Buscar

Resumo de Jornada de Trabalho na Contabilidade

Prévia do material em texto

Jornada de Trabalho 
 Jornada de Trabalho - Pode ser definida como o tempo 
que há a dedicação, ou pode haver essa dedicação a 
atividade laborativa. 
Constituição Federal de 1988 - É uma fonte do direito, em que é 
considerada uma carta política, em que contém todas as informações 
importantes que regulamenta as escolhas. 
A Constituição da República, em seu artigo 7º, inciso 
XIII, inclui, entre os direitos dos trabalhadores, a 
“duração do trabalho normal não superior a oito horas 
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, 
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.” 
Esse ideal é baseado na preservação do trabalho 
descente – aquele que preserva a dignidade, saúde 
física e mental. 
A jornada estabelecida pela CF é de 8 horas diárias e 44 
horas semanais, no entanto pode ser alterada 
mediante convenção coletiva – categoria de 
representação, também pode ser mediante acordo de 
trabalho individual entre o empregado e o 
empregador. 
O inciso XIV prevê a “jornada de seis horas para o 
trabalho realizado em turnos ininterruptos de 
revezamento, salvo negociação coletiva”. Na 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o tema é 
tratado na Seção II, artigos 58 a 65. 
Jornada de Trabalho existentes: 
- Comum 
- Ordinária 
- Diária 
- Extraordinária 
 
Algumas categorias cumprem jornada diferenciada por 
terem regulamentação própria. É o caso de bancários 
(seis horas diárias ou 30 horas semanais), jornalistas 
(cinco horas diárias ou 30 horas semanais), médicos 
(quatro horas diárias), aeronautas (devido às 
peculiaridades da atividade, a jornada pode chegar a 
20 horas), radiologistas (24 horas semanais) e 
advogados (quatro horas diárias ou 20 horas 
semanais), entre outros. Por exemplos, jornada de 
enfermeiros, médicos, policiais, jornalistas em que 
carece de regulamentação própria. 
O controle convencional do tempo de trabalho 
prestado é feito por meio do ponto. De acordo com o 
artigo 74, parágrafo 2º, da CLT, "para os 
estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será 
obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, 
em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme 
instruções a serem expedidas pelo Ministério do 
Trabalho". 
Ou seja, segundo a CLT por força de lei, deve haver o 
controle de ponto em empresas que tenham mais de 
dez funcionários, ou precisamente a onze funcionários 
é necessário esse controle, no entanto o ideal é que o 
controle de ponto seja feito como garantia ao 
empregador quanto ao empregado. 
Observação: Sumula do Ponto Inglês – Marcação 
britânica, em que presume que os cartões e registro de 
ponto são invalidados, porque continham entrada e 
saída com marcações uniformes de horários. Em que 
observa ainda que seria pouco crível que, no curso do 
trabalho, o empregado tivesse anotado tal jornada 
com tamanha precisão. 
Súmula nº 338 do TST 
JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA 
(incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da 
SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 
(dez) empregados o registro da jornada de trabalho na 
forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação 
injustificada dos controles de freqüência gera 
presunção relativa de veracidade da jornada de 
trabalho, a qual pode ser elidida por prova em 
contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) 
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, 
ainda que prevista em instrumento normativo, pode 
ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida 
em 20.06.2001) 
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de 
entrada e saída uniformes são inválidos como meio de 
prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas 
extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a 
jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 
306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003) 
 
