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Image AZETA MERCANTIL J' _ ANO l - N° 45 ' DE l0 A ló DE MARÇO DE 1997 O dO Me N Diretor-Responsóvelz Luiz Fernando Ferreiro Levy Bnàsirreszoo - Ant->ENr|NAs2.oo/2.2o<rnier¡or) . cnrresiooo - PArêAeuA|e..‹1,5oo. -_ unueuâizcrncurxscom ELOBSERVADOR Afgenfinaquef São Paulo supera fim de barreiras Guido Nejamkis, Hamilton Almeida e Francisco Góes Buenos Aires e Porto Alegre Argentina vai protestar Acontra a política brasileira para o setor de vinhos, na reunião do Subgrupo de Trabalho 8 do Mercosul, que começa dia l2, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A queixa é contra 'a Porta- ria n° 30, do Ministério da Agricul- tura do Brasil, que obriga as em- presas exportadoras de vinhos a se registrarem na Secretaria de Defe- sa Agropecuária. Além dos vi- nhos, há uma outra disputa de mer- cado. A Tool Research, fabricante de compressores na Argentina, sustenta que as brasileiras Sicom e Embraco, vendem seus compres- sores no mercado argentino com preços mais baixos que no Brasil, caracterizando dumping. Até o dia 27, a Comissão Nacional de Co- mércio Exterior deve decidir se impõe sobretaxas aos compresso- res brasileiros. Brasil e Argentina devemfechar, dentro de 30 dias, um conjunto de medidas de ajuste comercial numa tentativa de solucionar as pendên- cias nos setores de automóveis, me- dicamentos, pneus e têxteis. ` u Página 25 z 23 Sem impostos Ricardo Flivas Buenos Aires província de Buenos Aires A começou a oferecerisenções fiscais para atrair indústrias. O ministro (cargo semelhante ao de secretário de Estado no Brasil) da Produção da província, Carlos Brown, disse que “agora iniciamos um regime de isenções de impostos com o objetivo de fomentar o esta- belecimento de indústrias em geral mas, em particular, as estrangeiras íSoluçao para os remédios _GuiIIermo Piemes Brasflia O impasse criado entre o Brasil e a Argentina sobre os produtos far- macêuticos será colocado na mesa dia 17 próximo, em Assunção, no Paraguai, na reunião do Subgrupo de Produtos Farmacêuticos. O po- mo da discórdia e a decisão brasilei- ra de exigir avaliação de qualquer medicamento vendido no País para emissão do registro. José Eduardo Bandeira de Mello, presidente da Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica - Abifarma -, diz que uma forma de superar o problema seria a implantação do “decurso de prazo”: os registros seriam dados no prazo máximo de 24 meses. IPágina 6 e, preferencialmente, as de capital brasileiro”. O decreto, assinado na semana passada pelo govemador de Buenos Aires, Eduardo Duhalde, vai ao encontro dos pedidos de em- presários argentinos que reclama- vam a falta de uma política de isen- ções liscais na província. Segundo esses empresários, o Brasil, com uma política de incentivos e isen- ções de impostos, vem conseguindo atrair cada vez mais investimentos. I Página 3 os Estados nidos Estado brasileiro é o principal comprador deprodutos argentinos Nora Gonzalez, Henrique Paiva .,_zf_ _ porque as importações do estado es- I-E . /- Í ' ' 'Iú- e Michele Voltolini Bertâo São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro E : om economias em expansão, Brasil e Argentina dão novo impulso ao intercârnbio bila- teral. Mas, do lado brasileiro, os ne- gócios com o sócio do Mercosul não se distribuem de maneira equilibra- da entre os estados. São Paulo é, de longe, o principal parceiro, superan- do em volume de importações as compras feitas na Argentina até por países como os Estados Unidos. O estado é o destino preferencial das exportações argentinas, com mais de US$ 3 bilhões em 1996, 40% do exportado pelo Brasil. O govemo ar- gentino prevê, para este ano, um su- perávit de US$ 1,2 bilhão nas rela- ções comerciais com o Brasil, que tem uma participação de 28% no to- tal das exportações do país vizinho. As trocas comerciais entre a Ar- gentina e os Estados do Rio de Ja- neiro e de Minas Gerais ainda es- tão aquém das potencialidades dos dois mercados. Depois de um cres- cimento acelerado, quando o inter- câmbio saltou de US$ 296,38 rni- Porlinari sera reproduzido em artigos de consumo Página 31 1.0- - \-'-'I-'Nf-'-il--' `:f.l'.0QE€* 1 -'.'?.'-" ". ',`Í'_` 1' Í' _.. -;'_' '~"-¬~.1 Í' -' -i' -"/.'I'-2-¬-_"-' -› .- _. -_-' .l _-_" '.'..'¡,'__..._"'“'_-11:*-.~.-_.--z...-. -:--=. F' L' :-'=-~.-31:.- - -'.--.z=-- -- -- .-,-:- .- -_ --:~¬ frd.-zm: ._- ._ - --.`s` -' . I"'¡' , .. ¬...._;.,;I. -¬;_"-"`\ '--,';1-:-" ' -'.=¿'.='s_:--“.~_.:“.¬;\~«` `~..:.'..¬' - - .:z'.-.. -.:-- ' . :\- .\~'' 0.'...'..-_ . . . . .uz-_., .f_._-_ \:*- _ \,\-.\ _-2-tz _:-.z-z-'¡: ::_-¡--.--_=-:.:_-.',1-z=-: '~ -¬~ -Q. ~ __; . _ . \. . . .. _ -1 _:.- .'.--Í.: -. ~:_. I.' "¬'.'. '- ' . - . z. ' -El- ' '_.'='‹Êi. '.'-.-:c'\- \ ..-:ir .‹.--- ""="?-"'I -2 _ `i'' ~-' 11-' ".,í'--':.' -" P 5 -'I'.-":-:'._' _ f _- zz-.ze . z 'f 1' . ;-- . "'.' -."I\' .'._¡ I5 I -. -'.;_'- .r_ ,Ji-=: Éfr- .-.-':.'-1, '_ '- -.L".:; ¬- .-f.'¿- .'-;-'-." `' . '-'- '\:'-'.¬-."\':*'.'~ '.,'.:-';-'_-1.5'..*_-:¡'-- z " ' -,.,- .~_-Q-_:-'fz-:__1 ia - '. .'-_-". .-" v ' 1-r' “-2;? '_-¿Ê'.*Í'.:::'¿Í-_, "".i-¡ _. .' . ' I ú-__.,n|` `-¿..,_ . -__.. ë n--.I ---.. "' ' u_u . __| .'-'zw " -Í"-": ti-E `-ti'-§.§§¡. I-'..'.¡-E " . I "'_i-1_-'.f.*-:_-.--' - ' ` ~`-*`¡¿_ =':¿'_í:1'›'-'* ê.:5".1_. ";-'.-.-¡,,'., ~_.,.'¡- _.¡, F-__-"'.. ›\ ;-'. -n°úI"I '-,'_° '., ¡__.' ' ÍT ' _ ,Í E. QI -n I. '__ ',. J' "'-'.-Í'-If.:-"'-'-.'.1l¬:.'r. d'i.EÚ.?l¬:__'?'?.-.'¿.› 1-'-_=:'“' Í-'.-'Í-Z: " Ê'-" __ ‹.- | ¡_ É* _.\›_r¬-._-_:-__'.°';_ -.__rt2.12; I*.".: 1 9' '..-' N.._ r .'‹' ',`L..-_ r“f':.¬._'._:'z`_- |-'.n 1.-_...- r1- _ ri'-l'¡ hq` -C _J' '\ H-fi? fz-:'- r l'1 i. ¬.--'.-IIi|'.-.š-...L.- E-.f Í.-_» -_. . 11-.t ¡ '_' _.-.'_' . ..__.. .I -:II lu ..'-' 3»-Í.-_'."'.._ _. ¿.__.¬- -,_ '.'.".-I -'., . c- .:'¬ _u |-.__...-__ _-_:-_-r . 1... ' ' ..;'. -._ _--..' . ' Z'_.- ¡¡'_;i'. '-.' _.-3.. v "- `°.,'.'r' -`. '."T' lu.-I -. ...z . .'.. .- -1.' ' 'I_' _ __.¡-.".._-_._'› .-\:l.'\:-. . .n_...',-_-.; ._-. . '_ I '._=n- . |- I.'._~.; ¡"_.. _ _-I ¶..". , H. _. ¿› '_j-_... -' f '.,¡:- .'\. ;_'T.-. u',' '.|..' :¿' _u. .¬:._ . . -_- . _ , ,_ I,l,.,'.::' '_._=-_'I|'|- u u,.'. 5 'aê I.: `:¿:..I.'. "' ' -. _:¡.¡._'¡.' I-'.'¢ 1 1-'\_I¡ ' '.. :..nf_-.""¿f_', '¡. | " Valdo Amadeo Palmai lhões para US$ 748,02 milhões entre 1991 e 1993, o comércio en- tre argentinos e mineiros entrou numa _ fase de acomodação. Em l996, os dados projetados indicam um total de US$ 650 milhões. Há fatores que entravam a expan- são dos negócios entre os dois mer- cados. De acordo com levantamento do Consulado da Argentina em Belo Horizonte, as trocas comerciais com Minas Gerais são até 50% maiores do que apontam os dados oficiais, Dinheiro chileno para o Uruguai Oscar Wlas Montevidéu Os investimentos do Chile no ex- terior apresentaram uma surpresa no começo deste ano: o Uruguai aboca- nhou a maior fatia do dinheiro chile- no, desbancando a Argentina, até então principal reduto das aplica- ções chilenas. Em janeiro, dos US$ 84,5 milhões que o Chile investiu no exterior, o Uruguai ficou com 46,5% (US$ 39,3 milhões), 555% a mais do que havia sido investido em janeiro de l996. A Argentina ficou com US$ 20,7 milhões (24%), e a Bolívia. com US$ 7,7 milhões (9%). O Brasil recebeu US$ 1,8 milhão, enquanto que, no Paraguai, o Chile investiu meio milhão de dólares. Iñrígina 5 a 7' ,Í _ Í _ _ *il 1_ *mg ' Í *_ "'7'_ _'L ¡_É_¡.-nz' ' . ' ' 'fr ' '-1.' " tão subavaliadas. Boa parte das mel."- cadorias argentinas consumidas em Minas Gerais é nacionalizada em São Paulo: grandes redes de super- mercados, por exemplo, têm suas centrais de compras com sede em São Paulo e um significativo volu- me de produtos argentinos que ven- dem não é contabilizado como im- portações rnineiras. “Além disso, o empresário mineiro não tem tradi- ção de comercialização direta com a Argentina”, sustenta o cõnsul-geral da Argentina em Belo Horizonte, Valdo Amadeo Palmai. Com o Rio de Janeiro, o intercâm- bio comercial ainda é bastante redu- zido, apesar do crescimento dos últi- mos quatro anos. No ano passado,de janeiro a maio, a con'ente comercial entre as duas regiões somava US$ 206 rnilhões. “Esperamos um au- mento nos negócios devido ao inte- resse dos argentinos pelo processo de privatização no estado. O empre- sariado argentino precisa descobrir o potencial do mercado fluminense”, observa o cônsul-geral da Argentina no Rio de Janeiro, Carlos Fasciolo. lPáginas IS a 17 Buenos Aires nas Olimpíadas “Foi uma decisão insensato disse o governador do Rio de .la- neiro, Marcello Alencar, ao co- mentar a exclusão do Rio como uma das cinco cidades pre'-quol|fi- cadas para sediar os Olimpíadas 2004. Foram escolhidos Buenos Aires, Atenas, Roma, Estocolmo e Cidade do Cabo. O presidente argentino; Carlos Saul Menem, ofirmou que “rece- beu a notícia coníjliuito alegria. Era esperado que'Bueinos Aires es- tivesse entre as cinco candidatos. A grande briga será com Roma Seu colega brasileiro, Fernando Henrique Cardoso, salientou que a partir de agora estará torcendo por Buenos Aires, pelo Mercosul. I Ver Editorial, página 2 Image-10 I .