promovendo a utilização dos materiais didáticos e pedagógicos, dos espaços, 
dos mobiliários e equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, 
dos transportes e dos demais serviços (SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2011a, 
p. 1). 
 
Vale acrescentar que de acordo com o Censo de 2020 a estimativa da 
população de São Bernardo do Campo é de 885.483 moradores, sendo que 165.428 
munícipes possuem algum tipo de deficiência, sendo que dessas pessoas 3,4% é 
deficiente visual, 2,3% possui deficiência motora e cerca de 1,1% possui deficiência 
mental ou intelectual (IBGE, 2010). Além disso, o município de São Bernardo do 
Campo possui 253 escolas públicas com 70 salas de recursos e cerca de 180 mil 
alunos, distribuídos da seguinte forma: 
Matrículas em creche: 20.384 estudantes 
Matrículas em pré-escola: 20.879 estudantes 
Matrículas anos iniciais do ensino fundamental: 55.579 estudantes 
Matrículas anos finais do ensino fundamental: 41.467 estudantes 
Matrículas ensino médio: 30.351 estudantes 
Matrículas EJA: 7.792 estudantes 
Matrículas educação especial: 3.584 estudantes (CENSO/ INEP, 2018). 
 
24 
 
Diante de todo o exposto é possível concluir que a educação inclusiva em São 
Bernardo passou por grandes transformações de uma educação segregadora para 
uma educação inclusiva, todavia mesmo com grande sucesso esse processo está em 
construção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. REFLEXÃO CONCEITUAL SOBRE O AUTISMO E AS 
IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS 
 
Nesta seção foram abordados os sintomas e características dos alunos com 
autismo, além de compreender as barreiras que esses alunos enfrentam para obter 
uma aprendizagem de qualidade e significativa. Não seesquecendo do papel que a 
família desempenha na eficácia da inclusão escolar dos alunos com TEA, pois a 
família possui papel fundamental em seu desenvolvimento. 
25 
 
Diante do exposto é necessário entender quais são as características das 
crianças com TEA que possibilita melhor compreensão dos obstáculos que esses 
alunos enfrentam, permitindo dessa forma delimitar quais são os limites da educação 
dessas crianças, com o objetivo de promover um processo de ensino aprendizagem 
eficaz. 
Vale acrescentar que é necessário analisar os desafios que esses alunos 
encontram no processo de alfabetização, além de identificar as barreiras que o 
professor encontra na prática educacional da criança em relação a sua necessidade. 
Nesse sentido a escola tem a função de formar cidadãos com habilidades e 
competências de forma que propicie uma aprendizagem de qualidade e significativa, 
além de possibilitar aos mesmos desenvolver criticamente sua cidadania. Dessa 
forma a escola deve ser um espaço educacional democrático, com a participação de 
toda a equipe escolar e da comunidade. 
 
 
4.1 Autismo 
 
As crianças com TEA possuem vários aspectos em comum, como dificuldade 
na interação social e na comunicação não verbal, além de possuírem certos aspectos 
repetitivos relacionados ao seu interesse e geralmente não demonstram empatia. A 
gravidade do autismo é classificada em três níveis, sendo o um mais sutil, o dois é 
mais moderado e os três o mais graves. 
 
Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde idades 
muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se 
caracteriza por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no 
uso da imaginação (MELLO, 2007, p. 11). 
 
Ainda de acordo com o referido autor, embora as crianças com TEA possuem 
grandes aptidões cognitivas, normalmente enfrentam barreiras com concepções 
abstratas, mesmo possuindo elevado vocabulário não são capazes de utilizá-los 
socialmente. Apresentam como característica a dificuldade na interação social e na 
comunicação não verbal, além de demonstrarem muita ansiedade em novos 
ambientes. 
26 
 
Não há causa conhecida para o transtorno, todavia existe a possibilidade de 
ser um conjunto de vários motivos. Nesse sentido Nuno Lobo Antunes9 (2009, 
 p.78), afirma “muitos investigadores acreditam que o autismo se deve a uma 
exposição dos fetos elevada de testosterona, o que explicaria o elevado número de 
rapazes com esta Síndrome”. Há pesquisas que apontam para problemas durante a 
vida uterina ou até mesmo no momento do parto. 
 
