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Teorias do Desenvolvimento Humano

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O ciclo da vida e as teorias de 
desenvolvimento
Apresentação
O desenvolvimento humano é uma área de estudo científico que se dedica a compreender e 
explicar como ocorrem os processos de transformação e estabilidade ao longo de todo o ciclo vital. 
É um campo que está em constante evolução: inicialmente focava apenas na infância, hoje as suas 
teorias consideram que o processo de desenvolvimento contempla toda a vida, desde a concepção 
até a maturidade. Compreender como os processos de desenvolvimento ocorrem pode causar 
grande impacto na maneira como a educação, a saúde e a criação das pessoas são realizadas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer o ciclo vital e as principais teorias do 
desenvolvimento. Para isso, estudará as etapas do desenvolvimento psicossexual propostas por 
Freud, aprenderá a reconhecer o desenvolvimento psicossocial à luz de Erikson e a mapear o 
desenvolvimento motor e cognitivo desde a infância até a velhice.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar as principais etapas do desenvolvimento psicossexual.•
Reconhecer o desenvolvimento psicossocial ao longo do ciclo de vida.•
Mapear o desenvolvimento motor e cognitivo desde a infância até a velhice.•
Desafio
De acordo com Erik Erikson, o desenvolvimento humano pode ser organizado em oito estágios ou 
fases distintas. As fases ocorrem em função de conflitos (ou crises), e a resolução de cada um deles 
forma a personalidade da pessoa.
Pensando nisso, analise o seguinte caso:
Sofia está tendo vários desentendimentos com seus pais. Ela, que sempre foi obediente e próxima à 
família, tem estado distante, não querendo mais participar de encontros, nem de algumas festas de 
que sempre gostou.
 
Mesmo que Sofia esteja aparentemente saudável, Joyce e Paulo, seus pais, têm ficado preocupados 
com as mudanças e buscaram ajuda de um profissional.
Imagine que você é esse profissional e precisa orientar Joyce e Paulo. Para isso, você precisa 
compreender alguns aspectos do caso, relacionando-os às teorias do ciclo de vida.
Responda:
a) Que crise ou conflito você identifica no caso? Identifique no relato elementos que justifiquem 
sua resposta.
b) Com base no conflito apresentado, em que faixa etária você acredita que Sofia está? Qual o 
estágio correspondente a esse momento do ciclo vital?
c) Após essa fase, o que é esperado para o desenvolvimento de Sofia? Qual a próxima fase, que 
conflito estará presente e o que se espera dele?
d) Há relação entre o transcorrer da fase anterior e a subsequente? Como isso ocorre?
e) Com base no caso e nas teorias de desenvolvimento, como você pode orientar Joyce e Paulo?
Infográfico
A teoria freudiana do desenvolvimento é uma das mais importantes contribuições para esse campo 
de estudo. Com foco na formação da personalidade, Freud organizou o desenvolvimento humano a 
partir de etapas psicossexuais. Essas etapas acontecem de forma cronológica e em cada uma delas 
há uma zona erógena predominante que diferencia a busca pelo prazer. A conclusão desse 
processo constitui a personalidade e a vida sexual do adulto.
Neste Infográfico, você verá como as etapas psicossexuais estão organizadas e quais são suas 
características essenciais.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/ef746a24-e0de-4bc9-a811-6f22f05c146f/3304fbd6-ae0d-4494-8513-d0c6e709e01a.jpg
Conteúdo do livro
As diferentes teorias do desenvolvimento humano possibilitam uma compreensão mais ampliada 
sobre os aspectos envolvidos nesse processo. Observa-se que a grande maioria das teorias 
concebem o desenvolvimento a partir da descrição de estágios subsequentes. Essa organização 
permite que se possa prever, explicar e até mesmo intervir nos processos de desenvolvimento para 
que ocorram da maneira mais positiva possível. Além disso, o estudo dessas teorias sob óticas e 
perspectivas distintas torna possível a compreensão do desenvolvimento de uma maneira mais 
ampla.
No capítulo O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento, da obra Psicologia aplicada ao cuidado, 
você aprenderá sobre o desenvolvimento à luz de três perspectivas: psicossexual, psicossocial e 
cognitiva. Nele você conhecerá a maneira como cada teórico organizou suas perspectivas sobre o 
desenvolvimento.
Boa leitura.
PSICOLOGIA 
APLICADA AO 
CUIDADO
Sabine Heumann 
O ciclo da vida e as teorias 
de desenvolvimento
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Explicar as principais etapas do desenvolvimento psicossexual.
 � Reconhecer o desenvolvimento psicossocial ao longo do ciclo da vida.
 � Mapear os desenvolvimentos motor e cognitivo da infância à velhice. 
Introdução
O estudo do desenvolvimento humano está em constante evolução. 
Descrever, explicar e prever o que é esperado em cada momento do de-
senvolvimento são alguns dos objetivos dessa área de estudo, que, desde 
o início, vem sendo construída de maneira interdisciplinar (abrangendo 
psicologia, biologia, medicina, antropologia, genética, etc.). 
As explicações sobre como os processos de desenvolvimento humano 
se dão estão sendo cada vez mais aprimoradas, e diversos autores já 
elaboraram teorias para explicá-los. Entre eles, destacam-se, no escopo 
deste capítulo, as contribuições de Freud, Erikson e Piaget. 
