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910 OS CONCEITOS DE MORAL E ÉTICA E A IMPORTÂNCIA DESSA COMPREENSÃO DOCENTE NO CONTEXTO EDUCACIONAL Tássia Fernandes Ferreira Mestranda em Educação Brasileira na Universidade Federal do Ceará tassiaffer@gmail.com Francisco Ari de Andrade Professor da Faculade de Educação da Universidade Federal do Ceará francisco.andrade@ufc.br RESUMO No presente artigo objetivamos apresentar os conceitos dos termos moral e ética, comumente utilizados no contexto educacional e, em especial, no ambiente escolar, e confundidos por professores e profissionais deste ambiente. Pretendemos aclarar esses conceitos, estabelecendo as diferenças entre eles, a fim de facilitar o trabalho pedagógico dos professores que reconhecem a importância de uma educação pautada nas dimensões da ética e da moral, mas que não atentam para sua etimologia. É relevante fazer a diferenciação dos termos aqui mencionados, devido à confusão conceitual que constantemente verificamos, o que interfere na compreensão do professor e, consequentemente, na formação que dispensa a seus alunos. Neste trabalho bibliográfico apresentamos as definições dos dois termos supracitados, assim como as de determinados vocábulos derivados da palavra moral, também, por vezes, utilizados com equívoco, não só por profissionais da educação, mas pela sociedade, de forma mais geral. Temos como base teórica as perspectivas de autores contemporâneos do ramo acadêmico e também professores universitários, como Cortella (2013, 2013a), La Taille (2005; 2006; 2013), Amorim Neto e Rosito (2009), os quais explanam de forma simplificada a diferença entre moral e ética, sem se distanciar da área educacional. Consideramos que este trabalho possa contribuir para sanar possíveis dúvidas referentes à temática aqui abordada, à medida que tece considerações do referido assunto no contexto social e escolar contemporâneo. A escola pode e deve ser local de formação moral e ética, mas para que isso seja possível é necessário, no mínimo, a atenção docente ao significado dos termos que circundam essa formação. Palavras-Chave: Moral. Ética. Educação. INTRODUÇÃO Neste artigo, objetivamos apresentar os conceitos dos termos moral e ética, os quais, apesar de muito presentes no contexto educacional, são comumente utilizados de forma equivocada por profissionais deste contexto, em especial, pelos professores, agentes principais do processo de ensino-aprendizagem, o que consideramos trazer prejuízos à formação discente. Amorim Neto e Rosito (2009) ressaltam a importância dos valores éticos e morais, devido à compreensão que se faz necessária da diversidade dos modos de agir, de pensar, de ser, dos seres humanos. Para o bom funcionamento das relações humanas, de maneira geral, e para a maior possibilidade de uma formação discente eficaz, dentro dessa perspectiva, é fundamental a compreensão dos termos que envolvem esses valores. 911 A proximidade entre os termos moral e ética justifica-se pelo fato de o primeiro ter sido herdado do latim e o segundo do grego. É, possivelmente, devido a este fato e à relação que os dois termos têm entre si, que os mesmos são constantemente confundidos, sendo, inclusive, tidos como iguais por alguns autores. Todavia, por acreditarmos na perspectiva de outros autores, bastante coerentes na diferenciação desses termos, apesar da (inevitável) associação entre eles, pretendemos nos debruçar sobre seus conceitos, buscando uma forma simplificada de aclarar sua compreensão. Utilizamo-nos da afirmação de Santos (2004, p. 21) quando observa que “é certo que existem inúmeros modelos teóricos de ética e moral. Aliás, o uso no meio acadêmico varia bastante. Isto, inclusive, pode ser uma dificuldade para o desenvolvimento de algumas pesquisas acadêmicas que abordam o tema”. Considerando tal observação, dentro dos limites deste artigo, e por ocasião de nossa formação profissional, nosso foco será direcionado para a perspectiva educacional. CONFUSÃO CONCEITUAL Ainda que não faça parte dos nossos objetivos a análise das definições registradas nos dicionários, optamos por apresentar as definições expressas no Dicionário Escolar da Língua Portuguesa1, para que o leitor possa, antes de entrarmos na perspectiva dos autores selecionados para compor nossa base teórica, observar a proximidade entre os dois termos, ainda que tenhamos grifado os trechos que melhor se encaixam na nossa discussão: Ética. s.f. 1. (Fil.) Estudo dos valores e normas que permeiam a conduta humana dentro da vida prática. 