Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Organização Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Organização Organização formal é um sistema de atividades coordenadas de um grupo de pessoas trabalhando cooperativamente em direção a um objetivo comum e subordinado à autoridade e à liderança Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Produção de Cerâmica • Maria-> fabrica vasos de cerâmica – Amontoa a argila, dá forma ao vaso, aplica o esmalte, leva o vaso ao forno. • Pedidos ultrapassaram capacidade produtiva • Contratou a Ana – Responsável por amontoar a argila e preparar o esmalte – Comunicação informal • Pedidos aumentaram – Contratação de mais 3 funcionários (escola técnica) – Coordenação não apresentou problemas Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Produção de Cerâmica • 2 outros funcionários foram contratados: problemas de coordenação – Peças fora do lugar, erros de processo • 7 pessoas não podiam mais ser coordenadas pela comunicação informal • Maria dedicava cada vez mais tempo com os clientes – Nomeou Ana gerente de oficina: supervisionar e coordenar o trabalho dos 5 operários • Empresa continuou crescendo: analista de sistema e métodos – Mudança: cada pessoa desempenha 1 tarefa em uma das linhas de produtos (potes, cinzeiros, suporte para plantas e animais de cerâmica) – Primeira amontoa o barro, segunda dá forma, terceira modela, etc. Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto • Produção com 4 linhas de montagem – Pessoas seguiam um conjunto de instruções padronizadas, previamente preparadas para assegurar a coordenação do trabalho • Vendas para atacados e oportunidade de diversificar – Telhas, acessórios para banheiro, tijolos de argila – Empresa separada em 3 divisões: produtos de consumo, de construção e industriais • Maria coordenava operações das divisões do seu escritório da Paulista: analisa desempenho trimestral, age quando não atinge taxas de lucro Produção de Cerâmica Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Estrutura da Organização • Exigência de uma atividade organizada: – Divisão do trabalho em várias tarefas; – Coordenação dessas tarefas para executar a atividade – Estrutura da organização definida como o total de maneiras em que trabalho é dividido em tarefas distintas e a coordenação posterior dessas tarefas Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Estrutura da Organização • Não existe a “melhor forma” • Deve refletir a situação da organização – Idade, tamanho, tipo de sistema de produção, complexidade e dinâmica do seu ambiente. • Organizações estruturadas para capturar e dirigir os sistemas de fluxos e definir os inter- relacionamentos das diferentes partes Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Partes básicas da Organização 1. Núcleo operacional: Operadores (base da organização) • Trabalho básico de fabricar produtos e prestar serviços • Organizações mais simples 2. Cúpula/Ápice estratégico: Gerente em tempo integral • Supervisiona todo o processo, condições fronteiriças e estratégia 3. Linha Intermediária: Gerentes de gerentes (conforme organização cresce) • Hierarquia de autoridade entre o núcleo operacional e o ápice estratégico 4. Tecnoestrutura: Analistas e assessores de apoio • Padroniza trabalho como meio de coordenar • Desenha, planeja, muda fluxo operacional e treina pessoas que executa (enfraquece controle de gerentes sobre operadores) • divisão do trabalho: os que fazem (ou supervisionam) e os que padronizam 5. Assessoria de apoio: Unidades especializadas (serv. jurídico, relação pública, restaurantes) 6. Ideologia: Tradições e crenças Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Partes básicas da Organização Cadeia única de autoridade formal • Separadas da linha principal de autoridade • Influência indireta no núcleo operacional Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Núcleo Operacional • Funções: – Asseguram os inputs para a produção – Transformam os inputs em outputs – Distribuem os outputs – Fornecem apoio direto às funções de input, output e transformação (manutenção, inventário de MP, etc.) Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Cúpula Estratégica Assegurar que organização cumpra missão de modo eficaz e atenda às necessidades dos que a controlam/detêm poder sobre ela – Acionistas, governo, sindicatos, consumidores, grupos de pressão • Obrigações: – Supervisão: aloca recursos, emite ordens, autoriza decisões, resolve conflitos, planeja e presta assessoria, monitora desempenho, motiva e remunera – Condições fronteiriças da organização: suas relações com meio ambiente (informando pessoas influentes, faz contatos para extrair informação, negocia acordos externos) – Estratégia da organização Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Linha Intermediária Cadeia de gerentes intermediários, com autoridade formal, que conecta núcleo operacional a cúpula estratégica • Supervisão direta: contato pessoal entre gerente e operador -> limite máximo de operadores por gerentes – Supervisor de primeira linha encarregado de certo nº de operadores (forma uma unidade organizacional básica), outro gerente fica responsável por algumas unidades para formar unidade de nível mais elevado.... Até que todas unidades fiquem sob único gerente da cúpula estratégica • Outras funções: gerenciar situações fronteiriças, contato com outros gerentes e funcionários, elaborar estratégias Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Tecnoestrutura Estão a serviço da organização para afetar o trabalho de outras pessoas • Removidos do fluxo de trabalho operacional – Podem desenhá-lo, planejá-lo, mudá-lo ou treinar pessoas que executam o trabalho – Analistas de controle: • Analistas de tempos e métodos: padronizam processos de trabalho • Analistas de planejamento e controle: que padronizam os outputs • Analistas de pessoal: que padronizam as habilidades • Trabalho do analista coordenado mediante ajustamento mútuo: comunicação informal Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Assessoria de Apoio Unidades especializadas para dar apoio à organização fora de seu fluxo de trabalho operacional – Universidade: financeiro, seção de folha de pagamento, serviço de portaria, segurança, central elétrica, atlética, etc. • Nenhuma relaciona-se à pesquisa e ao ensino: apoio indireto – Funcionam independente do núcleo operacional principal Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Mecanismos de coordenação • Explica as maneiras fundamentais pelas quais as organizações coordenam seu trabalho – Controle, comunicação e coordenação • Coordenação envolve vário meios: 1. Ajuste mútuo 2. Supervisão direta 3. Padronização dos processos de trabalho 4. Padronização dosresultados do trabalho 5. Padronização das habilidades dos trabalhadores 6. Padronização de normas Elementos mais básicos da estrutura: “cola” que mantém as organizações unidas Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Seis mecanismos de coordenação 1. Ajuste mútuo: processo simples de comunicação informal – Permanece nas mãos dos operadores – Organizações mais simples ou muito complicadas • Levar homem à Lua pela primeira vez 2. Supervisão direta: uma pessoa passa a ser responsável pelo trabalho de outras – Coordena com ordem, instruções e monitorando – Muitas pessoas -> Necessidade de líder Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Seis mecanismos de coordenação Padronização: 3. Padronização dos processos: – Especificação do conteúdo do trabalho diretamente. Ex: instrução de montagem que vem com brinquedos 4. Padronização de resultados: especificação dos resultados (dimensões ou desempenho) Ex: Aumentar 10% as vendas; fazer um furo; taxista, cerâmica (montes de 2Kg) Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Seis mecanismos de coordenação Padronização: 5. Padronização de habilidades: – Trabalhador que é padronizado antes de entrar na organização Ex: cirurgião e anestesista (sabem o que esperar um do outro), funcionários (da Maria) de escola técnica 6. Padronização de normas: – Trabalhador compartilha um conjunto comum de crenças Ex: Ordem religiosa, compartilha crença (atrair novos adeptos, todos trabalham juntos) Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Mecanismos de coordenação 2 pessoas que trabalham lado a lado ou pequenos grupos – adaptam-se informalmente Trabalho torna-se mais envolvente Padronização Sem coordenação • Tarefas simples e rotineiras = padronização dos processos de trabalhos • Trabalho mais complexo = padronização de outputs (especifica resultados e deixa ao trabalhador a escolha do processo) • Trabalho ainda mais complexo = impossível padronizar resultados = padronização de habilidades Necessidade de um líder Supervisão direta Ajuste mútuo Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Mecanismos de Coordenação • Maioria das organizações adota um misto de todos os mecanismos de coordenação • Supervisão direta e ajustamento mútuo sempre será exigido – Organizações não podem existir sem liderança e comunicação informal • Imprevistos e problemas inesperados (máquinas quebram, operários faltam, mudança de programações, etc) – Supervisores devem intervir e operários tem liberdade para lidar com estes problemas Universidade Federal do Triângulo Mineiro Departamento de Engenharia de Produção Flávia de Castro Camioto Referência Bibliográfica • MINTZBERG, H. Criando organizações eficazes. 2 ed. Editora Atlas: São Paulo, 2008.
Compartilhar