Neste capítulo, você estudará sobre a compreensão do ciclo vital 
à luz das teorias de desenvolvimento mais importantes. Além disso, 
conhecerá as principais etapas do desenvolvimento psicossexual. 
Por fim, estudará o desenvolvimento psicossocial ao longo de todo o ciclo 
vital, a fim de mapear os desenvolvimentos motor e cognitivo desde a 
infância até a velhice. 
1 A visão freudiana: a teoria psicossexual do 
desenvolvimento humano
De acordo com a visão freudiana, o mapa da subjetividade humana é traçado 
na infância — o que evidencia a importância dada a esse momento do ciclo 
vital. Em 1905, por meio da publicação Três ensaios para uma teoria sexual, 
Freud apresentou suas compreensões acerca do desenvolvimento da sexualidade 
na infância. Segundo essa concepção, compreende-se que a sexualidade e a 
existência de um sujeito sexualmente desejante se iniciem nesse período do 
desenvolvimento (CORSO, 1998). 
Para saber mais sobre a teoria freudiana da sexualidade, leia o artigo A teoria freudiana 
da sexualidade 100 anos depois (1905-2005), disponível no link a seguir, que celebra o 
centenário da publicação Três ensaios para uma teoria sexual por meio da discussão 
dos principais conceitos e de como a teoria é vista hoje em relação a como era vista 
ao longo do tempo (JORGE, 2007).
https://qrgo.page.link/MLGLL
Conforme Zornig (2008), a discussão quanto à sexualidade infantil chocou 
a sociedade quando foi proposta, e mesmo hoje ainda gera desconforto, por se 
distanciar daquela ideia de pureza comumente atribuída à infância. Entretanto, 
a visão da sexualidade proposta pela psicanálise é ampliada em relação à 
entendida em geral. Para Freud, a sexualidade infantil está relacionada à busca 
por prazer, que pode envolver qualquer área ou órgão do corpo. Para ficar 
mais claro, pode-se citar o exemplo da mamada, que, além de oportunizar a 
satisfação orgânica (necessidade de nutrição), também satisfaz uma necessidade 
afetiva, ligada, de acordo com essa concepção, à sexualidade na infância. 
A partir do estudo da fase oral, essa compreensão ficará mais clara. 
O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento2
Segundo Couto (2017), a visão da sexualidade infantil é denominada por 
Freud como perverso-polimorfa. A denominação perversa está relacionada 
ao entendimento de que a sexualidade na infância não tem relação com a 
reprodução, apenas com a satisfação. Já a denominação polimorfa representa 
a compreensão de que o objeto sexual (desejante) da criança assume diferentes 
formas. Ou seja, a satisfaçãosexual da criança pode ocorrer em diferentes 
áreas do corpo, sendo a obtenção de prazer encontrada no próprio corpo do 
bebê (autoerótica), e não em um objeto externo. 
A partir dessa compreensão, Freud (1905) organiza o desenvolvimento 
infantil a partir de quatro fases psicossexuais: oral, sádica, anal-fálica e genital, 
descritas a seguir.
As etapas do desenvolvimento psicossexual
Cada etapa evidencia um conflito interno pelo qual a criança passa. Essas 
etapas desenvolvem a libido do sujeito, por meio da preponderância de uma 
zona erógena. O desfecho desse processo constitui a vida sexual do adulto 
e sua personalidade, em que a busca pelo prazer está a serviço da função 
reprodutora (FREUD, 1905). 
Segundo Freud (1905), existem duas fases pré-genitais, descritas a seguir.
A libido, na visão psicanalítica, diz respeito a uma energia direcionada ao objeto 
desejante (energia sexual). Essa energia surge nas zonas erógenas e é um componente 
da vida psíquica humana. Ou seja, entendendo a compreensão sexual de maneira 
ampliada, conforme a visão psicanalítica, a libido também é vista e compreendida de 
forma mais ampla. Na infância, a libido está disposta de maneira desorganizada no 
corpo da criança e, mais tarde, se organizará de forma a orientar a busca pela satisfação 
sexual do sujeito (FURTADO; VIEIRA, 2014).
3O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento
Fase oral (do nascimento aos 12–18 meses, aproximadamente)
Nessa primeira fase do processo psicossexual, também chamada de fase 
canibalesca, a atividade sexual do bebê não está separada da atividade de 
nutrição. Assim, é por meio da amamentação que o bebê obtém suas primeiras 
satisfações. Nessa fase, observa-se que a boca é utilizada pelo bebê como 
destino para tudo que ele tem contato (COUTO, 2017; FREUD, 1905).
Conforme Couto (2017), na fase oral, existe um grande prazer relacionado 
à mucosa dos lábios (cavidade bucal), de onde vêm as excitações dessa fase, 
sendo o objeto desejante o seio materno, e o objetivo, a introjeção desse objeto. 
No entanto, como nem sempre a mãe está disponível, ocorrem as primeiras 
frustrações da criança, e, a partir daí, ela pode substituir o seio por outros 
objetos, como o dedo e a chupeta, por exemplo (FURTADO; VEIRA, 2014). 