A investigação afirma claramente que a TEA é uma alteração no 
desenvolvimento, causada pela disfunção de estruturas e sistemas 
específicos do cérebro, que poderão não se ter desenvolvido por completo, 
devido a anomalias cromossomáticas, ou por terem sido danificadas durante 
a gravidez, o nascimento ou os primeiros meses de vida (ATTWOOD, 2010, 
p.158). 
 
Não há cura para a TEA, todavia quanto mais precocemente for o diagnóstico, 
melhores resultados serão obtidos com as intervenções multidisciplinares, como 
tratamento psicoterapêutico, a nível educacional, social e através de terapias 
comportamentais, onde é possível melhorar os sintomas e aprimorar as habilidades, 
entre elas os movimentos repetitivos e desajeitados. Alguns TEA são identificados no 
período escolar, quando são observados os obstáculos na interação social e a falta 
de habilidades motoras. 
 
 
 
4.2 Desafios da inclusão no ensino 
 
Além de enfrentar a pressão da família dos alunos, muitos educadores têm de 
aprender a lidar com o próprio preconceito. Isso deveria ser trabalhado desde a 
formação inicial. Se a inclusão é garantida por lei, como podem os professores sair da 
faculdade sem conhecer o assunto? É o que é mais questionado por especialistas em 
educação em diversos segmentos. 
Nesse sentido, com relação ao comportamento aprendido, denota-se que 
educadores, diretores, pais, estudantes, nenhum deles nasce com preconceito. A 
intolerância é assimilada e fomentada pela sociedade, sendo muitas vezes resistente 
 
9 Nuno Lobo Antunes é médico neuropediatra. 
27 
 
quando se trata de lidar com as diferenças, todavia essas diferenças devem ser 
respeitadas ( PHILIPPE ARIÉS10, 1981, p. 90). 
A discriminação surge da necessidade de qualificar as coisas e os indivíduos 
dentro do que é socialmente considerado normal. As crianças só repetem as atitudes 
dos adultos em relação às pessoas com deficiência e ao papel que estas 
desempenham na sociedade. 
 
Desde as civilizações primitivas o homem se organiza socialmente centrado 
em si mesmo. Com base nisso, ele julga os demais pelas roupas que usam, 
pelos alimentos que consomem, por suas histórias e sua moral. Os grupos 
são formados de acordo com a classe social, idade, cultura, religião, região 
onde vivem estéticas (ARIÉS, 1981, p. 128). 
 
As chamadas comunidades de referência pressionam as demais e ensinam 
atitudes como o deboche. Assim, quando uma pessoa ocupa uma posição que pela 
“normalidade”, não faz sentido, surge o estranhamento. Segundo Luzia Bontempo11 
(2002, p. 11), “o primeiro passo para se combater a intolerância e efetivamente 
promover a inclusão dessas crianças” é aceitar que elas existem e são detentoras dos 
mesmos direitos que as demais. 
Verifica-se que a resistência às pessoas com deficiência é fruto do 
desconhecimento sobre o assunto. Só quem tem mais contato sabe que elas podem 
se desenvolver se forem motivadas. Estatisticamente falando, sabe-se que cerca de 
60% das crianças com deficiência sofreram ou sofrem algum tipo de discriminação em 
diferentes situações inclusive na escola. No entanto, somente 38,7% dos 
responsáveis por elas tomam providências (BONTEMPO, 2002). 
 
 
 
 
 
4.2.1 O papel da educação no processo inclusivo 
 
A escola é um espaço onde o preconceito deve ser combatido, pois a inclusão 
ensina a tolerância. Dessa forma, é papel da escola promover a conscientização, tanto 
 
10 Philippe Ariés foi um importante historiador e medievalista francês da família e infância. 
11 Luzia Bontempo é pós-graduada em Supervisão Escolar, em Metodologia do Ensino Superior e em 
Alfabetização e professora de cursos de capacitação docente 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Historiador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medievalista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inf%C3%A2ncia
28 
 
