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1 
SUMÁRIO 
1 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO: O DESAFIO DE ENSINAR A LER 
E ESCREVER TEXTOS NA ESCOLA ............................................................... 2 
2 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA SUA VIDA PROFISSIONAL E 
PESSOAL 8 
3 O HÁBITO DE LEITURA DOS BRASILEIROS ............................... 8 
3.1 Dicas para incentivo ............................................................................. 9 
4 A FALTA DE LEITURA TEM SEU PREÇO .................................. 11 
5 A TECNOLOGIA AJUDA A ESTIMULAR A LEITURA E A 
DESENVOLVER O PENSAMENTO CRÍTICO ................................................. 12 
6 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO ....... 15 
7 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA ESCREVER BEM ........... 22 
8 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA O CRESCIMENTO 
PROFISSIONAL ............................................................................................... 23 
9 PRODUÇÃO DE TEXTO, DICAS PARA COMEÇAR OS SEUS .. 25 
10 COMO ENSINAR OS ALUNOS A ESCEVER BEM...................... 27 
11 ESTRUTURA TEXTUAL: TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES 
DE CRIAR SEUS TEXTOS .............................................................................. 30 
12 COMO PRODUZIR UM BOM TEXTO .......................................... 39 
13 LEITURA, TEXTO E SENTIDO .................................................... 40 
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
1 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO: O DESAFIO DE ENSINAR A LER E 
ESCREVER TEXTOS NA ESCOLA 
A leitura e a escrita são práticas sociais de valiosa importância para o 
desenvolvimento da cognição humana. Ambas proporcionam o desenvolvimento do 
intelecto e da imaginação, além de promoverem a aquisição de conhecimentos. Dessa 
maneira, quando lemos ocorrem diversas ligações no cérebro que nos permitem 
desenvolver o raciocínio. Além disso, com essa atividade, aguçamos nosso senso 
crítico por meio da capacidade de interpretação. Nesse sentido, vale lembrar que a 
“interpretação” dos textos é uma das chaves essenciais da leitura. Afinal, não basta 
ler ou decodificar os códigos linguísticos, faz-se necessário compreender e interpretar 
essa leitura. Muitos são os benefícios que a leitura proporciona: desenvolvimento da 
imaginação, da criatividade, da comunicação, bem como o aumento do vocabulário, 
dos conhecimentos gerais e do senso crítico. Além desses benefícios, com a leitura 
exercitamos nosso cérebro, o que facilita a interpretação de textos de forma a 
promover competência e habilidade na escrita. Ao ler, o indivíduo adquire maior 
repertório, ampliando e expandindo seus horizontes cognitivos. Para além disso, 
estudos apontam que o ato de ler é muito prazeroso na medida em que reduz o 
estresse ao mesmo tempo que estimula reflexões. Por esse motivo, a leitura deve ser 
incentivada desde a Educação Infantil. Incentivar os filhos pequenos em casa e criar 
hábitos são condições importantes para que as crianças desenvolvam o gosto pela 
leitura. 
Partindo da concepção da língua escrita como sistema formal (de regras, 
convenções e normas de funcionamento) que se legitima pela possibilidade de uso 
efetivo nas mais diversas situações e para diferentes fins, somos levados a admitir o 
paradoxo inerente à própria língua: por um lado, uma estrutura suficientemente 
fechada que não admite transgressões sob pena de perder a dupla condição de 
inteligibilidade e comunicação; por outro, um recurso suficientemente aberto que 
permite dizer tudo, isto é, um sistema permanentemente disponível ao poder humano 
de criação (Geraldi, 93). Para produzir textos de qualidade, os alunos precisam saber 
o que querem dizer, para quem escrevem e qual é o gênero textual que melhor 
exprime essas ideias. O segredo é ler muito e revisar constantemente a escrita. A 
priori, o reconhecimento dos diversos tipos de gênero textual discursivo é essencial 
para a organização da escrita e, consequentemente, o planejamento das ideias. 
 
3 
 
Fonte: www.amodireito.com.br 
Assim o trabalho com os gêneros textuais na sala de aula é primordial para o 
incentivo e desenvolvimento da leitura e escrita. Como professor de Redação do 
Ensino Fundamental e Médio no Sistema Educacional RADAR, posso afirmar o 
quanto é perceptível o desenvolvimento dos alunos com a escrita, ao se trabalhar com 
os gêneros textuais, pois sempre os envolvo com estes de forma a promover práticas 
sociais reais, uma vez que os alunos precisam escrever dentro da escola e, sobretudo, 
fora dela também. Assim é enfatizado o trabalho com a leitura de gêneros textuais 
diversificados, sejam eles didáticos ou não didatizados. 
A produção de textos escritos é um eixo da língua materna que deve ser 
ensinado e desenvolvido em sala de aula e o desencadeamento desse ensino se dá 
através dos gêneros textuais discursivos. Sendo assim, vamos discutir um pouco 
acerca dos gêneros textuais. Segundo Marcuschi (2008). 
Ainda de acordo com Marcuschi, “É impossível não se comunicar verbalmente 
por um gênero, assim como é impossível não se comunicar verbalmente por algum 
texto”. Isso porque toda manifestação verbal se dá sempre por meio de textos 
realizados em algum gênero. Daí a centralidade da noção de gênero textual no trato 
sociointerativo da produção linguística. Nessa perspectiva, ele acrescenta que 
gêneros textuais são: 
Ao produzir um texto, o aluno precisa dominar estratégias de organização e 
planejamento de texto; para tanto, faz-se necessária a elaboração de esquemas 
topicalizados, ou seja, o uso do pré-texto ou texto prévio que auxiliará o aprendiz a 
 
4 
expor suas ideias, primeiramente de forma esquemática, para, então, construí-lo de 
forma clara, com argumentos consistentes e que atendam à proposta. Antunes (2003, 
p. 54) aborda que o texto escrito não é somente a codificação de ideias ou de 
informações através de sinais gráficos. Para ela, o ato de escrever supõe etapas 
interdependentes e Inter complementares, e a primeira delas implica o planejamento, 
para, em seguida, ser executada a escrita propriamente dita e, então, a revisão e a 
reescrita. É no planejamento que ocorre a escolha dos critérios de ordenação das 
ideias ou aquilo que será relevante no texto: a finalidade de sua escrita e como 
estruturá-lo de maneira adequada. 
Já conforme Marcuschi (2008), o texto é o resultado de uma ação linguística e 
suas fronteiras são determinadas pelo mundo em que ele está inserido. Ressalta, 
ainda, que o texto pode ser tido como um tecido estruturado, uma entidade 
significativa, uma entidade de comunicação e um artefato sócio histórico. É possível 
se dizer que o texto é uma (re) construção do mundo, e não uma simples refração ou 
reflexo. 
A escola assume uma grande responsabilidade ao manter e controlar a 
aprendizagem com o propósito de superar a crise da expressão escrita dos alunos. 
Uma atribuição que deve ser tomada pela escola é fazer com que os alunos tenham 
acesso a uma aprendizagem mais significativa, traçando estratégias que promovam a 
melhoria da expressão escrita e que contribuam para a resolução das dificuldades que 
os alunos enfrentam quando escrevem textos. Uma das finalidades fundamentais da 
escola é ensinar o aluno a ler e a escrever. No entanto, a prática pedagógica tem 
revelado um resultado relativamente insuficiente no desenvolvimento da capacidade 
de escrever dos alunos. 
Uma configuração linguística só é um texto quando consegue provocar sentido. 
Marcuschi (2008) considera que os problemas ortográficos ou sintáticos não 
atrapalham a compreensão se o texto estiver inserido numa cultura e circular entre 
indivíduos que a dominam. A textualidadenão depende de regras sintáticas ou 
ortográficas, e sim das condições cognitivas e discursivas. Um texto se dá numa 
complexa relação interativa entre a linguagem, a cultura e os sujeitos históricos que 
operam nesses contextos. Assim, um texto se fundamenta sobretudo pela sua 
discursividade, inteligibilidade e articulação que ele põe em movimento. 
Por isso mesmo, na produção de um texto, deve-se, então, planejar não só o 
momento da escrita, mas todo o processo de pré-escrita, assim como o momento 
 
5 
relativo à sua organização e os dados relativos à situação de interlocução nos quais 
se incluem o texto e seu produtor. Koch (2002, p.15) afirma que o sujeito “[...] ao estar 
firmado em um lugar de interação, faz vir à tona uma entidade psicossocial de caráter 
ativo”. 
A atividade da escrita pressupõe a interação e o uso da linguagem. Segundo 
Antunes (2010), “Não há linguagem sem a utilização da escrita, da fala, da escuta e 
da leitura”. A escrita deve ocorrer de uma maneira que sejam percebidas a atividade 
interativa de expressões, intenções, crenças, manifestações verbais ou sentimentos 
que queremos partilhar com alguém, interagindo com ele. Desse modo, a condição 
prévia para o êxito da atividade de escrever é ter o que dizer, pois as palavras 
medeiam e fazem ponte entre quem fala e quem escuta, entre quem escreve e quem 
lê. O fato de saber o que dizer em determinada situação caracteriza-se pela 
capacidade do conhecimento linguístico inerente a cada pessoa. 
A escrita, portanto, é uma forma de atuação social entre dois ou mais sujeitos. 
Conforme os PCN (2000, p. 24): 
A prática crescente da competência para a escrita ocorre no decorrer do 
contato diário com a escrita e a leitura e do exercício de cada evento, com as regras 
próprias de cada tipo e de cada gênero textual. Antunes (2010, p.116) expõe que “A 
escrita é uma forma de atuação social entre dois ou mais sujeitos que realizam o 
exercício do dizer. Tudo isso significa dizer que a escrita da escola deve ser a escrita 
de textos”. Por isso, é extremamente relevante que o professor trabalhe com os alunos 
os mais diversos gêneros textuais. 
Assim sendo, faz-se necessário que o docente promova condições 
interacionistas no sentido de desencadear uma melhor aprendizagem nas atividades, 
no caso aqui específico, nas produções de textos escritos, para que os textos 
produzidos apresentem sentido, discursividade e que sejam compreendidos por 
estarem simplesmente contextualizados. 
O sentido de um texto, qualquer que seja a sua situação comunicativa, não 
depende tão somente da estrutura textual em si mesma. Os objetos de discursos a 
que o texto faz referência são apresentados, em grande parte, de forma lacunar, 
permanecendo muita coisa implícita. O produtor de um texto pressupõe, da parte do 
leitor/ouvinte, conhecimentos textuais situacionais e enciclopédicos. Entrelaçados a 
esses eixos, encontra-se, de forma muito sincronizada, o contexto situacional 
 
