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Ana Beatriz Alves de Lima, Vivian Alves Pacheco, Thomaz Magnum Moreira Lírio, Lívia Francisco Arantes de Souza, Sergio Azevedo Fonseca 
Faculdade de Ciências e Letras/Unidade Araraquara 
O PÓS-OCUPAÇÃO NO RESIDENCIAL DOS OITIS E A ECONOMIA SOLIDÁRIA 
COMO ALTERNATIVA DE FONTE DE RENDA: A HORTA COMUNITÁRIA 
Introdução 
O Residencial dos Oitis foi construído com recursos do programa Minha Casa Minha Vida Faixa I. Desde a ocupação enfrenta mazelas que tornam insustentáveis a vivência e a convivência no local 
em condições dignas. A título de exemplo, o Ministério Público do Estado de São Paulo chegou a interpor, em 2018, ação civil pública para que irregularidades de diversas ordens no local fossem 
corrigidas. Em resposta, a Coordenadoria do Trabalho e da Economia Criativa e Solidária, da Prefeitura Municipal de Araraquara, elaborou um projeto de intervenção, em parceria com a UFSCar, 
por meio do NuMI-EcoSol, e a FCLAr, por meio do NEPESC, para implementar programas de geração de Renda e Trabalho nos pilares da Economia Solidária. 
Objetivo 
Apresentar uma síntese das atividades realizadas para geração de trabalho e renda, baseadas nos princípios da Economia Solidária, buscando identificar e apontar as principais dificuldades e 
problemas enfrentados nas atividades de campo realizadas no Residencial, no período de agosto de 2020 a abril de 2021. 
Material e Métodos 
A abordagem utilizada, em termos metodológicos, foi a qualitativa, tendo como método o estudo de caso único e como principal instrumento de coleta de dados a observação participante. 
Resultados e Discussão 
As atividades de campo ocorreram de forma presencial e remota. Diante do contexto de pandemia foram realizadas entrevistas para a elaboração de um diagnóstico e oficinas relacionadas ao 
tema de Economia Solidária. A Horta Comunitária dos Oitis se tornou uma das frentes de trabalho, com vistas à geração de renda e fortalecimento da segurança alimentar. Foi sugerida a 
construção de compoteiras orgânicas e a coleta de resíduos orgânicos inspirados na experiência da Revolução dos Baldinhos em Florianópolis¹, o que reduziria custos com adubos e resolveria o 
problema no residencial que sofria com lixo ao céu aberto. Entretanto, o processo de coleta foi paralisado, pois a horta não comportava a quantidade coletada e tampouco pode ser expandida por 
conta de outras ocupações no terreno. Houve uma grande evasão de trabalhadores na horta relacionados com a organização do trabalho e por este motivo foi necessário mudar o modelo da horta 
do agroflorestal para o convencional em canteiros. Para essa mudança foi criada uma comissão para assuntos internos e externos da horta, ideia que sofreu grande resistência dos trabalhadores 
atuais da horta pela disputa de território produtivo na horta. A pandemia agravou a vulnerabilidade econômica e a capacidade de circulação de dinheiro dentro do residencial que provocou um 
menor poder de compra dos alimentos comercializados na horta. De acordo com pesquisa realizada com os moradores no ano de 2020, apenas 25% dos entrevistados possuíam salário ou 
aposentadoria como renda, uma boa parte desses trabalhando para a prefeitura nas campanhas de COVID e dengue. Por esse motivo, foi realizada uma pesquisa de mercado nos residenciais nos 
arredores dos Oitis para compreender os padrões de consumo e a aceitabilidade da comercialização dos produtos da cesta que apresentou um resultado positivo, sendo dos 99 entrevistados, 
apenas 3 não consideravam o consumo da cesta. 
Conclusão 
A pandemia e o histórico dos Oitis são empecilhos que provocaram dificuldades no desenvolvimento do projeto. A horta possui grande potencial de geração de renda. A representatividade da 
comissão poderá trazer maior credibilidade aos produtos comercializados da horta. 
Agradecimentos 
Agradecimentos especiais ao NEPESC, ao NuMI-EcoSol e aos moradores do Residencial Oitis. 
 Abreu, M. J.; Lemos, S. S. Agricultura Urbana E A Revolução Dos Baldinhos. CEPAGRO. Florianópolis. 2011. 
 
 
 
Financiamento

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