Sendo assim, pela Súmula 338/TST, consideram-se 
inválidos, como meio de provas, cartões de ponto com 
horários de entrada e saída uniformes em relação às 
horas extras. Nesse caso, cabe à empresa comprovar a 
veracidade dos controles 
De acordo com a jurisprudência do TST (Súmula 338), a 
prova a respeito da jornada deve ser feita pelo 
empregador. A não apresentação injustificada dos 
controles de frequência gera presunção relativa de 
veracidade da jornada de trabalho alegada pelo 
empregado. 
O intervalo intrajornada, período destinado ao repouso 
e à alimentação, não é computado na jornada de 
trabalho. De acordo com o artigo 71 da CLT, quem 
trabalha mais de seis horas tem direito a um intervalo 
mínimo de uma hora. Se a jornada é inferior a seis 
horas, o intervalo é de no mínimo 15 minutos. 
Quando o período de descanso é descumprido, o 
empregador fica obrigado a remunerar o período 
correspondente como se fosse horas extras, ou seja, 
com acréscimo de no mínimo 50% sobre o valor da 
remuneração da hora normal de trabalho. 
O intervalo de uma hora pode ser reduzido em 
situações especiais relacionadas ao fornecimento de 
refeições em espaço adequado para 30 minutos, 
mediante autorização do Ministério Público do 
Trabalho. A Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017) 
passou a admitir a redução para 30 minutos, desde que 
haja previsão em convenção ou acordo coletivo de 
trabalho. 
A legislação trabalhista brasileira permite que os 
empregados prestem até duas horas a mais de trabalho 
por dia mediante acordo individual, convenção ou 
acordo coletivo. Essas horas além da jornada devem 
ser pagas com adicional de pelo menos 50% do valor da 
hora normal ou compensadas por meio de banco de 
horas. 
Antes da vigência da Reforma Trabalhista, o período 
gasto no trajeto entre a casa e o trabalho nos casos em 
que o empregador fornecia transporte aos 
empregados para o trabalho realizado em locais de 
difícil acesso (plantações, áreas de mineração ou 
construções, fábricas situadas fora do perímetro 
urbano) e não servidos por transporte público 
disponível era considerado tempo à disposição do 
empregador e deveria ser remunerado. Agora, o 
período não mais integra a jornada de trabalho. 
Outra mudança da Reforma Trabalhista diz respeito a 
atividades que antes eram incluídas na jornada de 
trabalho ou pagas como horas extras com o 
entendimento de que o empregado estava à disposição 
do patrão. De acordo com o texto atual, não é 
computado como período extraordinário o que 
exceder a jornada normal quando o empregado, “por 
escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de 
insegurança nas vias públicas ou más condições 
climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas 
dependências da empresa para exercer atividades 
particulares”. Essas atividades, listadas expressamente 
no artigo 4º, parágrafo 2º, da CLT são: práticas 
religiosas, descanso, lazer, estudo, alimentação, 
atividades de relacionamento social, higiene pessoal e 
troca de roupa ou uniforme. 
Turnos ininterruptos 
Essa modalidade de jornada é adotada em ramos de 
atividades que exigem operação ininterrupta, como 
refinarias, montadoras de automóveis e siderúrgicas. 
Nela, os empregados trabalham em constante 
revezamento e, portanto, têm a cada dia um horário 
diferente. Muitas vezes, a jornada abrange períodos 
diurno e noturno ou, devido à escala de serviço, pode 
ser cumprida alternadamente no período matutino, 
vespertino e noturno. 
Esse regime acarreta desgaste à saúde superior ao de 
quem trabalha em horários regulares. Por isso, a 
Constituição (artigo 7º, inciso XIV) limitou a jornada em 
turnos de revezamento a seis horas por dia. Essa 
duração só pode ser alterada por meio de negociação 
coletiva. 
Algumas atividades, como as de enfermagem e de 
vigilância, exigem o trabalho em plantões. Para esses 
casos, a jurisprudência do TST (Súmula 444) admite, 
excepcionalmente, a adoção da jornada de 12 horas de 
trabalho por 36 horas de descanso (12 X 36), tendo em 
vista a sobrecarga resultante. 
O banco de horas aparecena Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT) em seu artigo 59, parágrafo 2°. Este 
artigo diz que a empresa pode ser dispensada do 
acréscimo de salário, caso opte pela compensação de 
jornada. Todavia, essa modalidade só pode ser adotada 
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
Além disso, é importante que a empresa cuide para 
que não seja ultrapassado o limite de 10 horas diárias 
de trabalho. 
Com a reforma trabalhista, algumas regras foram 
acrescentadas ao banco de horas, vamos ver a seguir. 
A reforma trabalhista aprovada em julho de 2017, 
alterou previsões importantes para o banco de horas. 
Com ela, foi acrescentado mais dois parágrafos ao 
artigo 59, o que trouxe novas possibilidades de acordo 
de banco de horas e períodos de compensação. 
O banco de horas reforma trabalhista permite que o 
banco de horas possa ser adotado mediante um acordo 
individual escrito. Isso significa que pode haver uma 
livre negociação entre empregador e um único 
empregado, para a adoção do banco de horas. 
Entretanto, a compensação dessas horas deve ser feita 
em no máximo 6 meses após o acordo firmado. 
Realizar um acordo individual escrito, ou acordo 
coletivo de trabalho quando o banco de horas não 
estiver previsto em convenção coletiva; 
Observar todas as regras da CLT referente às jornadas 
de trabalho dos colaboradores; 
Observar a nova previsão da lei a respeito do banco de 
horas. A compensação banco de horas pode ser 
adotada por qualquer empresa independente do seu 
ramo, desde que sejam respeitadas todas as regras 
previstas nas leis trabalhistas, a fim de garantir o bem 
estar dos funcionários.

Continue navegando