6 
permanente no texto, o qual interliga o percurso discursivo, inferindo as ideias 
dialogicamente nele percebidas. 
A escrita é uma atividade processual, ou seja, uma atividade durativa, um 
percurso que se vai fazendo pouco a pouco, ao longo de nossas reflexões, de nosso 
acesso a diferentes fontes de informação. O pouco êxito conseguido com a escrita de 
textos na escola se explica muito pela visão estática e pontual da escrita, como se 
escrever fosse apenas um ato mecânico de fazer alguns sinais sobre a folha de papel 
e, assim, um ato que começa e termina no intervalo de tempo que foi dado para se 
escrever. 
Para Marcuschi (2008), o texto não é feito apenas de palavras e, portanto, não 
é composto apenas do material linguístico que aparece em sua superfície. Nele, o 
significado de uma parte depende das outras com que se relaciona. O seu significado 
global não é o resultado da mera soma de suas partes, mas de certa combinação 
geradora de sentidos. 
A produção de um texto, de alguma forma, acaba sendo uma maneira de 
reorganizar o pensamento e o universo interior da pessoa. A escrita não é apenas 
uma oportunidade para que se mostre, comunique, mas também para que se 
descubra o que é, o que pensa, o que quer, em que acredita, etc. Tudo isso porque 
todo ato de escrita pertence a uma prática social. Ninguém escreve por escrever. A 
escrita tem sempre um sentido e uma função. Levar esses princípios em consideração 
vai implicar uma avaliação multidimensional bem mais ampla e bem mais mobilizadora 
também, pois será constantemente recriada e englobará estratégias, recursos e 
instrumentos diversificados, diferentemente da mesmice com que ela ocorre nas 
práticas atuais. 
Portanto, as atividades de produção e recepção de textos merecem destaque 
no ensino da língua portuguesa, pois os alunos precisam produzir textos 
correspondentes aos diferentes usos sociais da escrita, ou seja, que contemplem 
aquilo que se vivencia fora da escola. Além disso, deve-se proporcionar a eles a 
escrita de textos de gêneros textuais que possuam uma função social determinada. 
Para ocorrer de fato um progresso na escrita, o ideal é que se crie com os 
discentes a prática do planejamento, do rascunho e da revisão, de maneira que a 
primeira versão de seus textos tenha sempre um caráter de produção provisória. Só 
assim, os alunos podem construir e aprimorar cada vez mais seus textos. Portanto, 
para aproximar a produção escrita das necessidades enfrentadas no dia a dia, o 
 
7 
caminho atual é enfocar o desenvolvimento dos comportamentos leitores e escritores. 
Ou seja: levar a criança a participar de forma eficiente de atividades da vida social que 
envolvam leitura e escrita. Noticiar um fato num jornal, ensinar os passos para fazer 
uma sobremesa ou argumentar para conseguir que um problema seja resolvido por 
um órgão público: cada uma dessas ações envolve um tipo de texto com uma 
finalidade, um suporte e um meio de veiculação específico. Conhecer esses aspectos 
é condição mínima para decidir, enfim, o que escrever e de que forma fazer isso. Fica 
evidente que não são apenas as questões gramaticais ou notacionais (a ortografia, 
por exemplo) que ocupam o centro das atenções na construção da escrita, mas a 
maneira de elaborar o discurso. 
Produzir textos é um processo que envolve diferentes etapas: planejar, 
escrever, revisar e reescrever. A revisão não consiste em corrigir apenas erros 
ortográficos e gramaticais, como se fazia antes, mas cuidar para que o texto cumpra 
sua finalidade comunicativa. A leitura, assim como a escrita, supre as necessidades 
do nosso cérebro de aumentar sua capacidade intelectual. É fato que uma pessoa que 
tem o hábito da leitura possui mais facilidade para produzir um texto. Isso ocorre 
justamente porque ao lermos estamos aumentando nossa capacidade de 
comunicação bem como nosso repertório interpretativo. Portanto, uma boa dica para 
facilitar cada vez mais a leitura é a escrita, ou seja, a produção de textos.1 
 
Fonte: marcusmarques.com.br 
 
1 Extraído do link: www.construirnoticias.com.br 
 
8 
2 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA SUA VIDA PROFISSIONAL E PESSOAL 
Livro, leitor digital, gibis, jornais ou revistas, não importa em qual ferramenta, 
somente o simples ato da leitura é uma das oportunidades mais democráticas e 
acessíveis de desenvolvimento pessoal e profissional. É por meio dela que a pessoa 
se desliga do mundo real, quebra as fronteiras da imaginação e descobre novos 
universos sem ao menos sair do lugar. 
Encontrar um tempo para ler é um processo que permite a expansão de si 
mesmo, criando a abertura para infinitas possibilidades e trilhando o caminhopara o 
despertar do potencial pleno. Um leitor assíduo tem mais chance de absorver mais 
conhecimento incentivando a evolução pessoal e profissional. 
 
Benefícios da leitura para a vida pessoal e profissional 
 
São alguns dos resultados que a leitura regular pode trazer para as pessoas. 
Confira: 
 Senso crítico mais apurado; 
 Evolução do pensamento sistêmico; 
 Conhecimento de novas palavras e termos, tornando o vocabulário amplo e 
rico; 
 Desenvoltura na oratória e expressão; 
 Escrita mais coerente; 
 Maior capacidade de persuasão; 
 Estímulo à abertura de novas opiniões e pontos de vista; 
 Expansão do repertório cultural; 
 Maior qualidade nas relações interpessoais; 
 Autodesenvolvimento contínuo. 
3 O HÁBITO DE LEITURA DOS BRASILEIROS 
De acordo com a quarta edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita 
pelo Ibope e encomendada pelo Instituto Pró-Livro em 2015, o hábito da leitura não 
faz parte do dia a dia dos brasileiros. Segundo os dados, a população brasileira lê 
 
9 
4,96 livros por ano, sendo que 2,43 são completos e 2,53 em partes. Quem é 
estudante ainda lê 9,38 livros ao ano, enquanto os outros leem 3,35. 
Em uma análise para entender o gosto pela leitura, o item “gosta um pouco” 
ocupa o primeiro lugar, seguido de pessoas que “gostam muito”, seguidos de quem 
“não gosta” e por último daqueles que “não sabem ler”. 
A falta de tempo, preferência por outras atividades e a falta de paciência são 
alguns dos itens apontados como desanimadores do hábito de leitura. Você possui 
algum deles? 
3.1 Dicas para incentivo 
Escolha um tema que lhe agrade 
Ter razões que justificam o desejo de ler determinado livro torna o processo 
mais natural. Sem uma obrigação fica mais fácil, não é mesmo? 
Procure por livros que sejam compatíveis com suas preferências. Não leia algo 
só porque é considerado um clássico, porque está na moda ou porque as pessoas 
disseram que é bom. Encontre obras que preencham seus pensamentos de alguma 
forma. Gosto é particular e todos devem respeitar, inclusive você mesmo. Por isso, o 
autoconhecimento é tão importante! 
E não precisa se desesperar para escolher a próxima leitura. Se for um 
conteúdo mais técnico, pode agregar na sua carreira e o ajudar a aprimorar suas 
competências e habilidades. Se não for técnico, pode ser uma excelente opção de 
entretenimento e até de aprendizagem de coisas novas. Permita-se ler os mais 
variados gêneros dentro dos temas que mais lhe geram admiração ou curiosidade. 
 
Tenha um horário 
A psicologia comportamental explica que todo hábito é criado a partir da 
recorrência, independentemente do objetivo almejado, o importante é repetir 
diariamente. Esse conceito não muda para a leitura. 
Tenha ao menos 30 minutos do seu dia para se desconectar de tudo, pegar um 
bom livro e absorver novos conhecimentos. Esse tempo não precisa ser 
necessariamente em casa. Pode ser em qualquer lugar. O importante é que esse 
momento de pausa para a leitura sempre no mesmo horário passará a fazer parte de 
seu cotidiano e se tornará um ato praticamente inconsciente. 
 
10 
Aproveite os momentos de ócio 
Faça do livro seu companheiro para todas as horas. A fila do banco, a sala de 
espera para uma consulta ou o caminho para o trabalho são excelentes oportunidades 
de ócio produtivo. A dica é carregar o livro que está lendo no momento por todos os 
lugares que for aproveitando os minutos “de bobeira” para atualizar a leitura. 
 
Estipule uma meta de leitura 
Outro método bastante efetivo é definir metas. Estipule quantos livros gostaria 
de ler mensalmente e se comprometa com esse desafio. 
 
Clube do livro 
Comece a participar de reuniões de grupos presenciais, comunidades online 
ou baixe um aplicativo de leitura. Estar ou até criar esses grupos e redes é uma 
maneira de se conectar com outras pessoas e cumprir prazos para terminar os livros. 
Além disso, as discussões sobre os textos podem ser muito produtivas para o seu 
intelecto. Imagine perceber elementos que não havia encontrado no livro! Ou ainda 
ensinar sobre os pontos que outras pessoas não entenderam. A troca de 
conhecimento é infinita! 
 
