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Coqueluche: Patógeno e Sintomas

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Coqueluch�
Patógen� � �siopatologi� d� Coqueluch�
A Bordetella pertussis é um bacilo
Gram negativo, aeróbico,
encapsulado, de crescimento
fastidioso, que causa a clássica
coqueluche. O gênero Bordetella
compreende três outras espécies
além da Bordetella pertussis. Os
microrganismos Bordetella têm a
forma de minúsculos cocobacilos
gram-negativos, aeróbicos.
As espécies de Bordetella
compartilham um grau elevado de
homologia de DNA entre os genes de
virulência. Apenas a B. pertussis
expressa a toxina pertussis (TP), a
proteína de maior virulência, e tem
como único reservatório natural os
seres humanos.
A B. pertussis, quando cultivada em
meio adequado, dá origem às
chamadas fases, das quais, apenas a
fase I se constitui de colônias bem
caracterizadas, capsuladas e
virulentas, associadas a doença
clínica e utilizadas para
preparação da vacina.
Enquanto as fases II, III e IV são
colônias pleomórficas, não
capsuladas, avirulentas e não
associadas a doença clínica. A B.
pertussis possui isolamento e
crescimento em cultura de difícil
aquisição. Os meios de cultura que
selecionam a bactéria para seu
crescimento são o Bordet-Gengou ou
no meio BCYE com o aditivo de
cefalosporina para seleção do
organismo
A Bordetella sp produz uma série de
substâncias biologicamente ativas,
que parecem desempenhar algum papel
na doença e na imunidade. As várias
toxinas atribuídas a Bordetella
pertussis paralisam os cílios das
células e causam inflamação,
impedindo o clearance das secreções
pulmonares.
Ela possui a hemaglutinina
filamentosa que adere às células do
epitélio ciliado do trato
respiratório após a invasão do
aerossol. A seguir, uma série de
fatores de virulência produzidos
pela B. pertussis, como a toxina
pertussis, adenilato ciclase,
pertactina e citotoxina traqueal,
atuam no hospedeiro e são
responsáveis pelos sintomas e a
resposta imune.
Tem tropismo pelo epitélio ciliado
respiratório. A transmissão da
doença ocorre durante os acessos de
tosse, quando as gotículas
eliminadas pelo doente são
inspiradas pelos contatos
suscetíveis. Nos indivíduos que não
fazem uso de antibiótico, o período
de transmissão inicia-se 5 dias
após o contato e prolonga-se por 3
semanas após o início da tosse
paroxística, podendo chegar a 6
semanas nos menores de 6 meses.
É considerada uma bactéria não
invasiva, mas já foi isolada em
macrófagos nos alvéolos. A base
molecular dos paroxismos de tosse
não é conhecida, entretanto, as
manifestações sistêmicas parecem
ser mediadas pelas toxinas que
atuam também diretamente no sistema
nervoso central (SNC), colaboram na
produção da tosse e paralisia
ciliar, com aumento da secreção de
muco, com maior viscosidade. Pode
haver êxtase e inspiração de
secreção, tornando-se outro
importante fator desencadeante do
acesso de tosse.
Sintoma�
A coqueluche ou pertussis é uma
doença infecciosa aguda e
transmissível, que compromete o
aparelho respiratório (traquéia e
brônquios). É causada pela bactéria
Bordetella pertussis. A doença
evolui em três fases sucessivas.
● A fase catarral
inicia-se com manifestações
respiratórias e sintomas leves, que
podem ser confundidos com uma
gripe: febre, coriza, mal-estar e
tosse seca.
Em seguida, há acessos de tosse
seca contínua.
● Na fase aguda
Os acessos de tosse são finalizados
por inspiração forçada e
prolongada, vômitos que provocam
dificuldade de beber, comer e
respirar.
● Na convalescença
Os acessos de tosse desaparecem e
dão lugar à tosse comum. Bebês
menores de seis meses são os mais
propensos a apresentar formas
graves da doença, que podem causar
desidratação,pneumonia,convulsões,
lesão cerebral e levar à morte.
Transmissã�
Acontece principalmente pelo
contato direto da pessoa doente com
uma pessoa suscetível, não
vacinada, através de gotículas de
saliva expelidas por tosse, espirro
ou ao falar. Também pode ser
transmitida pelo contato com
objetos contaminados com secreções
do doente. A coqueluche é
especialmente transmissível na fase
catarral e em locais com
aglomeração de pessoas.
Prevençã�
Apenas os indivíduos que já tenham
adquirido a doença ou recebido a
vacina DTP (mínimo de três doses)
não correm o risco de adquiri-la.
Não existe característica
individual que predisponha à
doença, a não ser presença ou
ausência de imunidade específica.
Graças aos programas de vacinação,
a ocorrência de casos de coqueluche
no Brasil (que já chegou a cerca de
36 mil casos notificados por ano
entre 1981 e 1991) vem sendo
reduzida.
Diagn�tic�
O diagnóstico da coqueluche em
estágios iniciais é difícil, uma
vez que os sintomas podem parecer
como resfriados ou até mesmo outras
doenças respiratórias.
A tosse seca é um forte indicativo
da coqueluche, mas para confirmar o
diagnóstico o médico pode pedir os
seguintes exames:
● Coleta de material de
nasofaringe para cultura; PCR
em tempo real. Como exames
complementares, podem ser
realizados hemograma e raio-x
de tórax.
Diagnóstico Diferencial:
Deve ser feito com as infecções
respiratórias agudas, como
traqueobronquites, bronquiolites,
adenoviroses, laringites, entre
outras. Outros agentes também podem
causar a síndrome coqueluchóide,
dificultando o diagnóstico
diferencial, entre os quais
Bordetella parapertussis,
Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia
trachomatis, Chlamydia pneumoniae
e Adenovírus (1, 2, 3 e 5). A
Bordetella bronchiseptica e a
Bordetella avium são patógenos de
animais que raramente acometem o
homem (exceto quanto
imunodeprimidos).
Diagnóstico Laboratorial:
Realizado mediante o isolamento da
B. pertussis pela cultura de
material colhido de nasorofaringe,
com técnica adequada ou pela
técnica de reação em cadeia de
polimerase (PCR) em tempo real.
Tratament�
O tratamento da coqueluche é feito
basicamente com antibióticos, que
http://bio.fiocruz.br/index.php/produtos/vacinas/bacterianas/dtp-e-hib
devem ser prescritos por um médico
especialista, conforme cada caso.
É importante procurar uma unidade
de saúde para receber o diagnóstico
e tratamento adequados, assim que
surgirem os primeiros sinais e
sintomas.
As crianças, quando diagnosticadas
com coqueluche, frequentemente
ficam internadas, tendo em vista
que os sintomas nelas são mais
severos e podem provocar a morte.
Complicaçõe�
A maioria das pessoas consegue se
recuperar da coqueluche sem
sequelas e maiores complicações. No
entanto, nas formas mais graves
podem ocorrer alguns quadros mais
severos, como Hérnias Abdominais.
Em crianças, especialmente as
menores de seis meses, as
complicações são mais graves e
podem incluir, por exemplo:
- Infecções de
ouvido.
- Pneumonia.
- Parada
respiratória.
- Desidratação.
-Convulsão.
- Lesão
cerebral.
- Morte

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