Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anais do XII Encontro de Ciências da Vida “Valorização da Pesquisa Científica e Conscientização do uso de Recursos Naturais” Ilha Solteira – 2018 2 XII Encontro de Ciências da Vida “Valorização da Pesquisa Científica e Conscientização do uso de Recursos Naturais” ANAIS Edição: FEIS/UNESP Organizadores: Cristiéle da Silva Ribeiro Vitor Emanuel Gomes Batista 3 4 FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação da UNESP - Ilha Solteira. Encontro de Ciências da Vida (12. : 2018 : Ilha Solteira). E56a Anais [do] XII Encontro de Ciências da Vida [recurso eletrônico] / organizadores: Cristiéle da Silva Ribeiro, Vitor Emanuel Gomes Batista. -- Ilha Solteira : Unesp/FEIS, 2018 240 p. : il. Inclui bibliografia e índice Temática do evento: Valorização da pesquisa científica e conscientização do uso de recursos naturais ISBN 978-85-5722-231-1 1. Ciência e tecnologia - Congressos. 2. Pesquisa - Congressos. 3. Recursos naturais - Congressos. 4. Formação profissional - Congressos. 4. Ciência e civilização - Congressos. I. Ciências Biológicas. II. Engenharia Agronômica. III. Zootecnia. IV. Valorização da pesquisa científica e conscientização do uso de recursos naturais. CDD 570.7 5 Sumário Anatomia da artéria coronária do coração de Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) ...... 12 Anatomia das artérias coronárias do coração de Ara ararauna (Linnaeus, 1758) de vida livre .................................................................................................................................. 14 Anatomia do baço de jaguatirica (Leopardus pardalis, linnaeus 1758) .......................... 16 A importância do Bioma Cerrado para alunos do quinto ano do ensino fundamental I (Ilha Solteira, SP) ............................................................................................................. 18 Antes eu sonhava com a UNESP, agora nem durmo: Influência do semestre letivo sobre a qualidade do sono .......................................................................................................... 20 As Cooperativas de Reciclagem e a gestão dos resíduos sólidos urbanos: estudo de caso do município de Ilha Solteira (SP) ................................................................................... 22 A utilização de curtas-metragens socioambientais como ferramenta para educação ambiental no ensino formal .............................................................................................. 24 Avaliação da concentração de nutrientes na água do córrego do Ipê, município de Ilha Solteira-SP. ...................................................................................................................... 26 Avaliação do metabolismo proteico de Geophagus proximus no reservatório de Jupiá, Ilha Solteira-SP ................................................................................................................ 28 Capacidade de Crescimento, Nodulação e Potencial para Fitorremediação de Cajanus Cajan em Solos Contaminados por Cobre ....................................................................... 30 Caracterização da morfologia testicular do peixe anual Hypsolebias janaubensis (Cyprinodontiformes, Rivulidae). .................................................................................... 32 Composição florística da vegetação regenerante em área degradada em processo de recuperação no Cerrado ................................................................................................... 34 Descrição anatômica de sistemas subterrâneos de uma espécie de Mimosa do Cerrado adaptada ao fogo .............................................................................................................. 35 Enquadramento das águas doces superficiais no Brasil e a diretiva quadro da União Europeia para as águas: um estudo comparativo ............................................................. 38 Estabelecimento in vitro de Passiflora giberti ................................................................ 40 Estabelecimento in vitro de Passiflora setacea ............................................................... 42 Índice de qualidade da água do córrego do Ipê no município de Ilha Solteira/SP .......... 44 Influência do canal Artificial de Pereira Barreto, sobre aspectos alimentares de Geophagus proximus no rio São José dos Dourados, SP ................................................ 46 Influência de diferentes tipos de substratos no desenvolvimento de mudas de capuchinha anã e capuchinha simples. ................................................................................................ 48 Inventario florístico da ilha fluvial de Ilha Solteira ......................................................... 50 6 Investigação da ação do DMSO em células normais e de câncer de colo de útero ......... 52 Levantamento da arborização urbana do Jardim Santa Catarina – Ilha Solteira / SP: Rua Joaçaba ............................................................................................................................. 56 Levantamento Fitossociológico da Fazenda Escola em Garça/SP .................................. 58 Lobação pulmonar de tamanduá mirim (Tamandua tetradactyla – Linnaeus, 1758) de vida livre .......................................................................................................................... 60 Morfologia do plexo lombossacro Puma concolor( Linnaeus, 1771) ............................. 62 Mortalidade de fêmeas de Astyanax altiparanae (Characiformes, Characidae) submetidas ao contato macho-fêmea ............................................................................... 64 Observação direta do comportamento de predação de Lobo-Guará (Chrysocyon brachyurus Illiger 1815) no município de Ilha Solteira-SP ............................................. 66 Ocorrência de monogenéticos em Serrasalmus maculatus (Characiformes, Serrasalmidae) no reservatório de Ilha Solteira, rio Grande-SP: dados parciais ............. 68 Parasitas branquiais em duas espécies de arraias do gênero Potamotrygon no município de Castilho, SP: Dados parciais. ...................................................................................... 70 Plantas medicinais: reconhecimento e percepções .......................................................... 71 POLUIÇÃO DA ÁGUA: ATIVIDADES COM ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL I (ILHA SOLTEIRA, SP). ................................................................ 74 Potencial para fitorremediação de Calopogonium mucunoides em solos contaminados por boro ............................................................................................................................ 77 Percepção da utilização de flores e plantas artificiais no Restaurante Universitário da UNESP – Campus de Ilha Solteira/SP ............................................................................. 79 QUALIDADE DE RELATÓRIOS DE IMPACTO AMBIENTAL: ESTUDO DE CASO DO APROVEITAMENTO HIDRELÉTRICO “BELO MONTE”.................................. 81 Tolerância e potencial para fitorremediação Inga fagifolia em solos contaminados por chumbo. ............................................................................................................................ 83 Tolerância e potencial para fitorremediação de Inga uruguensis em solos contaminados por chumbo ......................................................................................................................85 Variação cromática em filhotes de Potamotrygon amandae: Variação, herdabilidade ou camuflagem? .................................................................................................................... 87 Perfil lipídico uterino de Potamotrygon falkneri na região de Castilho, Alto Rio Paraná, SP, Brasil ......................................................................................................................... 89 Aumento de proliferação das células germinativas de Astyanax altiparanae (Characidae) submetidos à elevada temperatura da água ...................................................................... 