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XXVI Congresso de Iniciação Científica 
Descrição dos bioclastos fósseis da praia de Santos, litoral de São 
Paulo. 
 
Amanda Gerotto, Francisco Sekiguchi Buchmann. Campus do Litoral Paulista, Ciências Biológicas, 
gerottoamanda@gmail.com. 
 
Palavras Chave: Holoceno, Sedimentação, Dinâmica costeira 
 
Introdução 
A evolução da planície costeira de Santos está 
diretamente ligada às variações do nível do mar 
durante o Quaternário, onde, diversos ciclos 
transgressivos e regressivos a modelaram1. A 
interpretação desses ambientes tem sido apoiada 
pelo registro fóssil1, 2, no entanto, os estudos do 
conteúdo fossilífero dos depósitos que formam a 
planície costeira do litoral de São Paulo ainda são 
escassos, tendo como destaque as galerias de 
Callichirus sp. como bioindicadores dos paleoníveis. 
O presente estudo propõe a descrição dos 
bioclastos fósseis encontrados na praia de Santos, 
litoral de São Paulo. 
Objetivos 
Identificar ao menor nível taxonômico possível e 
descrever, os bioclastos fósseis encontrados na 
praia de Santos, litoral de São Paulo. 
Material e Métodos 
As amostras foram coletadas nos anos de 2006 a 
2014 no pós-praia e no estirâncio da praia de 
Santos. O material coletado foi analisado3 no 
Laboratório de Estratigrafia e Paleontologia da 
UNESP (Campus do Litoral Paulista). A 
identificação das espécies foi feita de acordo com a 
literatura e em comparação com coleções de 
referência na UNESP e no Museu de Zoologia da 
USP. 
Resultados e Discussão 
As amostras analisadas estavam associadas a 
arenitos cimentados por carbonato de cálcio. Das 
56 amostras, foram identificados os filos Mollusca 
(64%), Crustacea (34%) e Echinodermata (2%). 
Dentre os moluscos foram identificados 23 bivalves 
articulados e fechados dos gêneros Amiantis sp. e 
Tellina sp., e 13 arenitos contendo valvas 
desarticuladas, sendo a maioria voltadas para baixo 
de Amiantis sp., Tellina sp. e Tivella sp.. Foram 
identificados 19 fragmentos de crustáceos do 
gênero Callichirus sp. representados por quelas e 
fragmentos do quelípodo, e em equinodermos 
identificamos um fragmento do gênero Mellita sp.. 
A presença de bivalves articulados sugere rápido 
soterramento, os bivalves Amiantis, Tellina e Tivella 
são da infauna, favorecendo a preservação. Os 
bivalves desarticulados com as valvas para baixo 
associados aos arenitos podem ser resultado de 
eventos de tempestades. 
Conclusões 
A fauna identificada está representada por 
organismos praial da infauna, preservados em 
arenitos cimentados por carbonato de cálcio. 
Observamos bivalves articulados sugerindo 
estarem em posição de vida durante a sua 
deposição e diagênese (Concentração Biogênica); e 
encontramos bivalves desarticulados sugerindo sua 
acumulação em eventos de tempestades 
(Concentração Sedimentológica). Os fragmentos de 
Callichirus e Mellita indicam ambiente intermareal. 
Agradecimentos 
A equipe do Laboratório de Estratigrafia e 
Paleontologia da UNESP (Campus do Litoral 
Paulista). 
____________________ 
 
1 Buchmann, F. S. C., Bond-Buckup, G., Villwok, J. A. e Tomazelli, L. J. 
Nauplius, Rio Grande. 1998, 6: 169-183. 
2 Lopes, R. P. e Buchmann, F. S. C. Journal of Geoscience. 2008, 4 (2): 
65-77. 
3Kidwell S. M., Fursich, F. T. e Aigner, T. Palaios. 1986, 1: 228-238. 
 
mailto:gerottoamanda@gmail.com.

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