Faça anotações 
Faça um relatório de todas as leituras realizadas. Pode ser em um caderno, no 
computador ou em um aplicativo do celular. Esse estudo pode ajudar você a visualizar 
de maneira mais concreta sua evolução a respeito do seu hábito literário. Se você 
atingiu todas as metas já é hora de aumentá-las para o próximo período. E se não 
conseguiu, verifique quais podem ter sido os motivos que não deixaram que isso 
acontecesse. 
Esse relatório também pode conter anotações e reflexões a respeito das 
leituras. Sempre que terminar de ler se pergunte: Quais os aprendizados eu vou levar? 
Escreva seu pensamento. Além disso, suas anotações podem facilitar na hora de 
encontrar alguns trechos importantes. Aliás, esse ponto é essencial para quem está 
lendo um livro para uma prova, por exemplo. 
Vale ressaltar que ler não é quantidade e sim qualidade. Não é à toa que a 
pressa é inimiga da perfeição, não é mesmo? A tentativa de acumular livros pode 
 
11 
impedir a análise mais profunda sobre o conteúdo e internalize o conhecimento 
adquirido.2 
4 A FALTA DE LEITURA TEM SEU PREÇO 
É nítida a dificuldade que as pessoas têm hoje em se expressar por meio de 
textos. Percebemos que é um grande desafio ordenar palavras e dar sentido às ideias 
que queremos compartilhar com nossos interlocutores. Usando gírias, repetição de 
palavras, erros de ortografia e abreviaturas na escrita ou fala, muita gente sofre para 
escrever textos com lógica e coerência no mundo corporativo. 
O fato das pessoas utilizarem textos poucos elaborados na comunicação falada 
e escrita não significa que elas não estejam se comunicando com competência com 
os demais, mas indica que está nascendo uma forma de se expressar distante das 
normas cultas e referências literárias. 
Em determinados círculos profissionais e níveis hierárquicos, a incompetência 
na articulação falada e escrita tem seu preço: ela pode limitar o crescimento na 
carreira, restringir promoções, diminuir a autoestima e aumentar a sensação de 
exclusão de um profissional. A pobreza no vocabulário repele oportunidades: apesar 
das mídias digitais e inovações tecnológicas, ainda dependemos da coerência das 
palavras para fecharmos negócios e parcerias. 
Nas redações que observamos nas redes sociais, e-mails, trabalhos 
acadêmicos e conversações ficam explícitas as dificuldades de articulação da maioria 
dos brasileiros segundo os padrões formais da língua. Temos algumas hipóteses para 
esse fenômeno: 
– Desde cedo, as escolas obrigam os alunos a lerem “livros clássicos da 
literatura portuguesa e brasileira” que – aparentemente – não têm conexão com o 
cotidiano dos jovens. 
Resultado: os alunos passam a odiar leituras de qualquer natureza. Segundo 
eles, a literatura é “chata e difícil de compreender”. Ficam com ojeriza às palavras. 
Dica: oferecer textos mais dinâmicos, interativos e contemporâneos para os 
jovens. 
 
2 Extraído do link: www.ibccoaching.com.br 
 
12 
– A leitura não foi estimulada no Brasil desde a época da colonização. Somente 
a elite tinha acesso aos livros. 
Resultado: até hoje as famílias brasileiras não criaram o hábito da leitura. Há 
desinteresse e indiferença ao universo escrito. Livros servem para decorar estantes. 
O acesso à cultura começa em casa. No Japão, a versão impressa do jornal Asahi 
Shimbun é lida por mais de 12 milhões de cidadãos diariamente. 
Dica: comece a ler agora os assuntos que lhe interessam. Leituraé prazer. 
– Ler é um processo cansativo se comparado com as mídias digitais. 
Resultado: as pessoas leem somente o “resumo dos resumos” na internet e 
ficam com preguiça de ler conteúdos mais complexos. Internet, vídeos, sons, 
multimídia são mais envolventes que a leitura. 
Dica: leitura, como qualquer hábito, exige concentração e disciplina. Acostume-
se à prática e “curta” a experiência.3 
5 A TECNOLOGIA AJUDA A ESTIMULAR A LEITURA E A DESENVOLVER O 
PENSAMENTO CRÍTICO 
Nossas crianças são nativas digitais, termo utilizado para descrever o jovem 
que nasce em uma realidade com tecnologias digitais. Tecnologia esta que tem 
provado ser muito valiosa para amparar a prática da leitura e da escrita, acesso 
universal ao conhecimento, colaboração profissional e educação escola-casa. A 
alfabetização ainda é a base para a escolarização e o alicerce para a formação de um 
cidadão produtivo. Portanto, um dos maiores desafios da educação mundial hoje é 
formar bons leitores. 
A prática da leitura tem passado por mudanças radicais nos últimos anos. 
Desde vídeos em alta definição e jogos de realidade virtual, a áudios de altíssima 
qualidade, o ato de ler livros impressos compete de igual para igual com tantas outras 
fontes de informação e literatura. 
 
 
3 Extraído do link: www.catho.com.br 
 
13 
Fonte: 
blog.qmagico.com.br 
O bom de tudo isto é que nunca houve momento melhor para quem gosta de 
ler como agora, em que o acesso a qualquer tipo de conteúdo é facílimo e bem mais 
barato. Imaginemos que no século XVIII somente as famílias com altíssimo poder 
aquisitivo e os cléricos possuam livros, ou acesso a bibliotecas. 
Não podemos discutir sobre a tecnologia da leitura sem falarmos em livros 
digitais. O Kindle, por exemplo, é um aparelho que oferece uma leitura muito dinâmica, 
com conteúdo duradouro e a baixo custo. 
Em tempos de minimalismo e ecologia, muito se discute sobre o espaço que os 
livros impressos ocupam e na forma com que são produzidos. Os gadgets de papel 
eletrônico, também chamado de e-ink em Inglês, já oferecem uma leitura sem riscos 
para a visão, além de serem altamente eficientes no que diz respeito a uso de baterias 
e eletricidade, diferentes de outros aparelhos que continuam consumindo energia 
elétrica se continuam no modo de descanso. 
Ted Hasselbring é pesquisador de educação especial na Universidade de 
Peabody College of Vanderbilt, no estado americano do Tennessee, e passou mais 
de duas décadas estudando como a tecnologia pode ajudar pessoas com dificuldade 
com leitura e matemática. Suas descobertas envolvem cinco fatos principais: 
1. A TECNOLOGIA É ALTAMENTE ADAPTÁVEL 
Possibilita ao professor trabalhar melhor com turmas heterogêneas avaliando 
os alunos durante seu aprendizado para responder adequadamente ao seu ritmo. 
 
14 
 
2. A TECNOLOGIA FAVORECE A PRÁTICA PERSONALIZADA 
É preciso praticar muito durante a alfabetização, mas cada aluno possui suas 
próprias necessidades de aprendizado. 
 
3. A TECNOLOGIA ESTÁ DISPONÍVEL A QUALQUER HORA E EM 
QUALQUER LUGAR 
O aprendizado mais duradouro e eficaz é aquele que continua acontecendo 
fora da sala de aula. Além de viabilizar mais o trabalho colaborativo, aulas virtuais 
quando os alunos estiverem viajando e aprofundamento de conteúdo quando algo 
realmente interessa o aluno. 
 
4. A TECNOLOGIA É ÓTIMA EM PROCESSAR E ARMAZENAR DADOS 
Imagine o professor podendo, em apenas um clique, visualizar todos os 
registros do processo de aprendizado de um aluno com dificuldade, resultando em um 
plano de estudo personalizado e mais eficaz. 
 
5. A TECNOLOGIA É MOTIVANTE 
Para um aluno acostumado a ir mal na escola, o sucesso é uma enorme 
motivação. Assim como corredores e ciclistas armazenam seus treinos diários em 
aplicativos de performance física, alunos com dificuldade em leitura conseguem 
acompanhar seu desempenho e comemorar suas conquistas. 
Será então o fim das editoras e dos livros impressos? Especialistas e o mercado 
dizem que não, pois a tecnologia não tende a ser algo excludente, muito pelo contrário. 
A função da tecnologia como aliada à prática da leitura é garantir que todos possam 
desfrutar do prazer de ler, fornecer uma educação sem fronteiras, e guiar os jovens 
pelos caminhos da criticidade. 
A leitura crítica e nos ajuda a compreender que tudo o que lemos não é um 
fato, e sim, a visão e opinião do escritor. Dotados desta atitude mais empática, 
podemos nos tornar melhores cidadãos.4 
 