Fase sádico-anal (dos 12–18 meses aos 3 anos, aproximadamente)
Nessa fase, a mucosa dos lábios, que atuava como fonte de prazer, dá espaço à 
mucosa do intestino. Essa fase pode ser observada por meio dos distúrbios intes-
tinas frequentes na primeira infância. Assim, o objeto que caracteriza essa fase 
são as fezes, entendidas de maneira simbólica pela criança como um “presente” 
para quem cuida dela. As fezes são como uma extensão da própria criança, por 
isso a ideia de presentear a cuidadora com essa “produção” (COUTO, 2017). 
Conforme Couto (2017), além das fases denominadas pré-genitais, existem 
as fases fálica e genital, descritas a seguir. 
Fase fálica (dos 3 aos 6 anos, aproximadamente)
Nessa fase, a criança passa a identificar o órgão genital masculino (falo). Con-
tudo, de acordo com a teoria, nesse momento, a criança ainda não diferencia as 
polaridades masculino/feminino. Há apenas a identificação da masculinidade, 
que é evidenciada através do falo (COUTO, 2017). 
Assim, conforme Couto (2017), o conflito dessa fase diz respeito à antítese 
entre ter um órgão genital (falo) ou ser castrado. Dessa forma, o menino conclui 
que a menina tinha um pênis, mas o perdeu (castração), como uma forma de 
punição. Já as meninas observam que os meninos têm um órgão maior e mais 
representativo do que o delas, o que gera a inveja do pênis, de acordo com 
o que propõe a teoria freudiana. Entretanto, vale destacar que essa inveja é 
simbólica, ou seja, tem como objeto a potência que o órgão representa, por 
isso, a nomenclatura que se utiliza é falo (não pênis, propriamente dito). 
O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento4
Nessa fase, em meio a essas questões, ocorre o que é chamado de complexo 
de Édipo. Para os meninos, o complexo de Édipo ocorre a partir do momento 
em que o menino percebe que ele tem o falo, e sua mãe, não. Assim, tendo 
como objeto desejante a mãe, ele estabelece uma relação de rivalidade com seu 
pai, que é, ao mesmo tempo, odiado, temido e amado. Como o menino percebe 
que a libido da mãe é direcionada ao pai, logo, em meio a essa rivalidade, há 
também uma identificação com o pai. Ou seja, há uma ambivalência de sen-
timentos em relação ao pai e o desejo pela mãe (FURTADO; VIEIRA, 2014). 
Já para as meninas, o complexo, também chamado de complexo de Elec-
tra, se inicia de forma semelhante — a partir da identificação de que a mãe 
(objeto de desejo inicial) não possui o falo. Contudo, o desfecho do complexo 
é diferente, já que, quando a menina percebe que a mãe não possui o falo 
(i.e., assim como ela, a mãe também é castrada), isso gera uma frustração, 
o que a faz atribuir à mãe a culpa pela sua própria castração. A partir daí, a 
menina direcionará a sua libido para o pai. Ou seja, no caso das meninas, o 
complexo resulta em uma rivalidade com a mãe e em uma aproximação com 
o pai (FURTADO; VIEIRA, 2014). 
Entre as fases fálica e genital, ocorre o período de latência. De acordo com Couto 
(2017), o período de latência não é considerado uma fase psicossexual, pois não há uma 
nova zona erógena, e sim uma transição entre a sexualidade infantil e a adulta. Nesse 
período, o desejo sexual se desloca para outras finalidades, como o desenvolvimento 
social e intelectual, por exemplo. 
Fase genital (da puberdade à idade adulta)
Nessa fase, ocorre a consolidação da vida sexual adulta. Anteriormente, como 
visto nas fases pré-genitais, a libido se originava em diferentes partes e órgãos 
do corpo. Contudo, nessa fase, ela se origina essencialmente na área genital. 
Além disso, na fase genital, os desejos sexuais se direcionam para objetos 
externos, não sendo mais autoerótica. Na puberdade, a libido é colocada na 
função reprodutora, e há o rompimento com os pais, de modo que a energia 
sexual não é mais destinada a eles, e os desejos libidinais passam a ser dire-
cionados ao mundo externo (COUTO, 2017). 
5O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento
Para estudar sobre as fases psicossexuais de uma maneira diferente, ouça o podcast 
do canal Psicoativo, disponível no link a seguir, para acompanhar a discussão acerca 
dos estágios do desenvolvimento psicossexual. 
https://qrgo.page.link/1Uo1z
Portanto, de acordo com a teoria freudiana, o desenvolvimento do sujeito 
se dá por meio processo que ocorre nas etapas psicossexuais. Desse modo, a 
subjetividade do sujeito advém da forma como ele vivencia cada uma dessas 
etapas (COUTO, 2017). Entretanto, essa é apenas uma das formas de se entender 
o processo de desenvolvimento entre tantas teorias. A seguir, será apresentada 
a teoria do desenvolvimento psicossocial de Erikson. 
2 A teoria psicossocial do desenvolvimento 
humano de Erikson 
Em meados do século XX, Erik Erikson começou a construir a teoria psicos-
social do desenvolvimento da personalidade humana, a partir das discussões 
que sucederam por meio da compreensão freudiana do desenvolvimento. 