92 Avaliação gonadal e hepática de reprodutores de Gymnocorymbus ternetzi, submetidos a dieta rica em aminoácidos essenciais (Ω3). ..................................................................... 95 Células Rodlet no tubo digestivo de Gymnocorymbus ternetzi ....................................... 97 Composição da dieta de Cichla kelberi (Teleostei: Perciformes: Cichlidae) no reservatório de Jupiá, rio Paraná ...................................................................................... 99 7 Composição da dieta de Geophagus proximus (Perciforme, Cichlidae) no reservatório de Jupiá, rio Paraná-SP ....................................................................................................... 101 Descrição morfológica do fígado de Pimelodus cf. platicirris (Siluriforme) ................ 103 Efeitos da temperatura e do pH sobre a atividade da xilanase produzida por fungo mesofílico. ...................................................................................................................... 105 INVERTEBRADOS DE SOLO COMO BIOINDICADOR DO PROCESSO DE FERTIRRIGAÇÃO DE EFLUENTES DE CURTUME ............................................... 107 Levantamento fitossociológico visando a identificação de espécies com potencial para projetos de recuperação de áreas degradadas no Cerrado .............................................. 109 Nível de sensibilidade ao frio dos embriões de Astyanax altiparanae Garutti & Britski, 2000 (Teleostei: Characidae). ........................................................................................ 111 Ocorrência de crustáceos ectoparasitas em Serrasalmus maculatus no reservatório de Jupiá, rio Paraná - SP ..................................................................................................... 113 O que os peixes comem? A influência de uma piscicultura em tanques-rede sob a dieta de cinco espécies de peixes silvestres, rio Grande, SP .................................................. 115 Piscicultura em tanques-rede pode influenciar na relação peso-comprimento e fator de condição relativo de Pimelodus cf. platicirris no rio Grande/SP? ................................ 117 Plasticidade trófica de Oreochromis niloticus oriundos do reservatório de Ilha Solteira, rio Grande ...................................................................................................................... 119 Relação peso-comprimento e índice hepatossomático de Plagioscion squamosissimus sobre a influência da piscultura em tanque-rede. ........................................................... 121 Viabilidade dos embriões de Astyanax altiparanae, provenientes de parentais alimentados com ômega 3, após exposição à crioprotetores. ........................................ 123 Territorialidade do Vireo gundlachii (Aves: Vireonidae) na Reserva Ecológica de Siboney - Juticí, Santiago de Cuba, Cuba ...................................................................... 125 Análise econômica da produção de lima ácida Tahiti (Citrus latifolia): Estudo de caso de uma propriedade no município de Itajobi ...................................................................... 128 Análise econômica da produção de olerícolas no município de Ilha Solteira-SP.......... 130 Análise econômica de apiário no município de Água Clara/MS ................................... 132 Concentrações de macronutrientes nos grãos de milho em função de misturas de bactérias promotoras de crescimento de plantas, visando a redução da adubação nitrogenada ..................................................................................................................... 134 Concentrações de micronutrientes nos grãos de milho em função de misturas de bactérias promotoras de crescimento de plantas, visando a redução da adubação nitrogenada ..................................................................................................................... 136 Controle químico de Chrysodeixis includens na cultura da soja, em condições de campo. ....................................................................................................................................... 138 Densidade básica da madeira de espécies arbóreas de cerrado no Município de Três Lagoas - MS ................................................................................................................... 140 8 Efeito de herbicidas no controle de Digitaria insularis na cultura da soja, em condições de campo ........................................................................................................................ 142 Efeitos da inoculação de bactérias promotoras de crescimento nos aspectos produtivos e produtividade do arroz de terras altas ............................................................................ 144 Embebição de sementes e crescimento inicial de plântulas de Pitomba (Talisia esculenta L.) ................................................................................................................................... 146 Estabelecimento inicial de Passiflora caerulea em duas concentrações de meio MS .. 148 Estabelecimento inicial de Passiflora foetida em concentrações de meio para conservação in vitro ....................................................................................................... 150 Estabelecimento in vitro de Passiflora tenuifila em duas concentrações de meio MS . 152 Germinação de Boca-de-Leão em diferentes substratos comerciais. ............................ 154 Morfometria de frutos e sementes de Pitomba (Talisia esculenta L.) ........................... 156 Morfometria de sementes de Cambuci (Campomanesia phaea L.) ............................... 158 Produção de biomassa do eucalipto aos 6,5 anos de idade em função da adubação fosfatada ......................................................................................................................... 160 Produção de biomassa do eucalipto aos 6,5 anos de idade em função da adubação nitrogenada ..................................................................................................................... 162 Produtividade do eucalipto aos 54 meses de idade em resposta a adubação fosfatada . 164 Produtividade do eucalipto aos 54 meses de idade em resposta adubação potássica .... 166 Qualidade industrial de arroz de terras altas em função da inoculação de Bacillus amyloliquefasciens ......................................................................................................... 168 Análise econômica da produção de soja com a reaplicação superficial de calcário e gesso no município de Selvíria – MS ...................................................................................... 170 Avaliação da cobertura do solo com vegetação nativa em área de cerrado fortemente antropizada, após processos de restauração ecológica ................................................... 178 Componentes de produção e produtividade do arroz de terras altas inoculado com Bacillus subtilis via foliar .............................................................................................. 180 Qualidade industrial de grãos integrais de arroz em função da inoculação de bactérias promotoras decrescimento ............................................................................................ 182 Análises morfológicas do tubo digestivo de Gymnocorymbus ternetzi ......................... 185 (Teleostei; Characidae) .................................................................................................. 185 Anatomia dos Musculus Papillaris de corações de Bubalus bubalis ............................. 187 Aves recebidas no Centro de Conservação da Fauna Silvestre de Ilha Solteira (CCFS) ....................................................................................................................................... 189 Caracterização histológica da trabeculae septomarginales em Bubalus bubalis (Linnaeus, 1758) do cerrado brasileiro .......................................................................... 