no ambiente escolar como na comunidade local. Nesse sentido, a chegada das 
crianças com deficiência possibilita uma grande reflexão nesse sentido. 
Especialistas afirmam que a inclusão escolar é uma revolta silenciosa. Para 
que ela aconteça, no entanto, toda a equipe deve pensar em conjunto. Conforme 
Constance Kamii12 (1991, p. 33) “a ideia precisa estar incluída na proposta pedagógica 
e levar todos a conhecer melhor o assunto”. Quando não há informação, torna- se 
angustiante para o professor receber esse aluno e lidar com ele. O trabalho em equipe 
leva todos os educadores e funcionários a desempenhar de maneira mais eficiente 
seu papel nessa área. 
Segundo Jean Piaget13 (1978, p. 31) "Ao receber uma criança com 
necessidades especiais, é comum o professor ficar ansioso, com receio de não dar 
conta do recado”. Diante deste desafio, devem-se buscar informações com colegas 
que já haviam vivenciado tal situação e pesquisar conhecimentos teóricos em livros e 
revistas para enriquecer a prática em sala de aula. 
Piaget (1978, p. 45), ainda reforça a importância do preparo do educador em 
receber o aluno com NEE (necessidade educacional especial) “trabalhando-se dessa 
forma, promove-se uma interação bem mais consistente a exemplo de trabalhos com 
leituras, e principalmente, trazendo os devidos esclarecimentos para a turma, fica 
mais fácil à convivência e o desenvolvimento cognitivo da criança”. 
Para promover a inclusão da criança com necessidades especiais nas sériesregulares pode-se, por exemplo, trabalhar com brinquedos cantados que visam 
explorar o tema por meio de múltiplas linguagens (corporal, escrita, oral, plástica, 
musical, matemática), para que todos possam expressar-se de diversas maneiras, 
construindo laços por meio de brincadeiras que proporcionam interações e 
aproximações físicas. 
Ao trabalhar com múltiplas linguagens, as crianças podem perceber que 
existem muitas maneiras de se expressarem. Geralmente, a escola valoriza muito a 
linguagem escrita, em detrimento de outras formas de expressão, todavia todas 
 
12 Constance Kamii é mestra em educação e doutora em educação e psicologia. 
13 Jean Piaget foi um renomado psicólogo e filósofo suíço, conhecido por seu trabalho pioneiro no campo da 
inteligência infantil. Piaget passou grande parte de sua carreira profissional interagindo com crianças e 
estudando seu processo de raciocínio. Seus estudos tiveram um grande impacto sobre os campos da Psicologia 
e Pedagogia. 
 
29 
 
possuem sua importância para o desenvolvimento e aprendizagem do educando 
(PIAGET, 1978). 
Constitui-se uma oportunidade de afirmar para os alunos que as diferenças 
fazem a turma ficar ainda mais interessante, pois sempre se tem muito a aprender 
com o outro e respeitá-lo já é um grande aprendizado. A presença de crianças com 
necessidades especiais em séries regulares traz uma oportunidade de conviver com 
as diferenças na sala de aula. 
A solidariedade e a cooperação passam a fazer parte da rotina do ambiente de 
sala de aula. Incluir crianças com necessidades especiais não é apenas mantê-las 
matriculadas na escola; é preciso garantir seus direitos de cidadã e a oportunidade de 
vivenciar experiências educativas de qualidade e significativas para todos os alunos. 
A escola deve proporcionar múltiplas aprendizagens e vivências. Ao 
desenvolver esse trabalho, é preciso considerar sua importância no processo de 
inclusão e desenvolvimento das crianças com necessidades educacionais especiais. 
Portanto o âmbito escolar produz grandes benefícios para todas as crianças, 
inclusive para as crianças com TEA, pois a aprendizagem produz grandes 
experiências de socialização com os outros alunos, considerando que uma escola 
regular seja efetivamente uma escola para todos. 
Dessa forma é necessário constituir mudanças no sistema escolar para que o 
atendimento à inclusão beneficie o aluno em suas necessidades educacionais. 
Segundo Leny Magalhães Mrech14 (1988) o ideal para a escola inclusiva é que toda a 
criança independente se tenha necessidade educacional especial ou não, sejam 
tratadas da mesma forma. 
Na inclusão o vocabulário de integração é abandonado, uma vez que o 
objetivo é incluir um aluno ou um grupo de alunos que já foram 
anteriormente excluídos. A meta primordial da inclusão é não deixar 
ninguém no exterior do ensino regular, desde o começo (WERNECK, 1997, 
p.52). 
 
Na escola inclusiva é necessária uma proximidade maior entre equipe escolar, 
professores e os alunos com NEE, essa interação irá proporcionar maior facilidade 
em analisar e superar as dificuldades encontradas por esses alunos no processo de 
ensino aprendizagem e em seu desenvolvimento geral. 
 
