Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Materiais e Reciclagem 12 – Metais Professor Sandro Donnini Mancini Sorocaba, Novembro de 2022. Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba Idade da Pedra; Idade dos Metais; Cobre foi provavelmente encontrado no estado nativo. A utilização dos materiais teve importância histórica: 2 ~2000 a.C. – primeiros indícios de Ferro (óxidos em meteoritos); 1400 a.C. – redução do minério de Ferro e fabricação de produtos forjados – temperatura atingida era baixa Fe2O3 + 3/2 C 2 Fe + 3/2 CO2 Idade média: “altos” fornos, temperatura : obtém-se o ferro gusa; 1780 – refino do gusa e obtenção do aço, utilizando-se coque como fornecedor de carbono – pouco comum, gusa é o principal material das máquinas à vapor da 1ª Revolução Industrial 1857 – Queima do C com sopro de O2 = aço de %C inferiores. – 2ª revolução industrial Idade do Ferro (~1200 a.C a 1.000 d.C) Redução do minério de Ferro até o século XIX e fabricação de produtos forjados 3 Primórdios da Siderurgia Nacional Atividade industrial no Brasil colônia foi impedida por lei (1785); 1/4/1808 – revoga-se a lei, mas nada muda: acordo com Inglaterra; Exclusões: construção naval e siderurgia (interesse do governo); Antes de D. João: 1ª ideia – Bahia e pequenas forjas em MG; 1809: Real Fábrica do Morro de Gaspar Soares (Pilar) – MG; produção em 1815; 1810: Araçoiaba (SP) – Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema; 1815: inicia-se a produção; Dois altos-fornos (início 1818); 1811: siderúrgica particular em Congonhas do Campo (MG): a 1ª que deu lucro; Importante: 1812 - ferro líquido (Pilar); 1814 – ferro em alto forno (Congonhas); 1818 – produção em alta escala (Araçoiaba). Fábrica de Ferro São João do Ipanema: 1818 ~1895. Local possuía reservas de magnetita (Fe2O2); E madeira (floresta) para fabricação de carvão. Fotos: André Bonacin Produção principal: armas. Carvoaria “Alto”-forno 4 Características típicas de metais: capacidade de deformar plasticamente (segurança estrutural); condutividade térmica e elétrica elevada; alguns apresentam propriedades magnéticas; alguns são refratários (suportam altas T); alguns resistem muito a intempéries e oxidação; aguentam solicitações mecânicas críticas (trem de pouso, p.ex.); as propriedades se relacionam com densidade e custo adequados. 5 Metalurgia - obtenção de metais ferrosos e não-ferrosos Definições Siderurgia – obtenção de produtos a base de ferro e aço. A fabricação de produtos metálicos pode envolver: Preparo do metal e/ou liga (geralmente fusão e solidificação); Usinagem; Conformação Plástica; Soldagem; Metalurgia do Pó. CAMPOS FILHO, M.P. e DAVIES, G.J. Solidificação e Fundição de Metais e suas Ligas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1978 6 FUSÃO E SOLIDIFICAÇÃO Pela fundição ou lingotamento, o metal é fundido em fornos (elétricos, a gás etc.) e depois derramado para solidificação. Apesar da aparente simplicidade dos processos, muito tem que ser estudado de cada etapa para que haja a maximização das propriedades finais do produto metálico, a minimização dos custos (↓ tempo e energia gasta) e reprodutibilidade. A fundição tem o objetivo de dar forma adequada ao metal, após vertê- lo em estado líquido dentro da cavidade de um molde com a forma desejada (batelada). O lingotamento convencional é conceitualmente semelhante à fundição, porém há uma sequência de moldes. 7 No lingotamento contínuo o molde é um perfil (duas dimensões fixas e a terceira “infinita”), que será resfriado e cortado. https://www.youtube.com/watch?v=IgebFUO2N5I (*) Fundição: MOLDE – normalmente de areia problemas – recuperação dos materiais do molde, pó https://www.youtube.com/watch?v=V4ggVi6JpxQ (*) 8 USINAGEM - σ > σruptura Torneamento Fresagem Retífica Furação Corte Limagem Operações de usinagem Processo pelo qual a forma de uma peça é modificada pela remoção progressiva de cavacos ou aparas de material. Permite: acabamento superficial de superfícies; possibilidade de abertura de furos, roscas, rebaixos, etc; reduzir custos, pois possibilita a produção de muitas peças; fabricação de somente uma peça a partir de um bloco metálico. A usinagem é basicamente um processo de cisalhamento, ou seja, ruptura por aplicação de uma força cortante. É realizada com o auxílio de conjunto de máquinas/ferramenta. A ferramenta é o que vai efetivamente cortar a peça (p. ex., uma broca). As máquinas são os equipamentos que levam as ferramentas às peças (p.ex., furadeiras). As ferramentas devem ser mais duras que o material a ser cortado. O cavaco formado pode aderir ao gume da ferramenta cortante e/ou à peça, o que piora o acabamento e dificulta a refrigeração da peça. Deve então ser removido conforme se forma, periodicamente. É reciclável, porém é leve, tem preço relativamente baixo e transporte difícil. 