191 Classificação de coeficientes de variação em experimentos com suínos industriais ..... 193 Classificação de índices de variação, a partir de trabalhos com poedeiras comercias. . 195 9 Classificação de índices de variação calculados a partir de artigos científicos na área de avicultura de postura. ..................................................................................................... 197 Custos e rentabilidade da produção de milho verde em Franca/SP: um estudo de caso 199 Efeito da suplementação de vitamina E (α-tocoferol), na composição de filés de Prochilodus lineatus (VALENCIENNES, 1847) .......................................................... 201 Efeitos da suplementação de óleo de peixe na dieta de zebrafish (Danio rerio): análise de tecido gonadal ................................................................................................................ 203 Enriquecimento ambiental em sistema de produção de caprinos: respostas a estímulos e interação com o homem ................................................................................................. 205 Ganho de peso de bovinos ½ sangue Angus e Nelore PO em diferentes épocas de pesagem sob pastejo intensivo ....................................................................................... 208 Prevalência de tuberculose bovina em animais abatidos no noroeste do Estado de São Paulo. ............................................................................................................................. 210 Proposta de classificação de coeficiente de variação em experimentos com bovinos leiteiros. .......................................................................................................................... 212 Regressão linear segmentada com platô para estimativa do tamanho ótimo de parcela em experimentos com gado de leite ..................................................................................... 214 Relação da temperatura cutânea com o comportamento de cabras mestiças na região de Ilha Solteira-SP .............................................................................................................. 216 Tamanho ótimo de parcela pelo método de regressão linear segmentada com platô para poedeiras comerciais utilizando Índice de variação....................................................... 218 Tempo ótimo de mistura de ração em misturador vertical ............................................ 220 A RELAÇÃO DO ÍNDICE GONADOSSOMÁTICO (IGS) E IDADE DE MACHOS DE Brycon orbignyanus (CHARACIFORMES: CHARACIDAE) ............................... 228 Efeito do contato macho-fêmea na redução da mortalidade de machos de Astyanax altiparanae (Characiformes: Characidae) ..................................................................... 230 Estudo comparativo dos parâmetros hematológicos e bioquímicos de equinos naturalmente parasitados ................................................................................................ 232 PERDAS DE MASSA SECA DE SILAGENS DE SORGO APÓS A REENSILAGEM ....................................................................................................................................... 234 Relação peso-comprimento e índice hepatossomático de Plagioscion squamosissimus sobre a influência da piscultura em tanque-rede. ........................................................... 236 11 RESUMOS DA GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 12 Anatomia da artéria coronária do coração de Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) Valentina Pasquali Bossardi*(1), Maria Luiza Ribeiro Delgado(1), Kelly Costa Barboza(1), Lúcio de Oliveira e Sousa(2), Elisângela Medeiros Melo de Lima(3), Alan Peres Ferraz de Melo(3) , 1UNESP-FEIS, Curso de Ciências Biológicas – Bacharelado, Laboratório de Anatomia. E-mail: valentinapasquali@outlook.com 2CCFS/CESP, Médico-veterinário, Centro de Conservação da Fauna Silvestre/CESP 3UNESP-FEIS, Curso de Ciências Biológicas – Bacharelado, Laboratório de Anatomia. Introdução O Leopardus pardalis conhecido popularmente como jaguatirica, é um mamífero que atinge até 101cm de comprimento e encontrado em todas as regiões do Brasil, exceto no Sul do Rio Grande do Sul. Animal noturno realiza lentas caminhadas sendo os machos mais ágeis que as fêmeas (cerca de 1,7 km\h fêmeas e 3,8 km\h machos), dispensando um intenso trabalho muscular. Contudo a intensidade de transporte e bombeamento de nutrientes e oxigênio é lento. O coração é um órgão de grande importância que necessita de um suprimento arterial especializado, sendo as artérias coronárias direita e esquerda os vasos responsáveis. Apresentam origem a partir da aorta (Getty et al. 1981), com variação quanto a origem, trajeto e número podendo apresentar-se intramiocárdica total ou parcialmente. O trabalho teve como objetivou descrever as artérias coronárias direita, esquerda e seus ramos, observando, ainda, sua superficialidade, estabeleceendo comparações com outros mamíferos. Material e métodos Foi utilizado uma jaguatirica (Leopardus pardalis), macho, adulto que pesava 16kg. Animal de vida livre que veio a óbito, doado pelo Zoológico de Ilha Solteira ao Laboratório de Anatomia Animal da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira. Realizou-se a retirada do coração por rupturas das articulações costocondrais, seguida de abertura da cavidade torácica. Em seguida isoluo-se o coração do conjunto coração-pulmões, onde em seguida realizou-se a injeção de substância látex1 corada com pigmento rosa na origem de ambas as artérias coronárias. Posteriormente, foi fixados em solução de formoldeído a 10% por um peíodo de 72 horas. As artérias coronárias dissecadas, identificadas e fotodocumentadas e nominados conforme a Nomina Anatomica Veterinaria (2017) 1 Substância Látex retirada da Hevia brasiliensis, obtida na Usina de Beneficiamento de Látex Bonilha, município de Mirassol, Estado de São Paulo, Brasil. Resultados e discussão Observou-se que a artéria coronária direta tem origem a partir da aorta como relatam Getty et al. (1986) e Dyce et al. (1997), e pode, ainda, apresenta uma anastomose com o lado esquerdo (Figura 1). Já a artéria coronária esquerda se divide em dois ramos, um paraconal que é o ramo descendente que ocupa o suco intraventricular paraconal e o circunflexo que contorna o átrio esquerdo (Figura 2). mailto:valentinapasquali@outlook.com 13 Figura 1 – Fotomacrografia do coração de um Leopardus pardalis, coração isolado, onde se observa: Artéria coronária esquerda (ACD) e ramo descendente (RD) Figura 2 – Fotomacrografia do coração de um Leopardus pardalis, coração isolado, onde se observa: Ramo descendente (RD) e artéria coronária direita (ACD) Conclusões Conforme os estudo realizado foi possível concluir que airrigação esquerda e direita era equilibrada, e quanto a sua distribuição era ramificada onde e apresentou uma anastomose entre os dois lados. Referencias GETTY, R. Anatomia dos animais domésticos. Rio de janeiro:Guanabara Koogan S.A. 1986, p.153 DYCE, K.M; SACK, W.O; WENSING, C.J.G. Anatomia veterinária. Rio de janeiro:Guanabara Koogan S.A.1997, 191. 