Erikson, também psicanalista, evidencia o ser humano como um ser social, 
ou seja, um ser que vive em grupo e sofre pressões em decorrência disso. 
No entanto, embora tenha uma base psicanalítica, Erikson entende o desen-
volvimento humano a partir de enfoques diferentes, principalmente porque 
evidencia as relações sociais, e não a energia sexual, como precursora desse 
desenvolvimento (RABELLO; PASSOS, 2008). 
Assim como outros autores do desenvolvimento, Erikson também organiza 
esse processo em etapas, porém, ao contrário da teoria psicossexual, os estágios 
ou etapas do desenvolvimento propostos por ele englobam outros momentos 
do ciclo vital, além da infância. Erikson entende que o que é construído na 
infância quanto à personalidade não é totalmente imutável (como a visão 
freudiana), podendo ser modificado nodecorrer do ciclo vital a partir de outras 
experiências (PAPALIA; FELDMAN; 2013; RABELLO; PASSOS, 2008). 
O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento6
Embora as teorias de Freud e de Erikson tenham como base a psicanálise, elas diferem 
bastante. 
Na teoria psicossexual de Freud, o desenvolvimento é balizado por impulsos sexuais. 
Já na teoria psicossocial de Erikson, o desenvolvimento é balizado pela interação com 
a sociedade e é desenvolvido a partir da vivência de uma série de crises (PAPALIA; 
FELDMAN; 2013). 
As etapas do desenvolvimento psicossocial
A teoria psicossocial de Erik Erikson envolve oito estágios do ciclo vital, 
sendo que cada estágio corresponde a uma crise ou conflito da personalidade, 
conforme descrito a seguir. 
Fase sensorial (do nascimento aos 18 meses, aproximadamente)
A primeira crise ou conflito que surge no desenvolvimento humano diz respeito 
à relação entre confiança e desconfiança. Nesse estágio, o bebê está percebendo 
se o mundo é um lugar seguro ou não. Por exemplo, quando a mãe está ausente 
e depois retorna, a criança entende esse processo e passa a ter confiança. Essa 
fase, quando bem-sucedida, tem como resultado o surgimento do sentimento 
de esperança (PAPALIA; FELDMAN, 2013; VERISSIMO, 2002).
Fase muscular (dos 18 meses aos 3 anos, aproximadamente 
— primeira infância)
Nessa fase, a criança vive a crise em relação a autonomia versus vergonha e 
dúvida. Ela desenvolve o equilíbrio e a autossuficiência, a partir do controle 
dos seus movimentos musculares, e consegue desenvolver atividades explo-
ratórias. Contudo, ao mesmo tempo que a criança está apta a fazer algumas 
coisas (p. ex., manipular objetos), há vergonha e dúvida de se ela pode e como 
fazer isso. Nessa fase, são desenvolvidos o autocontrole, a força de vontade 
e a autoconfiança (PAPALIA; FELDMAN, 2013; VERISSIMO, 2002).
7O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento
Fase do controle locomotor (dos 3 aos 5 anos, 
aproximadamente — segunda infância)
Caracterizada pela crise entre iniciativa e culpa, nessa fase, a criança já tem 
a confiança e a autonomia, resultantes das fases anteriores, e, por meio da 
associação dessas duas virtudes, desenvolve a iniciativa. A culpa vem quando 
a criança não consegue realizar as atividades para as quais teve iniciativa. 
Nessa fase, a virtude desenvolvida é a orientação para resultados (PAPALIA; 
FELDMAN, 2013; VERISSIMO, 2002).
Período de latência (dos 5 aos 13 anos, aproximadamente 
— puberdade)
O período de latência é caracterizado pela crise entre produtividade e infe-
rioridade. Nessa fase, a criança desenvolve o controle de atividades físicas e 
intelectuais, muito relacionadas ao contexto escolar, em que a criança aprende 
o que é valorizado na sociedade. A virtude associada a essa fase, quando 
bem-sucedida, é a habilidade (PAPALIA; FELDMAN, 2013; RABELLO; 
PASSOS, 2008; VERISSIMO, 2002).
Fase da moratória psicossocial (dos 13 aos 21 anos 
— puberdade e adolescência)
Erikson atribui especial importância a essa fase, sendo uma das mais explo-
radas nos seus estudos. De acordo com sua teoria, é nessa fase que ocorre 
a crise da identidade versus confusão de identidade. Nesse momento, o 
adolescente busca identificar seu senso de identidade, e a virtude associada 
como resultado dessa fase é a fidelidade. O adolescente se diferencia de seus 
pais, a partir dos questionamentos que se faz quanto à sua própria identidade, 
e busca se encaixar em algum papel social. É nessa fase que costuma ocorrer a 
escolha profissional, do parceiro, entre outras (PAPALIA; FELDMAN, 2013; 
RABELLO; PASSOS, 2008; VERISSIMO, 2002).
O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento8
Fase da maioridade jovem (dos 21 aos 40 anos, 
aproximadamente)
Nessa fase, o sujeito já tem sua identidade desenvolvida e irá, a partir dela, 
unir-se a outras pessoas. Nesse momento, o conflito se dá na relação entre 
intimidade e isolamento. Quando a identidade está bem firmada, abre-se a 
possibilidade de intimidade, ao passo que, quando o ego não está suficien-
temente seguro, há a busca pelo isolamento. Como resultado favorável, há o 
surgimento da virtude do amor (PAPALIA; FELDMAN, 2013; RABELLO; 
PASSOS, 2008; VERISSIMO, 2002).