9 Fluido de corte (óleos, óleo + água, soluções aquosas): mais refrigerantes menos corrosivos refrigera e diminui o atrito entre o conjunto ferramenta- peça-cavaco; aumenta a vida útil do equipamento e das ferramentas; protege a peça contra a oxidação e o superaquecimento; afasta cavacos e aparas; Dependendo da máquina e da peça, uso chega a ser de milhares de litros por hora; pode ser recirculação (geralmente após filtração); É um efluente: deve ser tratado. 10 Torneamento https://www.youtube.com/watch?v=u5QMiLkHm_Q&hd=1 (*) http://www.em .pucrs.br/~edir/O ficina/torno/Torneam ento.htm Ferramenta de um só gume fica parada e retira o cavaco com o auxílio da rotação da peça. Equipamento de torneamento: Torno mecânico - Universal CNC (comando numérico computadorizado) http://www.em.pucrs.br/~edir/Oficina/torno/Torneamento.htm Processo de usinagem em que há várias superfícies cortantes: enquanto uma corta, as outras resfriam. Utilizações: abertura de rasgos e perfis confecção de dentes de engrenagem. Fresagem https://blog.superbid.net/maquinas-fresadoras-aprenda-a-usinar-metais/ 11 Retífica Usinagem por abrasão para corrigir irregularidades de superfícies (retificar). Furação http://www.em.pucrs.br/~ed ir/Oficina/torno/Torneame nto.htm Obtenção de furo cilíndrico pela ação de ferramenta giratória (brocas, normalmente helicoidais, de utilização industrial, doméstica e dentária), cuja ponta tem poder de penetração. Além do material que é feita a broca (pode ter ponta de diamante, vídia...), a penetração depende do ângulo de corte (130o no desenho), do ângulo de hélice, da velocidade da furação... 12 CONFORMAÇÃO PLÁSTICA – σescoamento < σ < σruptura D ieter Jr., G. M etalurgia M ecânica. Trad. F.M . D el Corral. M adri. Ed. A guilar, 1967639p. Forja 13 Laminação http://www.abal.org.br/aluminio/processos_laminacao.asp Trefilação Ex: fabricação de fios http://s3.am azonaws.com /ppt-download/trefilao17.ppt# 260,3,Slide 3 Extrusão Ex: fabricação de perfis Estampagem chapa peça 14 METALURGIA DO PÓ Metal em pó pode ser produzido por atomização. Metal fundido PÓ → COMPACTAÇÃO EM MOLDE → SINTERIZAÇÃO Prensagem Injeção SOLDAGEM Metais de adição: componentes eletrônicos: Pb-Sn tendência: soldas “lead-free” (Sn/Ag/Cu, p.ex.) Metal de composição próxima a dos metais base a serem soldados. União localizada de metais produzida por aquecimento e pressão. Pode se dar a partir da fusão das peças ou contar com metais de adição, o que formará soluções sólidas e/ou microestruturas diferenciadas próximas à região de solda. 15 A peça pode funcionar como um eletrodo (negativo) havendo a necessidade de outro: com o material da solda (eletrodo consumível) ou não. Para facilitar a fusão, utilizam-se gases comburentes: oxigênio (gás ativo, preço, T da chama), acetileno (gás inerte, oxidação, inflama rápido), mistura dos dois, etc. Eletrodos consumíveis Soldas mais comuns: TIG (tungsten inert gas) – eletrodo de tungstênio MIG (metal inert gas) MAG (metal active gas) https://www.oxigenio.com/guia-do-processo-de-soldagem-tig-ou-gtaw/processo_TIG_o_que_e.htm http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/5180- dicas-de-soldagem-tig/ 16 http://www.esab.com.br/br/por/Instr ucao/processos_soldagem/mig_mag.cf m# http://www.lcferragens.com.br/arame-solda-inox-308l-2-5mmh tt p: // ww w .s an ap el .c om .b r/ 20 11 /i nd ex 2. ph p? pa g e= sh op .p ro du ct _d et ai ls &p ro du ct _i d= 92 &f ly pa ge =f l yp ag e. tp l& po p= 1& op ti on =c om _v ir tu em ar t& It em id = 71 CORROSÃO Dois tipos de corrosão: 1) Reação química direta – ataque químico direto, que é uniforme na superfície e cujo produto adere a esta superfície. A espessura das camadas atingidas (e aderentes) é proporcional ao (texposição)1/2. Tendência dos metais voltarem à forma de óxidos ao reagirem com agentes químicos do ambiente (água, ácidos, bases, maresia, oxigênio). Ex:: Escurecimento da prata, Esverdeamento do cobre – CuCO3 (Cu + CO2) Enferrujamento – corrosão de ferro e aço (fraca aderência) Perdem-se superfícies metálicas perda de propriedades. 