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UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Curso de Administração Pública Disciplina: Metodologia de estudo e de pesquisa em administração Nome: Polo: Paracambi Matrícula: Atividade avaliativa 2 Considerando de Zanella e Alves como referência, escreva um pequeno texto (dissertativo) explicando a distinção entre conhecimento científico e senso comum (conhecimento ordinário). Lembre-se de explorar (e destacar) de que modo se distanciam e também se aproximam. Rubens Alves destaca a relevância da reflexão para fomentar o conhecimento, em que cada pessoa possa contribuir para a sua construção a partir de diversos questionamentos. Dessa maneira, através da observação reiterada junto com uma análise reflexiva de um determinado assunto, o conhecimento será produzido. Segundo ele, a ciência é considerada um tipo de senso comum refinado, construído a partir da concepção humana, desde que envolva uma reunião de protocolos prédeterminados, em que estabeleçam métodos científicos para se chegar a um resultado viável. Ao passo que o senso comum não possui vinculação com nenhuma regra, pode ser considerado um conhecimento de mundo, oriundo de uma percepção meramente empírica, sem compromisso com caráter científico. Alves ainda afirma que a propagação do mito é temerária, porque influencia em determinado tipo de pensamento sem que ocorra uma análise racional. Tal alegação pode ser observada nos tempos atuais, infelizmente, com certa facilidade. Por exemplo, ao fazer uma consulta médica o paciente não questiona a medicação recebida pelo médico, apenas compra o remédio e o ministra. Simplesmente confiando na legitimidade do profissional. Não que ele deva necessariamente desconfiar do seu ofício, mas que entenda a causa da sua debilidade e o mecanismo de funcionamento que o remédio fará em seu organismo. Nesse caso ilustrativo, observa-se a falta de um senso crítico, existe uma mera atitude passiva de aceitação do resultado sem qualquer tipo de questionamento para entender o próprio estado de saúde. Liane Zanella segue um pensamento similar no âmbito da reflexão de nossas ações, ela realiza um forte destaque para o aprendizado efetivo do conhecimento, principalmente no que tange ao processo de leitura. Segundo a autora, é de suma importância extrair a compreensão da mensagem central do tema, e não apenas decorá-lo, pois a carência desse entendimento prejudica o processo de construção do pensamento crítico. Para realizar uma análise profunda de determinado assunto, é necessário que exista uma bagagem de conhecimento prévio com muita leitura em diversos pontos de vista, e através disso, gerar reflexões a fim de se chegar a uma 1 possível conclusão. Ainda convém mencionar a relação de proximidade da ciência com o senso comum. Para mim, existe uma certa complementariedade até certo ponto. Isso porque ao questionarmos tudo aquilo que nos cerca, seja no comportamento humano ou da matéria, em um primeiro momento, utilizamos aquilo que é perceptível pelos nossos sentidos de alguma forma. Por exemplo, em um dia ensolarado ao apontarmos o dedo polegar na direção do sol, teremos a percepção de que ele é maior que o sol. Entretanto, a ciência, por meio de observações e experiências científicas, descobriu que o sol é cerca de 109 mil vezes maior que o planeta terra1, mas a distância é tão grande, que o torna, aparentemente, menor. Hoje essa comparação pode ser considerada como um absurdo, mas 1000 anos atrás, com a ausência de conhecimentos relativos a astronomia, não. Ou seja, nem sempre nossos sentidos ou percepções estão certos, existe uma limitação para isso. A ciência surge nesse ambiente, a fim de constatar por meio racional, experimental e lógico, aquilo que hipoteticamente achamos do senso comum, de modo a comprovar como sendo verdadeiro ou não. Referências: 1 Disponível no site: <https://www.todamateria.com.br/sol/#:~:text=O%20Sol,3%20milh%C3%B5es %20de%20planetas%20Terra> Retirado em 18/08/2022. ALVES, Rubens. Filosofia da ciência: Introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Brasiliense, 1981. Zanella, Liane Carly Hermes. Metodologia de estudo e de pesquisa em administração. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração, UFSC. 2
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