Fase da meia-idade (dos 40 aos 60 anos, aproximadamente)
O conflito existente nessa fase diz respeito à questão da generatividade 
versus estagnação. O sujeito passa a se preocupar com o que pode ser gerado 
(p. ex., filhos, ideias, produtos) e se dedica ao cuidado do que gerou. Nesse 
sentido, a virtude resultante dessa fase é o cuidado, como uma forma de se 
fazer sobreviver. Quando isso não ocorre ou não é possível, o indivíduo se 
sente estagnado (PAPALIA; FELDMAN, 2013; RABELLO; PASSOS, 2008; 
VERISSIMO, 2002).
Fase da maturidade (a partir dos 60 anos, aproximadamente)
A última das fases descritas por Erikson representa a fase em que o ser humano 
refletirá sobre a vida e suas realizações. O conflito desse momento está entre 
a integridade e o desespero. Quando a pessoa tem o sentimento de dever 
cumprido e sente satisfação com a sua história, ocorre a integridade, já quando 
a pessoa sente que o tempo está acabando e que há coisas a serem realizadas, 
vem o sentimento de desespero. Se bem-sucedida, essa fase resulta na virtude 
da sabedoria (PAPALIA; FELDMAN, 2013; RABELLO; PASSOS, 2008; 
VERISSIMO, 2002). 
Ao analisar as diferentes fases propostas por Erikson, pode-se identificar 
o especial foco nas crises ou conflitos ao longo de todo o ciclo vital. Essas 
crises vão surgindo a partir de um cronograma de maturação do indivíduo 
(seguindo uma ordem cronológica relativamente estável) e devem ser resolvidas 
de maneira satisfatória para que delas emerjam as virtudes necessárias para 
o desenvolvimento de uma personalidade saudável (PAPALIA; FELDMAN, 
2013). 
9O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento
A seguir, serão apresentados os desenvolvimentos motor e cognitivo, a 
partir da teoria de Piaget. 
3 Os desenvolvimentos cognitivo e motor 
Antes de iniciar a discussão sobre os desenvolvimentos cognitivo e motor, 
faz-se necessário compreender de uma forma mais ampla a relação desses 
aspectos com o que foi discutido anteriormente. Pode-se dizer que o desen-
volvimento, como um todo, ocorre no interlace entre os domínios físico (que 
engloba o desenvolvimento motor, as capacidades sensoriais e o crescimento 
do corpo e do cérebro), cognitivo (que envolve aprendizagem, atenção, me-
mória, linguagem e raciocínio) e psicossocial (relacionado à personalidade 
e às relações sociais). Todos esses domínios estão interligados, afetando uns 
aos outros (PAPALIA; FELDMAN, 2013).
Sabe-se que o desenvolvimento físico, do qual o aspecto motor faz parte, 
se inicia antes mesmo do nascimento, na gestação (com a formação dos órgãos 
e a estrutura do corpo). Entretanto, é na primeira infância (do nascimento 
aos 3 anos) que ocorre um acelerado desenvolvimento dos aspectos motores. 
Na segunda infância (dos 3 aos 6 anos), há o aprimoramento dessas habilidades, 
surgindo a preferência pela utilização de um dos lados (canhoto ou destro), 
as habilidades motoras finas (com maior capacidade para detalhes) e a força 
física (PAPALIA; FELDMAN, 2013). 
O desenvolvimento motor está relacionado a uma mudança progressiva no com-
portamento motor ao longo do ciclo de vida. Esse aspecto do desenvolvimento está 
ligado aos movimentos aprendidos em decorrência da interação entre os aspectos 
biológicos, cognitivos e do ambiente em que o indivíduo se encontra (GALLAHUE; 
OZMUN; GOODWAY, 2013).
O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento10
Como visto anteriormente, os desenvolvimentos motor, cognitivo e psicosso-
cial estão inter-relacionados. Para que um ocorra da forma mais plena possível, 
os demais precisam o acompanhar. Quando se trata do aspecto cognitivo, 
um dos principais autores a explicar os fenômenos, responsável, inclusive, 
pela forma como a sociedade em geral entende como as crianças pensam, é 
Jean Piaget. De acordocom Piaget, o desenvolvimento cognitivo inicia-se a par-
tir de uma capacidade inata da criança de se adaptar ao ambiente, envolvendo: 
organização, adaptação e equilibração (PAPALIA; FELDMAN, 2013). 
Organização
O processo de organização permite criar categorias mentais (também chamadas 
de esquemas) para agrupar informações semelhantes. À medida que a criança 
cresce, seus esquemas vão se tornando cada vez mais sofisticados. 
Quando a criança conhece alguns animais, ela vai agrupando essas informações 
(que têm semelhança) na categoria “animais” — esse é o processo de organização. 
À medida que ela se desenvolve, essas categorias vão ficando mais complexas, e ela 
passa a identificar, por exemplo, animais mamíferos, aves, entre outras categorias. Ou 
seja, a criança passa a criar esquemas mais específicos, mais sofisticados.