4 Extraído do link: maristalab.com.br 
 
15 
6 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO 
A leitura e a produção textual têm ocupado espaço considerável na educação. 
Entretanto o fracasso escolar aparece hoje entre um dos problemas de maior ênfase 
no sistema educacional, provavelmente, pelo fato dos professores se depararem com 
alunos que apresentam dificuldades em aprender os conteúdos propostos no contexto 
escolar. 
Na maioria das vezes os professores apresentam dificuldades ao orientar e 
estimular seus alunos a lerem e a produzirem textos, a maior dificuldade está no 
processo da leitura e da escrita, que por sua vez, levam os alunos a escrevem textos 
incoerentes e totalmente superficiais. Podemos perceber que através da prática da 
leitura o educando se torna maior conhecedor de novas palavras e estruturas 
gramaticais, aperfeiçoando a sua escrita. 
Portanto Chiappini (2001, p. 22) nos mostra que “ao promover a interação entre 
os indivíduos, a leitura compreendida não só como leitura da palavra, mas também 
como leitura do mundo, deve ser atividade constitutiva de sujeitos capazes de interagir 
com o mundo e nele atuar como cidadãos”. Podemos entender que a leitura deve ser 
compreendida não somente como leitura da palavra, mas uma leitura que seja capaz 
de interagir com o mundo do leitor. 
A necessidade de fazer da leitura e da produção textual são meios para levar 
nossos alunos a melhor compreensão dos processos de democratização, pois as 
práticas de leitura e produção textual estão se tornando defasadas nas nossas 
escolas, a maioria dos educandos não gostam de ler, e veem a leitura de um texto ou 
de um livro, como algo desagradável, isso acontece porque geralmente a escola e os 
professores não levam em consideração o cotidiano extraescolar do aluno, poucos 
são os alunos que têm familiaridade com o assunto, mesmo na atualidade, escrever 
bem ainda é cobrado de forma muito tímida nas escolas o resultado acaba aparecendo 
muitas das vezes nos vestibulares, onde a produção de texto (redação) é cada vez 
mais importante. 
Segundo Geraldi (2006, p. 120) nos mostra que “na situação escolar o aluno é 
obrigado a escrever dentro de certos padrões previamente estipulados e, além disso, 
seu texto será julgado. Consciente disso, o estudante procurará escrever a partir do 
que acredita que o professor gostará”. Tais afirmações mostram que o aluno, na 
maioria das vezes, não tem oportunidade de escolha, a escola não oferece liberdade 
 
16 
ao aluno para poder escrever o que este deseja, e nem ao menos trabalha com as 
variações linguísticas. A leitura e a escrita são elementos de comunicação de grande 
importância ao desenvolvimento intelectual dos seres humanos e a capacidade 
escritora em especial de cada um vai depender muito do ambiente. 
Estar sempre em contato com bons livros e cultivar a leitura de forma 
abrangente e relevante certamente contribuirão para o aumento da capacidade verbal, 
memorativa e imaginativa. Os estímulos de ler e escrever deve aparecer de uma forma 
mais especial na educação infantil, pois é nesse ambiente queas crianças geralmente 
tomam gosto pela leitura e a escrita. 
Considerando essa situação, o presente estudo tem como objetivo principal 
buscar a caracterização das dificuldades de aprendizagem relacionadas à leitura e à 
escrita e identificar procedimentos pedagógicos para lidar com alunos que apresentam 
tais dificuldades. 
A escolha de nossa pesquisa não se deu de forma incerta, pois durante 
algumas experiências que passamos em sala de aula observamos que muitos alunos 
sentem dificuldades para aprender. Acreditamos na necessidade de tentarmos 
desvendar esse grande labirinto que é a dificuldade que os alunos apresentam no 
processo de apropriação da leitura e escrita. 
A leitura é imprescindível para a ampliação de conhecimentos, desperta o 
prazer, desenvolve o lúdico e o imaginário, desenvolve a concentração a paciência e 
o raciocínio. Acreditamos que a pratica da leitura seja o principal fator para que os 
alunos, de qualquer idade, possam ser capazes de produzir texto de qualidade a fim 
de obtermos uma melhor compreensão sobre a importância da leitura e, 
consequentemente, sobre as produções textuais, faz-se necessário compreendermos 
e analisarmos algumas concepções de leitura. 
Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, 
a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significação, conseguir relacioná-lo a todos 
os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que o 
seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-
se contra ela, propondo outra não prevista. (LAJOLO apud GERALDI, 2003, p. 59). 
A grande questão que se coloca é que a escola e os professores/educadores 
são os maiores responsáveis por incentivar os alunos a se tornarem leitores ativos. 
No entanto, como afirma Oliveira (2002, p. 28), “o que é considerado matéria de 
leitura, na escola, está longe de propiciar aprendizado tão vivo e duradouro (seja de 
 
17 
que espécie for, não é de admirar, pois, a preferência pela leitura de coisas bem 
diferentes daquelas impostas na sala de aula”. 
Um dos questionamentos frequentemente discutido é de como os alunos 
sentirão prazer em escrever se sempre escrevem sobre as mesmas coisas. Não há 
uma diversidade nas produções textuais determinadas pelos professores, nem ao 
menos uma relação dos temas propostos com as experiências, conhecimento de 
mundo e o dia-a-dia dos alunos. Estes, muitas vezes, não apreciam a escrita. De 
acordo com Geraldi (2006, p. 65) “a produção de textos na escola foge totalmente ao 
sentido de uso da língua: os alunos escrevem para o professor (único leitor quando lê 
os textos) ”. 
Os alunos enfrentam dificuldades, pois a escola não trabalha o conhecimento 
que o aluno traz para a sala de aula, esse conhecimento que poderia ser transformado 
em aulas de produção textual, sendo utilizado, assim, o trabalho com os gêneros 
textuais e com as variações linguísticas. 
A produção textual é uma atividade verbal com fins sociais e, por isso, sua 
atividade extrapola os limites de uma sala de aula, pois o objetivo deve ser inseri-la 
em contextos mais amplos e complexos. Escrever um texto não um dom ao qual o 
mero apela, a criatividade é suficiente para fazê-lo brotar das pessoas. A escrita de 
um texto é uma atividade consciente, criativa sim, mas que necessita do 
desenvolvimento de estratégias concretas de ação para se chegar a um objetivo. 
 
Fonte: 
vestibular.brasilescola.uol.com.br 
 
18 
De acordo com Koch (2003, p.26) “Assim é uma atividade intencional que o 
falante, de conformidade com as condições sob as quais o texto é produzido, 
empreende tentando dar a entender seus propósitos ao destinatário através da 
manifestação verbal”. Por isso deve-se evitar a prática de uma escrita improvisada, 
sem planejamento, sem função, exercitando uma linguagem que não diz nada. 
A explicação das condições de produção textual forma a base a partir da qual 
podem e devem ser trabalhada se ensinadas na escola às diferentes etapas de 
processo de produção, tais com o planejamento global do texto e as atividades de 
avaliação, revisão e reformulação, ao planejar seu texto, (CHIAPPINI, 2008, p.98), 
 Koch (2003) descreve o que deve ser priorizado e o que deve ser deixado de 
lado, em relação aos conhecimentos de gênero textual, sobre o tema e sobre as 
demais condições de produção, esse planejamento pode mudar no decorrer da 
escritura, o que envolve ações de revisão e escrita, tendo em vista os propósitos 
comunicativos pretendidos, o professor também precisa ter clareza de que tomar um 
conto, um bilhete, uma notícia, dentre outros gêneros possíveis, como objeto de 
ensino, requer um percurso pedagógico distinto, pois mais do que levar o aluno a 
compreender os aspectos formais que organizam os diferentes gêneros textuais, é 
fundamental levá-lo a refletir sobre as práticas sociais em que os gêneros se inserem 
e os discursos e temas que neles circulam. 
Para produzir textos de qualidade, os alunos têm de saber o que querem dizer, 
para quem escrevem e qual é o gênero que melhor exprime essas ideias. Ler muito e 
revisar continuamente, para que a produção textual seja eficaz, se faz necessário que 
o produtor esteja em contato com textos coesos e coerentes. 
Outro cuidado que precisa ser levado em consideração na atividade de 
produção textual é quanto ao assunto que se deseja ver elaborado, que deve estar 
em sintonia com a prática social focalizada, com o gênero textual estudado e com a 
faixa etária do aluno. Sabemos que, o grande insucesso que a escola tem enfrentado 
com relação a produção de textos. Por isso, devemos nos importar discutir, refletir 
para encontrar os problemas e suas soluções. (CHIAPPINI, 2008, p.98), 
 Podemos observar que a leitura é um importante veículo para um melhor 
desenvolvimento da escrita, portanto estando em proximidade com textos bem 
redigidos, o aluno começará a assimilar os componentes que planejar seu texto, o 
autor organiza o que deve ser priorizado e o que deve ser deixado de lado, 
mobilizando para tanto seus conhecimentos de gênero textual, sobre o tema e sobre 
 
19 
as demais condições de produção, esse planejamento pode mudar no decorrer da 
escritura, o que envolve ações de revisão e escrita, tendo em vista os propósitos 
comunicativos pretendidos, o professor também precisa ter clareza de que tomar um 
conto, um bilhete, uma notícia, dentre outros gêneros possíveis comunicação, 
independentemente de sua extensão, para ser coerente é necessário que tenha 
sentido. Portanto, a coerência se estabelece numa situação comunicativa e é 
responsável pelo sentido que o texto deve ter quando partilhado pelos interlocutores. 
Percebemos, assim, que os mecanismos de coesão textual são os elementos 
linguísticos responsáveis pela estruturação da sequência superficial do texto, 
enquanto que a coerência é a harmonia de sentido do texto, de modo que não haja 
nada ilógico, contraditório, desconexo. E, assim, torna-se de extrema importância que 
o aluno conheça estes mecanismos para que sua produção seja compreendida pelos 
outros leitores é sempre importante na hora de produzir um texto se colocar no papel 
do leitor, imaginar que aquele texto vai estar em uma revista em um jornal ou livro, 
assim terá uma visão crítica a respeito de si mesmo enquanto escritor. (CHIAPPINI, 
2008, p.98), 
Ao ler um texto coeso, o educando poderá aos poucos assimilar o sentido da 
existência dos termos linguísticos significativos na construção da textualidade, e estar 
atento à estrutura do texto. É necessário, ainda, que o docente propicie momentos de 
leitura e, simultaneamente, mostre aos alunos os elos conectivos presentesem um 
texto e a sua importância na produção de significados e o quanto é imprescindível ser 
coeso e coerente nas suas produções. 
Podemos observar que a leitura é um processo cognitivo, histórico, cultural, e 
social de produção de sentidos, isso significa dizer: o leitor um sujeito que atua 
socialmente, construindo experiências e historias compreende o que está escrito a 
partir das relações que estabelece entre as informações de texto e seus 
conhecimentos de mundo, o leitor é sujeito ativo do processo. Na leitura, não age 
apenas decodificando, isto é, juntando letras, silabas, palavras, frases, por que ler é 
muito mais do que apenas decodificar, ler é atribuir sentidos e ao compreender como 
um todo coerente, o leitor pode ser capaz de refletir sobre ele, de criticá-lo, de saber 
como usá-lo em sua vida. 
Para podermos falar sobre leitura a partir de uma visão sociocognitiva 
interacional da linguagem, é importante situar historicamente o desenvolvimento dos 
estudos sobre textos no Brasil, pois é por meio dessa evolução que podemos 
 