14 Anatomia das artérias coronárias do coração de Ara ararauna (Linnaeus, 1758) de vida livre Tulio Gabriel de Freitas*(1), Lúcio de Oliveira e Sousa(2), Elisângela Medeiros Melo de Lima(3), Rosângela Felipe Rodrigues(4), Geovana Carolina Rodrigues de Sá(4) Alan Peres Ferraz de Melo(3) 1UNESP-FEIS, Curso de Ciências Biológicas – Bacharelado, Laboratório de Anatomia. E-mail: valentinapasquali@outlook.com 2CCFS/CESP, Médico-veterinário, Centro de Conservação da Fauna Silvestre/CESP 3UNESP-FEIS, Curso de Ciências Biológicas – Bacharelado, Laboratório de Anatomia, 4UNESP-FMVA/Araçatuba, Docente, Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal, Laboratório de Anatomia dos Animais Domésticos Introdução Com a primavera, período de reprodução dos animais, inicia-se também o trágico ciclo do tráfico de animais silvestres, principalmente psitacídeos, a Arara-canindé, também conhecida como Arara-de-barriga- amarela ou Arara-azul e amarela, caracteriza-se por apresentar as partes superiores azuis e partes inferiores amarelas, a garganta é negra e possui fileiras de penas faciais também negras (SICK, 1997). Um dos órgãos de grande importância funcional é o coração, esse órgão demonstra um suprimento arterial especializado, artérias coronárias direita e esquerda, apresentando origem a partir da aorta. As artérias coronárias, direita e esquerda, possuem suas emergências a partir da aorta apresentando cada uma delas um único óstio coronário (NICKEL et al., 1981; GETTY, 1986; CORREIA-OLIVEIRA, 2013). No peru (Melleagus gallopavo) a anatomia cardíaca mostrou duas câmaras atriais e duas ventriculares com septações completas e aorta saindo do ventrículo esquerdo; uma artéria coronária superficial emergiu da aorta por óstio próprio e dirigiu-se para a margem do ventrículo direito; a artéria coronária profunda emergiu do óstio próprio e dirigiu-se também para a margem do ventrículo direito; a artéria coronária profunda emergiu de óstio próprio em tronco único, dirigindo-se para a margem esquerda do ventrículo esquerdo, onde se bifurcou em artérias circunflexa e artéria interventricular anterior (RODRIGUES et al., 1999). Diante da grande importância da espécie pois o tráfico de animais silvestres aumenta e da necessidade de estudos comparativos, o presente estudo descreveu a arquitetura vascular das arteriais coronárias objetivando estabelecer um padrão coronariano na espécie. Material e métodos Foram utilizados 10 animais provenientes do Centro de Conservação da fauna Silvestre de Ilha Solteira, todos os espécimes de vida livre que vieram a óbito em detrimento de acidentes variados na região. O projeto recebeu autorização da Comissão de Ética no Uso de Animais da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, uma vez que os animais serão utilizados de outro experimento. Foi realizada abertura da cavidade celomática. Em seguida foi feita a identificação do coração juntamente com os pulmões. Retirou-se o conjunto coração e pulmões e após isolamento do coração e realizou-se a injeção de substância látex corada com pigmento específico na origem de ambas as artérias coronárias, sendo em seguida fixados em solução de formol a 10% por 72 horas. Após esse período realizou-se dissecação das artérias coronárias e os resultados encontrados em cada espécime foram registrados em fotodocumentação e esquemas. Resultados e discussão As artérias coronárias direita e esquerda possuíram origem a partis da aorta, como relatou Bezuidenhout (1984), Na face atrial (direita) observou-se que a artéria coronária direita que acompanhou o seio coronário, onde formou o ramo circunflexo direito (Figura 1), que, entre os dois ventrÌculos, continuous-se como ramo interventricular subsinuoso, seguindo até o ápice do coração como mencionou Getty (1986). Na face auricular (esquerda), a artéria coronária esquerda ramificou-se em ramo interventricular paraconal e ramo circunflexo esquerdo, que seguiu no seio coronário, até próximo do ramo circunflexo como apontaram Dyce et al. (1997). Os ramos profundos, de ambas as artérias coronárias, apresentaram-se pequenas, suprindo a maior parte do septo interventricular e parte da valva atrioventricular direita. As artérias coronárias apresentaram de igual tamanho, e formaram um circuito equilibrado como elucidaram Bezuidenhout (1984) e Soares at al. (2010). mailto:valentinapasquali@outlook.com 15 Figura 1 – Fotomacrografia do coração de uma Ara ararauna, coração isolado, onde se observa: artéria coronária esquerda (ACD), ramo descendente (RD), atrio direito (AD), arterias pulmonares (AP) e pulmão (P). Conclusões Conforme o estudo realizado, foi possível concluir que a irrigação esquerda e direita era equilibrada e ambas as artérias apresentaram origem a partir da aorta, e quanto a sua distribuição era ramificada onde e apresentou uma anastomose entre os dois lados. Referências GIORDAN, M. O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. II Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. 1999. BEZUIDENHOUT, A. J. The coronary circulation of the heart of the ostrich (Struthio camelus). Journal of Anatomy. v. 138, n. 3, p. 385-397, 1984. BEZUIDENHOUT, A. J. The topography of the thoraco-abdominal viscera in the ostrich (Struthio camelus). Onderstepoort Journal of Veterinary Research. v. 53, n. 2, p. 111-117, 1986. DYCE, K.M; SACK, W.O; WENSING, C.J.G. Anatomia veterinária. Rio de janeiro:Guanabara Koogan S.A.1997, p.171 GETTY, R. Anatomia dos animais domésticos. Rio de janeiro:Guanabara Koogan S.A. 1986, p.153 SICK, H. (1997) Ornitologia brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira. SOARES, Cristiane Martins et al. Dilatação fluxo-mediada da artéria braquial e complexo médio-intimal das artérias carótida e braquial: avaliação de indivíduos com e sem fatores de risco para aterosclerose. Radiol Bras, São Paulo, v.43, n.6, p.389-393, Dec.2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 39842010000600011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 20 de abril de 2018. NICKEL, R.; SCHUMMER, A.; SEIFERRE, E. The anatomy of the domestic animals. Berlin-Hamburg: Verlag Paul Parey, 1981. v.3, p.71-74. RODRIGUES, Tânia Maria de Andrade et al. Estudo evolutivo da anatomia das artérias coronárias em espécies de vertebrados com técnica de moldagem em acetato de vinil (vinilite). 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbccv/v14n4/v14n4a08.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2017. 16 Anatomia do baço de jaguatirica (Leopardus pardalis, linnaeus 1758) Laís Yeda da Silveira Floriano(1) *, Alan Peres Ferraz de Melo (2), Myllena Mayla Santos de Oliveira(3) 1UNESP-FEIS, Curso de Ciências Biológicas – Bacharelado, Laboratório de Pesquisa em Anatomia Animal – e-mail: lais.floriano@yahoo.com.br 2UNESP-FEIS, Docente, Departamento de Biologia e Zootecnia, Laboratório de Pesquisa em Anatomia Animal. 3UNESP-FEIS, Curso de Ciências Biológicas – Bacharelado, Laboratório de Pesquisa em Anatomia Animal – e-mail: myllenaharuno@gmail.com Introdução Leopardus pardalis mais conhecido como jaguatirica é um mamífero da família Família Felidae. Nativo da América, sendo considerada o terceiro maior felino do continente, depois da onça pintada e do puma. Encontrada em diversos habitats como nas florestas tropicais, subtropicais, savanas e mangues. É um animal de vida livre solitário e territorialista apresentando hábitos noturnos na maioria das vezes. Apresenta tamanho corporalvaria de 70 a 100 cm de comprimento, geralmente pesam entre 7 e 16 kg e os machos costumam ser maiores e mais pesados que as fêmeas. A jaguatirica é um predador carnívoro que está no topo da cadeia alimentar. Atualmente todas as espécies que pertencem ao gênero Leopardus (Leopardus tigrinus, Leopardus pardalis e Leopardus wiedii) encontram-se na Lista Nacional de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) (Oliveira et al., 2011), e são encontradas na lista vermelha da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) classificada como: LC Least Concern. O baço é o maior órgão linfático do organismo e está ligado, entre outros aspectos, na resposta imune frente a antígenos transportados pelo sangue e no armazenamento de eritrócitos e plaquetas (Furrianca et al., 2008). Nos animais, o baço tem a habilidade de acrescentar a populações de eritrócitos e granulócitos e pode ser reservatório para células vermelhas durantes periodos de demandas incomuns (Samuelson, 2007). O objetivo é a anatomia do baço e qual sua localização na cavidade abdominal, para um maior discernimento sobre a anatomia dos felídeos. Material e métodos Para a realização deste trabalho foi utilizado um baço de Jaguatirica (Leopardus pardalis) adulta, macho que veio a óbito e foi cedida pelo Centro de Conservação de Fauna Silvestre de Ilha Solteira – SP para a Universidade Estadual Paulista - FEIS. Após óbito do animal, este foi encaminhado para o Laboratório de Anatomia da Faculdade de Engenharia de lha Solteira, onde foi feito um corte na linha alba com