Adaptação
A adaptação diz respeito ao processo de absorção de novas informações a 
partir da relação com as informações já conhecidas. Ela contempla o processo 
de assimilação (absorção e incorporação de novos conhecimentos) e acomo-
dação (mudanças na estrutura, ou esquemas, para que as novas informações 
sejam incluídas). 
11O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento
Equilibração
Esse processo diz respeito a um esforço constante da criança para manter o 
equilíbrio ou homeostasia. À medida que a criança conhece novas coisas, os 
seus esquemas vão se desiquilibrando, e, para voltar ao equilíbrio, ela precisa 
reconfigurá-los (para que acomodem aquelas novas informações). 
Quando a criança estabelece a categoria “pássaros”, identificando-os como animais 
voadores, por exemplo, ela vai agrupando novas informações que se assemelham a 
essa mesma categoria. No entanto, em um dado momento, a criança vê um avião. 
Quando isso acontece, ocorre um desequilíbrio na sua estrutura, pois o avião tem 
semelhanças com a categoria “pássaros”, porém tem várias diferenças. Buscando a 
volta ao equilíbrio, a criança, então, desenvolve o processo de adaptação, em que 
ela assimila aquela nova informação (absorve e incorpora) e a acomoda (muda suas 
estruturas e cria categorias, para que aquela informação faça sentido). Quando forma 
novas estruturas (acomoda) que sejam coerentes com as novas informações que foram 
assimiladas, ela retorna ao equilíbrio. 
Para a teoria piagetiana, a busca pelo equilíbrio, que envolve organização 
e adaptação, é a força motriz do desenvolvimento humano, com ênfase no 
crescimento cognitivo. Para organizar esse processo ao longo do ciclo vital, 
Piaget descreveu quatro estágios de desenvolvimento, que emergem a partir 
de momentos de desequilíbrio, descritos a seguir. 
Os estágios cognitivos de Piaget
Piaget organizou o desenvolvimento cognitivo em quatro estágios subsequentes, 
são eles: sensório-motor, pré-operatório, operatório-concreto e operatório-
-formal. Esses estágios vão transcorrendo de maneira contínua, porém as 
idades podem variar de criança para criança (SCHFFER, 2002).
O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento12
Estágio sensório-motor (do nascimento aos 2 anos, 
aproximadamente)
É o estágio mais primitivo do desenvolvimento, em que o bebê vai desen-
volvendo suas primeiras manifestações de inteligência por meio das per-
cepções sensoriais e do desenvolvimento motor (movimentos). Inicialmente, 
sua atividade motora é essencialmente reflexa, ou seja, sem comportamentos 
intencionais (até o primeiro mês). A partir do segundo mês, o bebê começa a 
desenvolver atividades motoras coordenadas (p. ex., colocar a mão na boca). 
Aos poucos, o bebê vai se familiarizando com o próprio corpo e passa a dar 
atenção ao ambiente onde está, aos objetos e às pessoas com as quais tem 
contato. Entre o 4º e o 8º mês, o bebê começa a compreender que objetos 
que ele não vê podem estar presentes (passa a procurar objetos parcialmente 
escondidos). No fim desse processo, já é possível observar a ocorrência de 
organização, assimilação, acomodação e equilibração, ou seja, o bebê vai 
evoluindo de um ser essencialmente biológico (com movimentos apenas re-
flexos) para um ser social, relacionando-se com o ambiente (ABREU et al., 
2010; PAPALIA; FELDMAN, 2013; SCHFFER, 2002). 
Estágio pré-operatório (dos 2 aos 7 anos, aproximadamente)
Nesse estágio, a criança começa a utilizar símbolos para representar pessoas, 
lugares ou eventos, por exemplo. Sendo assim, um importante aspecto desse 
estágio é o desenvolvimento da linguagem (representação simbólica) e do jogo 
imaginativo que ela propicia. Ainda assim, nesse momento, o pensamento da 
criança não é lógico, como o dos adultos (ABREU et al., 2010; PAPALIA; 
FELDMAN, 2013).
Estágio operatório-concreto (dos 7 aos 11 anos, 
aproximadamente)
Nesse estágio, já há desenvolvimento lógico, e a criança consegue resolver 
problemas, quando estes se apresentam de maneira concreta (real). Ou seja, a 
criança ainda está limitada ao aqui e agora, mas consegue entender conceitos 
espaciais, causais, compreender números, categorizar e deduzir (ABREU 
et al., 2010; PAPALIA; FELDMAN, 2013).
13O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento
Estágio operatório-formal (a partir dos 11 anos, durando toda a 
vida adulta)
De acordo com Piaget, esse estágio representa o nível mais alto do desenvolvi-
mento cognitivo. A partir de então, o adolescente consegue pensar em níveis 
abstratos (ultrapassando o concreto, a necessidade de pensar o aqui e agora, do 
estágio anterior). Esse desenvolvimento cognitivo permite que o adolescente 
compreenda lições de álgebra, metáforas, imagine possibilidades e pense em 
hipóteses, por exemplo. Portanto, o estágio operatório-formal constitui-se 
no nível mais sofisticado do desenvolvimento, possibilitando o raciocínio 
hipotético-dedutivo, que consiste na capacidade de desenvolver, considerar e 
testar hipóteses abstratas (ABREU et al., 2010; PAPALIA; FELDMAN, 2013).