17 http://www.rc.unesp.br/ib/bioquimica/aula10oxido.pdf SU SCEPTIBILID A D E À CO RRO SÃ O 2) Corrosão Eletrolítca ou galvânica – Podem ser formadas regiões anódicas (negativas) e catódicas (positivas), provocando o movimento de elétrons. Falhas superficiais (pequenas fendas, pregos, parafusos, rebites ou até sujeira bem aderida ao metal) podem funcionar como um ânodo. Esta corrosão também pode ocorrer quando dois metais diferentes estão unidos, pois um é mais sujeito a corrosão que outro. Susceptibilidade à corrosão: Mg > Al > Zn > Cr> Fe > Ni > Sn > Pb > Cu > Ag > Pt 18 Susceptibilidade à corrosão: Mg > Al > Zn > Cr> Fe > Ni > Sn > Pb > Cu > Ag > Pt Eletrodo de sacrifício: colocação de elementos com maior susceptibilidade para atrair a corrosão. Passivação – em alguns metais, como Al, Ni e Zn, a película de material corroído adere tão bem à superfície que funciona como proteção futura. Para ferros e aços a passivação é feita com elementos de liga, principalmente com Cr (originando o aço inoxidável - Cr2O7 mantém aderência mesmo a altas T). Com alumínio a passivação pode ser feita com magnésio. Pintura PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO Susceptibilidade à corrosão: Mg > Al > Zn > Cr> Fe > Ni > Sn > Pb > Cu > Ag > Pt Eletrodo de sacrifício Passivação Pintura Revestimento – Galvanização ou Galvanoplastia processo eletrolítico deposição química imersão a quente (menos comum) Zincagem Cromagem ou Cromação Douragem https://www.youtube.com/watch?v=7v2heSB8CSM (*) Estanhagem Prateção Niquelação ou Niquelagem 19 ou Banho para Deposição Química Esquema da Galvanização por Deposição Química e por Imersão a Quente Galvanização por Eletrodeposição: Dois eletrodos são mergulhados numa solução eletrolítica ligados a uma fonte de corrente. A solução eletrolítica deve conter como eletrólito um sal que contém cátions do metal do revestimento. Peça a ser revestida Metal do Revestimento ou Material Inerte FOLHAS DE FLANDRES Folhas/bobinas laminadas de aço, de baixo teor de carbono, revestidas em uma ou ambas as faces com camada de estanho metálico (~0,2% ou 4,5 kg de Sn/t de flandres) e óxidos (Cr) aplicados por processo eletrolítico contínuo ou por imersão a quente. Usadas como embalagens para contato direto com alimentos, apresentando: afinidade à soldagem, resistência mecânica, inviolabilidade e opacidade. Permite acondicionar alimentos por até 2 anos, inclusive envasados a quente. Brasil – 400 mil toneladas em 2018 https://www.dci.com.br/impresso/demanda-em-alta-deve- garantir-ganho-de-margem-a-embalagem-1.680918 http://www.abeaco.com.br/acoembalagem.html 20 A ustenita (ainda sólido) adm ite até 2,11% de carbono em solução a 1.148 oC Fe rr it a (s ól id o) ad m it e at é 0, 02 % d e ca rb on o em so lu çã o a 72 7o C TRATAMENTOS TÉRMICOS Em Aço: resfriamento a partir da região da austenita Resfriamento brusco: forma-se martensita, como* se “congelasse” a austenita (Fe - cfc) na temperatura ambiente A martensita é a mais dura das microestruturas dos aços. * forma-se uma estrutura tetragonal de corpo centrado supersaturada de carbono – frágil e alta dureza Quanto + rápido resfriamento, maior a dureza do produto final 21 Tratamentos Térmicos Só de aquecer (preferencialmente em atmosfera interte) e resfriar convenientemente um metal podem ser mudadas as propriedades, inclusive da peça pronta, sem fundir ou mudar a composição. Em linhas gerais, quanto mais brusco o resfriamento, maior a dureza do material no final. Ex: Estampagem de teto de carro chapa com pouca dureza resfriamento lento Teto pronto alta dureza para proteger usuário. resfriamento rápido Tratamentos térmicos mais comuns: Têmpera – taxas altas para formar a martensita (maior dureza, porém baixas dutilidade e resistência ao impacto e muitas tensões internas. Revenimento – novo aquecimento para aliviar tensões e recuperar dutilidade e resistência ao impacto perdidas na têmpera. Shackelford, J.F. Introduction to Materials Science for Engineers – 3aEd. McMillan Publishing Company. Nova Iorque, 1992. 793p. Recozimento – taxas lentas para formação de estrutura com menor dureza para melhorar processabilidade, remoção de tensões devido a tratamento mecânico e/ou regularizar microestrutua (uniformiza propriedades). 