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PEÇA - HABEAS CORPUS PREVENTIVO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA – STJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Keven Oliveira Nucci, brasileiro, solteiro, advogado regularmente 
inscrito na OAB/MT sob o nº XXXXX– Mato Grosso e Wesley Egues da Silva, 
brasileiro, casado, advogado regularmente inscrito na OAB/MT sob o nº XXXX, vem 
muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, 
LXVIII, da Constituição Federal e nos arts. 647 e seguintes do Código de Processo 
Penal, impetrar o presente: 
 
 
HABEAS CORPUS PREVENTIVO C/C MEDIDA LIMINAR 
 
 
em favor de FILOLAU DA SILVA FILOLA, brasileiro, estado civil XXXXX, portador do 
RG nº XXXXXXXXXX, inscrito no CPF sob o nº XXXX, residente e domiciliado na Rua 
XXXXX; nº XXXXXX, Bairro XXXX, Cep XXXX, contra decisão do Colendo Tribunal 
de Justiça do Estado Mato Grosso, proferida nos autos do HC nº XXXX, desde já 
apontado como autoridade coatora. 
 
 
I. DOS FATOS 
 
 Foi impetrado Habeas Corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado de Mato 
Grosso em favor do paciente FILOLAU DA SILVA FILOLA, Habeas Corpus que 
versava acerca de Ação Penal supostamente nula, de nº 0000.000, em trâmite na 
Vara Criminal da Comarca de Cáceres/MT. Na referida Ação Penal, de nº 0000.000 o 
paciente foi acusado pela suposta prática dos crimes de roubo duplamente qualificado 
(majorado); associação criminosa e corrupção de menores, nas disposições do artigo 
157,§ 2°, inciso I, II,IV e V, c/c artigo 61, inciso II, alínea “h”, por cinco vezes, na forma 
do artigo 70, caput, do código penal; artigo 288, parágrafo único, do código penal; 
e artigo 244-B, caput, da lei n. 8.069/1990, c/c artigo 69, caput, do código penal. 
Insurgiu-se o Writ, impetrado no Egrégio Tribunal de Justiça, contra decisão 
proferida pelo Juíz de piso da Vara Criminal da Cáceres, o qual determinou a 
expedição de mandado para a prisão do paciente, Filolau, o qual respondia a Ação 
Penal em Liberdade, condenando-o à pena de 9 anos e 6 meses de reclusão e 24 
dias-multa no regime fechado para o cumprimento de pena privativa de liberdade. 
Assim, o referido Habeas Corpus impetrado no Tribunal de Justiça buscou o remédio 
heroico, a fim de atacar suposta nulidade absoluta nos autos da referida Ação 
penal de nº 0000.000. 
Deste modo, a referida nulidade apresentou-se logo na fase inicial do 
processo judicial, ação penal 0000.000 leia-se durante a citação do réu, ora paciente. 
Naquela oportunidade, o réu, ora paciente, após SER CITADO e tomar ciência 
das acusações proferidas em seu desfavor, ratificou as informações prestadas em 
sede policial durante o procedimento inquisitivo, qual seja: que teria sua defesa 
patrocinada por uma ADVOGADA PARTICULAR DE SUA CONFIANÇA, DRA. 
FILOMENA FILOLINA, tendo inclusive, nesta fase processual apresentado ao oficial 
de justiça que lhe fez a citação, o nome da sua causídica. 
Contudo, em que pese, tal informação constar expressa nos autos, o 
processo foi remetido a Defensoria pública, a qual, por sua vez, apresentou 
resposta à acusação do réu ora paciente, sem que este se quer soubesse que a 
Defensoria estava patrocinando sua defesa. 
Assim, durante toda instrução processual, as intimações dos atos processuais 
contra Filolau foram todas enviadas à Defensoria Pública. 
Nesta toada, FILOLAU contratou os advogados Keven Oliveira Nucci e 
Wesley Egues da Silva, o qual impetraram o Habeas Corpus que foi remetido ao 
Egrégio Tribunal de justiça para análise das alegações proferidas, oportunidade que 
foi negada a concessão da liminar pleiteada pelo paciente e determinou que fosse 
oficiado o juízo de piso para informar acerca da nulidade aventada nos autos. 
Após isso, o juízo da Comarca Criminal de Cáceres apresentou informações 
acerca das alegações apresentadas, onde constou uma certidão do oficial de justiça 
o qual havia a indicação de que o Réu ora paciente escolherá enquanto sua advogada 
a Dra. Filomena. 
Ato contínuo, os autos foram remetidos para a colenda Câmara julgadora a 
fim de analisar o mérito do referido Habeas Corpus. 
Ocorre que a decisão emita foi pela denegação da ordem e a extinção 
do Writ sem julgamento do mérito. 
 
