Buscar

Criptococose: Micose Sistêmica Grave

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

Criptococ�s� (Torul�s�)
● Micose sistêmica
● Potencialmente grave
● Geralmente oportunista, grande
frequência em indivíduos
imunocomprometidos, mas
exclusiva destes, sendo
também verificada em
pacientes imunocompetentes.
● Acometimento passível de
vários órgãos, possível trópico
pelo Snc (meningoencefalite é a
forma mais grave) → existência
de compostos fenólicos que ele
usa para produzir melanina (por
isso tem tropismo pelo SNC)
● evolução subaguda/ crônica
OBS: Cryptococcus
Neoformans -
imunossupressão, distribuição
mundial
Cryptococcus Gatti -
imunocompetência. Pacientes
com sistema imune lesado.
Prevalente em áreas tropicais e
subtropicais
Fatores de virulencia (de
proteção p o fungo)
● Cápsula
mucopolissacaridica
(glicuronoxilomanana-
GXM)--> na natureza,
impede a desidratação.
No hospedeiro inibe a
fagocitose (faz com que
a quimiotaxia seja
diminuída e o sistema
complemento fique
deprimido. A Cápsula
induz o aumento da
IL10)
● LEVEDURA É FORMA
ASSEXUADA DO
FUNGO. MAS ELE TEM
FASE REPRODUÇÃO
SEXUADA
(BASIDIÓSPOROS QUE
FUNCIONAM COMO
PARTÍCULAS
INFECTANTES).
● LEVEDURAS TÊM A
CÁPSULA.
● Exceções de produtos
extracelular:
1. Urease - na natureza,
importante para o
crescimento do fungo.
No hospedeiro entre
outras coisas facilita a
entrada no snc
2. Lacase- melanina: na
natureza protege contra
a radiação UV. No
hospedeiro a melanina
protege contra a ação
ação radicais livres
liberados durante a
elaboração da resposta
imune. (Fenoloxidase)
3. Fosfolipase- aumenta
a adesão ao tecido
epitelial pulmonar e
facilita a disseminação
lif/sang (promove a lise
da célula)
4. Termotolerância →
melanina protege o
fungo da fagocitose.
Inativa as substâncias
microbicidas. → A
amônia altera o endotélio
da BHe, facilitando a
penetração do fungo no
SNC.
Ecoepidemiologia → no
solo, nas fezes secas
principalmente dos
pombos (rico em material
com nitrogênio que
funciona como alimento
pro fungo) → árvores
ocas O Gatti está
relacionado a madeiras
em decomposição,
principalmente
eucaliptos. C. N e C.
Gatti podem ocupar o
mesmo nicho ecológico,
relacionado a madeira
em decomposição.
Fisiopatologia
3 vias de transmissão
1. Inoculação direta
2. Respiratória
(basidiósporos-
fase sexuada e
leveduras-assexu
ada)
3. Transporte de
órgão
contaminado:
levedura é mais
patogênica →
fungo tem
capacidade de
sobreviver dentro
dos macrofagos.
Colonização após
entrar em contato
com a via
respiratória. A
resposta final do
quadro infeccioso
depende da cepa
e do sistema
imune do
hospedeiro.
Manifestações clínicas
1. Cutânea primária → Inoculacao
traumática
2. Criptococose pulmonar regressiva
→ assintomática, maioria dos casos.
Nódulos não calcificados.
3. Criptococose pulmonar progressiva
→ estado gripal até tuberculose
4. Outras localizações: pálpebra,
próstata, tecido ósseo
5. Criptococose disseminada -
neurocriptococose e
meningoencefalite (principal
manifestacao) → não existe uma
apresentação típica de Criptococose.
Podem apresentar diversas formas
(úlcera, asneiras, veiculares, abcesso,
celulite)
Fatores predisponentes
● Infecção HIV
● Neoplasia
● Diabetes mellitus
● Doenças relacionadas a auto
imunidade
● Tratamento imunossupressivo
Obs: Quando o fungo alcança o
SNC?
Mecanismo de invasão do SNC
1. Cavalo de troia
2. Invasão paracelular (fungo produz
amônia que altera as características
da BHE)
3. infecção infecção endotélio
microvascular cerebral (ácido
hialurônico se liga a molécula
expressa no endotélio lumeal (forma
complexo CD44-cápsula) e internaliza
o fungo)
Quadro clínico da meningoencefalite
1. Cefaleia, náuseas, vômitos,
alteração do estado de despertar e do
conteúdo de consciência.
2. Declínio cognitivo progressivo
3. Cefaleia abrupta Pseudocistos
gelatinosos (outra forma de
manifestação)
Diagnóstico
1. Laboratorial (material biológico) →
escarro, LBA → liquor → biópsia →
sangue → urina
2. Exame direto → observação de
levedura capsulada com a utilização
de tinta Nanquim para a acentuação
de contraste. → arredondadas →
depende de carga fúngica. → a
presença de leveduras encapsulados
é importante mesmo na ausência de
sintomas clínicos
3. Histopatológico → amostras
coletadas de tecidos lesionados →
Pas, GMS, HE → mucicarmim cora a
Cápsula → algumas cepas mutantes
nao tem Cápsula
4. Cultura → meios de cultura agar
sabouraud, mycosei, Níger.
Crescimento entre 48h-72h →
colônias translúcidas, meio aveludada.
Aspecto de leite condensado.
5. Teste sorológico → fluidos
corporais, soro,LCR, urina → prova a
existência do antígeno da Cápsula. →
aglutinação em látex (detecta
presença de antígeno Cápsula GXM)
→ imunoensaio : ELISA (não depende
da carga fúngica) 6. Teste moleculares
→ PCR Diferenciação entre CN e Cg.
(Gatti utiliza a glicina, reduz a amônia
e alcaliniza o meio, adquirindo cor
azul.)
→ É importante diferenciar para
questões epidemiológicas e fatores de
virulência.
→ A melanina do fungo faz ele se
livrar da ação de alguns antifúngicos.
Tratamento
1. Anfotericina
2. Fluconazol (passagem mais fácil
pela BHE, para casos encefálicos)
Prevenção
● Não existem medidas específicas,
porém, sugere-se:
→ utilização de equipamentos de
proteção individual, quando em
limpeza de galpões/criadouros de
aves.
→ controle populacional de pombos
→ ações comunitárias de educação