bisturi, para se ter acesso a cavidade abdominal. Foi realizada a identificação topográfica dos órgãos internos, com registro fotográfico e seccionando-se próximos a sua origem. Todo o material foi manuseado com muito cuidado para não haver danos. Após o procedimento a peça foi guardada em solução aquosa de formaldeído 20%. Resultados e discussão O baço é uma estrutura localizada na cavidade abdominal estando posicionado no antímero esquerdo do animal, próximo a curvatura ventricular maior, como relatam Almeida (2013) e Getty (1986). É circundado por uma cápsula composta de tecido fibroso denso, fibras elásticas e musculatura lisa (Cesta, 2006), sendo que esta, emite prolongamentos dividindo o parênquima em compartimentos incompletos. É um órgão altamente estruturado consistindo em três compartimentos principais: a polpa vermelha, a zona marginal e a polpa branca. Há uma união entre os dois, por meio do peritônio e de finos vasos provenientes do ventrículo gástrico, chamado de ligamento gastroesplênico (Figura 1). Apresenta duas extremidades, uma extremidade dorsal sendo esta mais fina e voltada cranialmente e uma extremidade ventral mais espessa. Este órgão destaca-se na cavidade abdominal por apresentar uma coloração vermelho escuro e apresenta duas superfícies, sendo elas, parietal e visceral, identicamente ao apresentado pelo tamanduá-bandeira (Almeida, 2013). 17 Figura 1- Fotomacrografia da cavidade abdominal de uma Jaguatirica macho, onde se observa: B = baço; ID = intestino delgado; TA = tecido adiposo; F = fígado; E = estômago. Conclusões Podemos concluir que o baço da Jaguatirica (Leopardus pardalis) é encontrado na cavidade abdominal e fica na curvatura ventricular maior, com a parte superior próxima ao estômago e a inferior próxima ao intestino delgado, com o lado direito apresentando uma superfície menor e o lado esquerdo uma superfície maior. Referências ALMEIDA, D. A;. Topografia e irrigação do baço do tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla– LINNAEUS,1758) de vida livre. São José do Rio Preto: 2013. 50 p. CESTA, M. F. Normal structure, function, and histology of the spleen. Toxicologic Pathology, vol. 34, p. 455-465, 2006. CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de animais selvagens. São Paulo: Roca, 2007. 1376 p. FURRIANCA, M. C.; VÁSQUEZ, B.; DEL SOL , M. Estereología comparativa entre el bazo del cuye (Cavia porcellus) y la rata (rattus novergicus, Sprague Dawley).International Journal of Morphology, vol. 26, n. 3, p. 529- 532, 2008. MEBIUS, R. E.; KRAAL, G. Structure and function of the spleen. Nature Reviews Immunology, vol. 5, n. 8, p. 606-616, 2005. Melo, F. A. C.; ANÁLISE MORFOQUANTITATIVA DE TIMO E BAÇO DE GATOS FELV- POSITIVOS NATURALMENTE INFECTATOS. Brasília: 2013. 25p. MÜLLER, T. R; Contribuição do estudo ultrassonográfico (modo b e Doppler) de órgãos abdominais em gatos do mato (Leopardus tigrinus) hígidos: valores de referência.2013. 75 f. Tese (Doutorado) - Curso de Medicina Veterinária, Universidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Botucatu, 2013. Portal de Pesquisas Temáticas. Jaguatirica. 2004-2017. Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/mundoanimal/jaguatirica.htm>. Acesso em: 19 out. 2017. SAMUELSON, D. A. Immune System. In:_. Textbook of Veterinary Histology, Missouri: Saunders-Elsevier, 2007. cap.12, p.250-270. The IUCN Red List Of Threatened Species.Leopardus pardalis.2015. Disponível em: <http://www.iucnredlist.org/details/11509/0>. Acesso em: 19 out. 2017. Toda Matéria. Jaguatirica. 2011-2018. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/jaguatirica/> . Acesso em 19 mar. 2018. 18 A importância do Bioma Cerrado para alunos do quinto ano do ensino fundamental I (Ilha Solteira, SP) Rebeca De Marcos(1), Marcela dos Santos Maróstica(2), Thayline Queiroz(3), Aline Patricia Maciel(4) Carolina Buso Dornfeld(5) 1UNESP-FEIS, Curso de Ciências Biológicas – Licenciatura, Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia (LECBio). e-mail: rebeca_demarcos@hotmail.com 2UNESP-FEIS, Bióloga, Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia (LECBio). e-mail: marcela.smarostica@gmail.com 3,4UNESP-FEIS, Curso de Pós-graduação em Ensino e Processos Formativos, Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia (LECBio). e-mail: thaylinequeiroz@gmail.com 4UNESP-FEIS, Curso de Pós-graduação em Ensino e Processos Formativos, Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia (LECBio). e-mail: alinepmaciel@yahoo.com.br 5UNESP-FEIS, Docente, Departamento de Biologia e Zootecnia, Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia (LECBio). e-mail: carolina@bio.feis.unesp.br Introdução O bioma Cerrado tem alcançado maior visibilidade nas escolas sendo considerado tema central para inúmeras discussões acerca de quais possibilidades a relação entre o ser humano e o meio ambiente reservam para o futuro do mesmo. Sabe-se que a cidade de Ilha Solteira é uma área de transição entre Cerrado e Mata Atlântica e, sendo assim, faz-se necessário trabalhar com os alunos os conhecimentos sistematizados a respeito da fauna e flora do local onde residem. Assim, a partir do momento em que os alunos passam a entender a importância da diversidade local, cresce também a necessidade da busca por melhorias desse ambiente. Segundo Reigota (2017), a educação ambiental deve procurar favorecer e estimular possibilidades de se estabelecer coletivamente uma nova aliança (entre os seres humanos e a natureza e entre nós mesmos) que possibilite a todas as espécies biológicas a sua convivência e sobrevivência com dignidade. Dessa forma, a Educação Ambiental ao ser inserida nos anos iniciais do Ensino Fundamental, clarifica a crescente necessidade na busca por melhorias do meio ambiente, por meio da sensibilização das crianças, o que possibilitará mudanças positivas para o futuro. A partir de propostas ensinadas em sala de aula, os alunos dos anos iniciais, passam a ser capazes de ver e entender quais são os problemas que o Cerrado tem enfrentado ao longo dos anos e propor soluções, desenvolvendo uma consciência ecologicamente adequada. Conforme Marotti et al. (2016) a instituiçãoescolar, como corresponsável por ações e efetivação da educação ambiental, é incumbida de despertar no aluno o interesse em relação as questões ambientais, bem como o seu desejo de trabalhar, no sentido de exercer um papel ativo e indispensável na manutenção e/ou preservação do meio ambiente. Considerando o exposto, o objetivo deste trabalho foi elaborar atividades que estimulem o trabalho de forma colaborativa entre os alunos para auxiliar no processo de aprendizagem à respeito do Bioma Cerrado. Material e métodos As atividades foram realizadas com alunos de quatro turmas do quinto ano de uma escola localizada na cidade de Ilha Solteira (SP), como parte do Projeto de Extensão Universitária (PROEX-UNESP) “Biologia muito além da Ilha”. Participaram da atividade 90 alunos do 5º ano e a professora titular da turma responsável pela disciplina de Educação Ambiental na escola. Utilizou-se 4 horas/aula em cada turma. Na atividade 1 utilizou-se projetor multimídia para apresentar as características do Bioma Cerrado a fim de elucidar a diversidade de fauna e flora que esse bioma abrange, bem como a sua localização geográfica, seus aquíferos e bacias hidrográficas. Essa atividade foi expositiva-participativa. Na atividade 2, foi confeccionado o mapa do Brasil, destacando em cor verde a área que corresponde ao Cerrado. Diversas fotografias de animais desse bioma e de outros foram impressos, recortados e colocados dentro de um envelope. Elaborou-se 4 cópias desse material, para que as salas fossem divididas em quatro grupos. Os alunos deveriam colocar na área destacada do Cerrado os animais pertencentes ao bioma. Ao final da atividade foi realizada uma discussão sobre as dificuldades dos alunos. Na atividade 3, os alunos em grupo, elaboraram cartazes acerca dos impactos ambientais que afetam o Cerrado. Foram elencados quatro grandes temas: Agronegócio, Erosão, Mineração e Queimadas. Frases sobre esses temas associadas ao