22 MINÉRIOS & METAIS: CONSUMO & PRODUÇÃO http://w ww.dnpm .gov.br/assuntos/econom ia-m ineral - A nuário M ineral Brasileiro 23 https://w ww.gov.br/anm /pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/serie-estatisticas-e-econom ia- m ineral/inform e-m ineral/publicacoes-nacionais/inform e-m ineral-2022-2o- trim estre/inform e02tri2022_v5-1.pdf MINÉRIOS https://w ww.gov.br/anm /pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/serie-estatisticas-e-econom ia- m ineral/inform e-m ineral/publicacoes-nacionais/inform e-m ineral-2022-2o- trim estre/inform e02tri2022_v5-1.pdf 24 https://w ww .gov.br/anm /pt-br/centrais- de-conteudo/publicacoes/serie- estatisticas-e-econom ia-m ineral/inform e- m ineral/publicacoes- nacionais/inform e_m ineral_01tri_2021.pd f https://www.gov.br/an m/pt-br/centrais-de- conteudo/publicacoes/ serie-estatisticas-e- economia- mineral/informe- mineral/publicacoes- nacionais/informe_min eral_01tri_2021.pdf https://w ww.gov.br/anm /pt- br/centrais-de- conteudo/publicacoes/serie- estatisticas-e-econom ia- m ineral/inform e- m ineral/publicacoes- nacionais/inform e-m ineral-2022- 2o- trim estre/inform e02tri2022_v5 -1.pdf 25 https://w ww.gov.br/m m e/pt-br/assuntos/secretarias/geologia-m ineracao-e-transform acao-m ineral/publicacoes- 1/anuario-estatistico-do-setor-m etalurgico-e-do-setor-de-transform acao-de-nao-m etalicos/anuario-estatitico- 2021-setor-m etalurgico-ano-base-2020.pdf/view https://w ww.gov.br/m m e/pt-br/assuntos/secretarias/geologia-m ineracao-e-transform acao-m ineral/publicacoes- 1/anuario-estatistico-do-setor-m etalurgico-e-do-setor-de-transform acao-de-nao-m etalicos/anuario-estatitico- 2021-setor-m etalurgico-ano-base-2020.pdf/view 26 https://w ww.gov.br/m m e/pt-br/assuntos/secretarias/geologia- m ineracao-e-transform acao-m ineral/publicacoes-1/anuario-estatistico- do-setor-m etalurgico-e-do-setor-de-transform acao-de-nao- m etalicos/anuario-estatitico-2021-setor-m etalurgico-ano-base- 2020.pdf/view https://w ww.gov.br/m m e/pt-br/assuntos/secretarias/geologia- m ineracao-e-transform acao-m ineral/publicacoes-1/anuario-estatistico- do-setor-m etalurgico-e-do-setor-de-transform acao-de-nao- m etalicos/anuario-estatitico-2021-setor-m etalurgico-ano-base- 2020.pdf/view 27 https://w ww.gov.br/m m e/pt-br/assuntos/secretarias/geologia-m ineracao-e-transform acao-m ineral/publicacoes- 1/anuario-estatistico-do-setor-m etalurgico-e-do-setor-de-transform acao-de-nao-m etalicos/anuario-estatitico- 2021-setor-m etalurgico-ano-base-2020.pdf/viewhttps://w ww.gov.br/m m e/pt-br/assuntos/secretarias/geologia-m ineracao-e-transform acao-m ineral/publicacoes- 1/anuario-estatistico-do-setor-m etalurgico-e-do-setor-de-transform acao-de-nao-m etalicos/anuario-estatitico- 2021-setor-m etalurgico-ano-base-2020.pdf/view 28 METAIS JÁ BENEFICIADOS: em 2008 o mundo consumiu aproximadamente 1,525 bilhão de toneladas de metais : A partir dos dados do Ministério das Minas e Energia – Prévia da Indústria Mineral 2009/2008 e Anuário Estatístico do Setor Metalúrgico 2009, disponível em http:// http://www.mme.gov.br/sgm/menu/publicacoes.html 88% de Aço Brasil é o 9º maior produtor, com 2,5% da produção mundial ; 6,4 % de Ferro Fundido Brasil é o 7º maior produtor, com 3,4% da produção mundial; 1,5% de Ferroligas; Brasil é o 6º maior produtor, com 4% da produção mundial; 4,1% de Não Ferrosos. Al - Brasil era o 6º maior produtor (1,66 Mt), com 5% da produção mundial; Cu – Brasil era o 20º maior produtor (184 kt), com 1,2% da produção mundial; Ni – Brasil era o 13º maior produtor (36 kt), com 3% da produção mundial; Zn – Brasil era o 12º maior produtor (249 kt), com 3% da produção mundial; Sn – Brasil era o 7º maior produtor (11 kt), com 2,5% da produção mundial. Na metalurgia, de 30-60% da matéria-prima é sucata. Sucata é considerada fonte secundária de matéria-prima, não por qualidade e sim por quantidade. http://www.mme.gov.br/documents/113 8775/1732813/Annu%C3%A1rio+Estat %C3%ADstico+do+Setor+Metal%C3%BA rgico+2015.pdf/3cd2fe18-4daa-4e51- 8899-53f0cba47573 29 Os elementos mais abundantes da crosta terrestre http://www.profpc.com.br/Qu%C 3%ADmica_descritiva.htm Mano, E.B.; Pacheco, E.B.A.V. e Bonelli, C.M.C. Meio Ambiente, Poluição e Reciclagem. Rio de Janeiro: Ed. Edgard Blucher, 2005. 30 METAIS MAIS IMPORTANTES COBRE E SUAS LIGAS Alta condutividade, propriedade depreciada pela introdução de elementos de liga (pureza facilita reciclagem); PF = 1083oC; d20 = 8,96 g/cm3; É maleável e tem boa soldabilidade; Minerais – cuprita, calcopirita, covelita, calcocita, azurita, malaquita (geralmente sulfetos); Principais produtores: EUA, Zaire, Zâmbia e Chile; Síntese: geralmente fusão dos minérios, oxidação (do S e Fe) e eletrólise para refino (cobre eletrolítico). https://www.youtube.com/watch?v=Wr7zY46_jHI (*) 31 Ustulação 2 CuFeS2 + O2 → Cu2S (mate: ~60% Cu) Cu2S + O2 → 2 Cu (cobre metálico – 99% de pureza) Cobre metálico é fundido em placas que serão anodos em células de eletrólise: catodo pode ser chapa de cobre eletrolítico e, após mais de 2 semanas, se obtém uma placa de 5 cm de espessura. Moagem, flotação, extração, filtração e secagem (25-35% de Cu) Síntese Típica de Cobre eletrolítico, com 99,99% de pureza a partir da Calcopirita (1-2% de Cu) Latão (Cu-Zn) 5% de Zn – bijouterias assemelhadas a ouro 10% de Zn – bronze comercial – mais barato que os bronzes a base de Sn e com mesma cor; 15% de Zn – latão vermelho – resistente a corrosão; 30% de Zn – alta resistência mecânica e dutilidade – indicado para conformações a frio. Bronzes (Cu-Sn, geralmente) Alia dureza com resistência a corrosão. Utilizados na indústria naval e de fabricação de máquinas e em estátuas. 