2. (Fil.) Conjunto desses valores e normas. (2008, p. 555). Moral. adj.1.Relativo aos bons costumes: valores morais. 2. Pertencente ao domínio do espírito, da consciência, por oposição ao físico e material: sofrimento moral. 3. Que segue as regras de conduta socialmente aceitas, correto, austero, ético: atitude moral. 4. Que encerra uma lição, que ensina e educa; edificante: fábula moral. S.m. 5. Conjunto dos valores morais de uma pessoa ou grupo: Aquela gente preza o moral mais que tudo. 6. Disposição de espírito, de ânimo: O médico procurou levantar o moral do paciente. 7. Espírito de luta diante de dificuldades e perigos; brio, energia, coragem: O comandante exaltou o moral da tropa antes do combate. Sf. 8. (Fil.) Parte da filosofia que estabelece as regras de conduta, fundadas na noção do bem e do mal. 9. Conjunto dos princípios normativos do comportamento de um grupo social ou de uma sociedade: moral burguesa, moral 1 Optamos pelo uso de um dicionário de Língua Portuguesa, em lugar de um da área da Filosofia, pelo fato deste ser mais comumente utilizado pelos professores quando se sentem em dúvida quanto ao significado de vocábulos, em geral. 912 cristã. 10. Ensinamento ou lição que e tira de um fato real ou de uma obra de ficção: E esta é a moral da história. 11. coloq. Pretensão de importância ou prestígio diante de outro(s): Achou-se cheio de moral por ter sido promovido2 (ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, 2008, p. 877). Em sua etimologia, o termo moral, deriva-se do latim moralis e quer dizer “relativo aos costumes”. Surgiu, na verdade, na tentativa de tradução da palavra grega ethos, que significa hábito, motivo inicial pelo qual são consideradas sinônimos. Ética, portanto, é um conjunto de valores e princípios que, segundo o filósofo e professor Mário Sérgio Cortella, usamos para decidir as três grandes questões da vida: “Quero?, Devo?, Posso?”, ainda que, segundo ele, existam coisas que queremos, mas não devemos, outras que devemos, mas não podemos e ainda as que podemos, mas não queremos. De acordo com tal perspectiva, faz-se possível o alcance da paz interior, também conhecida como paz de espírito, quando o que queremos é o que podemos e devemos (CORTELLA, 2013a). O filósofo explica que essas questões são definidas por nós através de ensinamentos e também das normatizações sociais, que, mesmo que mudem, deixam os costumes. Cita, como exemplo, a postura que, geralmente, temos em ambientes fechados como auditórios, locais estes onde, antigamente, era fundamental que houvesse uma placa com o aviso “não fumar” e hoje em dia já não é tão necessário, uma vez que essa postura já foi introjetada por nós, enquanto sociedade. Ética vem a ser, desta forma, a teoria que dá sustentação às nossas ações, enquanto moral vem a ser a prática desta teoria, ou seja, nessa concepção, moral pode ser compreendida como o conjunto de nossas ações, baseado no conjunto de nossas crenças e valores. O professor universitário, pesquisador e especialista nos estudos dessa temática, Yves de La Taille (2006), para facilitar a compreensão acerca desses dois termos, fez uso de perguntas existenciais, na tentativa de melhor explicá-los, a saber: “Como devo agir?”; “Que vida eu quero viver?”