 
14 Leny Magalhães Mrech é psicóloga, socióloga e psicanalista 
30 
 
4.2.2 Vida escolar e o envolvimento da família 
 
Um momento importante para as crianças com TEA é o início da vida escolar, 
pois nessa etapa é possível à socialização com outras crianças que geralmente 
representam papel significativo em seu desenvolvimento, além de normalmente 
apresentarem um grande interesse por uma área de conhecimento, sempre 
relembrando os assuntos estudados e discutidos. Tony Attwood15 (2010, p. 78), afirma 
que “quando a criança atinge cinco anos de idade, regra geral, não revela nenhum 
atraso na linguagem, mas manifesta problemas com determinadas competências 
linguísticas, mais especificamente na área da pragmática”. 
No período de aprendizagem e desenvolvimento é de grande importância 
analisar as individualidades para se necessário realizar uma intervenção pedagógica. 
Nesse sentido, o professor é peça fundamental no processo de aprendizagem do 
aluno com TEA, adequando as atividades a suas necessidades, como também 
analisando seu comportamento. 
 
A escola não pode continuar ignorando o que acontece ao seu redor e nem 
anulando e marginalizando as diferenças nos processos pelos quais forma e 
instrui os alunos. E muito menos desconhecer que aprender implica ser capaz 
de expressar, dos mais variados modos, o que sabemos, implica representar 
o mundo a partir de nossas origens de nossos valores e sentimentos 
(MANTOAN, 2003, p. 12). 
 
Dessa maneira a escola deve propiciar que os alunos vivenciem experiência, 
possibilitando seu desenvolvimento. Cabe ao professor ser o protagonista dessa 
aprendizagem. Para Rita Jordan16 (2000, p.39), “os bons professores estão 
habituados a adotar como primeiro passo de ensino, o estabelecimento de uma boa 
relação para estimular e motivar a aumentarem os seus conhecimentos acadêmicos”. 
O âmbito escolar produz grandes benefícios para todas as crianças, inclusive 
para as crianças com TEA, pois a aprendizagem produz grandes experiências com os 
outros alunos, em uma escola regular considerada efetivamente uma escola para 
todos. 
Escola inclusiva é aquela que garante a qualidade de ensino a cada um de 
seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a 
cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades. Uma escola 
somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada, para 
 
15 Tony Attwood é um psicólogo britânico notável por seu trabalho sobre a síndrome de Asperger. 
16 Rita Jordan é psicóloga e pesquisou e escreveu sobre muitos aspectos do autismo. 
31 
 
favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, 
deficiência, condição social ou qualquer outra situação. Um ensino 
significativo é aquele que garante o acesso ao conjunto sistematizado de 
conhecimentos como recursos a serem mobilizados (HENRIQUES, 2012, p. 
09). 
 
Dessa forma é necessário realizar mudanças no sistema escolar para que o 
atendimento à inclusão beneficie o aluno em suas necessidades educacionais. 
Segundo Mrech (1988) o ideal para a escola inclusiva é que toda a criança 
independente se tenha necessidade educacional especial ou não, sejam tratadas da 
mesma forma. 
Na escola inclusiva é necessária uma proximidade maior entre o professor e o 
aluno com necessidade educacional especial (NEE), o que proporcionará uma 
facilidade maior de analisar as dificuldades desses alunos. 
Nesse contexto para um bom desempenho escolar é necessário o 
acompanhamento familiar, porém quando falamos a respeito de alunos com TEA essa 
parceria é fundamental para o desenvolvimento do aluno no processo de 
aprendizagem. 
 A parceria entre familiares e profissionais é fundamental para o bem estar 
do aluno com necessidades educacionais especiais, assim como para o seu 
sucesso acadêmico. Sendo assim, não podemos desconsiderar a participação 
dos familiares no planejamento do programa educacional voltado para esses 
alunos (SILVA, 2010, p. 153). 
 