32 ALUMÍNIO E SUAS LIGAS boa parte de suas propriedades e aplicações advém da baixa densidade: 2,7 g/cm3 (aço ~ 8 g/cm3). PF = 660oC; Película oxidada é proteção e isso pode ser suficiente em aplicações rotineiras; Alta condutividade térmica (só perde para Ag, Cu, Au). Resistência mecânica: escoamento ~ 60 MPa - 99,99% de pureza ~90 MPa - 99,90% de pureza Minério – bauxita, criolilta, feldspato... Principais produtores: Brasil (2,5% das reservas mundiais); Síntese: processo Bayer (obtenção da alumina) Hall-Héroult (obtenção do Al via alumina) Bayer Da bauxita (óxido hidratado) moída, seca e numa solução de NaOH a altas P (30 atm) e T (200-240oC) obtém-se aluminato de sódio: Al2O3.xH2O + 2NaOH 2NaAlO2 + (x+1)H2O O aluminato é solúvel na solução aquosa de hidróxido de sódio é então filtrado. A fração sólida da filtração é descartada (lama vermelha). À fração líquida é adicionada água e forma-se a alumina trihidratada, que precipita: 2NaAlO2 + 4H2O Al2O3.3H2O + 2NaOH Removidas, as partículas precipitadas vão sofrer calcinação a 1.100oC, onde liberam a água ligada quimicamente ao óxido. 33 Barragem de Lama Vermelha – CBA – Alumínio-SP 5,3 ton de bauxita - 2 ton de alumina - 1 ton de Al Barragem de Lama Vermelha que estourou no oeste da Hungria em 4 de outubro de 2010. 34 Hall-Héroult Alumina é dissolvida em criolita fundida a 970oC (Na3AlF6) e o óxido é eletrolisado (altas correntes, p.ex ~300.000 A): o oxigênio vai para o ânodo (de carvão, o que forma depósitos de CO2) e o alumínio puro cai e é recolhido pelo cátodo (também a base de carvão). Energia (por kg): gasta 10 vezes mais que na fabricação do Fe 4 vezes mais que na fabricação do Cu www.hillside.co.za/history/produ ction.html Fornos para a redução eletrolítica da alumina CBA Alumínio-SP Al2O3 2Al + 3/2 O2 Produto final: Aluminio Fundido 35 Principais usos: chapas – utensílios de cozinha, embalagens(redução 30% da espessura nos últimos 20 anos) extrudados fios/cabos – linhas de eletricidade (ppalmente aéreas) Ligas Vantagens: ponto de fusão menor, podendo ficar tão ou mais resistentes que os aços (+leves, com menos problemas de corrosão) Si – diminui ainda mais PF, facilita o derrame no molde Cu, Zn e Mg – aumentam muito a resistência mecânica Duralumínio Al (95-96%), Cu (3-4%), Mg (<1%) Utilização em aeronaves, indústria espacial, automobilística, materiais esportivos Magnálio Al (~85-90%), Mg (10-15%) Rodas, peças automotivas e aeronáuticas. Anel da lata de alumínio – possui mais Mg, o que é positivo para a reciclagem da lata inteira, pois Mg oxida mais fácil. Sem o Mg, o Al oxidaria. Adição de cloretos: Cloro remove Mg e inclusões de TiB2, Al2O3, MgO e AlC3. http://w ww.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext& pid=S 0370-44672001000200005 36 Consumo de Energia e emissões na reciclagem e no uso de matéria virgem com alumínio (valores por tonelada produzida) Item Reciclados Matéria Virgem Economia Consumo de Energia (GJ/t) 15,6 171,2 155,6 Emissão atmosférica (g/t) Particulados 1.222 37.388 36.166 CO 474 17.713 17.239 NOx 2.527 27.711 25.184 N2O 252 1.673 1.421 SOx 7.090 75.793 68.703 HCl 760 50 -710 HF 0 254 254 Hidrocarbonetos total 4.753 39.870 35.117 Amônia 3 20 17 Emissões aquosas (g/t) DBO 1 799 798 DQO 3 19.020 19.017 Sólidos suspensos 1 6 5 Orgânicos totais 28 173 145 Fenol 0 0 0 Amônia 0 1 1 Chumbo 0 1 1 Cloreto 0 0 0 Fluoreto 1 3 2 Nitrato 0 0 0 Resíduos sólidos (kg/t) 237,6 876,5 638,9 TITÂNIO PF = 1660oC; d20 = 4,54 g/cm3; Minério: rutilo (Austrália-TiO2),ilmenita (FeTiO3); 37 Usos: motores e estrutura de aeronovaes, equipamentos militares, tubulações para troca de calor, reatores, bioaplicações (implantes)... Altamente resistente à esforços mecânicos, a corrosão e à temperatura e é relativamente leve; www.caoodontologia.com.br/implantodontia.htm Forma soluções sólidas com Al, Zr, Mo, Cu, C, V, Nb etc. aumentando a dureza e a resistência. NIÓBIO 38 