~ 12 n eAzETâ MEncANTu_ |_AT|No-AMEn|cANA 0 bi e O In 0S DE 10 A re DE Mânço oE1991 7 _3_ ' _ 7 m 7 7 Í 7 _ ' lí 1estrições e medidas nao tarifárias (continuação da pagina l l) Para fins de 1994 foram identifi- cadas várias restrições não tarifá- rias (RNTs) e medidas não tarifá- rias (MNTS) implementadas pelos estados-membros e foram deter- minados os parâmetros para a sua eliminação e harmonização, respectivamente. A CCM tem a responsabilidade de zelar pelo cumprimento d_esse processo por meio do Comitê Técnico n° 8 (CT n° 8) de “Restrições e Medi- das Não Tarifárias”, o que não só deveria manter atualizadas as listas de restrições e medidas existentes, senão identificar ou- tras novas. Posteriormente, em 1995 foi disposto que alguns dos Subgrupos de Trabalho e Comi- tês Técnicos realizarão a conti- nuação das RNT e MNT das áreas da sua competência e o elevarão ao CT n° 8. Nos anexos da Decisão 3l94 fr- guram 224 restrições e medidas não alfanclegárias às importações e 51 às exportações identificadas pelos estados-membros. O país que identificou maior número de casos foi o Brasil (33,5% do total). Quase dois terços do total das RNT e MNT identificadas corres- pondiam aos Subgrupos de Políti- ca Agrícola (40%) e Nonnas Téc- nicas (24%). Em 80% dos casos tratavam-se de MNAs sujeitas a harmonização. .Em outubro de 1995 a maioria (70%) das RNTs e MNTS identifi- cadas continuava vigente. A es- sas, por sua vez, somaram-se 51 novas medidas pendentes de har- monização ou eliminação, cuja análise correspondia basicamente ao Subgrupo de Normas Técnicas. Apesar dos pequenos avanços re- gistrados, 43% das RNTs e MNTs correspondentes ao Subgrupo de Política Agrícola tinham sido eli- minadas, harmonizadas ou justifi- cadas. Em junho de 1996 a situa- ção não tinha mudado substan- cialmente, o que explica que na reunião de Fortaleza o GMC en- comendará aos Subgrupos de Tra- balho e aos Comitês Técnicos manter como tarefa prioritária o tratamento das RNTs e das MNTS, fixando 31 de julho de 1997 como o prazo máximo para a definição da data-em que as restrições e mc- didas listadas poderão ser elimi- nadas ou harmonizadas. Em setembro de 1996 o Brasil apresentou no CT n° 8 uma pro- posta metodológica de classifica- ção das medidas e das restrições identificadas. A proposta consiste em agrupar as mesmas em duas categorias: a) medidas justifica- das pelo Gatt/OMC; e b) restri- ções não-tarifárias propriamente ditas. As primeiras não seriam ne- cessariamente objeto de negocia- ção intrazona (embora nada im- peça sua harmonização) e in- cluem dezesseis categorias rela- cionadas com a proteção da saú- . -..-z--- - z--- . . ¬....›... ---z-_.. Eclltorla de Artelüazela Mercantil Larlno-Americana .....r _. . _ . Mercosul exceçoes ao Irvre comercio rntrazonal. :II I ir I I `E". ' I 5.' ' 1:1 tt . ' ¿=''- › _ _ _- .- . .- . .. ,_ ., ,. ' __ .L ' .: . -:l : : _..›: :- _- . _ -Iz -3 z-__ _ _ _. . ._ _ __ ._ __ _ __ _ _ _ ._ _ _ -- ._ . .. _ - - - . . .. -- ..._ i Quantidade de posições taritárias 212 29 432 i É Produtos Produtos Produtos têxteis, Têxteis e calçado, siderúrgicas, manulaturas de alimentos. têxteis e calçado, borracha, vinhos e madeira, papel e equipamentos, .52 I ¡I iu. l' -__-=-3_-.qg -‹ 2 I :-'1 ...__.._..,._1_,, _ autopeças Ê Quantidade de posições tarilárias Regime de transição . Livre comercio ao setor açucareiro Quantidade de posições taritárias Acordo l ...-1-gn-. . Livre comercio em "' de, do meio ambiente, da moral pública, do controle de armas e materiais nucleares, do combate a práticas desleais etc. As restri- ções, por outro lado, seriam obje- to de negociação entre os estados- membros. A classificação em uma ou outra categoria das medi- _ das e das restrições identificadas será uma tarefa árdua, como re- fletern as consultas desenvolvidas na CCM e as diferenças que sur- giram entre os estados-membros em matérias afins. Previamente, uma proporção significativa das consultas feitas na- CCM referiam-se à identifica- ção de RNTs e MNTS. Desde o iní- cio das mesmas (em 1995) até ou- tubro de 1,996, a Argentina foi o país que fez o maior número de consultas (64,2% do total), sendo o Bfasilo principal destinatário das mesmas (53%). Como pode-se ver, o grosso das consultas se con- centrou em tomo desses países, o que é previsível em função do va- lor do comércio envolvido. Uma revisão da natureza das consultas pendentes de solução pode lançar alguma luz sobre as principais RNTs ou MNTS que ocuparam os estados-membros. Deve-se destacar que as consul- tas que foram mais dilatadas no tempo podem pôr em evidência áreas onde o conflito foi mais di- fícil de resolver. Em 31 de outu- bro de 1996 ainda restavam 15 consultas das 128 apresentadas em 1995, quase todas elas çrigi- nadas pela Argentina (exceto em dois casos). Aproximadamente a metade (sete consultas) se con- Livre comercio ao Setor automotriz e de papel e cartão, pêssegos em cartão, couros, produtos = madeiras, pneus, oonsenra. produtos açúcar, larmacâuticos, etetrodomésticos. siderurgia, móveis. suco de laranja, _ maquinário e química, plásticos, = café solúvel e equipamentos, papel e cartão. móveis. sabão, marrutaturas de vidro. pedras e vidro, plásliço, cerâmicas, moveis. fiz sem delinir _ 01-01-1.999 01-01-1999 01-01-2000 01-01-2000 P .,,,..,..,.., ,.,,,,,.,.,,., IEEE] -l950 Têxtil e calçado, _. maquinário e siderúrgicos, alimentos, produtos larmacèutioos, manulaturas de z. cimento. brinquedos. ` ' madeiras 1 Ê- 01 01 2000 01 01 2000 01 01 2000 01-01 2000 Um grupo Ad hoc esta encarregado de elaborar uma proposta de regime de adequaçao ao livre comercio intra regional Enquanto não tor aprovado 0 regime para 0 setor açucareiro, os paises poderão manter suas tantas nominais totais para Um comitê técnico no âmbito da CCM deve elaborar uma proposta de regime comum automotriz para antes de 31 de dezembro de 1997, que deverá reger a partir de ' 2000. _ 4 4 4 _ 4 § ci comércio intrazona. O prazo para apresentar a proposta se prorrogou até maio de 1997. ` ú E- r 01-01-2001 01-01-2001 01-01-2001 01-01-2001 centr_ava em temas relativos a as- pectos fitossanitários e normas técnicas aplicadas pelo Brasil (nos setores agrícola e de alimen- tos e bebidas) e pelo Uruguai (no setor alimentício). Quatro con- sultas eram reclamações sobre o tratamento de impostos discrimi- natório pelo Brasil (nos setores pesqueiras e de bebidas alcoóli- cas) e pelo Uruguai (no setor de bebidas alcoólicas e no comércio e prestação de serviços em geral). Outra consulta pendente era a re- ferente ao setor petroleiro (tam- bém da Argentina ao Brasil), mo- tivada pela degeneração de guias de importação para parafina. As duas consultadas que se dirigiam para a Argentina estavam rela- cionadas com a legitimidade da inclusão por este país de um de- terminado produto no Regime de Adequação Final. As consultas iniciadas em 1996 e pendentes de resolução em 31 de outubro deste ano somavam 39 (50% do total). Dessas,44% ti- nham como destino o Brasil, 28% o Uruguai, 23% a Argentina e o resto o Paraguai. Um terço das consultas pendentes estava vincu- lado a políticas públicas, tais como as práticas' de impostos discrimi- natórias. Os principais destinatá- rios dessas consultas pendentes fo- ram o Brasil e o Uruguai -e os seto- res afetados a farinha de trigo, a cerveja, os cigarros, as lonas de freio e as motocicletas. Sete das consultas pendentes estavam vinculadas com aspectos tarifários e o cumprimento do cronograma de redução de im- ‹ rg -«_ 4- _ f ' - -1 __ 1. - , :¡ç--_ -.gn ¡_. -_..,- 1.; _ -.---_: . .f. I 'Ê il-`i 'ø -'šàfilzill lšštf 'itãfit e rá . _ ;;ä§\_\. àzfisç- '_»¶'{-è¡¡. “aids postos do Regime de Adequação. Nessas matérias as reclamações se dirigiram principalmente à Ar- gentina e giraram em torno do tratamento tarifário de produtos tais como couros bovinos, lâmi- nas de aço, pólvora e munições. Outras sete consultas estavam re- lacionadas a permissões prévias de importação, cinco das quais estavam ligadas ã recusa de guias de importação e à exigência de pagamento à vista para diversos produtos (queijo, mortadela, zin- co, etiquetas auto-adesivas, co- rantes,.vidros) pelo Brasil. A in- cidência dessas questões prova- velmente declina a partir da im- plementação do sistema Sisco- mex e a eliminação das guias de importação pelo Brasil a partir de janeiro de 1997. Apenas quatro das consultas pendentes se referem a normas técnicas ou a barre_iras frtossanitá- rias aplicadas pela Argentina e pe- lo Brasil..O resto do universo de consultas pendentesenglobou en- traves por procedimentos adminis- trativos, restrições quantitativas e antidumping. Essa última consulta trata de um pedido de revisão e atualização das investigações anti- dumping iniciadas entre 1991 e 1996 na Argentina contra vários produtos brasileiros. Resumindo, como demonstra o número e a composição das con.- sultas canalizadas pela CCM, RNTs e MNTs formam uma área onde surgem freqüentes diferen- ças entre os estados-membros. Apesar do progresso obtido em termos de identificação, as assi- metrias prevalecentes nas práti- cas nacionais continuarão fazen- do dessa questão um tema-chave para garantir um acesso efetivo aos mercados. Setores especiais Os setores automotriz e açuca- reiro têm sido transitoriamente excluídos do livre comércio intra- zona e das políticas comuns. A principal razão são as severas as- simetrias nas regulações públicas que prevalecem em ambos os se- tores, especialmcnte entre a Ar- gentina e o Brasil. Um comitê téc- nico (para o setor automotriz) de- pendente da CCM e um grupo ad hoc (para o setor açucareiro) no âmbito do Grupo Mercado Co- mum estão encarregados de ela- borar uma proposta para liberar o comércio intrazona em ambos os setores, eliminar os incentivos domésticos que distorcem a com- petitividade e propor um meca- nismo de transição até atingir um regime comum. Açúcar O setor açucareiro estará excluí- do do livre comércio intrazona e das políticas comuns até o ano 2001, tendo sido criado um grupo ad hoc para montar uma proposta de regime de adequação e políticas comuns. Esse grupo também de- verá analisar as altemativas para a neutralização das distorções deri- vadas das assimetrias nas políticas nacionais para o setor. Enquanto não for aprovado o regime co- mum, os países poderão manter suas tarifas nominais totais para o comércio intrazona e extrazona. Segundo o mandato original, essa proposta deveria ser apresen- tada ao GMC antes de 1° de no- vembro de 1995. Sem dúvida, as diferenças entre os países impedi- ram que o mandato fosse cumpri- do. O centro da controvérsia resi- de nas diferenças existentes entre a Argentina e o Brasil a respeito de como compatibilizar a inclu- são do setor açucareiro nos com- promissos de liberalização do co- mércio intrazona com as assime- trias nacionais existentes em ter- mos de políticas de abastecimen- to e preços. A um ano do venci- mento do prazo estabelecido, o CMC decidiu na reunião de For- taleza uma prorrogação até _31 de maio de 1997 para que seja apre- sentada uma proposta que con- temple a liberalização gradual do comércio intrazona para os pro- dutos do setor açucareiro e a neu- tralização das distorções que pos- sam partir de assimetrias entre as políticas nacionais. Essa decisão não resolve o fundo da questão senão que estende o prazo para o tratamento do assunto, sem acres- centar nada substancial aos ter- mos originais`da decisão corres- pondente. (continuo no pagina 13) __ :'-_* T, f 7 __-.