20 
compreender as bases atuais do ensino da leitura nas escolas. Paulo Freire, brilhante 
pensador da educação brasileira, já dizia: “a leitura do mundo procede sempre à leitura 
desta implícita a continuidade da leitura daquele” (FREIRE, 1993, p. 20). 
 Entretanto a leitura tem demonstrado ser uma complexa tarefa no contexto 
escolar, em primeiro lugar ler não é exclusivamente das aulas de língua portuguesa, 
nem precisa explicar essa questão, pois os textos circulam em todos os ambientes, 
dentro e fora da escola. 
Há muito tempo se observam, nos órgãos de comunicação e no próprio 
discurso dos educadores, constantes campanhas da valorização da leitura, elas são 
extremamente importantes, mas correm o risco de tornar a leitura um “ato redentor 
capaz de salvar o indivíduo da miséria e da ignorância” (BRITTO, 2003, p.95). 
 Não se pode levar essa mistificação da leitura para a sala de aula, pois ela não 
é real. A leitura não é algo sagrado que provoca a redenção da humanidade, já que 
se constitui historicamente como uma ação cultural entre sujeitos. Por isso mesmo 
constitui um valor que se articula entre valores e saberes sociais, como 
afirma Chiappini, (2008, p.98) “ao ler um texto, o leitor mobiliza dois tipos de 
informações: aquelas que se constituíram em sua experiência de vida e aquelas que 
lhes fornece o autor em seu próprio texto’’”. 
O processo de ler é, assim, eminentemente ativo. Logo, o professor deve 
auxiliar o aluno a tornar-se um investigador diante do texto, valorizando o 
conhecimento do aluno, auxiliando-o na tarefa de exame e reelaboração do dado 
frente ao novo através da manipulação cognitiva que caracteriza sua subjetividade. 
A leitura pode ser considerada, a atividade fundamental desenvolvida pela 
escola, para a formação do aluno, a leitura e escrita são práticas que se complementa, 
se relacionam e, vão se transformando mutuamente no processo de letramento, o 
princípio básico para a formação de leitores é oportunizar o contato dos alunos com 
diferentes tipos de textos, nesse processo: a escrita transforma a fala e a fala 
influência a escrita, são práticas que permitem ao aluno construir seu conhecimento 
sobre os diferentes gêneros sobre os procedimentos mais adequados para lê-los e 
também escrevê-los, o aluno deve aprender a ler lendo, compreendendo, a natureza 
e o funcionamento do sistema alfabético e também o valor social do texto em uma 
pratica ampla de leitura, a escola precisa oportunizar ao aluno acesso a materiais 
escritos diversificados e que são utilizados fora da escola. (BRITTO, 2003, p.95). 
 
21 
 A leitura é, pois, uma decifração e uma decodificação, o leitor deverá em 
primeiro lugar decifrar a escrita, depois entender a linguagem encontrada, em seguida 
decodificar todas as implicações que o texto oferece, pois, a leitura sem decifração 
simplesmente não funciona. 
Pode-se observar, que a presença de atividades que envolvem leitura e escrita 
são estimuladas pelos educadores, a escola proporciona vastas possibilidades para o 
constante desenvolvimento dos aspectos cognitivos e psicomotores da criança e os 
efeitos de sua utilização podem ser observados a médio e em longo prazo, visto que 
a socialização e interação dela com os outros se revela como fator importante do 
desenvolvimento. A maioria dos professores acredita na utilização da leitura e escrita 
no processo de aprendizagem dos estudantes. 
Tendo em vista que o trabalho com a leitura e escrita é uma fonte riquíssima 
que abre infinitas possibilidades para as crianças compreendem o que acontece a sua 
volta é necessário que os professores busquem metodologias para que se consiga 
trabalhar a mesma de forma convidativa e prazerosa. 
Espera-se com este estudo que os educadores percebam a importância da 
leitura e escrita e como ela desperta o interesse e a atenção da criança, 
desenvolvendo nela, dentre outros fatores, a criatividade, a percepção de diferentes 
resoluções de problemas, autonomia e criticidade, que são elementos importantes 
para a formação pessoal e social do ser humano. 
Ao final do trabalho pode-se observar que através da prática da leitura o 
educando se tornará maior conhecedor de novas palavras e estruturas gramaticais, 
aperfeiçoando a sua escrita. A necessidade de novas práticas educativas deve ter por 
objetivo melhorar a aprendizagem dos alunos e aprofundaram seus conhecimentos. 
O conhecimento da leitura no mundo contemporâneo é fundamental e 
possibilita que tenhamos uma maior reflexão no exercício da cidadania, para buscar 
por uma oportunidade de trabalho e para interagir com maior clareza no meio social e 
profissional. A partir da aprendizagem do que o mundo letrado é capaz de oferecer, 
entramos em completa intimidade com o texto, com as palavras, e estabelecemos 
múltiplos sentidos e significados para a nossa vida. 
Sugere-se que, haja nas escolas constantes planejamento, em relação ao 
processo de ensino e a aprendizagem da língua escrita e oral através de um trabalho 
coletivo de todos os professores, pois não bastam somente projetos de leitura 
isolados, ou mesmo a prática dos professores de Língua Portuguesa, é preciso uma 
 
22 
mobilização de todos os professores envolvidos em um projeto coletivo maior, um 
projeto institucional.5 
7 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA ESCREVER BEM 
A leitura informa e forma o indivíduo para a vida. Uma das vantagens mais 
importantes para quem lê é o desenvolvimento da capacidade de escrever bem. 
Revistas, jornais e livros em geral são algumas das fontes de leitura facilmente 
disponíveis em nosso dia a dia. Há inúmeros assuntos e contextos para os diferentes 
tipos de pessoas, o que facilita a cada um procurar aquilo que mais tem a ver com sua 
personalidade ou que atende às suas necessidades intelectuais. 
Para produzir uma boa redação, é preciso demonstrar conhecimentos de 
mundo e fugir do senso comum. Nesse quesito, a leitura é uma ferramenta muito 
enriquecedora. A leitura aprimora nosso repertório sociocultural, fazendo com as 
ideias sejam amplas sobre os vários temas possíveis de cair como proposta, por 
exemplo. 
Além disso, ela expande o desenvolvimento intelectual, facilitando o processo 
de interpretação e aprendizagem, assim como os atos comunicacionais, que serão 
cada vez mais eficientes. A capacidade de ser crítico e reflexivo ao expor opiniões é 
construída a partir da leitura. Ao analisar o pensamento do outro sobre um assunto, 
julgamos, absorvemos e construímos nossas convicções pessoais. 
 
 
5 Extraído do link: www.isciweb.com.br 
 
23 
Fonte: 
portugues.uol.com.brHá, ainda, um importante benefício relacionado ao vocabulário. Ler expande o 
repertório vocabular, fazendo com que seu texto seja mais eloquente, expressivo, 
persuasivo. Você terá mais conhecimentos sobre como substituir palavras e 
estabelecer sentidos por meio delas. Naturalmente as regras gramaticais serão 
internalizadas ao ler textos bem escritos e, assim, menores serão os erros de norma 
culta em sua redação! 
Atualidades são cobradas como tema do Enem e outros vestibulares, portanto, 
é importante que você esteja por dentro do que acontece lendo jornais, revistas e 
blogs de notícias, por exemplo. Até mesmo as redes sociais são bons recursos para 
a prática da leitura! Leia o que os outros têm a dizer sobre os assuntos, discuta, 
externalize e compartilhe suas ideias.6 
8 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA O CRESCIMENTO PROFISSIONAL 
A prática de leitura geralmente é relacionada à vida acadêmica. No entanto, 
quem busca crescimento profissional dentro do mercado de trabalho pode se 
beneficiar desse hábito. 
 
6 Extraído do link: www.imaginie.com.br 
 
24 
Afinal, ele é eficiente para desenvolver a retórica, melhorar a escrita e aprimorar 
a criatividade. 
 
A leitura permite desenvoltura na retórica 
 
Tendo o objetivo de persuadir o interlocutor, a retórica é uma habilidade que se 
preocupa essencialmente com o conteúdo. Ela é essencial, por exemplo, para aqueles 
profissionais que diariamente lidam com processos de negociação. 
Nesse sentido, a retórica está ligada à linguagem do convencimento — que, 
por sua vez, é inerente à capacidade de argumentação. Isso pode ser alcançado 
quando você pesquisa bem o assunto e consegue apresentá-lo de maneira clara ao 
seu interlocutor. E, para isso, é necessário ter o hábito da leitura. 
Você pode se basear, por exemplo, em estudos demográficos, de 
comportamento ou econômicos para mostrar, durante a negociação, que o seu 
produto ou serviço atinge um público específico. Use as características de gênero e 
idade para convencer seu interlocutor de que a ideia é viável para determinado grupo 
de interesse. 
 