http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/04/monopolio-brasileiro-do-niobio-gera- cobica-mundial-controversia-e-mitos.html (*) PF = 2478oC; d20 = 8,6 g/cm3; Metal mole e dúctil, inerte, muito resistente à corrosão; Minérios: columbita e pirocloro (Brasil): Pirocloro → Nb2O5 + FeO + Al → Fe-Nb + Al2O3 Principal produtor: Brasil – 98% das reservas (840 Mt) ~90 % da produção (100 kt/ano) Utilizações = ligas para aços (ferroligas para aços micro- ligados ~80% do consumo de Nb – refratários e estruturais), ligas super-condutoras, joalheria etc. AÇOS Além de C, no Fe estão presentes outros elementos de liga (adicionados intencionalmente ou não): Mn, S, Si, P, Ni, Cu, Cr, Sn, etc. em quantidades pequenas e que podemprovocar alterações significativas nas propriedades. PF ~ 1500oC; d20 ~ 8 g/cm3; Minério empregado – hematita (Fe2O3) – Brasil; Altos fornos – fornos tubulares de até 95m de altura, onde ocorre a fabricação do gusa (produção chega a 11.000 ton/dia.forno); Aciaria – onde o gusa é transformado em aço. 39 Além do minério, no alto forno também é colocado um agente redutor (carbono) em excesso: Produto final: Ferro-gusa Obs: É possível a utilização de gás natural, CO ou H2 produto final é o ferro- esponja, obtido por redução sem fase líquida e formando um sólido de aspecto muito poroso (esponjoso). coque (de carvão mineral) - preferido carvão mineral (menos comum) carvão vegetal (último caso) É adicionado oxigênio, para a combustão do carbono e geração do calor necessário; também é colocado calcário, que facilita a formação da escória (atrai impurezas); Gusa sai líquido do alto-forno (escória é sobrenadante) e separação é por derrame. Num alto forno ocorrem várias reações, sendo que as principais podem ser simplificadas em: 2C + O2 2 CO Fe2O3 + 3 CO 2 Fe + 3 CO2 BRASIL – produção de reagentes para a siderugia Muuuuuuuito minério de ferro Exporta Importa Zero de carvão mineral. Logo, zero de coque de carvão mineral 40 B alanço E nergético N acional – 2018 - w w w .m m e.gov.br 95% do consumo Balanço Energético Nacional – 2018 - www.mme.gov.br 41 B alanço E nergético N acional – 2018 - w w w .m m e.gov.br 2017 Carvão Metalúrgico Coque de Carvão Produção (Mt) 0 10,4 Importação (Mt) 11,6 0,7 Exportação (Mt) 0 0 Coque de Carvão Mineral Coque de petróleo Coqueificação: aquecimento do carvão mineral, podendo chegar a temperaturas de até ~1300 oC, o que retira voláteis e % C. Beneficiamento de subproduto sólido da destilação do petróleo, com % C semelhantes do coque de carvão mineral. Mais usado em cimenteiras. Balanço Energético Nacional – 2018. www.mme.gov.br 42 Balanço Energético Nacional – 2018. www.mme.gov.brConsumo de energia do setor metalúrgico Setor Industrial – Ferro-gusa e Aço: 15,9 . 106 tep Setor Industrial – Ferroligas: 1,3 . 106 tep Setor Industrial – Não Ferrosos e Outros da Metalurgia: 5,7 . 106 tep Consumo de energia pela metalurgia brasileira (2017): 15,9 + 1,3 + 5,7 = 22,9.106 tep Consumo total de energia (todas as formas) no Brasil (2017,): 272,9 . 106 tep Metalurgia: 8,4% Consumo de energia pela metalurgia brasileira (2015): 16,5 + 1,2 + 5,6 = 23,4.106 tep Consumo total de energia (todas as formas) no Brasil (2015): 260,7 . 106 tep O Déficit em Carvão (Balanço Energético Nacional, 2018) 2017: O Brasil consumiu 75,6.106 toneladas de lenha, sendo 25,5.106 toneladas usadas na fabricação de carvão vegetal, o que gerou 5,2.106 toneladas de carvão vegetal (não houve importações nem exportações de carvão vegetal nesse ano). 4,3.106 toneladas do carvão vegetal produzido foram usados pela metalurgia, sendo 3,6.106 toneladas só para a obtenção de gusa e aço. 2015: O Brasil consumiu 79.106 toneladas de lenha, sendo 25,3.106 toneladas usadas na fabricação de carvão vegetal, o que gerou 6,1.106 toneladas de carvão vegetal (não houve importações nem exportações de carvão vegetal nesse ano). 