__ ._.,__ _ _ I _ _ _ - - . _ _ . - - _ __ _ ._\,_-.¿¡-.n_-_.-__.__ ",. -- . ..4pq. -_ .- n Image-11 DE,0,,,6DEM,,F,ÇODE1997 m exzzfinzflenmro«zN0-AMEH‹¢A~A.1z Um regi_m_eço@m_p_ara automóveis (continuoçõo do pôgino 12) Em dezembro de 1994 os esta- dos-membros assumiram o com- promisso de fazer uma proposta de regime comum automotriz para antes de'3l de dezembro de 1997, que deveria ser adotada a partir de 1° de janeiro do ano 2000. Essa proposta deveria conter três ele- mentos básicos, a saber: a liberali- zação total do comércio intrazona, um TEC e a ausência de incentivos nacionais que distorçam a compe- titividade na sub-região. Além disso, os estados-mem- bros revisaram os acordos bilate- rais (entre Argentina e Brasil e en- tre Uruguai e esses países) com o objetivo de melhorar as condições de acesso aos mercados a partir de 1° de janeiro de 1995. No caso do acordo argentino- brasileiro, a Argentina reconhecia como nacionais as autopeças brasi- leiras dentro do cômputo do índice de conteúdo nacional do seu pro- grama setorial, sujeito ao requisito de compensação com exportações a qualquer destino. As exportações argentinas de autopeças dirigidas ao Brasil eram multiplicadas por 1,2 para a compensação das auto- peças importadas desse país. O Brasil, por outro lado, considerava como nacionais as autopeças ar- gentinas para cumprir com o requi- sito de conteúdo nacional previsto para o então vigente programa do “carro popular”. Assim, os veículos argentinos que crrrnpiissem com as exigências dentro do regime do “carro popular” eram considerados como nacionais no Brasil. Também foi estabelecido _o livre comércio de veículos, caminhões e ônibus entre as terininais (sem quota e com tari- fa zero). Embora o Brasil aceite o regime automotriz argentino até 31 de dezembro de 1999, a Argentina fazia o mesmo com o regime do “carro popular” e outras regula- mentações referentes ao setor auto- motriz brasileiro até fins de 1996. Em meados de 1995 o governo brasileiro promoveu um novo pro- grama de incentivos setoriais (pela Medida Provisória 1 .O2/1) cujo obje- tivo principal foi reverter o crescente déficit na balança comercial e atrair investimentos estrangeiros para o setor. O regime incluía um sistema de quotas de importação, tarifas pre- ferenciais para a importação de ma- térias-primas, insumos, partes e pe- ças e bens de capital pelas empresas automotrizes e conexas, e requisitos de desempenho (mecanismo de in- tercâmbio compensado). As monta- doras instaladas no Brasil foram au- torizadas a importar veículos com uma preferência tarifária de 50%. A reação que gerou essa iniciati- va pelos outros estados-membros do Mercosul, particularmente da Argentina, culminou na decisão= do govemo brasileiro de excluir o comércio intrazona do regime de quotas. No início de 1996 tentou se resolver o conflito em tomo do ' ""J-flilf'-l-i'úƒd"_-IIÍÕÚƒ.`¿I setor automotriz com a negociaçao e instrumentação antecipada de um regime comum de transição (similar ao regime argentino pree- xistente) que estaria vigente até 1999. Manteve-se o livre comér- cio de veículos entre os dois países sujeitos aos requisitos de desem- penho estabelecidos pelos regimes nacionais (as importações devem ser compensadas com exportações a qualquer destino), e ambos paí- ses reconheceram mutuamente a vigência dos seus regimes até 31 de dezembro de 1999. Com rela- ção às autopeças, ficou estabeleci- do o livre comércio (tarifa zero e sem quotas) para aquelas que fos- sem origináriasda sub-região, as quais serão consideradas como na- cionais do país importador para efeito do cálculo do índice médio de nacionalização de veículos ter- minados, sempre e quando hou- vessem sido compensadas com ex- portações a qualquer destino. Asdificuldades no setor automobilístico voltaram com a política brasileira de incentivos Ambos os países também acerta- ram o estabelecimento de duas quo- tas sem compensação, uma para as montadoras estabelecidas em ape- nas um dos países e o outra no reco- nhecimento do déficit comercial bi- lateral acumulado pela Argentina entre 1991 e 1994. A amplitude da primeira quota ainda não está acer- tada, embora de acordo com as con- versações mantidas entre ambas as partes (em nível dos govemos e do setor privado) seria de 60 mil veí- culos anuais para a Argentina e 20 rnil veículos anuais para o Brasil. Essa margem de comércio livre de compensação beneficia particular- mente as montadoras argentinas Sevel e Ciadea, que não estão insta- ladas no Brasil. Por meio da outra quota, a Argentina poderia exportar ao mercado brasileiro sem a obriga- ção de compensação 85 mil veícu- los até 31 de dezembro de 1998, embora reste definir a distribuição entre as terminais. As dificuldades 'estabelecidas pe- la falta de harmonização das políti- cas nacionais para o setor automo- triz voltaram novamente com a me- _Q Q . na - --__-. -.¡_¡¡n 000-- _ j Y* _m dida anunciada em fins de 1996 pelo govemo brasileiro, que ofereceu in- centivos fiscais e franquias tarifárias a montadoras automotrizes e indús- trias correlatas, que tramitam o seu estabelecimento nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país an- tes de 31 de março de 1997 (os in- vestimentos em autopeças contam com mais um ano). De acordo com versões jomalísticas, as empresas coreanas Hyimdai e Asia Motors e a empresa tcheca Skoda planejam usar esses incentivos para se estabe- lecer no Brasil. Até 31 de dezembro de 1999 as empresas da indústria au- tomotriz e correlatas instaladas nes- sas regiões poderão se beneficiar de reduções tarifárias (de 100% para as importações de máquinas e equipa- mentos, 90% para as de matérias- primas e autopeças e 50% para as de veículos terminados) e de impostos (isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI- para a aqui- sição de máquinas e equipamentos e redução de 45% para matérias-pri- mas e autopeças, isenção do imposto ao lucro). Além disso, não estarão obrigadas a cumprir com os índices de nacionalização pelo menos por um período de cinco anos. Alguns desses beneficiados poderão se es- tender, a critério do Poder Executi- vo, até o ano 20l0. _ Essa medida provocou a reação das montadoras estabelecidas na Ar- gentina, que reclamaram ante o seu govemo a implementação de algum tipo de medida compensatória no caso de o govemo brasileiro não re- verter essa situação. O govemo ar- gentino está analisando a estratégia a seguir nas próximas negociações previstas para serem desenvolvidas no início de 1997. Um dos principais inconvenientes dessas medidas é que os benefícios poderão ser esten- didos além da data estabelecida de entrada em vigor do regime comtun automotriz (1° de janeiro de 2000). Incentivos às exportações Do mesmo modo que as MNTS e RNTs e as políticas nacionais para o setor automotriz, a questão relativa aos incentivos ã exportação vem ad- quirindo visibilidade crescente no período recente. Um dos motivos foi o aumento da divergência nas práticas dos dois sócios maiores: enquanto o govemo se viu obrigado a cortar alguns benefícios vigentes devido a questões do orçamento, o govemo brasileiro anunciou novas i _... í__.I medidas de estímulo tanto no cam- po do financiamento às exportações como no âmbito fiscal. Os estados-membros do Merco- sul acertaram não usar incentivos às exportações intrazona, com a exce- ção do financiamento às exporta- ções, a devolução ou isenção de im- postos indiretos e os regimes alfan- Os regimes alfandegários espe- ciai s, como os “draw back” e a ad- missão temporária, podem ser utili- zados no comércio intrazona exclu- sivamente para os insumos, partes ou peças utilizadas na fabricação de bens que sejam exceção da TEC ou para aqueles produtos cujos insu- mos são exceção na TEC e superam os 40% do valor FOB do produto final, os que' caem no âmbito da aplicação do regime de origem. O objetivo dessa limitação é evitar que os benefícios desses regimes sejam estendidos a fomecedores de terceiros países. Sem dúvida, os es- tados-membros têm usado esses re- gimes de maneira generalizada. Na reunião de Fortaleza foi validada essa situação quando se dispôs que até 1° de janeiro de 1999 não serão aplicadas as limitações previstas para a utilização desses regimes no degários especiais, que poderão ser acordo sobre incentivos às exporta- aplicados com certas restrições. O acordo estabelece que no caso do comércio intrazona os sócios pode- rão conceder financiamento de lon- go prazo apenas para as exportações de bens de capital, e em condições e taxas compatíveis com as interna- cionais. Não obstante, existem di- vergências sobre a interpretação desses acordos. No caso do Brasil, as linhas oficiais de crédito que be- neficiam outras exportações são justificadas sob o argumento de que essas medidas devem ser considera- das como uma assimetria de crédito objeto de negociação no âmbito do comitê técnico encarregado das po- ções. Convém lembrar que o Acor- do de Complementação Econômi- ca Chile-Mercosul autorizou o uso dos benefícios do “draw back” e a admissão temporária para os pro- dutos beneficiados do programa de liberalização comercial por um pe- ríodo de cinco anos. Também em relação aos regirnes alfandegãrios especiais, ficou esta- belecido que a CCM seja a encarre- gada de analisar as tarifas e as limi- tações do seu uso no comércio intra- zona e de propor os ajustes que se tomem necessários para preservar a proteção derivada do TEC. O trata- mento desses assuntos no ârnbito da