II. DA NULABILIDADE DA AÇÃO PENAL Nº 0000.000 
 
A Constituição federal em seu artigo 5º, LV, diz que todos os litigantes 
possuem o direito do contraditório e ampla defesa e cominado com esse inciso 
identificamos o inciso LIV do mesmo artigo o qual diz que ninguém será privado de 
sua liberdade sem o devido processo legal. 
 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, 
com os meios e recursos a ela inerentes; 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo lega; 
 
Deste modo, sendo assegurado o direito de possuir o contraditório e a ampla 
defesa e havendo o princípio do devido processo legal, faz a necessidade de ter uma 
defesa técnica, em que haja uma relação de confiança entre o acusado e o advogado 
Neste mesmo diapasão, a ação penal de nº 0000.000 deixa claro que o 
acusado possuía uma advogada, Dra. Filomena, o qual era de sua confiança. 
Nesta análise, se o acusado possuir um advogado, deverá ser respeitado a 
escolha do acusado. 
Neste mesmo, o Egrégio Superior Tribunal de Justiça firmou este 
entendimento através do Habeas Corpus nº 66.097 de 18/03/2008. 
 
 “O acusado tem o direito de constituir advogado de sua confiança para 
atuar no processo-crime a que responde em homenagem ao princípio 
da ampla defesa.” (HC n. 66.097 / SP. Relatora: Min. Laurita Vaz. Julgado 
em 18.03.2008)”. 
 
Este HC deixa claro que o acusado possui o direito de escolher seu defensor. 
A Convenção Americana dos Direito Humanos, traz em seu artigo 8º, 2, d, 
o direito de escolha do seu defensor. 
Artigo 8. Garantias judiciai 
2. Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua 
inocência enquanto não se comprove legalmente sua culpa. Durante o 
processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias 
mínimas: 
d. direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um 
defensor de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu 
defensor; 
 
O artigo 563 do código de Processo Penal diz que será declarada a nulo, se 
dá nulidade causar qualquer dispêndio a acusação ou a defesa, “Nenhum ato será 
declarado nulo, se dá nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a 
defesa”. No caso fático foi verificado que houve um prejuízo para a defesa, por conta 
de um não cumprimento do pedido do acusado, pois o paciente está na eminência de 
ter sua liberdade restringida. 
O não cumprimento da escolha da ADVOGADA do acusado traz para toada o 
artigo 563 do CPP já citado, no de que, não foi cumprido o pedido do acusado torne-
se o processo nulo todo processo transcorrido a partir da ação penal nº 0000.000 
Diante da análise, faz se a necessidade da expedição da liminar para que o 
paciente possa ter seu direito de locomoção resguardado durante o processamento 
do mérito dessa Writ. 
Por fim, diante do constrangimento ilegal, solicito ao excelentíssimo senhor 
Ministro presidente do Superior Tribunal de Justiça, que seja deferido o Habeas 
Corpus e liminar em face do paciente FILOLAU DA SILVA FILOLA, sobre a nulidade 
do processo. 
 
III. DO PEDIDO 
Diante ao exposto reque-se: 
1) Que seja expedida a medida liminar, a fim que seja expedido salvo-
conduto ao paciente, garantindo que ele possa circular e permanecer em 
locais públicos de uso comum do povo a qualquer hora do dia, FILOLAU 
DA SILVA FILOLA; 
2) O impetrante requer a concessão da ordem do habeas corpus. 
 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Cáceres - MT, 22 de junho de 2021 
 
Keven Oliveira Nucci 
Wesley Egues da Silva

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