4,9.106 toneladas do carvão vegetal produzido foram usados pela metalurgia, sendo 4,3.106 toneladas só para a obtenção de gusa e aço. 43 Esquema da operação do alto forno Sólidos são carregados por cima e o ar quente (~1.100oC) por baixo (no terço inferior do forno, aproximadamente); a temperatura aumenta de cima para baixo, chegando a 2000oC na região de entrada de ar, onde parte do carvão é oxidado a CO; o CO, em contra-corrente, reduz o minério a FeO e parte do FeO a Fe; a outra parte do FeO é reduzida pelo carvão; são obtidos, na parte mais baixa do forno, o ferro gusa (pig-iron) e a escória (mais leve e sobrenadante), que são normalmente vazados para carros-torpedo e potes, respectivamente; os subprodutos gasosos saem pelo topo do forno, são conduzidos para um sistema de despoeiramento e limpeza, seguindo para recuperadores de calor (onde o CO de excesso sofre combustão e libera calor, fundamental para o processo). Queima do carvão ou coque Redução do minério Fe Redução do Si, P e Mn Escorificação 2 Fe2O3 + CO 3 Fe3O4 + CO2 Fe3O4 + CO 3 FeO + CO2 FeO + CO Fe + CO2 2 MnO2 + C 2 MnO + CO2 2 MnO + C 2 Mn + CO2 SiO2 + 2 C Si+ 2 CO P2O5 + 5 C 2 P + 5 CO CaCO3 CaO + CO2 CaO + SiO2 CaSiO3 C + O2 CO2 CO2 + C 2 CO Algumas reações Alto-forno 2C + O2 2 CO 2 Fe2O3 + 3 CO 4 Fe + 3 CO2 44 Escória Resíduo sólido rico em calcário; até 600 kg de escória são produzidos para cada 1.000 kg de aço; 11,3 milhões de toneladas anuais no Brasil; 16% para base e sub-base de ruas/estradas; 13% para nivelamento de terrenos 60% para cimenteiras Restante: leito ferroviário. https://www.csn.com.br/cimento/ (*) 2015 – CSN Siderúrgica integrada em Volta Redonda (RJ) partiu planta de de cimento em Arcos (MG), a 460 km de distância, onde há uma mina de calcário. Feito de materiais refratários de altíssimo desempenho, transporte o gusa líquido do alto-forno para a aciaria enquanto, em seu interior, são realizadas várias reações, como redução do teor de carbono. Carro Torpedo 45 Aciaria – onde o gusa líquido é refinado em aço no teor de carbono necessário, basicamente por reações de oxidação (O2 por baixo). É onde são introduzidos elementos de liga (ferros- liga, p.ex.). Tipos de Aço Aço Carbono – na sua composição possui apenas quantidades limitadas de C, Si, Mn, Cu, S e P. Outros elementos existem apenas em quantidades residuais. Aço Baixo carbono – até 0,2% de C. São os mais usados. Excelente soldabilidade e trabalhabilidade. Aço Médio Carbono – 0,2 a 0,5% C. Chamados de aços de engenharia, são utilizados em componentes que exijam alta resistência mecânica. Aço Alto Carbono – mais que 0,5% de C, duros e frágeis, para ferramentas. Aço Doce – entre 0,15 a 0,25% de C Aço Acalmado – aço fundido tratado agente desoxidante (ex. Si ou Al) que evita a formação de gases, em especial de CO. 46 Tipos de Aço Aço liga - liga de ferro-carbono com elementos como níquel, cromo, manganês, tungstênio, molibdênio, vanádio, silício, cobalto e alumínio, colocados para conferir características especiais, como: resistência à tração e à corrosão, elasticidade e dureza, entre outras. Designados de acordo com os elementos predominantes, como, por exemplo, aço-níquel, aço-cromo e aço-cromo-vanádio. Encontrados em praticamente todos os segmentos industriais. Aços de alta liga: ∑ elementos > 5%. Aço microligado - contêm, em geral, menos de 0,15% de carbono e pequenas quantidades de Nb, V, Ti, Mo e N. Aço Ferramenta – com pelo menos 0,5% de C. Elementos de liga (Mn, Cr, V, W, Mo ou Co) facilitam a formação de carbonetos que endurecem o metal. Usos: serras, brocas, fresas... Aço rápido – aços-ferramenta que suportam altas velocidades de corte em usinagem e possuem teores altos de W e Mo. Alta dureza, mesmo em altas T, mesmo quando o gume fica rubro. Aço Inoxidável – aços com pequenas quantidades de Ni e até 30% de Cr, que realiza a passivação do aço (facas: 12-16% de Cr). Usos: indústria automobilística, naval, aeroespacial, ferramentas, matrizes, moldes, medicinal, bélica. 47 Ferros Fundidos Liga Fe-C com mais de 2,11% de C e menos de 6,67% de C e com teores de silício um pouco inferiores aos de carbono (1 a 3%). Os teores de carbono são em quantidade superior aos que podem ser retidos em solução sólida na austenita, de modo a resultar carbono parcialmente livre, na forma de veios, nódulos ou lamelas de grafita. Usos dos Ferros Fundidos: Bases de Máquina, peças estruturais com pouca solicitação Vantagens: Menor preço, pois não é preciso uma oxidação tão grande Menor temperatura de fusão, a mínima com 4,3%C (eutético); Desvantagens Propriedades mecânicas relativamente inferiores (+ frágeis que aços) Consumo de Energia eemissões na reciclagem e no uso de matéria virgem com metais ferrosos (valores por tonelada produzida) Item Reciclados Matéria Virgem Economia Consumo de Energia (GJ/t) 20,0 33,5 13,5 Emissão atmosférica (g/t) Particulados 864 26.955 26.091 CO 1.909 1.381 -528 NOx 2.350 2.733 383 N2O 226 417 191 SOx 5.347 8.450 3.130 HF 0 0,5 0,5 Hidrocarbonetos total 5.262 16.527 11.265 Amônia 1,6 73,5 71,9 Emissões aquosas (g/t) DBO 0,5 5,2 4,7 DQO 1,4 1,3 -0,1 Sólidos suspensos 301 318 17 Orgânicos totais 515 514 -1 Fenol 0 0,3 0,3 Amônia 0,7 6,5 5,8 Ferro 100 100 0 Cloreto 0 0 0 Fluoreto 21,6 33,4 11,8 Nitrato 0,4 0,3 -0,1 Sulfeto 0 0,2 0,2 Resíduos sólidos (kg/t) 121,1 398,6 277,5 METAIS FERROSOS 48 E A RECICLAGEM? 