Dessa forma a família é o elo entre a escola e o aluno, e quem poderá fornecer 
informações a respeito de necessidades e desenvolvimento, por esse motivo é 
fundamental a confiança mútua. Portanto a família exerce papel de grande destaque 
para o desenvolvimento dos educandos, em especial para as crianças com TEA. 
Dessa forma o envolvimento da família é primordial para a aprendizagem desse aluno. 
Para Álvaro Marchesi17 (1995) a participação da família é indispensável no 
processo de aprendizagem, pois as crianças com TEA ou NEE necessitam de 
estimulação constante, o que contribui para o desenvolvimento cognitivo assim como 
a afetividade também tem um papel fundamental no processo de aprendizagem de 
modo geral. 
Nessa reflexão, quando a criançarecebe carinho, atenção e incentivo, ela se 
desenvolve mais rápido e de maneira mais satisfatória. Porém a inclusão é um 
 
17 Álvaro Marchesi é autor e responsável por uma das reformas educacionais em seu país. 
32 
 
processo contínuo. Conforme afirma José Raimundo Facion18 (2009) a inclusão é feita 
de desafios e conquistas diárias. 
Dessa forma é importante que os educadores tenham um relacionamento de 
parceria com as famílias dos alunos com NEE, pois a aprendizagem do aluno deve 
ser contínua, não ficando restrita somente a escola e aos professores, pois a família 
é peça fundamental em seu desenvolvimento, principalmente nos alunos com 
necessidades educacionais especiais. 
Portanto é necessário assegurar o direito das pessoas com necessidades 
especiais, que devem ser respeitadas, podendo recorrer aos aspectos legais de seus 
direitos. Mesmo que ainda existam muitas discrepâncias entre o que são direitos do 
que realmente acontece no dia a dia, é essencial a busca para que as mesmas 
diminuam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Ao longo deste trabalho de pesquisa procurou-se entender os caminhos que 
levam a criança com transtorno global de desenvolvimento a frequentar a escola 
regular. O processo de inclusão escolar requer que a sociedade tenha um novo olhar 
para as diferenças do indivíduo, determinando um compromisso assumido por todos, 
pois o ser humano possui como principal característica, a pluralidade, e não a 
igualdade ou a uniformidade. 
A construção de uma escola inclusiva é um desafio, pois requer quebra de 
paradigmas. A escola inclusiva tem o seu processo educativo como um processo 
 
18 José Raimundo Facion, é psicólogo especialista em psiquiatria infantil e neuropediatria 
33 
 
social, onde todas as crianças com transtorno global de desenvolvimento têm direito 
à escolarização o mais próximo possível do normal. 
A inclusão na sala de aula regular traz a ideia de igualdade de direito e 
principalmente o respeito às diferenças. Para isso o acesso para crianças com 
transtorno global de desenvolvimento, quando elas são inseridas na educação 
inclusiva há a necessidade de espaços físicos adequados, ambiente adaptado às suas 
necessidades e desenvolvimento de atividades educacionais que estimulem aptidões 
e que contribua efetivamente para o desenvolvimento psicomotor, cognitivo e social. 
A atuação e a forma de tratamento do aluno da escola inclusiva é diferente na 
sua forma de tratamento em relação às escolas tradicionais. Uma das diretrizes 
elaboradas para essa instituição é a de que os professores tenham uma maior 
proximidade com os alunos, focando a captação das suas maiores dificuldades, 
buscando solicitações para que o resultado seja satisfatório. 
Portanto considerando-se o tema de pesquisa, aprender a trabalhar com a 
inclusão é um desafio para os docentes e para a escola de modo geral, é necessário 
criar meios para aprender a trabalhar com perspectiva inclusiva. Assim, o professor 
cuja função é ensinar, tem também a necessidade de aprender. 
 
 
 
 
 
 
 
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[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 28 dez. 2012. 
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nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras 
providências. 
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Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. 
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 FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
Quiozine, Amanda Peruccini 
 Educação inclusiva: a inclusão do aluno com autismo no ensino regular / 
Amanda Peruccini Quiozine, Beatriz Souza de Oliveira, Samantha Cunha Melo dos 
Reis. 2020. 
 37 p. 
 
 Monografia (Graduação em Pedagogia) --Diretoria de Graduação da 
Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2020. 
 Orientação de: Cristiane Gandolfi. 
 
 1. Autismo 2. Aprendizagem 3. Desenvolvimento 4. Educação inclusiva I. 
Oliveira, Beatriz Souza de II. Reis, Samantha Cunha Melo dos III. Título. 
 
CDD 370 
 
 
	2 REFLEXÃO CONCEITUAL SOBRE A INCLUSÃO
	2.1 Um panorama sobre o conceito de inclusão
	3. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
	4.2.2 Vida escolar e o envolvimento da família
	5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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