líticas públicas que distorcem a CCM apenas começou,concentran- competitividade. O resto dos países do Mercosul também tem linhas de financiarnento oficial à exportação, do-se em aspectos tais como a iden- tificação dos bens para os quais se poderá conceder os benefícios, a de- embora em menor magnitude. ' terrninação de que se os bens de ex- Com relação aos estímulos fis- cais, as assimetrias entre os dois sócios maiores também aumenta- ram no período recente. Em agosto de 1996 o governo argentino dis- pôs a eliminação dos reembolsos às exportações intrazona (que es- ceção do TEC o são do ponto de vis- ta do importador' ou do exportador, e a análise do impacto da aplicação desses regimes sobre o de adequa- ção. Essas tarefas deveriam se com- plementar com a revisão dos regi- mes alfandegáiios especiais vigen- tavam vigentes apenas para os _tes nos países-membros, com o fim bens de capital e os produtos que estavam incluídos nas listas do re- gime de adequação dos demais só- cios) e a redução para os extrazona de reduzir as assimetrias que pos- sam existir entre os respectivos me- canismos (por exemplo, em termos de prazos máximos). até um máximo de 10%. Assim, - Na reunião de Fortaleza de de- foi disposta a suspensão do regime de especialização industrial, pelo qual eram concedidas licenças de importação com tarifas preferen- ciais contra compromissos de ex- portação. Essas decisões foram confrontadas pelo setor privado argentino com a política de devo- lução de impostos indiretos nas exportações, tais como o IPI (Im- posto sobre Produtos Industriali- zados) e o ICM (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias), que há no Brasil. Não obstante, os acordos vigentes no Mercosul per- mitem a devolução dos impostos indiretos para o comércio intrazo- na de acordo com as normas multi- laterais e até que fique harmoniza- da a política tributária. - . Q _ - A - » a - - _._ .,----4-.g-..-.n-¡w_-_-_-n -_.-lI-I-_..--z----¢-n- . .en zembro de 1996, o GMC resolveu criar um grupo ad hoc (no âmbito do Subgrupo de Trabalho n° 7, indús- tria) para exarninarespecificamente a situação da política comercial apli- cada ao setor do couro. Esse grupo deverá concluir antes de 30 de abril de 1997 uma proposta de tratamento do setor couros e seus manufatura- dos no comércio intra e extazona, contemplando a neutralização das políticas nacionais que afetam a competitividade. A questão dos cou- ros tinha sido levantada pela CCM ao GMC em novembro, a partir dos questionamentos ao imposto da Ar- gentina sobre as exportações do cou- ro e do “wet blue” com o objetivo de estimular o processamento local. (confinuci no página 14) Image-'12 " - _. , .14¡GAzETAMEr=rcANT||_LAT|No~AMEn|cANA E 0 _oE1oA1soEMAnçonE19o7 Í-fií; Iii"-*ri ~ .\.- v .'_ .., : _ _ .~ giz. ._.r il.: Í É-`.::l c. I:-:_';)L" Política que di torcem a concorrência (continuciçcio do página 13) No âmbito da CCM funciona desde abril de 1995 um Comitê Técnico sobre Políticas Públicas que Distorcern a Competitivida- de. Seu objetivo é o de identifi- car aquelas medidas de política pública vigentes em cada Esta- do-membro que possam distor- cer as condições de concorrência dentro da região pelo seu caráter discriminatório. Uma vez identificadas, as medi- das deverão ser classificadas de acordo com as seguintes catego- rias: a) medidas que implicam ex- ceções ao regime comercial co- mum do Mercosul; b) medidas de natureza tributária; c) medidas de natureza de crédito; d) medidas as- sociadas ao regime de compras go- vernamentais; e e) outras medidas. Com base nessa classificação, o CT deveria identificar as medidas compatíveis e as incompatíveis com o funcionarnento da união al- fandegária, levaiido em conta cri- térios de eficiência econômica, os objetivos gerais do Mercosul e as disposições multilaterais. As me- didas compatíveis deveriam ser harmonizadas (seja por compati- bilização geral das normas vigen- tes ou mantendo-as com a devida justificativa), enquanto que as me- didas incompatíveis deveriam ser eliminadas progressivarnente. Originalmente, as propostas do CT deveriam ser submetidas ã aprovação da CCM antes de 30 de junho de 1995. Mas a complexida- de das atividades e as diferentes posições dos estados-membros impediram o cumprimento desse prazo. Até agora, foi intercambia- da a-informação sobre as políticas públicas que distorcem a competi- 'z _f,-5 ¡.~.:~' + H)-I tividade_ com a qual foi feita uma listagem consolidada. Nessas tare- fas surgiram algumas diferenças entre os países quanto ao âmbito das medidas que deveriam serin- cluídas na agenda. Assim, foi irri- ciada a discussão em tomo dos cri- térios passíveis de utilização para a harmonização ou a eliminação das medidas identificadas. Em Fortaleza, o CMC instruiu o GMC para que monte um grupo ad hoc com o objetivo de assessorar sobre o tratamento das políticas públicas que distorcem a competi- tividade. Levando em conta os tra- balhos já realizados, anteš de 30 de junho de 1997 esse grupo deverá revisar e em todo caso redefinir os critérios, os procedimentos, o âm- bito das medidas estabelecidas ori- ginalmente, como também assegu- rar o disciplinainento das políticas públicas que distorcem a competi- tividade. Na prática, nesse assunto foram registrados muito poucos avanços devido às importantes as- simetrias de política pública que existem entre os estados-mem- bros. Tendo em vista sua potencial influência sobre os fluxos de co- ,mércio e a localização do investi- mento, essa matéria é um aspecto- chave da futura agenda. Defesa econômica As pautas básicas sobre a_defe- sa da concorrência foram acerta.- das com a Decisão 21/94. Nas discussões levadas a cabo no Co- mitê Técnico n° 5 de Defesa da Concorrência se tornaram eviden- tes as fortes assimetrias na ordem jurídica interna dos países. En- quanto que a Argentina e o Brasil já dispõem de leis na matéria, o Paraguai e o Uruguai não têm le- ,››. _, . ”*,."?:rt i= na °'?*^z "'Qãwrw gislação-a esse respeito. Assim, embora não existam diferenças substanciais em relação ao âmbi- to de aplicação e ã tipificação das condutas proibidas nas legisla- ções argentina e brasileira, a lei do primeiro trata apenas de con- dutas anticompetitivas, enquanto a do segundo também inclui nor- mas sobre o controle de fusões e aquisições. Também existem di- ferenças com relação à formação dos órgãos de aplicação, o proce- dimento e as sanções. Em outubro de 1996 os presi- dentes da Comissão Nacional de Defesa da Concorrência da Ar- gentína e_ do Conselho Adminis- trativo de Defesa Econômica do Brasil subscreveram uma Carta de Intenção para estabelecer um programa de cooperação em ter- mos de defesa da concorrência entre os dois países. Acertaram, também, dar assistência ao Para- guai e ao Uruguai para o desen- volvimento de mecanismos legais e a criação de instituições para a defesa da concorrência. O Protocolo de Defesa da Con- corrência pretende ser um instru- mento de proteção ante práticas desleais e de maior eficácia para a análise das fusões e aquisições no âmbito do Mercosul. O docu- mento.contém normas específi- cas sobre práticas restritivas à concorrência e um capítulo sobre atos de concentração. Os dois ór- gãos de aplicação são a Corriissão de Comércio do Mercosul e o Co- mitê de Defesa da Concorrência. No capítulo sobre procedimentos se faz menção ao Protocolo de Brasília para a Solução de Con- trovérsias como instância final em caso de falta de consenso. ¡- .zr-tt.ff asv-rrf.-‹z‹e* .ääfl mm da t§ã>*°£›tH gs Embora já existisse acordo so- bre a maioria dos itens, na reu- nião de novembro de l996 do CT n° 5 os governos argentino, paraguaio e uruguaio considera- ram necessário que um Protoco- lo de Defesa da Concorrência in- cluísse um capítulo referente à assistência estatal às empresas, já que estas geram distorções nas condições de concorrência no âmbito regional. O Brasil re- peliu essa postura sobre a base de que as “ajudas do Estado” não são um assunto previsto pela De- cisão 21/94 e que deve ser trata- do pelo Comitê Técnico n° 4 de Políticas Públicas que Distor- cem a Competitividade. Até o ano 2000, as investigações sobre dumping serão realizadas de acordo com as leis nacionais _Na reunião do GMC em Fortale- za, a Argentina submeteu a apro- vação do protocolo a inclusão de um artigo sobre a assistência esta- tal e a vigência das legislações na- cionais sobre direitos antidumping e compensatórios ao comércio in- trazona, enquanto não seja aprova- do o Capítulo 1 (medidas aritidum- ping) do Regulamento Comum sobre Práticas Desleais de Tercei- ros Países, o qual se aplicaria tam- bém ao comércio intra-Mercosul. A proposta argentina revisava o acordo dos estados-membros (Res. 129/94) de trocar a legisla- ção antidumpingdentro do merca- do interno pela legislação de defe- sa da concorrência. 1 --#7 O argumento para substituir uma legislação por outra reside no fato de que em um mercado único não existem diferenças entre pre- ços de exportação e preços inter- nos e que, de qualquer modo, o que as políticas de antidumping devem combater são as práticas de preços predatórios, sendo que pa- ra esse objetivo o instrumento apropriado é uma legislação de defesa da concorrência. Para a Ar- gentina, esse argumento teria vali- dade apenas uma vez que esteja consolidada a união alfandegária, tornando-se entretanto necessário o uso da legislação antidumping. As posições adotadas pelos doi maiores estados-membros do Mercosul refletem a intensidade com que foi usado o mecanismo em um e em outro caso e o caráter das suas políticas públicas de in- centivo ao setor privado. Finalmente, o protocolo foi aprovado pelo CMC (Decisão 18/96) com a incorporação de um artigo sobre as ajudas do Estado no capítulo de medidas transitórias. No mesmo os estados-membros se comprometem, em um prazo de dois anos, a criar normas e meca- nismos comuns que disciplinem as ajudas do Estado que possam res- tringir ou distorcer a concorrência e que afetem o comércio entre os países sócios. Assim, foi estabele- cido que até 31 de dezembro de 2000 as investigações sobre dum- ping feitas por um Estado-membrocom relação às importações origi- nadas de outros membros serão realizadas de acordo com as legis- lações nacionais. Nesse prazo _os países analisarão as normas e con- dições nas quais o assunto será re- gulado no Mercosul. I ¡ ___ _.