3R em metais Redução do Uso – uso tem aumentado desde sempre, mas em alguns mercados (em especial embalagens) os metais (em especial o aço) foram substituídos por outros materiais. Reutilização – possível, geralmente após restauração da superfície oxidada, pintada ou revestida. Restauração superficial pode ser feita por raspagem, fusão, decapagem e eletroerosão e nova pintura/revestimento; Janeiro de 2020 www.comgeres.com.br www.blog.simbiosebrasil.com.br www.gacc.com.br A Reciclagem de Materiais é um Negócio. 49 Reciclagem de Materiais é Oportunidade de Negócio quando existe : Sucata Valorizada; Mercado Demandando; Abundância de Matéria-Prima; Legislações que auxiliam; Cobre, Alumínio Aço e outras ferrosos Plásticos Pneus 97 Educação. Todos os resíduos Qualquer que seja a força motriz da reciclagem, o material reciclado tem que ter propriedades finais competitivas, não necessariamente com o material virgem. Essa competitividade possível em termos de propriedades se soma à vantagens ambientais, propaladas ou não por estratégias de marketing. Reciclagem, porém, é uma atividade industrial que gera impactos ambientais, normalmente menores que os envolvidos na fabricação de materiais virgens. Separação de Resíduos é Importante, senão fundamental ! Quanto melhor a separação, + puro o reciclado ↑ valor agregado 50 Reciclagem de Metais São RECICLÁVEIS todos os metais elementos puros; ligas com os mesmos elementos e composições diferentes. Exemplo: Aço + Fe fundido; ligas de elementos diferentes: Aço-Cr + Aço-Si → Aço-Cr-Si; Metais revestidos (pode ser precedida de raspagem ou decapagem química). Baseada na fusão da sucata. Atualmente, com métodos de redução (química ou eletrolítica) mais baratos e dada a alta demanda, a sucata metálica é considerada fonte secundária de suprimento. Coleta de sucata e reciclagem é realidade desde que a metalurgia existe. FERROSOS Sucatas são normalmente divididas em ferrosas e não ferrosas (IMÃS); Aço inoxidável austenítico não “pega” ímã : separação por brilho e peso; Se a separação das sucatas ferrosas (aços e ferros fundidos) é difícil ou onerosa → funde todas juntas e ajusta-se depois o teor de carbono e outros elementos de liga; 51 Separação/Alimentação Mecânica Separação/Alimentação Magnética 52 www.nortefer.com.br Se a separação é bem feita, sucata ferrosa é fundida no forno e a composição é acertada. Algo semelhante ao que acontece no refino do gusa. Tem-se um metal bem similar ao que seria produzido pelo gusa e possivelmente apto a usos nobres (a ser confirmado por ensaios), inclusive para contato direto com alimentos. Com sucata industrial pode até se falar em reciclado idêntico ao original. Para outros metais, em especial elementos puros (como o cobre), isso também pode acontecer. Na solidificação, elementos se arranjam em solução sólida. Eles não “sabem” se vieram da sucata ou do minério. Ex: 500 kg de sucata de aço 0,5 % C + 500 kg de sucata de aço 1,5% de C = 1.000 kg de um aço 1% de C (desconsiderando perdas). Se a ideia for fazer um aço com 0,7% de carbono, terá que ser adicionado O2 até chegar na composição. Se a ideia for fazer ferro fundido (p.ex. 3% C), terá que ser adicionado carbono até chegar na composição. 53 NÃO FERROSOS Os não ferrosos tem que ser melhor separados (Cu, Al, Ti...), pois muitos não formam ligas úteis e/ou comercializáveis; Ligas de não ferrosos eventualmente presentes nas sucatas têm separação complicada (p.ex., separar Cu de Latão, de Bronze; Al de duralumínio etc); Separação de não ferrosos pode ocorrer com base no peso específico, cor e aplicação (p.ex: fios, de Cu ou Al); Cu, Al → alguns produtos usam os elementos puros ou quase puros → sucata muito valorizada. Para todos os metais: Importante a retirada de inorgânicos (p.ex. terra) e orgânicos; Na reciclagem de metais revestidos recuperação do revestimento normalmente não compensa, mas é possível; Impurezas, elementos em excesso ou não compatíveis formam escória ou gases; Enfardamento pode ser importante para o transporte; Reciclagem pode se repetir infinitamente e pode ocorrer sem perda de propriedades; 1 kg de sucata 1 kg de reciclado – há oxidação (perda de massa). 54 Prensa Fardos Produto, Material Estimativa de Reciclagem no Brasil (%) Principais Produtos Reciclados no país Latas de Aço 47,1 (2019) Novas latas Latas de Alumínio 98,7 (2021) Novas latas Disponível em www.cempre.org.br
Compartilhar