A leitura melhora a escrita 
 
Quem trabalha regularmente com a comunicação escrita está sempre em 
busca de novas ideias e formas de escrever. No entanto, isso não é encontrado em 
prateleiras de supermercados ou em comprimidos nas farmácias. 
Uma boa escrita está relacionada à frequência de leitura. Quanto mais você lê, 
mais contato tem com novas palavras e ideias. Consequentemente, será possível 
fazer uso delas para produzir um texto original e de alta qualidade. Portanto, leia 
bastante e conquiste destaque no seu trabalho! 
 
A leitura melhora o conhecimento da área de atuação 
 
O mercado de trabalho exige profissionais cada vez mais atualizados e com 
conhecimento de ponta em suas respectivas áreas de atuação. Toda essa bagagem 
de informação pode ser encontrada nos livros. 
 
25 
Frequentemente, diversas publicações chegam com novidades sobre qualquer 
segmento de mercado. Quem acompanha e faz a leitura desse conteúdo consegue 
dominar técnicas e abordagens da sua área de atuação, além de ficar por dentro das 
maiores inovações e tendências. 
 
A leitura aumenta a criatividade 
 
Ser criativo é essencial no mercado de trabalho atual, e essa é uma das 
habilidades mais valorizadas pelas empresas. Afinal, as mudanças bruscas do mundo 
corporativo exigem soluções inovadoras. A prática da leitura ajudará você a conquistar 
isso! 
Quando você lê regularmente, consegue fazer conexões mais ágeis no cérebro. 
Com isso, as ideias criativas começam a surgir com mais fluidez. Essa capacidade 
ajudará você a lidar com situações de crise, típicas do mercado de trabalho. 
Quer começar a incluir a leitura agora mesmo na sua rotina? Comece 
separando os temas que mais lhe interessam e, depois, pesquise os principais autores 
que escrevem dentro dessas áreas. Assim, você encontrará os conteúdos ideais para 
seus objetivos, sem perder tempo com abordagens que não se adequam ao que você 
procura.7 
9 PRODUÇÃO DE TEXTO, DICAS PARA COMEÇAR OS SEUS 
Para escrever bons textos é necessário ler muito, pois só assim é possível ter 
um repertório de palavras, argumentos e criatividade. Para quem quer trabalhar com 
produção de texto ou mesmo quer escrever para escola, faculdade ou vestibular, essa 
dica é valiosa. Portanto, se você não tem esse hábito, é bom começar para que seus 
textos fiquem cada vez melhores. 
Se você já tem alguma familiaridade com textos, já deve saber que existem 
diferentes tipos de conteúdo. Mas não custa nada lembrar, não é mesmo? 
 
Produção de texto em diferentes formatos 
 
7 Extraído do link: blog.weeget.com.br 
 
26 
Para produzir bons textos, além do hábito de leitura é importante conhecer os 
diversos formatos existentes, para que você siga corretamente a proposta. É bom 
lembrar que não existe fórmula mágica para criar um bom texto, mas quanto mais 
conhecimento você tiver sobre o tema abordado, melhor se sairá. 
 
 Argumentativo – são conteúdos mais acadêmicos ou de convencimento, pois 
demandam mais argumentação dentro do corpo de texto. Dessa forma, você 
precisa ter o mínimo de conhecimento sobre o assunto para conseguir escrevê-
lo; 
 Narrativo – é muito comum em romances que lemos no dia a dia. Nesse 
formato de texto é comum uma narrativa de acontecimentos dentro de um 
universo (fantasioso ou não); 
 Descritivo – é o formato de texto que percorre os dois primeiros. Tem como 
característica principal a descrição, seja de objetos, pessoas, lugares, entre 
outros. 
Receita para produção de texto de qualidade 
Não existe uma resposta exata para isso, visto que cada um tem suas 
particularidades na escrita. Dessa forma, o que de fato importa para que o texto 
produzido seja de boa qualidade é a concordância e coerência. 
 A receita que deve ser aplicada em todos os textos é: 
 Pesquisa sobre o tema; 
 Ter conhecimento da ortografia; 
 Prezar a coesão e coerência; 
 Ter concordância com o tema e gênero que está escrevendo. 
Seguindo essa receita básica é hora de começar a escrever. 
 
Produzindo o texto 
Quando vamos começar a produção de texto, geralmente, há um tema a ser 
seguido. Portanto, foque no tema a ser abordado e comece a pensar nos tópicos a 
serem escritos. O que pode causar confusão em muitas pessoas é o título – que é 
diferente do tema – que é o “nome” que você dará para seu texto. Entendeu a 
diferença? 
 
27 
O título não precisa ser feito antes do texto em si. O ideal é fazê-lo depois de 
pronto. Dessa forma, o título fica condizente com o assunto abordado no texto e o 
leitor já sabe o que esperar da leitura. 
Bom, agora vamos para a parte importante que é a produção de texto em si. 
Independente do estilo de texto a ser escrito, é necessário fazer uma apresentação 
do tema. Portanto, coloque as informações mais relevantes e importantes logo no 
início. Assim, seu leitor terá uma breve ideia do que será abordado no restante do 
texto. 
Depois da apresentação, o que deve ser elaborado é o desenvolvimento. 
Então, todo restante da história e informações secundárias podem ficar no corpo do 
texto. Nesse momento é possível – se for o estilo do texto – fazer reflexões, críticas e 
argumentações. E, sem mais delongas, a conclusão. Ela não precisa ser extensa, mas 
deve ter um fechamento com coerência com o que foi escrito, para que o texto não 
termine de forma abrupta. 
Se você se mantiver sempre bem atualizado e criar o hábito de leitura no dia a 
dia, a probabilidade de escrever bons textos é grande. Mas nãose esqueça de que 
para escrever bem é necessário prática, então comece agora a escrever para 
melhorar cada vez mais essa habilidade.8 
10 COMO ENSINAR OS ALUNOS A ESCEVER BEM 
Quando o assunto é produção de texto, os alunos sempre se apavoram, por 
isso, selecionamos algumas dicas para ter uma base ao escrever qualquer texto, seja 
na escola, no vestibular, em uma entrevista de emprego ou em concursos. 
 
 
8 Extraído do link: eadbox.com 
 
28 
Fonte: 
novaescola.org.br 
Fique atento, escrever um bom texto é essencial, pois demonstra a sua 
capacidade de se expressar em diferentes ocasiões, portanto, é muito importante ter 
a leitura como um hábito para ampliar o vocabulário e o conhecimento. 
O primeiro passo é ter em mãos o tema e o tipo de texto a ser escrito, para 
enquadrar o tema proposto em um determinado gênero textual. Após ter isso 
delimitado, é possível seguir uma certa estrutura para qualquer tipo de texto, seguindo 
a cronologia de começo, meio e fim: 
 Dê um título relacionado ao tema; 
 Apresente o tema em uma introdução, atribuindo um começo para a história; 
 Apresente o desenvolvimento das ideias, que nada mais é do que o meio do 
texto, onde estarão presentes a exploração dos argumentos e fatos; 
 E, por fim, apresente a conclusão, atribuindo um desfecho para o texto. 
Ao desenvolver o texto, é importante que não fugir do tema proposto e se 
atentar às regras gramaticais de regência, concordância, acentuação, pontuação, 
seguindo a norma culta padrão, de modo que não deve ser utilizada uma linguagem 
coloquial e informal na grande maioria das redações. 
É importante estar atento, também, a delimitação dos parágrafos e caligrafia, 
se o texto for escrito à mão, ou a formatação dos textos escritos nos editores de texto 
do computador. 
 
29 
Dica: É sempre bom ter um rascunho para evitar as rasuras e, caso necessário, 
a leitura em voz alta ajuda a revisar aquilo que foi escrito. 
A coesão e a coerência são essenciais para dar sentido ao seu texto. Então, 
lembre-se: a coesão nada mais é do que a utilização correta das regras gramaticais e 
dos elementos de ligação do texto, como as conjunções; e a coerência é a 
organização lógica de texto que ajuda a não sair do tema nem se contradizer no 
desenvolvimento do texto. 
E, por último, evite a repetição de palavras ao longo do texto, para que não 
fique cansativo, procurando sempre sinônimos para elas. Deste modo, é bom ter em 
mãos um dicionário quando possível, para verificar sinônimos e não utilizar palavras 
que desconhece. 
 
Veja quais são os tipos textuais mais comuns e seus gêneros: 
1 – Dissertativo: 
Nesse tipo textual, é necessário expor o seu ponto de vista, normalmente de 
um tema polêmico, de modo que apresente uma tese e argumentos que a sustentem 
e, por fim, uma proposta de intervenção. 
Exemplos de gêneros textuais: resenha, artigos científicos, monografias, 
dissertações de mestrado e tese de doutorado e a famosa redação do ENEM. 
 
2 – Narrativo: 
Nesse tipo textual, são narrados fatos por meio de histórias que envolvem 
personagens em um determinado tempo e espaço. 
 
Exemplos: crônicas, fábulas, lendas, entre outros. 
3 – Descritivo: 
Nesse tipo textual são descritos fatos, objetos, lugares e personagens 
envolvidas. 
Exemplos: notícias, blogs, diários e relatos pessoais, biografia e autobiografia, 
cardápios, currículos, entre outros. 
Portanto, seja um bom leitor para tornar-se um bom escritor com novas ideias 
e muita criatividade para produzir um texto em qualquer gênero textual, obedecendo 
 
30 
a gramática do português e sendo claro e conciso ao desenvolver a sua 
argumentação.9 
11 ESTRUTURA TEXTUAL: TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES DE 
CRIAR SEUS TEXTOS 
Estruturar corretamente um texto vai extrair mais resultados da sua audiência, 
além de deixar os leitores muito mais satisfeitos e engajados com suas publicações. 
 