Cerrado foram impressas. Ao efetuarem a leitura das frases, os alunos deveriam associá-las a um dos grandes temas. Houve discussão sobre as frases mailto:rebeca_demarcos@hotmail.com mailto:marcela.smarostica@gmail.com mailto:thaylinequeiroz@gmail.com mailto:alinepmaciel@yahoo.com.br mailto:carolina@bio.feis.unesp.br 19 junto com os alunos. Na atividade 4 foi elaborado um experimento para mostrar a importância das matas ciliares. Foi montado em um recipiente retangular grande de plástico um cenário, que correspondesse a um rio com mata ciliar de um lado e sem mata ciliar do outro. O recipiente foi forrado com saco de lixo preto, colocou- se uma garrafa PET cortada ao meio que iria simbolizar o rio, terra (que foi distribuída ao redor da garrafa) e gramíneas. Outra garrafa PET transparente foi utilizada para simular a chuva. Após a demonstração do experimento, foi entregue um questionário contendo quatro questões dissertativas que foi preenchido em duplas e trios e a análise das respostas foi realizada utilizando a Análise de Conteúdo de Bardin (2016). Resultados e discussão O ensino sobre o espaço geográfico contribui muito para o aprendizado, segundo Goulart (2011) a compreensão do espaço geográfico pressupõe o desenvolvimento do olhar espacial, especificidade da Geografia, o qual proporciona as condições para a efetiva aprendizagem geográfica, valorizando o movimento, a contextualização e o cotidiano. Durante a realização das três primeiras atividades foi possível observar as curiosidades e dúvidas que os alunos possuíam sobre o Cerrado. As atividades realizadas em grupo proporcionaram melhor interação entre os alunos e entre professora-alunos. Os alunos fizeram associações corretas entre a fauna presente no Cerrado, sendo que as maiores dúvidas estavam relacionadas com as espécies com ampla distribuição geográfica, isto é, espécies não endêmicas deste Bioma. Em relação à elaboração dos cartazes, percebeu-se que os alunos conseguiram relacionar o grande tema com as frases disponíveis para leitura. Verificou-se que a montagem dos cartazes foi coletiva e que os alunos se ajudaram mutuamente. Foram respondidos 38 questionários por duplas ou trios na atividade 4 (90 alunos). Na questão 1, os alunos descreveram o que observaram no experimento. Como exemplo tem-se: “Que a mata com vegetação quando choveu absorveu água e a mata sem vegetação quando choveu começou a fazer pequenos buracos e começou a deslizar terra para dentro do rio”. Na pergunta 2, 87% citaram erosão e assoreamento como principais problemas apresentados no experimento. Na questão 3, 95% descreveram as consequência, tal como: “As consequências são a entrada de barro no rio e o desequilíbrio ambiental” e “Pode causar buracos no solo e assoreamentos nos rios, desmatamento das florestas e a extinção dos animais”. Na questão 4, 87% dos alunos apresentaram a importância e eficácia da mata ciliar, tal como: “A importância é de absorver a água e mandar ela para os lençóis freáticos e para as bacias hidrográficas”. Ao analisar os resultados obtidos das quatro turmas, de modo geral todas as atividades corresponderam ao que havia sido planejado e considerando a faixa etária dos alunos, por volta dos 10 – 11 anos, considera-se que mesmo com temas complexos, o uso de metodologias participativas, estímulo ao trabalho em grupo e utilização de experimentos, favorecem a aprendizagem. Conclusões O bioma Cerrado no contexto escolar ganha a possibilidade de se fazer notável aos olhos dos alunos, logo nos anos iniciais do Ensino Fundamental, propiciando melhorias na relação do ser humano com o meio ambiente, demonstrando sua importância e preparando os alunos para que saibam diferenciar os problemas existentes no Cerrado. Referências BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo (Trads. Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro). 3ª reimp. da 1ª ed. de 2016. Lisboa: Edições, v. 70, 2016. GOULART, Ligia Beatriz. Aprendizagem e ensino: uma aproximação necessária à aula de Geografia. O ensino de Geografia e suas composições curriculares. Porto Alegre: UFRGS, 2011. MAROTTI, A. C. B. et al. Projeto Biodiversidade do Cerrado – Escola Oca dos Curumins no Município de São Carlos-SP. Piracicaba-SP: [s.n.], 2016. 2 p. Disponível em: <http://www.esiga.org.br/sigaciencia/Trabalhos_publicados/V_SIGA_Ciencia/E.1-04%20- %20PROJETO_BIODIVERSIDADE_CURUMINS.%20Ana%20Cristina%20Bagatini%20Marotti.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2018. REIGOTA, Marcos. O que é educação ambiental. Brasiliense, 2017. 20 Antes eu sonhava com a UNESP, agora nem durmo: Influência do semestre letivo sobre a qualidade do sono Aymar Orlandi Neto(1)*; Agatha Yukari Horoiwa(2), Ariadyne Santos Soares(2), Aryane Mendes Magnani(2), Bianca da Silva Miguel(2), Caroline de Lima Frachia(2), Eduardo Akira Yamamoto(2), Fabielli Souza Leite Martins(2), Isis Caroline Ferreira Barbosa(2), Jéssica Natália Barbosa de Almeida(2), Luiz Henrique Carneiro Alves(2), Márcia Evelyn Alves(2), Mariana Bocchi da Silva(2), Márla Alixandre Silva(2), Matheus Alexandre dos Santos Pina(2), Paula Beatriz Pereira de Oliveira(2), Pedro Lacal da Cunha Minin(2), Sonia Yoko Sawakuchi(2), Stefanie Oliveira de Sousa(2), Taiene Maiara Santos(2), Tamara Jarosi Handajevsky(2), Thaisa Teixeira(2), Vanessa Capeletti Bernardes(2), Victor Navarro da Silva(2), Vinícius Santos dos Reis(2), Cristiele da Silva Ribeiro(3) 1UNESP- IBB, Curso de Pós-graduação em Ciências Biológicas (Zoologia)- orlandi.aymar@gmail.com 2UNESP-FEIS, Discentes do 9º semestre do Curso de Ciências Biológicas, matriculados na disciplina Fisiologia Geral e Comparada: Sistemas – Bacharelado e Licenciatura. 3UNESP-FEIS, Docente, Departamento de Biologia e Zootecnia. Introdução O sono é um estado da consciência de acentuada importância na saúde física, mental e psicológica nos indivíduos, pois regula a homeostase fisiológica, secretando hormônios, reduzindo a temperaturacorporal e função cardiovascular, além de alterar o desempenho cognitivo e de humor (Pascotto e Santos, 2013). Estudantes universitários são um grupo de risco para o desenvolvimento de distúrbios relacionados ao sono, devido a má qualidade e/ou privação do sono (Pereira et al., 2011). Tais condições, interferem negativamente na atividade do indivíduo durante o dia, prejudicando os processos cognitivos (Souza e Guimarães,1999). Observa-se que as exigências durante a graduação são muitas, e aumentam conforme a graduação vai chegando ao fim, consequentemente reduzindo o número de horas e qualidade do sono compensatório ao trabalho ser realizado (Depieri et al., 2016). Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi comparar aspectos da qualidade de sono entre alunos do primeiro e nono semestres do curso de Ciências Biológicas da UNESP, câmpus de Ilha Solteira – SP. Métodos O presente estudo foi realizado na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, câmpus de Ilha Solteira pelos alunos regularmente matriculados na disciplina Fisiologia Geral e Comparada: Sistemas, no 1º semestre de 2018. Os questionários foram aplicados para 39 alunos, sendo 18 do 1º semestre (idade média de 18 anos e 8 meses ± 1 ano e 7 meses) e 21 do 9º semestre (idade média de 22 anos e 7 meses ± 1 ano e 3 meses). Todos os participantes estavam cientes e de acordo com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Aplicou-se um questionário respondido por 7 dias subsequentes (19/03/2018 – 25/03/2018) pelos sujeitos da pesquisa, contendo as seguintes questões: “Você fez uso de qualquer substância química que altera o padrão de sono (álcool, cafeína, etc.)?”; “Você realizou atividade física?”; “Horas de sono”; “Como você se sentiu ao acordar?”; “Comparado ao seu sono habitual, sua qualidade de sono foi (melhor, pior ou igual)”; “Você se lembra de ter acordado e dormido de novo?”; “Quanto tempo para pegar no sono?”