__--_......____ ___.._...-.__._..--..-_.-.-.-____.. .¬ _.. _-- ._.. .__ Í Í-ff ...-_ __---z---__..___.._Í_ 7 Í __ É -- - ¿ _ _ _ _ __ _ Í _ 1 . u - ¡ Q - w n .\ fa*-Q-nur-.nz--n Image 13 V E E _. _, - oE1oAie DE Mnnço DE 1997 E GAZETA MEncANT|r urrrno-AMEn|cANA¡ 15 São Paulo é o principal parceiro Estddo brasileiro superd até os EUA como merecido imporlcidor de produtos drgentinos Nora Gonzalez São Paulo Estado de São Paulo conse- 0 guiu superar, em volume de importações, as com- pras feitas na Argentina até por al- guns países como os Estados Uni- dos. São Paulo é, atualmente, o destino preferencial das exporta- ções argentinas, com mais de US$ 3 bilhões em mercadorias vendi- das no ano passado, ou cerca de 40% de um total de US$ 6,8 bi- lhões colocados no Brasil. O se- gundo parceiro comercial, um país - os Estados Unidos -, ficou ao redor de US$ 2,1 bilhões. O que mais surpreende, no entan- to, é o crescimento desse volume. Em 1995, São Paulo comprou US$ 2,092 bilhões de mercadorias ar- gentinas - o que representa um sal- to de cerca de 50% no ano seguinte. Os principais produtos do inter- câmbio com São Paulo foram ali- mentos, petróleo, trigo, fios e têx- teis, veículos e autopeças, mas o le- que é suficientemente amplo para evitar que uma redução isolada afe- te de forma significativa os volu- mes do intercâmbio. Aliás, ao con- trário. A pauta de exportações ar- gentinas para o Brasil vem aumen- tando, assim como o número de fomecedores. Em 1994, por exem- plo, havia 270 exportadores argen- _ «ls -r?-'-'š tinos com vendas acima de US$ 1 milhão ao Brasil. No ano seguinte, o “Clube do Milhão” já tinha 550 nomes e, no ano passado, deve ter chegado perto de 800 nomes, de um total de 4,3 mil operadores que ven- deram seus produtos ao Brasil, dos quais cerca de 2 mil exportaram apenas para o Estado de São Paulo. “Não é raro que um empresário argentino comece exportando US$ 30 mil para o Brasil e chegue a US$ 1 milhão em um par de anos”, exulta o conselheiro econômico e comercial Horacio Freigedo, da embaixada argentina no Brasil. Os recordes são quebrados constante- mente. Para uma média mensal de US$ 450 milhões exportados pela Argentina em 1995, o ano passado registrou US$ 600 milhões - mas, no último trimestre, houve um au- mento para US$ 650 milhões, o que leva a embaixada a projetar al- go entre US$ 8,5 bilhões e US$ 9 bilhões para este ano. Para esse aumento, entretanto, também houve ajuda dos preços in- temacionaís. O aumento das cota- ções de petróleo, por exemplo, foi decisivo, pois, embora os volumes físicos se tenham mantido constan- tes, o valor em dólares aumentou consideravelmente. Mas não é só isso. A cada dia, mais e mais em- presas argentinas vêem na exporta- ção uma possibilidade de capitali- zação, mesmo ã custa de uma mar- gem de lucro menor. “Há uma es- treita relaç ão entre o aumento da demanda brasileira e o aumento da oferta argentina”, diz Freigedo. Vinhos Um dos casos mais evidentes é o das fraldas descartáveis, cuja produção foi acelerada na Argen- tina para atender ao aumento da procura por esse produto no Bra- sil. Uma das exceções tem sido o setor de vinhos, que, embora com crescente demanda no Brasil, ocupa um lugar proporcional- mente insignificante na pauta de exportações argentinas ao País. Ironicamente, as vinícolas argen- tinas adquiridas por chilenos - um fenômeno cada vez mais freqüente - vêm atingindo altíssimos níveis de exportação. Segundo reconhe- cem os próprios produtores argenti- nos, os chilenos conseguem traba- lhar melhor o mercado externo. “As exportações de vinhos argenti- nos ao Brasil poderiam ser, pelo menos, dez vezes superiores ao que são”, aposta Freigedo. Segundo os últimos dados disponíveis pela em- baixada argentina, as exportações de vinho fino argentino em 1994 para o Brasil foram de apenas US$ 1,1 milhão. Tal volume, segundo Freigedo, deve ter-se elevado no ano passado, mas não substancial- mente. A participação argentina no mercado brasileiro é, ainda, muito reduzida (foi de 13,3%, em 1991. quando o Brasil comprou US$ 1,4 milhão em vinhos finos argentinos, e de 9,5%, no ano seguinte) e perde espaço para os vinhos importados da Alemanha, do Chile, da Itália e de Portugal. “O que surpreende é que o au- mento do intercâmbio entre Bra- sil e Argentina se dá num momen- to em que as economias dos dois paíscs estão em expansão; isto é, não se trata da exportação de ex- cedentes nem de redução da de- manda no mercado doméstico “, diz um diplomata argentino radicado em São Paulo. “Estamos num círculo virtuoso e, ainda, com boas perspectivas”, afimia. Esse mesmo diplomata projeta, no entanto, novo déficit comercial para a Argentina este ano, mas res- salva que isso se deverá às exporta- ções de bens de capital e de produ- tos intemiediários. Nada a temer, no entanto, pois se trata de compras de itens que pemiitirão a modemiza- ção da combalida indústria argenti- na, e não da importação de supér- fluos, como a que acabou provocan- do “o efeito tequila” no México. I Superávit de US 1,2 bilhão govemo argentino prevê para O este ano um superávit de US$ 1,2 bilhão nas relações co- merciais com o Brasil, mas, nas con- tas globais, deverá haver um déficit de US$ 1,5 bilhão. Em 1995, a parti- cipação do Brasil nas exportações da Argentina era de 26%. Em 1 996, che- gou a 28%. Para este ano, a estimati- va é de que o intercâmbio entre os dois países chegue a US$ 14,8 bi- lhões -US$ 8 bilhões de exportações argentinas e US$ 6,8 bilhões de brasi- leiras. A Argentina espera exportar US$ 27 bilhões este ano, ou 14% a mais do que os US$ 23,7 bilhões ex- portados em 96. No ano passado, o déficit comercial argentino foi de US$ I2 milhões. Esses números re- fletem um aumento no comércio ex- terior argentino, que se vem acen- tuando desde 1991. Entre 1991 e 1996, o comércio da Argentina com os países do Mercosul cresceu 108%. Tendência As empresas privadas têm a mes- ma opinião que os representantes dos govemos argentino e brasileiro. Se- gundo elas, a tendência de elevação no intercârnbio comercial deve pros- seguir por mais algum tempo. E isso acontece nos dois sentidos. A Sadia, Edlltilla de AIIGÍGEZGI3 MOI'€-Elfllll Lalinü-Ame Iinanfl É comércio exterior argentino - exportações ao Mercosul Em relação ao total exportado (em %) 'alä É as - - 20 " f r rf f t 15 rf t r 1 O í 5 _ _ O 8585 B7 BB B990919293949596 Il; --1-,-gg r f;= --- -_-Í àze---nr-n---1-n-rt. " r Í r ru: - 1-_; _- ---_ _ .:-- -. Í - #¬-:--ue-*_---_f_-.---1 Í- -ff -7 --- - -. Fonte: Ernbalxada argentina no Brasil, com base em dados da CEI. uma das principais exportadoras bra- sileiras de alimentos já firrnemente instalada no país vizinho, prevê um aumento de 10% a 15% nas exporta- ções de seus produtos para a Argenti- na a partir deste ano. A Aiisco, que está na Argentina desde 1991, onde detém 10% do mercado, também tem planos de expansão baseados em aumento dos investimetos em publi- cidade e propaganda. No ano passa- do, a Arisco vendeu cerca de US$ 30 milhões no Mercosul. Do lado das exportações argenti- nas, a situação não é diferente. A de- manda brasileira é especialmente relevante no setor primário, de ma- nufaturas de origem industrial e combustíveis. Nos produtos primá- rios, a participação do Brasil no to- tal das exportações argentinas entre 1993 e'1995 chegou a 27%. No caso dos produtos químicos, os argentinos têm um grande espaço para crescer. Estima-se que haja uma subutilização da capacidade de consumo do mercado brasileiro nes- se setor - exatamente onde a indús- tria argentina dispõe de padrões e de capacidade produtiva de nível inter- nacional. Somados, os itens desse segrnento representarn mais de US$ _-._.z___-_-.-_------a n-nuq--..- nv--Q-ou.-no . 3,6 bilhões de importações brasilei- ras, mas somente entre2% e 5% desse total provêm da Argentina. Turismo A entrada em vigor do Mercosul na corrente de turismo entre os dois países. Em 1995, último dado disponível, a corrente de turismo bilateral significou um fluxo de 1,1 milhão de pessoas. Apenas entre 1990 e 1995, o nú- mero de turistas argentinos que veio ao Brasil cresceu 105%. Já o volume de turistas brasileiros que foram à Argentina subiu, no mes- mo período, 88%. Este incremento é muito maior do que os 50% de crescimento alcançados com o tu- iismo na Argentina no período. Com base nesse número, avalia-se _ _ _ *_ __ -_ provocou, também, um aumento que, apenas em 1995,aArgentina te- nha recebidoUS$ 310,8 milhões pro- cedentes de despesas realizadas por turistas -ou uma média de gastos per capita de US$ 569. A Secretaria de Ttuismo da Argentina avalia que ca- da um tenha gasto, em média, US$ 141 em compras, com permanência mínima de cinco dias. (N.G.) I Secretaria Administrativa do Mercosul Convida Tradutores Públicos com experiência em textos legais e técnicos para que se inscrevam no Ftegistro de Tradutores de Português-Espanhol e EspanhoLPonuguês. Enviar carta e currículo à: FIINCON 575 -129 ANDAR c.P. 11.ooo MoNTEvioÉu - unuc-iuA|. O prazo vence no dia 14 de março de 1997. ENVIAR POR FAX: (005982)96-4591. Image-'14 I I16 1 GAZETA MERcANT|L |_AT|N0-AMEn|cANA - DE 10 A 16 DE MARÇO DE 1997 c IO Rio aposta em aumento no. comércio bilateral ` Michele Voltolini Berlão Rio de Janeiro intercâmbio comercial en- O tre a Argentina e o Estado do Rio de Janeiro, apesar de ter apresentado um relativo crescimento nos últimos quatro anos, ainda é bastante reduzido. Porém, a expectativa para 1997 é otimista. “Esperamos um aumen- to nas trocas comerciais, princi- palmente devido ao interesse dos argentinos pelo processo de pri- vatização no estado”, diz o cônsul geral da Argentina no Rio de Ja- neiro, Carlos Fasciollo. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio e Turismo do Brasil, de janeiro a maio do ano passado a corrente comercial entre essas duas regiões somava US$ 206 milhões, corresponden- do a US$ 97 milhões em exporta- ções fluminenses e US$ 109 mi- lhões em exportações argentinas para 0 Rio de Janeiro. Potencial do mercado É necessário que o empresaria- do argentino descubra o potencial do mercado do Rio de Janeiro, observa o cônsul argentino. Ele comenta que 0 comércio do Rio de Janeiro com a Argentina cres- ce permanentemente, mas com outros países o crescimento é muito mais acelerado. Mas Fasciollo alerta para um fator importante na promoção desse comércio bilateralf as roda- das de negócios organizadas pelo Serviço de Apoio à Micro e Pe- quena Empresa do Rio de Janeiro (Sebrae/R.J_), que vêm sendo rea- lizadas com sucesso, tendo gran- de participação de pequenos em- presários argentinos e fluminen- ses interessados em fechar algum tipo de negócio. Para o presidente da Comissão Parlamentar Conjunta (seção bra- sileira), Paulo Bornhausen, não há dúvidas de que serão as peque- nas e médias empresas as grandes incentivadoras das relações co- merciais entre os países latino- [_ '11 iäf __ Importações do Rio de Janeiro da Argentina (Valores CIF, em milhares de US$) americanos, Segundo o secretá- rio de Comércio, Indústria e Tu- rismo do estado, Márcio Fortes, o Rio de Janeiro tem muito a ofere- cer não só ã Argentina como ato- do o Mercosul. “Temos no Rio o Porto de Sepetiba, que depois de ampliado vai concentar toda a carga vinda da Europa, dos EUA e do Japão, funcionando como um centro de distribuição para os de- mais países do Mercosul, um “hub” em linguagem técnica. Te- mos ainda o Teleporto, 0 mais moderno Centro de Telecomuni- cações da América do Sul, insta- lado na cidade do Rio, que trará, entre outras facilidades, a possi- bilidade do monitoramento das cargas c do movimento no porto. Há ainda a bacia de Campos, que é um importante pólo produtor de petróleo e gás natural”, afirma 0 secretário. O estado é o maior produtor nacional de petróleo e gás natural, com respectivamente 70% e 45% da produção nacional. Entre os produtos mais vendi- dos pela' Argentina ao Rio estão trigo, petróleo e filé de merluza congelado, enquanto que os mais exportados para a Argentina pelo estado fluminense, no ano passa- do, foram produtos de ferro e aço, borracha,'produtos .químicos or- gânicos, combustíveis, óleos e ce- ras minerais. Investimentos A economia do Estadodo Rio de Janeiro voltou a crescer desde 1994 acima da média nacional e, no ano passado, passou a disputar o segundo lugar com o Estado de Minas Gerais no ranking da parti- cipação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís- tica (IBGE), o PIB fluminese de 1995 alcançou US$ 60,57 bi- lhões, valor equivalente a 12,61% do PIB brasileiro. Até. o ano 2000, o estado espera receber investimentos da ordem de US$ 26 bilhões. I Editoria de Arteƒüazeta Mercantil Latino-Americana 0.000 r .li `\ Importações da 6'°°° Argentina Importaçoes totais _ n .Aí _:é. 4.000 - - f ' 2.000 --- › . 1 ' -Bu -ts vw °"" \-¬ Jw- 1...- 0 ` 1992 1993 1994 1995 -Z _z-?-._-.-¡--ftä-'gi-¡-~~.¡-.Ig z-za.-«_-_-¿ê;-¡*~5;~'9;_-'z._ .- . .-.:.:_-_--,-.-.â.a.'›_'¬a;' . z¬ '. - _... _-.- - - - 5 I - .__ __ .-_ ,¬ __ ¬ _ --_ __-¿__.._ ..,. ._ .__¡._-_. , _¿:_.. __- 1.- 5-.-_”;|;,: . __.. __; _ _ _ f _ .;- fu/-.--_ ___* - _ ` __ -'-¡:-: ‹- ._\;¡.- .‹g.|_¬'-¢._¬"-'- ¡¡__f Fonte: SFIF - Colec. Ministerio da Fazenda. Brasil. WW _ -_ ' E Intercâmbio com Minas r.__¡.-‹.'r' r_- _'__ _._:-._¶¡ _._ .._,__- . _ _ _-____-_”¡;I:_._,. ¬ ._,__._,__ ___ , _ i_..4._.íz_¬ -- _._ __ _________ __ “'----T-..:.:... ""` ¬"-' -~__ 'Í _... uma-1Inr"" I ¬n;- ' ~-_ . _._'__ _ ¬- _ 1 ` s I ' 9-.. _ _ ' . ' ' _ .U _ ¬. ¬ ' . __ _ -. 0:.” -. -'_' ` I ;' ; '¡'_'_ ' 1: _ _ _ _ -: . ‹z`-5'-T ' " ' ""\ ' I ¡› .L-."Í¡" 'iu .‹:."fl__;1l':*"` - 'TI :_ `-' _ __ __ -_ -'H-_ ' _ '.-.-z'-_T- - "r- -;-,~ __" À- , .1' . _ .¬ - _ ,' _-I- _ ; . __.;- .\,_. .__ _ -_-_,-». ._ _ -_ __ __. _ _. _ _ ¬ _ ks-`» '=í. `._- ' 'i'.7Ê'Í_Í"¿? -°°.' .¬- -. .-;/-`_ - T. väj' ..› _- , ._ Hp-¡. _r.-_ ._ .__\_ * E 'I.¡ 1-1 _ É “fiâ _., ¬" 0% - täwëf -==~ , I. *TL "-»-0 ` ' ' ' tPouco trodiçcro e problemas lourocrotlcos no fronterro en rc É A 1z;...._Henrique PaivaBelo Horizontes trocas comerciais entre a AArgentina e o Estado de Mi- nas Gerais, com um Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de US$ 60,05 bilhões em 1995, segun- do 0 Instituto Brasileiro de Ge- ografia e Estatística(IBGE), ainda estão aquém das potencialidades dos dois mercados. Depois de pas- sar por um período de crescimento acelerado, quando a corrente de co- mércio entre argentinos e mineiros saltou de US$ 296,38 milhões para US$ 748,02 milhões entre 1991 e 1993, o comércio bilateral entrou numa fase de acomodação. _ _ No ano passado, até outubro (da- dos mais recentes disponíveis na Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Indústria, Comércio e Turismo do Brasil), a corrente de comércio da Argentina com Minas Gerais somava US$ 531,50 mi- lhões, resultado de US$ 346,14 mi- lhões em exportações mineiras e de US$ 195,35 milhões em exporta- ções argentinas. Esse dado projeta um volume de US$ 650 milhões pa- ra todo o ano de 1996. Apesar do crescimento conside- rável do fluxo comercial entre a Ar- gentina e Minas Gerais desde a assi- natura-do Tratado de Assunção, em 1991, ainda persistem alguns empe- cilhos que travam o incremento dos negócios entre os dois mercados. Para detectar esses entraves, o Con- sulado da Argentina em Belo Hori- zonte fez, em dezembro do ano pas- sado, um levantamento detalhado do comércio bilateral, e chegou a resultados surpreendentes. Uma das principais conclusões foi a de que o comércio entre a Ar- gentina e Minas Gerais é, na reali- dade, até 50% maior do que apon- tam os dados oficiais. Essa diferen- ça, explica 0 cônsul geral da Argen- tina na capital mineira, Valdo Ama- deo Palmai, ocorre, principalmente, em função de asimportações minei- ras junto ao mercado argentino es- tarem subavaliadas. Palmai aponta que muitos canais de importação de Minas dependem de grandes grupos importadores de São Paulo. Por is- so, boa parte das mercadorias ar- gentinas consumidas em Minas Ge- rais é nacionalizada em São Paulo. O exemplo mais evidente desse processo ocorre com as grandes re- des de supermercados que operam no estado. Cadeias como 'o Carre- four, Bon Marché e Paes Mendonça - líderes de vendas em Minas Ge- rais - oferecem grandes volumes de produtos argentinos que não são contabilizados como sendo impor- tações mineiras, já que os Centros de Compras desses supermercados têm sede em São Paulo. “Além dis- so, o empresário mineiro ainda não tem tradição de comercialização di- reta com Argentina”, sustenta 0 cônsul argentino. A falta de tradição também existe no lado argentino. Os empresários do país, diz Palmai, ainda estão muito presos aos negócios com os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. “O empresário argentino ainda não se deu conta do potencial e da importân- . ¬ . . . _.. . ø .. -. . _ 'L 3' _5Í'l`\d«'-¡¡lI¿'1"i (em US$ mil FO ___¬_l'¿ _______________§__ _ _______,___ _ ¬- _ $,'_ __ Í I ,Nami 'f . Í Exportações argentinas par. ""*'f'f`¬Í'»'-'air-z ä IM'_ 300 - _£._'Ir _250 fu _.'_ .‹ 535-35if? 200 *H ~ f P. 15° - 100 :Í 50 .Í |__, 0 . 1991 1 992 1993 J-51'.- Fonte: Consulado da Argentina em Belo Horizonte cia do mercado mineiro”, frisa Pal- mai, que enviou à Fundação Exportar _ (órgão do govemo argentino de apoio ao comércio exterior) um rela- tório destacando a importância do mercado de Minas Gerais na expan- são das vendas extemas argentinas. A pouca tradição de negócios di- retos entre argentinos e mineiros não é a ún_ica barreira ã expansão das trocas bilaterais. O levantamen- to do consulado argentino também apurou que a emissão do Documen- to de Trânsito Aduaneiro (DTA) tem contribuído muito para travar o crescimento das exportações argen- tinas para Minas Gerais. A mercadoria irnportada da Argen- tina por via terrestre passa pela adua- na em Uruguaiana, que emite o DTA autorizando o trânsito dos produtos 199-2 _. n.:-..- ` --.í..-.zH".z-.wâi __âl.1-¬--- _... ff-1"-`"' n a argentina DE 10 A 16 DE MARÇO DE 199? - GAZETA MEFlCANTlL LATINO-AMERICANA I 17 -II- 'xiilr-W um 1____ míølfll' ..n wlƒflfih _- I ;. Í . ,1- ° (l I vom expcinsõo dos negócios bilciterclis _.- __,|:_ _.__! -_ _- __L_1‹ r__,_,._..-_r_,_ __.. _. _ l rcio Argentina-Minas Gerais ._ ,. ZÉ, 'Í-__'z'›_-___ :_-is; _=§{i`;¿_§§§z'_-z.L`;?...¿g' '_'¡}¬" -j‹_€:_ ._›_ê_'-fi af*-'; , '- Iz=L_ff'ÍÍ šz-_?__¡___` _ lllinas Gerais Importações argentinas de Minas Gerais i (em US$ mil FOB) i I-- me ; ¡ ._,z=§:i_=E¿-zf _ z -z ' . :_._:;:_‹ : ' ¬_,`___v ~ raw.-2*-:~šs›¿::_ ¡;__f¬$_;;.| ;.>\.___c- . :,_ '__ 3 _ 20° =êzãi,›, ;.›=,._.i_.;šãzâ;s í. ' .í ___== as»-z - . :i_ _; 100 -__ -z ¡,í-mim _ O 1995 1996' 1993 Walor até mês de outubro de 96. H 0 H em território brasileiro. Isso ocorre porque a maioria das empresas trans- portadoras da Argentina possui auto- jzação para operar no Brasil. Dessa forma, o transbordo é feito em Uru- guaiana, atrasando a entrega e encare- :endo o frete das mercadorias. Esse problema tem sido rotina iara a Brasminas Distribuidora, re- iresentante em Minas Gerais dos irodutos da Don Fidencio, empresa e Mendoza que produz azeitonas e oces. Os produtos importados pela `mpresa mineira da Argentina têm icado parado em Uruguaiana por D dias, em média, aguardando ali- eração do DTA. A falta de maior integração das :luana tem sido, na avaliação dos cnicos da Federação das Indústrias 3 Estado de Minas Gerais (Fie- _ mí- _ 1994 1995 1995* mig), um dos principais problemas ao processo de integração no Mer- cosul. O analista de Comércio Exte- rior da entidade, Alexandre Brito Santos, observa que o Regulamento Aduaneiro Unico ainda nem foi rati- ficado pelo Congresso brasileiro. Outra barreira ã expansão das tro- cas comerciais entre a Argentina e Minas Gerais apontada pelo Consu- lado argentino é o reduzido número de empresas autorizadas a operar no eixo rodoviário Argentina-Brasil. Atualmente, somente a Tora Trans- portes, Transportadora Latinoamé- rica e Fanny Transportes podem sair do armazém do exportador ar- gentino com o Manifesto Interna- cional de Carga (MIC) e com o DTA e cruzar a aduana de Uru- guaiana sem precisar parar. I í data banks. The service includes the principal information available on privatization, and have been suitably researched, edited, and classified. The information is easily consulted and quick to read. ' The service provided includes information researched by a team of joumalists from the “Gazeta Mercantil International Weekly”, and InvestNews' Real Time and On line services. The monthly “Panorama Setorial” on privatization includes information from the month of January on the following: . Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) . State Banks (Banerj, Credireal, Produban) .Gas and Petroleum (Petrobrás, Comgás, CEG) .Telecornmunications (CTBC, Telesp) z State-owned Companies (Railways, Highways, Ceagesp, Maracanã) . Stock Exchange Operations .Electric Energy The São Paulo System Cesp Eletropaulo CPFL Fumas/CEEElCemig/Cemat¡Cosern/Nacional Energética/ Ceron/Energipe/Enersul/Coelba This information service will be updated and published monthly. The studies may be purchased individually each month or via an annual subscription. The re- port is available in both English and Portuguese. Prices “Panorama Setorial” - Privatization Monthly edition..................................................................................... ..$ 175,00 Annual subscription (12 months) ....................................................... _.$`l .500,00 (For subscribers to the “Panorama Setorial”)_`.................................... ..$ 1.300,00 ! _ | - GAZETA NIERCANTI Ia Contacts: 'Buenos Aires: Elisabete Junqueira 1:- 374-0300. -' H ø Privatization The Gazeta Mercantil's “Panorama Setorial” division is launching a new month- ly information service on privatization in Brazil. The service is aimed at in- vestors, analysts, banks, consultants, businessmen, executives of t_he sector, and econornists. Serving as reference material, it is ideal for libraries, arquives, and _ I 16 n GAZETA 1_v1E1=1cANT||_ |_AT1No-AMEn1cANA e a DE 1o A 16 DE MARÇO DE 1997 _/;_)_/__7 ii 9' QIQ Ê» -vír- -II Hà UD je ”'w;_sz .;_.¡_ ilnaii~ -«HW " ...ff- 'GG eforma não traz ju tiça ocial Presidente do BID diz que mudanças na economia sao insuficientes para vencer desigualdades Yolanda Stein ' \ Fiio de Janeiro frente do Banco Interameri- cano de Desenvolvimento (BID) desde 1988, o cora- ção do uruguaio Enrique Iglesias bate mais forte pelo Mercosul. Mas sua conhecida habilidade política como mediador de conflitos - foi um dos articuladores da reunião ministerial que deu início à Rodada Uruguai do Gatt, hoje substituído pela OMC - não o deixa tomar par- tido na disputa entre Brasil e Esta- dos Un_idos em tomo da criação da Alca (Area de Livre Comércio das Américas). “Não há contradição e sim complementação entre as duas propostas”, conciliou. Iglesias,`que esteve no Rio de Ja- neiro, na semana passada, partici- pando do Seminário sobre Violên- cia Urbana, destacou em entrevista à Gazeta Mercantil Latino-Ame- ricana o papel social do banco. E admitiu que as reforrnas econômi- cas são condições necessárias, po- rém não suficientes, para que os países alcancem ajustiça social. Gazeta Mercantil Latino-Ame ricana - O Sr. concorda com a ava- liação feita pelo Banco Mundial, durante o seminário, de que a vio- lência causa prejuizos econômicos da ordem de US$ 7 bilhões por ano ao Brasil? E que o crescimento da América Latina seria 25% maior se não fosse a violência? Enrique Iglesias - A violência tem características dramáticas na América Latina, onde apresenta uma das mais altas taxas do mun- do. Os efeitos são muito fortes so- bre a economia, começando pelos custos de capitalƒisico,seguido dos custos humanos e sociais. O custo social e' muito grande, ge- rando uma destruição de institui- ções, de valores que permeiam to- da a sociedade, incluindo a des- truição do confiança nos valores democráticos, o que traz proble- .-...__-.,___1;_›`\Ll" 1 ._ . _ zJ“'§."_____` _ ,_\.`_ 1 __ v ¡< iilZi-, \ i 'Wi _E ef 'Íl”lz.`i -\___'~.`_ _`\f̀x, _ `-Ê??-':Ê.'-'¡.~',s.-.`0 JlniiJ °,.'°¿'.z.z,'_.ll...._. - 4-';4"' -1..,_ 0 / ' 3, ' Q Í / . »;à _., lfâxí./f _. í , .'^-Z -_ z '-|.-:¿ .n _; __ M :¡,,:. (._ _.-.*°×°e‹¬._.Í.ÍJ'-ÚJ___.!'If,. II'-'.'I'. 1LH:_,I ` ~I¢¿£;?$'Í:!'QLÉ ,'~¬ li' _ § Íl- { °°._- \- .: ¿uO¡.:`=¡' n I F / . - 9_' ...u.1..›._,_,,._.....,_-..' 1'¡'š?=T¿1`~1à--:-:-: _- z- - › .- = -_. _..__¿¡_::_1.:. _ _ _ ._._ _.. . 1 _._. ._. _ z eu '› › \ __ __ ‹' _ .° 5., . - .,. 0°; 'o" ":0:°.\,.'. . -0 zon' . z ' ' ." ' °°'o'›'0 .'._.- .. -:°,':'._ "":.:ø'~'¡ ' 0 ' . -- _* :Q 'Z'- '.-'-'-_='=°-:-'_ - -': ' ::=z1°. _ or.:.-:':z'::_~.z.:*_.' `-_'-I' I ' "" '_' ":_'o:::'c F ' '~'›'_'::I,'_'_^Ç_-'_--:~}. _- _- "-_'-_ "'.¡-2 ~, ¡ 'r`.TH:'~ -'.'°'.-' ' .'.".'.' - .__ _ -- -'." -.'.'-"" .l'`__J:|';;'¡.loo-_,.° _ › ~-____-_.-,- '-.' ..|___ °`›.z.z_-.T;f;,;-.,=.';.°.:.°='›i>_.-ms-\-1 5.'-'-'_z. 1;/3/^ '”-; ` 0% 'f~I°,'z-z'¢.i2i'_§_É: :':Ê_` _.1 _ '.,. ' -¿.›.- -.-. ._°- -.-- "_-_... “if ›“I'§"==.-Í-'_-f"~"Í:'.'« J 1 ` rt:-`.-:at-'_-_-'E--A I. 1 -. .o:¡_¡__|:¡, _Z', __ \_ -._ _; ›¡`u¡.o¡,¡_ _-_ .___. _ _ _?,-_._¡_._._¿_._¿_ó=_z.|;¡,'-_-_ fš~;¬~.,.l*,_‹,‹*,-_?_-_.~__¡z._t. _. - _, _ 'e›;o.:;q1_':¡ä|_T!_`_ ' . _-_.:,E_:›. _ :_::_ :..'\ ' .:___ ' _._' QQ 'hu .' . __t'-¿_- - '_ o.:.~_¬!:_'t. ';-'r'rÉ'z~1=..=.=z-¬z'-:¢=_1r A zz-. -“ '~'_'_.-_§¡r'_.z_=:_-_1j¡.¿z3_ _ 1”-_ 'z-_z`;: Í ¡ IU 1 >_ ..I _ / a .l '.'. gs. | - I - A IU' n._¡ _., u .--.1ø;_l` ¿-I',`|`›:* .:¡ ' ¡ '¿.J' _| - - I . urbf: :_-._`.: ur _ :|f'_'¡I›'_"_.' _I_\_ 0 1.¬~,'z -_¡*f -4 .qr I. '_ H; J __/ -1. ¡,_¡ Ok. Í' 27;,/5:Q __J"_ -vg* Wav'ii' "*"Í;*-tz-:,-.-:Q-«- Ê-.:.;\\I~,4¢.1,'_'-.=..-'É'-n?=úÚ~"1¡._¡.'r~"'a'.""_ 11"""17'¿-U--':¬Í."r~"'-.3¡:.__`__u,;._.~b_ 1;<=.-`'"̀° 1._1-__ 65'-=¡`:'~`.'.J5.'.¬Â2r 1:\«I -;.~,'-I,_-"'..Ã~' '-'¿\*"-'tê-.'z'.f-=t¬.t-s_."~¡¿›`¿.°"'-5'-'r;›*-7;.: 53.'-.:.?'.'š'.,2'Ê¡n"\. .ñf-z::_=_.Í'. .ã'Y'.'-o:,za_"fTI`1- ,-I'-'-1~.'«r faz"o 'A *rãPãuffi Í' P .Gil › "' ':¡`.:¡. __ ` ''**,í;t¢§z'l›âz‹- \` r *I ...\. _ .-. -- __ __ _ -_. _.`¡..1¡"I;~:?: _ _ .o:.°.;`~:\-.":':.'..›'*. ¡ -.b.f"`n.'°õ-Ê.:-l¡1›'¢'l 1 ,' 'i~.›.,,_. _ › . _,,› _._..-_ oi- I Ç, qo.: " ' -1 r -c›_' ͬz=-:-1~'= ar-ea _- Q i' Ifr.-*>:'. °. = 1° ---.--'-~-_--z-:_ -.-`z" .'~ J -zen z-j-.r-.-z.-_-z-2-_z¿:;;-_r_z¡§à I ' "'n\£. '_-.','¡-` , ';""_.': i_,I'_I_¡r_.|_? 1 . a' :in 0 1' '/"';A';.¡>¡Iv"..'_ll.l'í"* a 11' j. li ."Y-`>--.¬zI¡'.-'.f' ç I' ._.;r:_fÊ¡';1f.::','-3221 'I‹ 0;' -"24' 4-: z'1,=:'r;1“'1' : _ ^I `¡ JJ. ,{'- '.-lá _ J I :_|_.\ '_' '!_` (S -~ '. 1.» Í -`-. 'Q -^'. nl-._:"z'f-:~“zz =*ê°š€~.:-.-=' _ _ _ _ .st-_¡!==IzI-z z 2;- :1'-'-','à`:-'-.'-_:-.'-'-'=_- -'› . .fz ã'l1Í_4Í;'_ _”`||§`,_ §;'¶°"|:.:'::_:-_z_ I__'.' Zšcãã: .".' ` H _I_. :i' *.';fJ;,-_ ›‹,5r.- =-,,_›:.;..-..-.°_=._-_- 9 ._* ::=~:-- -_ _' -:_-:=_ ' -:- .rn . I uni." \..'›'-' -" _-'z - ° - .Í '..'” Í 0. z-g I¡\,'.'.1L' il .Y'-:_5 ¬.-›e›:':ä×,-_!;;.."-'âYÊ.'.`$:›`:-. :Ã.-.\-'bg-É-'-_' E=_Fl.\Í'\*Ê I:" \.,7,* \(š',Ê\s“ ,,* _-__ ¡`\¡. ,f . . . . I _ __r __,_______,§?f Q.rn__IYÍT ' -_.___:______¬:'\1%% '!'_¬'°¡-¿1'-¬ur1:-_z=‹:~¬.'-1 vrV1 __-P'-'*A.,_:-_iI _Ef1$‹_"if:, _- ¬..__:-.~sz_-<~;'zÊ-s~:~.~.r.;-.s`=.3.'~f..'52,_".,==;_ez-zz:~`*;-:-_-*-_./_?_=_-Ts*.`_rx.'i7!';¬,-_-,*,=' ¬' 'ss1L-:ÍE9 z _''Vsäo, /I/"/-/`t--' lu (10-___*___ ¿_')-`>.-,,Í_ __~f .`,fi‹E___¿._n._,`0 ‹:‹J*Q'0.~.T lu' .::_¡`¬I'\_5¡_.ç°t"_\_¬.¡_'\..'¡\"' __ ':`f¡_í"-'~'=.":"§,":¿,~,_'¡"':=""_''/fr'fz..'‹"Í'~r¬--Í-Í-*.Í7`i._1Y1:›!--.~t~!f'.=~z~-7"I"¬“?"V .~_"r":'¡. .;-:-':-'rÃ"."-Í""'Í.«z __.,_1°_..~,'¢;¬.š_š___‹:z§_-gh\ -_-Y`\.¿¡.`_. IxàI*Q"`.|~Í| -*\Z:l'”'i;¬`-'fzr \'\§\‹'l,-_¿;:z‹ ,_-סe-›-_~¬-›_S:z_ \̀ ~.(\Q;\F' \\\_\`\'>__ \'»‹\fas- , I ' 01-* ' \If.|:'{ I `|N O'U .-'.:f._-:_r~1~. ."‹°-" "K\\,_ /_"f\ Enrique Iglesias mas de ca rãter institucional. Em termos econômicos, os prejuizos recoem sobre os investimentos, que tendem ofugir dos paises com grandes indices de violência. Nes- te sentido, impressionou-me o tra- balho do Banco Mundial mostran- do que a Colômbia, por exemplo, perde 2% de seu produto o cada ano devido à violência. GMLA - Estatísticas mostram que as desigualdades sociais au- mentaram em vários países da América Latina após os planos de estabilização econômica. Qual se- ria o caminho para se alcançar, maior justiça social? Iglesias - Em alguns casos, as desigualdades aumentaram, mas em outros diminuíram, como no ' Uruguai e no Chile, onde se verlfi- caram reduções da pobreza criti- ca. Não podem serfeitas afirma- ções absolutas. Eu não conheço um sistema no mundo que parta da desordem macroeconômica. Isto não significo que a mera ordeno- ção -macroeconômica condu_za a soluções de temas sociais. E ne- cessário um Estado vigoroso, res- ponsável pelas políticas sociais, que, numa ação conjunta com o setorprivado, possa enfrentar a pobreza. As reformas econômicas são condições necessárias, porém não suficientes, para os países que buscam melhorias na área social. GMLA - O Sr. acredita que o modelo neoliberal é o mais indica- do para se chegar a essa sociedade mais justa na região? Iglesias - A definição de politica neoliberal e' muito ambigua. Eu prefiro falar de uma politica de economia de mercado com impli- cações sociais, que tenha forte conteúdo de ações sociais do tipo cornpensatório que permitam ace- lerar o processo de igualdade e de justiça social. GMLA - Com relação à integra- ção latino-americana, qual a posi- ção do BID quanto à formação de blocos regionais, como o Mercosul e_ 0 Nafta, e à formação da Alca (- Area de Livre Comércio das Amé- ricas), que está gerando conflitos entre Estados Unidos e Brasil? Iglesias - Considero muito posi- tiva e importante a criação do Mercosul. Aformação do bloco re- presenta uma grande