O que é um bom texto para você? 
Um texto tem como função comunicar um assunto, e essa comunicação só é 
bem-sucedida se o leitor consegue entender perfeitamente a mensagem. Um bom 
texto é aquele em que a comunicação acontece sem ruídos, e o segredo para alcançar 
esse sucesso está na estrutura textual. 
A estrutura textual é formada por vários fatores, sendo os principais a coesão 
e a coerência. São elas as responsáveis pela compreensão plena de um texto. 
Conheça abaixo quais os elementos formadores da estrutura textual e por que 
você precisa entendê-los! 
 
Coesão 
Coesão é o nome que a gramática dá à conexão entre as ideias no texto. O 
ideal é existir um encadeamento de informações, que o leitor possa seguir como um 
fluxo, sem pensar demais para estabelecer as relações entre as partes. 
Veja um exemplo: 
 Mariana viajou para o Rio de Janeiro nas férias. Mariana fez novos amigos no 
Rio de Janeiro. 
As frases não têm nenhum erro de estrutura sintática básica, de sujeito, verbo 
e complemento. O sujeito, Mariana, fez a ação de viajar e o destino foi o Rio de 
Janeiro. O mesmo sujeito fez novos amigos enquanto esteve por lá. 
O erro aqui é a repetição desnecessária, que torna a leitura incômoda. Perceba 
como é possível tornar esse exemplo mais agradável: 
 
9 Extraído do link: escolaeducacao.com.br 
 
31 
 Mariana viajou para o Rio de Janeiro nas férias e fez novos amigos por lá. 
Bem melhor, não é? E a única mudança foi dar cadência e ritmo à oração, 
eliminando a quebra que a repetição causava. 
 
Outros exemplos de coesão 
 
Há tipos de coesão diferente e dominá-los vai ajudá-lo a desempenhar a sua 
tarefa como redator freelancer de uma maneira mais eficiente. Por isso, fique atento 
às definições e exemplos que escolhemos para demonstrar como os tipos de coesão 
funcionam na prática. 
Chamamos de coesão por referência o tipo de estrutura que evita a repetição. 
Você já viu exemplos dela acima, mas podemos torná-la ainda mais clara colocando-
a em outros contextos. A coesão por referência sempre foge da necessidade de 
reafirmar nosso sujeito, funcionando assim: 
 A menina gostava muito de brincar com sua bola de vôlei. A menina levou-a 
para a praia. 
 A menina gostava muito de brincar com sua bola de vôlei. Ela a levou para a 
praia. 
 O garoto nunca foi bom em matemática. O garoto fez a prova quase sem tempo 
para passar o gabarito. 
 O garoto nunca foi bom em matemática. Ele fez a prova quase sem tempo para 
passar o gabarito. 
 A minha namorada mora muito longe daqui. A minha namorada viajou para me 
ver. 
 A minha namorada mora muito longe daqui. Ela viajou para me ver. 
 O picolé de limão é muito ruim. O picolé de limão deixa um gosto amargo na 
sua boca. 
 O picolé de limão é muito ruim. Ele deixa um gosto amargo na sua boca. 
 
Há, porém outros tipos de coesão que podem ser explorados nos seus textos. 
Como a coesão por substituição, também conhecida como anáfora. Podemos ver a 
coesão por substituição nas frases a seguir: 
 Os alunos foram chamados a comparecer na diretoria porque eram peraltas. 
Caso sejam peraltas novamente, os alunos serão suspensos do colégio. 
 
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 Os alunos foram chamados a comparecer na diretoria porque eram peraltas. 
Caso isso aconteça novamente eles serão suspensos do colégio. 
 Patrícia e Beatriz gostavam de brincar com suas bonecas, mas não podiam 
brincar com suas bonecas no colégio. Caso brincassem com suas bonecas no 
colégio, Patrícia e Beatriz teriam problemas. 
 Patrícia e Beatriz gostavam de brincar com suas bonecas, mas não podiam 
fazer isso no colégio. Caso fizessem, elas teriam problemas.Temos também a coesão por elipse, a coesão por conjunção e a coesão lexical. 
Elas funcionam, respectivamente, omitindo uma ou mais palavras, relacionando 
termos com o emprego de conjunções e adotando sinônimos, pronomes ou pronomes 
no lugar da repetição. 
 
Coerência 
A coerência, por sua vez, é o conjunto de mecanismos usados para que o texto 
faça sentido. Um texto é coerente quando não apenas a sintaxe está impecável, mas 
a semântica e a lógica também. 
 
Fonte:escolakids.uol.com.br 
Assim como a coesão, a coerência é fundamental para dar encadeamento às 
ideias inseridas no texto. Veja no exemplo abaixo: 
 Henrique chegava atrasado para todas as aulas, mas sempre conseguia entrar 
na escola por estar em cima da hora. 
 
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A expressão “estar em cima da hora” quer dizer que algo está bem próximo do 
horário marcado ou esperado para acontecer, não necessariamente atrasado. 
Por isso, no exemplo acima o leitor fica sem saber se Henrique se atrasava 
frequentemente, ou apenas chegava sem nenhuma antecedência. 
Além das orações, não podemos negligenciar a conexão entre os parágrafos e 
a ligação do título com o conteúdo. Um texto de título “5 dicas para livrar a sua casa 
dos mosquitos” devem ensinar 5 formas de espantar mosquitos, e não uma receita de 
bolo de milho, por exemplo. 
Exemplos de coerência 
Os princípios que norteiam a coerência textual são: 
 a não contradição; 
 a não tautologia; e 
 a relevância. 
Não se contradizer é simples. Basta não construir raciocínios que, 
necessariamente, dizem o oposto do que acaba de ser dito. Como: 
 Pedro gostava muito de jabuticaba. Era sua fruta preterida. 
 Vanessa nunca ouvia funk. Ela ia todos os dias para o colégio escutando Mc 
Anitta. 
 
Em ambos os casos supracitados a contradição está clara na segunda frase, 
que diz o exato oposto da primeira. Em textos de humor o efeito da contradição pode 
ser explorado para provocar o riso. Mas em uma redação formal não há vez para esse 
tipo de construção. 
A não tautologia é um pouco mais complexa. Trata-se de não empregar 
palavras diferentes para expressar uma ideia idêntica. Dizemos que há tautologia, 
portanto, nos vícios de linguagem abaixo: 
 Vamos subir lá pra cima. 
 Eu saí pra fora de casa. 
 
O princípio da relevância, por outro lado, diz que não é possível construir 
relacionamentos fragmentados em um texto mantendo sua coerência. Por causa dele 
não podemos criar parágrafos como: 
 
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 Eu gostava muito de comprar peras na feira. Nunca fui de jogar. Meu melhor 
amigo era um gato chamado Bolinha. As peras eram deliciosas. Quando meu 
melhor amigo miava eu sabia que ele queria jogar bola. 
O problema aqui é que nenhuma dessas frases adiciona sentido nas outras. 
Elas são todas construções que, individualmente, estão ok. Mas em um mesmo 
parágrafo corroem a coesão textual. 
 
Intencionalidade 
 
Todo texto tem uma intenção, um propósito. Convencer, educar, informar, 
contar uma história, suscitar uma discussão. Chamamos de intencionalidade tudo 
aquilo que o autor deseja expressar para o leitor por meio do texto. 
Para isso, são utilizados os mecanismos de coesão e coerência, para que a 
comunicação seja bem-sucedida entre as partes envolvidas. Assim, o sentido 
desejado pode ser construído ao longo do texto. 
 
Intencionalidade na linguagem publicitária 
 
É muito fácil encontrar exemplos de intencionalidade na linguagem publicitária. 
Isso pela sua própria natureza e construção. Publicitários escrevem textos que 
utilizam recursos estilísticos, nem sempre formalmente corretos, para determinar a 
intenção de um discurso. 
A intencionalidade está presente, por exemplo, em slogans como “Vem pra 
Caixa você também”. Neste, o mais correto seria utilizar o imperativo, urgindo que o 
interlocutor se inscreva na Caixa Econômica Federal e torne-se um cliente desse 
banco. Todavia, para criar harmonia e conseguir construir um discurso que rima (e, 
portanto, fica preso em nossa mente) essas regras são dribladas intencionalmente. 
Músicas e a linguagem literária também exploram erros gramaticais por 
intencionalidade. Ainda assim, na redação para a web são raros os casos em que a 
intencionalidade aparecerá reproduzindo esse tipo de técnica. É que embora tratem-
se de textos com intenções de Marketing, aqueles produzidos para a internet devem 
sempre respeitar a norma culta. 
 
Aceitabilidade 
 
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Por outro lado, a aceitabilidade é papel do leitor. Antes de começar a leitura, 
todo leitor cria uma expectativa sobre o que há no texto. Ou seja, ele busca entender 
o que está escrito, no mínimo, antes de tirar qualquer lição ou aprendizado do 
conteúdo. 
É comum, por exemplo, que alguns textos sejam interpretados diferentemente 
do que foi pensado pelo autor. Em grande parte das vezes isso se deve a problemas 
na estrutura textual, na coesão e na coerência das ideias. 
Entender essa relação entre a intenção e a aceitação é muito importante para 
um produtor de conteúdo web. O pilar central de uma estratégia de marketing de 
conteúdo é a aceitação da persona, a identificação dela com os textos; se a intenção 
do texto não atinge o leitor, a própria existência do material se torna inútil. 
 
Fatores de aceitabilidade textual 
Ainda que a aceitabilidade resida no interlocutor é papel do redator 
proporcioná-la. Isso é feito utilizando recursos como a informatibilidade. Quando há 
informações o suficiente no texto e elas suprem a expectativa do leitor, em geral, esse 
texto tem alta aceitabilidade. 
Investir em informatibilidade é particularmente útil na carreira de um redator 
web. Quanto mais conhecimento ele conseguir transmitir para o seu leitor ao longo de 
um artigo, maiores são as chances de que a aceitabilidade de um texto seja alta. 
 