Vale destacar que, de acordo com a teoria piagetiana, o desenvolvimento 
cognitivo ocorre a partir da combinação entre a maturação cerebral e as 
oportunidades ambientais. Ou seja, esse desenvolvimento envolve aspectos 
neurológicos e estimulação apropriada, incluindo escolarização, cultura, entre 
outros (PAPALIA; FELDMAN, 2013). 
Como visto, o desenvolvimento humano pode ser compreendido e anali-
sado sob diferentes óticas. É importante que você conheça essas diferentes 
contribuições, para que entenda o desenvolvimento das teorias e o ciclo da 
vida de uma maneira mais ampliada. Lembre-se de que esse campo de estudo 
está em constante evolução, de modo que novas perspectivas podem surgir, 
fazendo as antigas serem revisadas. 
ABREU, L. C. et al. A Epistemologia Genética de Piaget e o Construtivismo. Revista Brasi-
leira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 361–366, 2010.
CORSO, D. M. L. A invenção da criança da psicanálise: de Sigmund Freud a Melanie 
Klein. Estilos da Clínica, São Paulo, v. 3, n. 5, p. 104–114, 1998. 
COUTO, D. P. Freud, Klein, Lacan e a constituição do sujeito. Psicologia em Pesquisa, Juiz 
de Fora, v. 11, n. 1, p. 1–10, 2017.
FREUD, S. Fragmento da análise de um caso de histeria. In: FREUD, S. Três ensaios sobre 
a teoria da sexualidade e outros trabalhos. [S. l.: s. n.], 1905. 
FURTADO, L. A. R.; VIEIRA, C. A. L. A psicanálise e as fases de organização da libido. 
Scientia, [s. l.], v. 2, n. 4, p. 93–107, 2014.
O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento14
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C.; GOODWAY, J. D. Compreendendo o desenvolvimento 
motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
JORGE, M. A. C. A teoria freudiana da sexualidade 100 anos depois (1905-2005). Psychê, 
São Paulo, v. 11, n. 20, p. 29–46, 2007.
PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 
2013.
RABELLO, E.; PASSOS, J. S. Erikson e a teoria psicossocial do desenvolvimento. [S. l.: s. 
n.], 2008.
SCHFFER, C. C. R. Fundamentos da teoria piagetiana do desenvolvimento cognitivo. 
Paidéia, Belo Horizonte, ano1, v. 1, n. 1, p. 16–37, 2002.
VERISSIMO, R. Desenvolvimento psicossocial (Erik Erikson). Porto: Faculdade do Porto, 2002.
ZORNIG, S. M. A-J. Las teorías sexuales infantiles en la actualidad: algunas reflexiones. 
Psicologia em Estudo, v. 13, n. 1, p. 73–77, 2008.
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cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
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sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
15O ciclo da vida e as teorias de desenvolvimento
Dica do professor
O desenvolvimento humano contempla alguns marcos muito importantes. No desenvolvimento 
cognitivo, a aquisição da linguagem é um desses marcos.
Piaget foi um dos autores que se debruçou muito sobre o tema. Para ele, a aquisição da linguagem 
ocorre em decorrência da função simbólica, que é a capacidade da criança de entender símbolos e 
representações mentais, ou seja, coisas que extrapolam o ambiente concreto.
Nesta Dica do Professor, você vai entender com mais detalhes a discussão sobre o processo de 
aquisição da linguagem e refletirá sobre uma importante pergunta que muitos estudiosos já se 
fizeram: a linguagem é algo inato ou aprendido?
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Exercícios
1) A perspectiva teórica freudiana defende o desenvolvimento da personalidade a partir de 
etapas ou estágios psicossexuais. A vivência de cada uma delas constitui a vida sexual do 
adulto e sua personalidade.
Tendo em vista a compreensão dos estágios psicossexuais, assinale a alternativa correta:
A) A primeira etapa do desenvolvimento psicossexual é a fase oral. Essa fase tem como marco a 
ocorrência do complexo de Édipo e vai do nascimento até os 12 a 18 meses, 
aproximadamente.
B) Na fase oral, também chamada de canibalesca, a zona erógena está localizada na mucosa dos 
lábios. Por isso, a amamentação pode ser considerada uma fonte de satisfação sexual para o 
bebê, não apenas de nutrição.
C) Na fase sádico-anal, que ocorre dos 12/18 meses até os três anos (aproximadamente), as 
fezes do bebê apresentam um sentido real. O bebê utiliza-as como meio de afrontar e 
desafiar a mãe.
D) A fase fálica (dos três aos seis anos) é considerada uma fase de transição entre a sexualidade 
infantil e a adulta. Por essa razão, o período é considerado pouco importante, já que o desejo 
sexual se canaliza para outras direções.
E) Na fase genital (que vai da puberdade à vida adulta), homens e mulheres vivem a antítese de 
ter um órgão (homens) ou ser castrado (mulheres). Esse conflito também é chamado de 
perverso-polimorfo.
2) De acordo com a perspectiva de Erik Erikson, o desenvolvimento ocorre em função de 
etapas ou estágios psicossociais que acontecem a partir de crises ou conflitos.