. A pergunta a ser feitapara a compreensão de moral é a primeira: “Como devo agir?”, pelo fato de que moral está diretamente relacionada aos deveres. Ele afirma que a moralidade se expressa no ser humano a partir do sentimento que este tem de obrigatoriedade, mesmo quando não há leis que o obriguem a agir. Outrossim, nos lembra ainda que há grande 2 Grifos nossos 913 variação entre o que é aceito ou não em uma sociedade, visto que a moral atinge a grupos específicos, enquanto a ética atinge todos, em sentido mais universal. Ademais, o sentimento de obrigatoriedade é fundamental para a conduta ética do ser humano, como forma de garantia pessoal da moralidade, para que este não aja de forma ética somente quando há risco de punição. Este sentimento funciona como uma autoimposição, na tentativa de agradar ou atender o que as pessoas, enquanto integrantes de uma sociedade, esperam umas das outras. Todavia, o fato de sentir-se obrigado a algo não garante ao indivíduo saber qual a melhor decisão a tomar, a melhor forma de agir, logo, o mesmo é “moralmente mais sofisticado” (AMORIM NETO; ROSITO, 2009, p. 31) quando permite-se questionar de onde vêm as regras que está seguindo, em vez de, simplesmente, segui-las cegamente, por sentir-se preso a um dever que se autoimpôs, no ímpeto de ser bem visto. Para além dessas questões morais, portanto, é necessário proceder eticamente. Por sua vez, La Taille utiliza-se da pergunta “Que vida eu quero viver?” para explicar a ética. A escolha por esta pergunta deve-se ao fato da ética estar relacionada à busca da felicidade, à busca do tipo de vida ideal, capaz de ter sentido, que valha a pena ser vivida. Todavia, afirma o autor, pelo fato de a felicidade estar ligada às interpretações pessoais de cada ser humano, assim como aos diferentes sentidos que estes dão às suas vidas, surge uma outra pergunta: “Para que viver?”, cuja busca é bem mais difícil e conflituosa, pelo fato de que, na contemporaneidade, muitas são as notícias de pessoas que desistem da vida por não conseguirem se desviar do vazio existencial que as acometem, independente de sua condição social. Ademais, como afirmam Amorim Neto e Rosito (2009, p. 35), “pode-se dizer que os dois planos [moral e ético] são inseparáveis e complementares, porque é difícil falar de vida boa sem falar dos deveres em relação a isso”. Sobre essa complementaridade, gostaríamos de ressaltar, apoiando-nos nas palavras de La Taille (2011), a importância da ética para entendermos a nossa postura frente às regras morais. Segundo ele, Para entender o processo que leva uma pessoa a respeitar determinados princípios e regras morais, é preciso conhecer sua perspectiva ética. Portanto, a questão ética é crucial, e quando há uma falta de sentido para a vida, a dimensão moral e, portanto, as ações morais também entram em crise (LA TAILLE, 2011, p. 9). 914 No entanto, devido à proximidade conceitual entre moral e ética e, possivelmente, essa interdependência, atribui-se, por vezes, uma relação exagerada entre os dois, a ponto de acarretar numa fusão confusa das duas definições, ocasionando uma distorção no sentido da moral, principalmente. Em entrevista concedida à revista Direcional Escolas, no ano de 2005, o referido autor definiu perfeitamente esse “erro nacional” no entendimento da palavra moral, que, como não poderia deixar de ser, traz sérios danos à educação: O Brasil tem uma história bem específica a esse respeito. A famosa matéria de Educação Moral e Cívica, imposta pela Ditadura Militar, foi uma matéria malvista, inclusive se associando à moral e ao civismo um valor negativo, o que é uma pena, porque moral e civismo são coisas importantes. Isso aconteceu nos anos 1960/1970, quando a juventude se rebelou contra determinadas normas. Sem dúvida nenhuma, há um medo de voltar à Educação Moral e Cívica, medo de ser autoritário, mas que não está dando certo. Esse medo criou o medo de entrar na sala de aula e de enfrentar os alunos. Jogaram fora a matéria que era muito ruim, mas hoje todo mundo se queixa de incivilidade. [...] O grande discurso costuma ser o de que a culpa é da família. É claro que a família tem muita responsabilidade, mas não adianta culpar a família. Isso é muito fácil. (LA TAILLE, 2005). Ademais, o autor acredita também em outra explicação para a preferência pelo termo ética, ainda quando melhor se adequaria o termo moral. Trata-se do fato de que falar em ética é, para a sociedade, sinal de cultura, de intelectualidade, passando a ideia de elegância. O autor diz ainda na entrevista: “A palavra ética tem um sentido mais corrente, ‘pega’ melhor do que a palavra moral, dentro da educação. Moral tem um sentido normativo [...]