. Sendo as respostas transformadas em escala ordinal. Posteriormente, realizou-se o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade das variáveis. Para os dados paramétricos foi aplicado o teste T de student, e não paramétricos foi aplicado o Teste de soma de Postos de Wilcoxon. Ainda, utilizou-se do Teste de Corrrelação de Pearson para medir a força da relação linear entre variaveis, e também a idade dos sujeitos da pesquisa. Os dados foram analisados utilizando o software estatístico RStudio, versão 1.1.442. Resultados e discussão Verificou-se que os calouros praticam mais atividades físicas e se sentem melhor ao acordar em relação aos veteranos (Tabela 1). Ainda, os veteranos tiveram o tempo de sono inferior aos calouros (Tabela 1), sendo estes dentro da média brasileira para a faixa etária analisada (Walch, 2016). Tais resultados, bem como a correlação da idade com as horas de sono (p>0,0001), sendo quando maior a idade, menor o tempo de sono, sugerem que os veteranos, devido a maior carga de exigências acadêmicas, possuem menos tempo para práticas esportivas e horas de sono, consequentemente podendo afetar na percepção de bem-estar ao acordar. Sendo 21 aspectos importantes na saúde e qualidade de vida dos indivíduos (Lavie, 1996). Também, verificou-se uma correlação negativa entre a percepção do bem-estar ao acordar e interrupções durante o sono (p=0,008), com indivíduos que tiveram mais vezes o sono interrompido auto-avaliando pior a sensação ao acordar. Esta correlação negativa corrobora com outros estudos, que indicaram que indivíduos que tem o sono interrompido um maior número de vezes se sentiram menos dispostos do que os indivíduos que não enfrentaram interrupções (Depieri et al. 2016; Costa e Ceolim, 2013). Observando-se as respostas às questões “Como você se sentiu ao acordar?”; “Comparado ao seu sono habitual, sua qualidade de sono foi (melhor, pior ou igual)”, percebe-se que não houve coerência entre as respostas para ambos grupos, que por vezes descreviam a qualidade de sono como ruim e a sensação ao acordar como boa, e vice-versa. Tal fato pode estar ligado aos estudantes não conseguirem fazer uma autoavaliação de forma efetiva (Depieri et al. 2016). Verificando-se a necessidade de trabalhos preventivos direcionados aos alunos desde o início da graduação, para que estes consigam desenvolver uma qualidade de sono favorável às suas necessidades e possam adequá-las às suas atividades diárias. Tabela 1 – Aspectos de qualidade de sono em alunos Calouros e Veteranos do Curso de Ciências Biológicas da FEIS/UNESP a,b Mostram diferença estatística significativa entre os grupos de discentes analisados (p<0,005). Conclusões Considerando que estudantes de graduação tendem a ter problemas ligados ao estresse devido à sobrecarga mental e física, concluímos que a qualidade de sono foi depletada consideravelmente na comparação entre alunos calouros e veteranos, notadamente pela diminuição de horas de sono e pior auto avaliação da sensação ao acordar. Agradecimentos Os autores agradecem aos discentes do 1º semestre do curso de Ciências Biológicas pela participação na pesquisa. Referências COSTA, S.V., CEOLIM, M.F. Fatores que interferem na qualidade do sono de pacientes internados. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 47:46-52,2013. LAVIE, P. The enchanted world of sleep. New Haven: Yale University Press, 1996. 270p. DEPIERI, N.B., CÍCERO, L.R., GUIZELLINI, V.S., BIANCHI, L.R.O. Qualidade do Sono e Sonolência entre Universitários Formandos. Arquivos do MUDI, 20:33-42, 2016. PASCOTTO, A. C., SANTOS, B. R. M. Avaliação da qualidade do sono em estudantes de ciências da saúde. Revista do Instituto de Ciências da Saúde. 31: 306-310, 2013. PEREIRA, E.G., GORDIA, A.P., QUADROS, T.M.B. Padrão do sono em universitários brasileiros e sua relação com a prática de atividades físicas: uma revisão da literatura. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. 9: 1-6, 2011. SOUZA, J. C.; GUIMARÃES, L. A. M. Insônia e qualidade de vida. UCDB, 1999. 194 p. WALCH, Olivia J.; COCHRAN, Amy; FORGER, Daniel B. A global quantification of “normal” sleep schedules using smartphone data. Science advances, 2(5), p 1-6, 2016. Aspectos analisados Grupos Calouros Veteranos Horas de sono (horas, minutos) 8,10±1,37a 6,53±0,10b Prática de exercícios físicos (0= nenhuma vez; 1= todos os dias) 0,31±0,07a 0,14±0,01b Uso de substâncias químicas que alteram padrões de sono (0= nenhuma vez; 1= todos os dias) 0,31±0,08 0,43±0,07 Qualidade de Sono (melhor=2; pior=0) Sensação ao acordar (bem=2; mal=1) Número de despertares noturnos (vezes por noite) Tempo para adormecer (<30`=1; >30`=2; >60`=3) 0,86±0,09 1,77±0,07a 0,86±0,17 1,37±0,10 0,64±0,13 1,29±0,04b 1,00±0,10 1,00±0,04 22 As Cooperativas de Reciclagem e a gestão dos resíduos sólidos urbanos: estudo de caso do município de Ilha Solteira (SP) Marina Guimarães Germini (1)*, Denise Gallo Pizella (2) 1UNESP-FEIS, Curso de Ciências Biológicas – Bacharelado. e-mail: marinagermini@gmail.com 2 UNESP-FEIS, Docente, Departamento de Biologia e Zootecnia. Introdução Uma gestão sustentável de resíduos sólidos urbanos necessita de olhares atentos para a inter-relação entre a sustentabilidade ambiental, social e econômica, visando não somente a redução da geração de resíduos e o desperdício das matérias-primas, mas também sua reciclagem. A Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010 concedeu às cooperativas de catadores de materiais recicláveis a condição de um instrumento de gestão. Para que seja implementado, necessita de recursos, sendo que as prefeituras municipais podem conceder às organizações de catadores galpões de triagem, pagamento de despesas como água e energia elétrica, transporte, projetos de capacitação, divulgação e educação ambiental. Segundo IPEA (2015) e BESEN (2012), mais de oito bilhões de reais são enterradosanualmente no Brasil, em forma de materiais que poderiam ser recuperados, impulsionando a geração de trabalho e de renda. Para que a gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) cumpra com os requisitos de emancipação social dos catadores de materiais recicláveis, há que se observar o papel do Poder Público nesta promoção, pois, segundo Besen (2012, p. 423): “[...] Há casos sérios de violação de direitos humanos em que esses trabalhadores são submetidos a horas de trabalho a fio sem qualquer salubridade, há casos de servidão por dívida ao comprador, vínculos por meio de pequenos vícios, trabalho infantil e análogo à escravidão”. No Brasil, cerca de 90% de todo material reciclável é coletado pelos catadores (majoritariamente mulheres negras), agentes principais da nossa cadeia produtiva e os que menos se beneficiam com ela. Tendo em vista o protagonismo das cooperativas de catadores dadas pela PNRS, este trabalho tem por objetivo analisar as potencialidades e problemas enfrentados pelas cooperativa de catadores de materiais reciclaveis no município de Ilha de Solteira (SP) em termos da promoção de uma gestão socioambientalmente sustentável dos RSU. Material e Métodos A metodologia do trabalho correspondeu à análise documental do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do Município de Ilha Solteira de 2012, de modo a identificar as potencialidades e dificuldades da gestão de RSU no que se diz respeito à cooperativa de catadores de materiais recicláveis. Deste modo, se procurou analisar a frequência e modo de coleta; a renda média obtida pelos cooperados; como se dá a venda dos materiais e, por fim, as condições de trabalho dos cooperados. Resultados e discussão O município de Ilha Solteira (SP) possui um programa de coleta seletiva por meio de uma parceria entre a Prefeitura Municipal com a cooperativa COPERSELI (Cooperativa de Reciclagem e Seleção de Lixo), que iniciou suas operações no ano de 2002, se localizando no Distrito Industrial municipal. No momento de elaboração do Plano de Resíduos Sólidos, a cooperativa possuía 11 trabalhadores, que obtinham uma renda que variava entre R$ 600,00 a R$ 800,00 ao mês (ILHA SOLTEIRA, 2012). Segundo Ilha de Notícias (2017) a coleta seletiva é realizada de segunda à sábado, abrangendo todas as regiões do município, onde há uma divisão de acordo com os bairros/setores existentes, de modo a facilitar sua logística, ocorrendo no periodo noturno. Os caminhões