coragem po- lítica que tem a ver_ com o retorno da democracia aos paises da re- gião. Creio que a combinoção des- sesfatores com iniciativas políti- cas comuns e reformas econômi- cas mais ou menos similares resul- nvtaram naformaçao de uma massa críticaque estáfazendo do Merco- sul um verdadeiro grupo econômi- co, poderoso e vigoroso. A Alca também e' uma realidade econômi- ca. Não há incompatibilidade en- tre o Mercosul e a Alca, mas com- plementação. Os dois blocos deve- rão correr deforma paralelo. GMLA - Quais as prioridades do BID no sentido de reduzir os ín- dices de violência na região? Iglesias - Hd diferentes instru- mentos que estãfl sendo mobiliza- dos. Um deles é o ataque à pobre- za, com o melhoramento dos con- dições de vida nas cidades, espe- cialmente nasfavelas. Em todos os países latino-americanos, temos projetos de apoio nos bairros. Nes- se seminário sobre a violência, te- mos discutido experiências impor- tantes, em que se destaca a partici- pação ativa das comunidades. GMLA - De quanto o BID dis- põe para frnanciamentos, este ano, no Brasil? Iglesias - Serão aplicados re- cursos entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões em diversos áreas, como infra-estrutura, saneamento, re- forma do Estado, saúde e educa- ção. A grande prioridade e' para os setores sociais. GMLA - O BID começou, no ano passado, a financiar também a iniciativa privada. Por que essa mudança de estratégia e como ela se desenvolve? Iglesias - Porque tem havido uma mudança fundamental nosfl- nanciamentos para a América la- tina, e essas mudanças' têm a ver com ofoto de que as correntes do- minantes são as privadas, o gros- so dos financiamentos, cerco de 70%, dos recursos para a Arnérica Latina vêm por canais privados. Então, e' importante que o banco procure absorver essa realidade, trabalhar com o setor privado e criar condiçõesfovordveis para investimentos, especialmente na drea de infra-estrutura, onde há grandenecessidade de recursos. GMLA - Qual a proporção de recursos do BID que está sendo di- rigida para o setor privado? Iglesias - Atualmente, são 5% do total dos empréstimos realiza- dospor ano, cerca de US$ 350 mi- lhões. Mas, com esses US$ 350 mi- lhões, atraimos cerca de US$ 2 bi- lhões nos últimos l8 meses. Isso porque cada dólar que o banco in- veste no setor privado mobiliza outros cinco dólares. GMLA - Qual o peso das obras sociais no âmbito do BID e quais as perspectivas para o ano 2000? Iglesiqs - Do_ ponto de vista econômico, creio que a Américo Latino está-num bom caminho. Acreditamos que o crescimento regional serd sólido e sustentado, acima de 5%. Cremos que o tema social começa a ter soluções, sen- do necessário maior insistência para se conseguir uma resposta mais rápido. Mas, em termos ge- rais, poderia dizer que a Américo Latina aprendeu a crescer, está aprendendo a ganhar em eficiên- cia econômico, mas tem quefazer muito mais para ganhar em efi- ciência social. I ,I 7 fíff ~ - - . - - -Q - 1-..-__ -_ nn -. Image-1? __.f%.- fzf.._.._..f¬_. _._m_,_.,_,_k_ ---......f.-.-fz a--a- -af; ""'r_.fÇp--|-lí-..--', ` | . H \ I \ 'I ' I I E DE 10 A 16 DE MARÇO DE 199? IS GAZETA MERCANTIL LATINO-AMERICANA I 19 Renata Ferreira São Paulo om a criação do Mercosul, a C ameaça representada pelo dumping passou a rondar com muito mais freqüência as em- presas dos países componentes do bloco, afimiou a professora Lígia Maura Costa, doutora em Direito pela Universidade de Paris-X, “vi- siting scholar” na University of Michigan Law School e professo- ra da Escola de Administração de Empresas, da Fundação Getúlio Vargas. “E preciso uma lei unifor- me para regulamentar amatéria, mas apenas isso não basta. É claro que há necessidade de uma harmo- nização legislativa, porém temos que saber como essa lei será apli- cada. Isso só vai ser feito, de modo eficaz, através da criação de um tribunal supranacional. Mas uma lei uniforme é melhor do que na- da”, observa. Segundo Maristela Basso, pro- fessora de Direito Internacional da Faculdade de Direito da Uni- versidade de São Paulo (USP) e consultora do escritório Baptista, Carvalho Tess e Hesketh Advoga- dos, no Mercosul, não houve ain- da um caso concluído que possa ser caracterizado 'como dumping. O que ocorreu foi uma questão en- tre a indústria de celulose argenti- nvestigação de dumping no Mercosul Professorci defende tribunal suprcinciciondl pdrci resolver próticdsçdesledis de comercio no bloco M *T U I na e o govemo brasileiro, ano pas- sado, eii_.\¿_olvendo du__ri;ip,íf¡-gf-¡:{¡ÍeS de ficar caÍ'a'6£$fiÊ-:ado o dumping, a Argentina voltou atrás e nego- ciou com o Brasil. _ Outras controvérsias tiveram as investigações apenas iniciadas co- mo determinados tecidos, chapas de aço e pneumáticos para bicicle- tas. Há, também, os que se encon- tram em fase de investigação, co- mo medidores de energia elétrica, ferro manganês e cabos de alumí- nio (Revista de Negócios do Mer- cosul, Fecesp, n°. 28, pp 9/10). O dumping pode ser definido como a presença significativa, dentro de um país, de produtos es- trangeiros a um valor inferior ao praticado- pelo mercado local, de forma que as indústrias do país im- Maciel quer fortalecer mediação e arbitragem Carlos Alberto Júnior Brasília vice-presidente brasileiro, O Marco Maciel, defendeu o fortalecimento dos institutos de arbitragem e mediação no Merco- sul e colocou-se contra a criação de tribunais suprariacionais para regular o assunto. “Não sei se um tribunal supranacional não pode, no futuro, ser algo inconveniente e desaconse- lhável para o Mercosul”, disse. No seminário sobre arbitragem e defesa da concorrência de que par- ticipou, no Conselho Administrati- vo de Defesa Econômica (Cade), Maciel reiterou a necessidade de regras claras para regular o desen- volvimento econômico e as rela- ções comerciais. Para ele, as arbi- tragens são a melhor forma de re- solver eventuais conflitos no bloco. Quando era senador da Repúbli- ca, Maciel enviou ao Congresso o projeto de lei que permitiu a cria- ção da Lei n° 9.307, que dispõe so- bre arbitragem. Segundo ele, o Brasil ainda tem uma presença tí- mida no cenário intemacional, que pode melhorar com a correta apli- cação da nova lei de arbitragem. “A lei pode vir a ter um papel no processo de globalização e de inserção do Brasil na economia internacional. Considero este um desafio para o Cade”, afirmou. O vice-presidente também evi- denciou sua preocupação com a possibilidade de a lei de arbitragens ter seus objetivos desvirtuados. Maciel destacou que o Brasil nunca teve nem pretende exer- cer liderança regional, mas pode ter “certo protagonismo nasre- lações comerciais na região”. A lei de arbitragem, explicou, tem o grande mérito de desconges- tionar o Judiciário e dar maior agilidade à solução dos casos. O vice-presidente foi surpreendi- do pela informação do presiden- te do Cade, Gesner Oliveira, de que há processos não resolvidos que se arrastam pelo órgão há dez anos. Desde a aprovação do protocolo de Defesa da Concorrência, em Fortaleza, os órgãos técnicos dos quatro países têm-se empenhado para acelerar sua intemalização e estabelecer uma agenda de traba- lho conjunta sobre o assunto. I É -3 cular não tem livre acesso para solucionar as controvérsias co- merciais que eventualmente possam surgir”, adverte a pro- fessora Lígia Costa. “O único meio acessível para o particular ofendido agir é através de repre- sentação do respectivo Estado- parte”, conclui. No Brasil, a Lei 9.019, de 30 de março de 1995, implementou os direitos antidumping. Basica- mente, a lei pode ser aplicada às importações de mercadorias que f "'“"--~-..¬...____,__¬________ '_ *_ _ foramxsubmetidas a uma investi- mumrfilg eu Estado de residencia a ao -desde ue seia determina- M _ É ç iii- . _ q J I i ou de estabel o&ílurante o processo investiga portador sejam prejudicadas pela' competitividade. “A simples ex- portação de produtos a preços mais baixos não caracteriza o dumping e, portanto, não justifica a aplicação de medidas para conter a operação comercial. A alegação precisa estar fundamentada numa relação direta entre as importações e o prejuízo às empresas do país importador”, alerta a professora Lígia Costa. A questão fundamental, dentro dessa polêmica, de acordo com ela, é saber como podem ser resol- vidos os problemas de práticas desleais de comércio entre particu- lares e estados-membros do Mer- cosul. É necessária a formalização de uma queixa do particular peran- te a seção do Grupo Mercado Co- Ameaça à integraçao meiro momento, essa queixa ten- tará ser resolvida entre as seções nacionais do Grupo Mercado Co- mum. Caso não seja possível, a queixa será encaminhada ao Gru- po Mercado Comum do Mercosul, que poderá, ao seu livre arbítrio, aceitar ou não a reclamação. Em caso de aceitação, o Grupo Merca- do Comum nomeará um grupo de peritos para dar um parecer a res- peito. Se 0 grupo de peritos consi- derar procedente a reclamação, o Estado-parte reclamante pode en- tão partir para o procedimento ar- bitral, nos termos do Protocolo de Brasília, para solução de contro- vérsias entre estados-partes. “Como se pode notar, o parti- tório, uma margem de dumping que esteja causando ou amea- çando causar prejuízo à indústria doméstica. Nostermos do Gatt- 94 (Acordo Geral Sobre Tarifas e Comércio), são consideradas desprezíveis as margens_de dum- ping inferiores a 2% do preço de exportação. Outro parâmetro que impossibi- lita a queixa antidumping de pros- perar é o volume de importações a preço de dumping. Tem que ser constatado que.esse volume atinge 3% das importações de produtos similares. Mais um detalhe impor- tante: uma ação antidumping pre- cisa representar pelo menos 50% da indústria doméstica. I :U Porldrid sobre alimentos violci normcis advogada Adriana Noemi A Pucci, do escritório Baptis- ta, Carvalho Tess e Hesketh Advogados, considera a portaria que obriga o controle do carrega- mento de qualquer alimento, antes de sua entrada no Brasil, uma viola-
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