. Vejo que a demanda do público é por normas” (LA TAILLE, 2005). Entre outros motivos, pelo fato dos seguimentos políticos e educacionais do país terem se referido ao termo moral, ao longo dos anos, como sendo sinônimo de moralismo3 (no sentido depreciativo, referindo-se ao tipo de pessoa que sempre vigia os passos dos outros e os critica de forma pesada e inflexível), toda a distorção existente acerca dos dois termos, obscurece o real sentido de seus significados e os benefícios que cada um pode trazer à formação do aluno. Outra confusão semântica que constantemente observamos ocorre entre as palavras amoral e imoral, as quais têm sido erroneamente utilizadas para designar uma pessoa que não tem moral ou ética. Na verdade, os dois termos estão relacionados a questões morais, porém 3 Segundo dicionário: S.m.: Tendência a privilegiar a moralidade sobre outros valores humanos, o que pode levar muitas vezes à intransigência, à intolerância ou até mesmo ao fanatismo (ver referências). 915 em muito diferem entre si, uma vez que amoral refere-se a uma pessoa que não tem senso moral, não apresenta capacidade de escolher ou julgar o que é certo ou errado, como, por exemplo, uma criança pequena ou alguém que sofre de insanidade mental. Por sua vez, imoral diz respeito ao indivíduo que vai de encontro à moral, lembrando que esta, diferente da ética (que tem a tentativa de ser universal), é relativa, pois varia de cultura para cultura. Um exemplo simples é o fato da moral da cultura católica defender a monogamia, de forma que ser poligâmico é tido como completamente imoral, quando, em contrapartida, é algo perfeitamente moral para os muçulmanos, adeptos do islamismo. Por fim, ressaltamos ainda, não existe ninguém sem ética, o que existe são pessoas antiéticas (CORTELLA, 2013a), aquelas que vão de encontro à ética socialmente considerada “válida”, como facilmente encontramos na política e em outras instâncias, diariamente. Por outro lado, para além do receio de ser mal entendido ao se utilizar da palavra moral, há ainda o uso errôneo dos dois termos por desconhecimento de seu real significado, como podemos observar logo abaixo, na fala de La Taille quando, ao ser questionado por Cortella, no livro Os labirintos da Moral (2013)4, sobre o que pensa a respeito da grande preocupação contemporânea social concernente a questões morais e éticas e aos valores a estas referentes, diz que, em sua experiência relativa à educação, em específico, O que se vê é uma preocupação com valores derivada, na verdade, de uma queixa de comportamento, ou seja, geralmente ligada a aspectos disciplinares e de respeito. Não se trata da preocupação ética com a formação do cidadão, mas de resolver problemas objetivos, concretos (em realidade, talvez muitas vezes fantasiados, mas que são considerados ‘objetivos’ por parte dos professores) [...] (LA TAILLE, 2013, p. 8). Destacamos este trecho da fala do autor porque nele vemos claramente o comum equívoco que circunda a utilização dessas palavras no contexto educacional. Asqueixas corriqueiras a que o autor se refere são provenientes de determinadas condutas discentes, no ambiente escolar, as quais geram preocupações docentes, devido a problemas objetivos ou não, mas que nada têm a ver com a formação da cidadania, com a dimensão ética do processo de aprendizagem do aluno, muito embora os professores acreditem, em suas queixas, que estejam trabalhando na perspectiva de tal dimensão. Consideramos que esse tipo de equívoco, apesar de parecer trivial, contribui negativamente para o avanço da formação cidadã na escola, na medida em que limita as ações 4 Livro pertencente à coletânea Papirus Debates, da editora Papirus 7 Mares (ver referências). 