Assinale a alternativa que correlaciona corretamente o conflito/crise e a etapa psicossocial.
A) Na fase sensorial, ocorre a primeira crise do bebê, que começa a mostrar os primeiros sinais 
de autonomia. Nesse momento, desenvolve-se a autoconfiança.
B) Na fase do controle locomotor, o conflito está entre a ideia de autonomia (que a criança vai 
adquirindo com o desenvolvimento motor) e culpa.
C) Na fase de moratória psicossocial, ocorre o desenvolvimento da concepção de identidade, a 
partir do conflito entre identidade e confusão de identidade. Nesse momento, o adolescente 
busca encontrar sua maneira de ser no mundo.
D) O período de latência é considerado menos importante, pois o sujeito se volta para si mesmo, 
em um conflito que não apresenta resultados expressivos.
E) A fase da maturidade está relacionada à aquisição da sabedoria. Entretanto, esse fase não 
pode ser considerada de desenvolvimento por causa da idade avançada em que ocorre.
3) As perspectivas psicossexuais (Freud) e psicossociais (Erikson) têm semelhanças e diferenças 
na maneira de perceber o desenvolvimento humano.
Sobre isso, assinale a alternativa correta:
A) A base teórica psicanalítica, presente na perspectiva psicossexual, não aparece na perspectiva 
de Erikson.
B) Diferentemente da perspectiva psicossocial, o desenvolvimento ocorre do nascimento até a 
morte na perspectiva psicossexual.
C) Na perspectiva psicossexual, o desenvolvimento tem como base as relações sociais do 
indivíduo ao longo do ciclo vital.
D) Na perspectiva psicossocial, o desenvolvimento ocorre a partir da resolução de conflitos ou 
crises, que duram todo o ciclo vital e não apenas a infância.
E) Ambas utilizam a visão psicanalítica. Porém, na perspectiva psicossexual, o desenvolvimento 
ocorre ao longo de todo o ciclo vital e não apenas na infância.
4) Quando se trata do desenvolvimento cognitivo, a visão de Piaget é importante. Para ele, o 
desenvolvimento inicia a partir da capacidade da criança em se adaptar ao ambiente, o que 
envolve processos de organização, adaptação e equilibração.
Sobre esses três conceitos, assinale a alternativa correta.
A) A organização diz respeito à capacidade da criança de organizar informações em categorias 
ou grupos de acordo com suas semelhanças.
B) A adaptação diz respeito à tendência ou capacidade de a criança se manter em homeostase 
mesmo diante de situações novas.
C) Assimilação e adaptação são conceitos que contemplam o processo de acomodação, sendo 
que o primeiro diz respeito à tendência autoatualizante.
D) A equilibração contempla o processo de absorção e incorporação de novos conhecimentos a 
partir do que já havia sido aprendido.
E) A equilibração ocorre a partir de mudanças na estrutura mental (esquemas) para que novas 
informações sejam incluídas.
5) De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo pode ser organizado em quatro estágios 
subsequentes: sensório-motor, pré-operatório, operatório-concreto e operatório-formal. 
A partir dessa compreensão, marque a alternativa correta:
A) No estágio sensório-motor, o bebê tem como atividade motora primordial a introjeção de 
objetos na boca. Isso ocorre devido à natureza erógena da área.
B) No estágio pré-operatório, o bebê começa a perceber a presença e ausência da mãe. Isso 
ocorre a partir do conflito entre confiança e desconfiança característico desse momento do 
ciclo vital.
C) O estágio operatório-concreto é caracterizado pela aquisição da linguagem e da compreensão 
simbólica.
D) O estágio operatório-formal é caracterizado pelo desenvolvimento do pensamento abstrato, 
da imaginação de possibilidades, do pensamento dedutivo e da elaboração de hipóteses.
E) Para Piaget, a aquisição da linguagem no estágio sensório-motor é um dos marcos do 
desenvolvimento.
Na prática
O desenvolvimento humano ocorre a partir da interação entre os domínios físico (que envolve o 
desenvolvimento motor, além do crescimento e funcionamento do corpo e do cérebro), cognitivo 
(englobando, entre outros aspectos, a aprendizagem e a linguagem) e psicossocial (mais relacionado 
à personalidade e às relações sociais).
Neste Na Prática, você verá como os domínios físico e cognitivo se entrelaçam no desenvolvimento 
humano.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Cuidar em enfermagem na primeira infância: contribuições do 
reconhecimento intersubjetivo
Neste artigo, você poderá aprofundar seus conhecimentos sobre a importância da compreensão do 
desenvolvimento infantil para o profissional da enfermagem.
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Desenvolvimento humano
Papalia, Diane E.; Martorell, Gabriela
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Contribuições de B. F. Skinner para o estudo do 
desenvolvimento humano
Quer conhecer uma outra perspectiva teórica sobre o desenvolvimento humano? Neste link, você 
poderá conhecer a visão de Skinner e da análise do comportamento sobre o desenvolvimento, 
enfatizando o papel da aprendizagem nesse processo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.scielo.br/j/reben/a/tvF3KD3xmbNc5gTDGSFL73q/?format=pdf&lang=pt
https://www.redalyc.org/journal/2745/274544251007/html/

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