Situacionalidade 
 
A situacionalidade é o fator que cuida da pertinência do texto. Toda produção 
textual precisa estar situada em um contexto, em um ambiente, sob pena de prejudicar 
o entendimento da mensagem. 
Você pode situar seu texto de duas formas. A primeira é da situação para o 
texto, que significa adequar um dado cenário à sua produção, como um contexto 
histórico ou o exato momento em que o leitor vai interagir com o seu texto. 
Veja um exemplo: 
“Hoje você é quem manda/ Falou, tá falado/ Não tem discussão” 
Para uma pessoa não familiarizada com a censura praticada durante os anos 
de ditadura no Brasil, os versos da música “Apesar de Você”, de Chico Buarque, 
 
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podem falar sobre uma desavença qualquer entre duas pessoas, como uma briga de 
casal. 
Entretanto, para quem viveu ou estudou sobre o tema a compreensão é 
totalmente diferente. Logo, o autor utiliza isso em favor próprio, criando sentidos 
diferentes para o mesmo verso, de acordo com o público. 
A segunda forma de situar um texto é fazendo o contrário, adequando do texto 
para a situação. Um exemplo é narrar um acontecimento sob o seu ponto de vista. 
Quem ler o seu relato vai entender que o fato ocorreu daquele jeito, mas se outra 
pessoa que também presenciou decidisse contar a própria versão, com certeza alguns 
pontos seriam diferentes. 
 
Intertextualidade 
A intertextualidade é um fator muito rico para se usar em um texto. Ela acontece 
quando o autor insere expressões, palavras ou personagens de outros textos na sua 
produção, fazendo ou não referências explícitas. 
Ao fazer referências, o autor deixa nas mãos do leitor a interpretação e 
compreensão daquela parte do texto, dependendo do conhecimento prévio do 
receptor. A estrutura textual se beneficia muito do uso da intertextualidade, 
principalmente se as referências usadas são clássicas,que agregam valor e qualidade 
ao texto. 
Os hipertextos são uma forma moderna de intertextualidade, em que indicamos 
para o leitor outro conteúdo que pode enriquecer a experiência de leitura, tirando como 
base o interesse em um primeiro texto. 
 
Outros casos de intertextualidade 
Duas formas comuns de se explorar a intertextualidade em uma composição 
são a paródia e a paráfrase. A paródia porque evoca uma outra obra na mente do 
leitor, recriando um texto com objetivo crítico. Essa forma de intertextualidade é muito 
comum na literatura e pode ser encontrada nos exemplos abaixo: 
MEUS OITO ANOS 
(Casimiro de Abreu) 
Oh! que saudades que tenho 
Da aurora da minha vida, 
Da minha infância querida 
 
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Que os anos não trazem mais! 
Que amor, que sonhos, que flores, 
Naquelas tardes fagueiras 
À sombra das bananeiras, 
Debaixo dos laranjais! 
[…] 
MEUS OITO ANOS 
(Oswald de Andrade) 
Oh que saudades que eu tenho 
Da aurora de minha vida 
Das horas 
De minha infância 
Que os anos não trazem mais 
Naquele quintal de terra! 
Da rua de Santo Antônio 
Debaixo da bananeira 
Sem nenhum laranjais 
[…] 
A paráfrase, por sua vez, é recriar um texto tendo outro como suporte. Fazer 
uma paráfrase significa dar uma nova versão discursiva para um conteúdo, mantendo 
o seu sentido original intacto. 
 
Informatividade 
Leitores apreciam textos pouco previsíveis, que trazem muitas informações, 
dados, descobertas e aprendizado. Chamamos esse fator de informatividade, e tanto 
a falta quanto o excesso de informatividade prejudicam a aceitação de um texto. 
Se, por um lado, textos pouco ou nada informativos afastam os leitores, por 
outro uma produção embasada em toneladas de dados pode confundir o leitor e 
prejudicar a compreensão do texto. O ideal é empregar dados apenas onde são 
necessários, para justificar opiniões, ilustrar panoramas ou atestar a pertinência de 
um argumento. 
 
 
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Fonte:escolakids.uol.com.br 
Estrutura textual na redação web 
A redação para web leva em consideração todos os fatores que citamos acima. 
Entretanto, com o surgimento dos blogs e a adaptação para plataformas móveis 
(smartphones e tablets), algumas práticas se tornaram tão necessárias quanto a 
coesão e a coerência, para garantir a qualidade dos textos postados. 
O conceito da escaneabilidade é relativamente novo, e diz respeito a uma 
escrita mais consciente de sua estrutura visual, para tornar a leitura mais agradável 
para o leitor. São medidas de escaneabilidade: 
 Frases curtas e parágrafos de 3 ou 4 linhas; 
 Uso de tópicos para realçar informações importantes; 
 Separação do texto em intertítulos; 
 Imagens para “quebrar” grandes blocos de texto; 
 Realce de termos em negrito e itálico e uso de hiperlinks. 
Além da escaneabilidade, se aplicam também os conceitos de storytelling e 
copywriting, que dependem da intenção e do direcionamento de cada conteúdo. 
Entender a importância de uma boa estrutura textual é essencial para escrever 
textos de qualidade, que atraiam e conquistem os leitores.10 
 
10 Extraído do link: comunidade.rockcontent.com 
 
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12 COMO PRODUZIR UM BOM TEXTO 
O texto é uma forma de comunicar algo a alguém. A comunicação, para ser 
eficiente precisa levar a quem recebe a ideia de quem a transmitiu. Na forma escrita, 
para cumprir esse papel ela deve ser clara, objetiva e produzida numa linguagem 
compreensível. Além disso, existem as normas vigentes que regem a questão 
ortográfica que devem ser observadas. Portanto, são vários os cuidados que devem 
ser tomados para a produção de um bom texto. 
 
Leitura 
Ler com atenção é fundamental para quem deseja escrever um bom texto. 
Através dessa prática é possível ter acesso a um repertório diversificado de assuntos, 
regras e estilos. Isso gera conhecimento que possibilitará condições para transformar 
ideias em escrita. Ao ler também se amplia o vocabulário, o que auxilia no momento 
de escrever. Para quem deseja começar a escrever, ou melhorar seus textos, o 
primeiro passo a ser dado é se dedicar persistentemente à leitura. 
 
Objetividade 
Ao escrever uma frase para comunicar um fato ou situação, de modo simples 
e claro, precisa ser objetivo. Transmitir a mensagem com poucas palavras, essa é a 
intenção. Isso evitará o esforço de quem a recebe no momento de decodifica-la. 
Termos apropriados, colocados no lugar certo, frases curtas e bem conectadas, são 
cuidados que ajudam a dar essa característica à escrita. O equilíbrio é necessário 
para não ser exageradamente breve. A produção textual deve ter a consistência 
relativa à ideia a ser comunicada e ao contexto em que se aplica. 
 
Simplicidade 
Evitar palavras difíceis e com duplo sentido faz com que o texto seja mais 
facilmente compreendido. Esse trabalho requer do escritor a devida atenção para, ao 
produzi-lo, analisar cada palavra que registra dentro da ideia a ser transmitida. O texto 
produzido dessa forma facilita a compreensão do leitor e pode ser apreciado por 
diversos públicos. Simplicidade ao escrever não significa empobrecer a escrita, e sim 
usar apenas o necessário para transmitir ao leitor a ideia desejada. 
 
 
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Coerência 
A coerência na escrita pode ser comparada com a fidelidade no 
relacionamento. Ao iniciar um texto, deve-se ter bem claro o assunto sobre o qual vai 
se discorrer e qual mensagem referente a ele se quer transmitir. Definido isto é 
importante manter o foco presente para que o leitor perceba a sequência de 
argumentos que dão corpo a ideia transmitida. Assim, durante a leitura será possível 
construir uma organização lógica que dará sentido à mensagem original. 
Existem muitas dicas importantes para orientar quem se aventura pelo mundo 
da escrita. Elas podem ser encontradas em várias páginas da web, ou livros de 
especialistas. As que estão apresentadas aqui: Leitura, Objetividade, Simplicidade e 
Coerência são as que, geralmente, aparecem como principais e que podem ser bem 
detalhadas, apresentando um contexto bem mais amplo. Elas foram resumidas e 
mostradas para despertar no leitor interessado, o desejo de se aprofundar no assunto 
e poder descobrir esse mundo encantado e encantador que é a escrita.11 
13 LEITURA, TEXTO E SENTIDO 
Para sermos leitores competentes é preciso mais do que apenas decodificar o 
código, que é a língua portuguesa: é preciso interagir com os variados textos aos quais 
somos expostos, interação que nos permitirá construir sentidos. 
É fundamental que o hábito de leitura seja cultivado entre crianças e jovens, e 
para isso é importante a participação da família e da escola nesse processo. Esses 
dois agentes são responsáveis pela formação de leitores competentes, capazes não 
apenas de decodificar o código, mas também de interpretar e assimilar informações, 
que posteriormente serão transformadas em conhecimento. 
Entretanto, poucas vezes paramos para pensar sobre o que é a leitura. 
Tampouco nos perguntamos para que e como ler. Essas perguntas podem ser 
respondidas de diferentes maneiras, as quais revelarão uma concepção de leitura 
advinda da concepção de sujeito, de língua, de texto e de sentido que se adote. É 
inquestionável que a leitura é uma atividade de captação das ideias do autor, que 
depende também das experiências e conhecimentos do leitor. Ela é uma atividade 
 
11 Extraído do link: escolaparaeducadores.com.br 
 
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que exige daquele que lê o foco no texto, em sua linearidade; sendo assim, o leitor 
realiza uma atividade de reconhecimento, de reprodução e interpretação. 
A leitura deve

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