916 do professor com vistas a esse avanço. Isto porque se o professor, em seu desacerto conceitual, acredita estar trabalhando a dimensão ética da formação do aluno quando, na verdade, está trabalhando apenas questões disciplinares, temos, inevitavelmente, uma lacuna nessa formação. A própria moral, ainda que se aproxime mais das regras de conduta, deve ser entendida e trabalhada numa conjuntura para além da relação aluno e disciplina. Ambas as dimensões englobam questões maiores e mais fundamentais do que a resolução imediata de problemas concretos, muitas vezes inerentes ao ambiente da sala de aula, ou seja, abrangem questões que vão além de lamúrias alusivas a comportamentos que não atendem às expectativas do que, comumente, se tem como bom aluno. É essencial que no contexto educacional atente-se para “a importância de nomear corretamente todos os processos e conteúdos educativos, evitando a substituição errônea do termo moral pelo termo ética, o que tem implicado a extinção da palavra moral, assim como o empobrecimento da palavra ética” (AMORIM NETO; ROSITO, 2009. p. 113). CONSIDERAÇÕES FINAIS Longe da intenção de tomar por encerrada a discussão aqui proposta, mas com vistas a suscitar o debate acerca da importância do bom entendimento dos termos moral e ética, admitimos, enquanto professores, que esse entendimento permeia os caminhos que levam a um bom trabalho docente, na medida em que “a extinção do termo moral implica o mau uso da palavra ética, uma vez que, ao substituirmos um por outro, fazemos com que nossos projetos educativos percam de vista a dimensão da busca de uma vida feliz, que possa sustentar e dar sentido ao trabalho docente”. (AMORIM NETO; ROSITO, 2009, p. 113-114). É fundamental que os professores, conheçam e entendam os conceitos apresentados acima para que possam contribuir para a educação e a formação cidadã de seus alunos, inserindo-os num contexto ético e moral, visando uma formação discente que ultrapasse a ideia de “obediência às regras”, “disciplina”, e até mesmo “submissão”, tão comum na escola básica. Admitimos a necessidade do contato do aluno com as regras, desde o início da vida escolar, e acreditamos na eficiência desse contato para o processo de construção de suas consciências quanto à importância das mesmas, mas o ato de segui-las não deve se dar isoladamente, sem a reflexão e sem a compreensão do porquê disso. Como apontam os 917 autores supracitados, os quais, inclusive, muito nos nortearam na escrita deste trabalho, “só faz sentido seguir deveres e obrigações se estes estão implicados num projeto de vida” (2009, p. 35), o que, como antes mencionado, refere-se à dimensão ética. A confusão conceitual outrora apontada, a nosso ver, vai além do “não saber” a diferença entre os termos supracitados e além também da não observação da sua importância, visto que, mesmo quando se sabe e quando se capta essa importância, muitos preferem optar pelo uso errado de um dos termos, por receio de parecer severo, ríspido e/ou mesmo antiquado frente à sociedade, o que nos lança perante a emergência de, mais do que uma maior atenção dos professores e profissionais do contexto educacional, uma mudança de paradigma a nível de sociedade, de forma geral. Consideramos que a escola pode e deve ser um ambiente repleto de atividades lúdicas e formativas, debates, questões relacionadas à vida social das quais de forma rica e inevitável, podemos extrair valiosos ensinamentos tanto no que tange à formação moral, quanto à formação ética, desde que haja uma maior atenção a ambas, o que, certamente, inicia-se com a compreensão dos termos que a circundam. REFERÊNCIAS ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Dicionário escolar da língua portuguesa – 1ª Ed., SÃO PAULO: Companhia Editora Nacional, 2008. AMORIM NETO, Roque do Carmo. ROSITO, Margaréte May Berkenbrock. Ética e moral na educação – RJ: Wak Ed., 2009. CORTELLA, Mário Sergio. LA TAILLE, Yves de. Nos labirintos da moral – 10ª Ed. – Campinas, SP: Papirus 7 Mares, 2013 – (Coleção Papirus Debates). __________________. Qual a tua obra?: Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 21ª Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2013a. LA TAILLE, Yves de. Em busca dos valores morais e éticos. Revita Direcional Escolas – Ed. 05, jun, 2005. Entrevista. Disponível em: http://direcionalescolas.com.br/2005/06/21/entrevista-yves-de-la-taille/ Acesso em: 28/09/2016. __________________. Moral e ética: dimensões intelectuais e afetivas. Porto Alegre: Artmed, 2006. 918 SANTOS, Clóvis Roberto. Ética, moral e competência dos profissionais da educação. São Paulo: Avercamp, 2004.