coletores foram considerados inadequados para a realização da coleta, visto que realizam a prensa dos materiais, podendo ocasionar acidentes aos trabalhadores com a quebra de vidros e, dada a presença comum de materiais orgânicos dispostos em conjunto com os recicláveis, levar à perda destes (ILHA SOLTEIRA, 2012), o que compromete a própria existência da coleta no município. Após a coleta, o material é levado ao galpão da COPERSELI, que se encontrava, no momento, desorganizado. Em termos de equipamentos, havia duas prensas hidráulicas e uma esteira de catação, sendo que todos se encontravam em estado precário de conservação, levando à paradas constantes nas operações que se davam no galpão. Os materiais que chegam ao galpão são depositados em um silo e direcionados à esteira. Os materiais recicláveis são colocadps em “Big Bags”, onde são reservados de acordo com seu tipo. Posteriormente, aqueles que precisam de prensa passam por tal processo e são armazenados para a venda. No galpão, foram observados, no momento de elaboração do Plano, materiais volumosos espalhados, como camas, sofás, para-choques de carros, dentre outros (ILHA SOLTEIRA, 2012), colaborando para a desorganização no ambiente de trabalho. 23 Entrevistas realizadas com os cooperados demonstraram inadequações nas condições de trabalho, quais sejam: o baixo rendimento econômico obtido, gerando desmotivação com o trabalho; pequeno apoio por parte da Prefeitura Municipal, como a ausência de um coordenador que orientassse os cooperados em todo o processo de trabalho, desde a organização do espaço, à triagem, vendas e administração da cooperativa; ausência de programas de educação ambiental visando a adesão dos moradores para a separação dos materiais recicláveis; a não remuneração, por parte da Prefeitura Municipal, pelos serviços prestados na gestão dos RSU, como permite a Lei 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), além de dívidas financeiras da cooperativa por conta de tributos fiscais. Em termos de vendas dos materiais, consta no Plano que o maior comprador de materiais recicláveis é uma empresa aparista, ou seja, de “ferro-velho”, situada no município, que compra peças de ferro e papelão e remunera diretamente os trabalhadores da cooperativa (ILHA SOLTEIRA, 2012). No Plano de Resíduos foi realizada uma pesquisa com a população do município em termos da coleta seletiva. Deste modo, 99, 35% dos residentes consideraram a coleta como muito importante, o mesmo se dando com os comerciantes do município, que responderam neste mesmo sentido, em 100%. Quanto à gestão compartilhada dos resíduos, que atribui, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a colaboração de todos em termos da coleta seletiva e outros aspectos da Lei, obtiveram-se os seguintes dados: nas residências, 6,8% das pessoas não separam os recicláveis dos resíduos orgânicos, 81,2% sempre o fazem e 11,8% somente de forma esporádica. Já na área commercial, 10% não separa, 82,5% sempre o faz e 7,5% separa esporadicamente. Como encaminhamentos do Plano para solucionar os problemas levantados, estão a inserção de trabalhadores que atuam de modo autônomo no município; investimento em novos equipamentos para a cooperativa e remuneração dos cooperados pelos serviços prestados à Prefeitura Municipal, de modo a aumentar a renda dos trabalhadores (ILHA SOLTEIRA, 2012). Conclusões O município de Ilha Solteira possui uma cooperativa de coleta de materiais recicláveis desde o ano de 2002, que possui potencialidades para uma ação mais efetiva na gestão dos RSU municipais, desde que a Prefeitura Municipal, em conjunto com a sociedade ilhense, atue para sua melhoria. A PNRS atribuiu um importante papel às cooperativas, pois é um instrumento de gestão que possibilita um aumento na vida útil de aterros sanitários, possibilita a diminuição no uso de novos materiais para a confecção dos diversos produtos que são consumidos, além de permitir a emancipação social de catadores autônomos. O Plano de Gestão de Resíduos apresentou encaminhamentos para sanar os problemas enfrentados pela cooperativa, mas sem ações concretas para efetivá-los. Etapas posteriores do trabalho procurarão validar ou não os problemas e potencialidades da cooperativa identificados no Plano, por meio de entrevistas com os cooperados e com o gestor ambiental local. Referências BESEN, G.R. Política Nacional de Resíduos e o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis. In: JARDIM, A.; YOSHIDA, C.; FILHO, J. V. M. (Org). Política nacional, gestão e gerenciamento de resíduos sólidos. Barueri, SP: Manole, 2012, p. 414. CEMPRE. Radiografando a Coleta Seletiva. 2014. Disponível em: <http://cempre.org.br/ciclosoft/id/2>. Acesso em: 21 mar. 2018. ILHA DE NOTÌCIAS. Coleta seletiva segue sem alteração; novo calentário é apenas para o lixo comum. Disponível em <http://www.ilhadenoticias.com/index.php/menu-prefeitura/6220-coleta-seletiva-segue-sem-alteracao-novo- calendario-e-apenas-para-o-lixo-comum.html>. 2017. Acesso em: 10 abril 2018. ILHA SOLTEIRA. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Ilha Solteira-SP. Ilha Solteira, 2012. IPEA. Boas Práticas de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos e de Logística Reversa com a Inclusão de Catadores de Materiais Recicláveis. Rio de Janeiro: IPEA, 2015. MANNARINO, C. F.; FERREIRA, J.A.; GANDOLLA, M. Contribuições para a evolução do gerenciamento de resíduossólidos urbanos no Brasil com base na experiência Européia. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 21, n. 2, p.379-385, 2016. http://www.ilhadenoticias.com/index.php/menu-prefeitura/6220-coleta-seletiva-segue-sem-alteracao-novo-calendario-e-apenas-para-o-lixo-comum.html http://www.ilhadenoticias.com/index.php/menu-prefeitura/6220-coleta-seletiva-segue-sem-alteracao-novo-calendario-e-apenas-para-o-lixo-comum.html 24 A utilização de curtas-metragens socioambientais como ferramenta para educação ambiental no ensino formal João Vitor de Souza Xavier(1) *, Rafael Augusto Martins(2), Denise Gallo Pizella(3) 1UNESP-FEIS, Curso de Ciências Biológicas – Licenciatura e Bacharelado, Departamento de Biologia e Zootecnia. E-mail: joaovitor.sx@hotmail.com 2UNESP-FEIS, Curso de Ciências Biológicas – Bacharelado, Departamento de Biologia e Zootecnia. 3UNESP-FEIS, Docente, Departamento de Biologia e Zootecnia Introdução Segundo Tristão (2004), a temática ambiental é facilmente relacionada aos temas apresentados aos alunos em sua grade tradicional de disciplinas, mas, por apresentar uma natureza interdisciplinar, é melhor trabalhada por meio de projetos ou atividades extracurriculares, pois não é possível inseri-la na estrutura curricular, em uma única disciplina. Neste sentido, Gava e Xavier (2008), apontam para a utilização da ferramenta audiovisual para que os alunos possam articular diversas visões de mundo de modo estimulante e emocionante, por possuir uma liguagem própria e cotidiana. Este Projeto de Extensão teve como principal objetivo desenvolver o espírito crítico de estudantes da cidade de Ilha Solteira (SP) frente aos problemas socioambientais nacionais e globais, estimulando seu senso crítico de maneira que propusessem soluções que pudessem minimizar tais problemas, por meio de debates em sala de aula, fazendo uso da ferramenta cinematográfica. Material e métodos O projeto foi desenvolvido juntamente a uma escola da rede privada de ensino, no município de Ilha Solteira (SP), para alunos do Ensino Médio, perfazendo aproximadamente 42 alunos. Neste sentido foram exibidos, quase que mensalmente, curtas metragens relacionados à temática socioambiental. Após a exibição dos curtas- metragens, foram realizados debates com as turmas referentes aos temas abordados e solicitado aos estudantes que respondessem a um questionário, que posteriormente foi analisado, de modo a perceber de que forma o público-alvo apreendeu os conteúdos discutidos. Foram exibidos e discutidos os seguintes curtas-metragens no período: “Rio Resiliente: áreas verdes urbanas”, “Refugiados do Desenvolvimento”, “São Paulo, a cidade dos rios invisíveis”, “Rios Voadores”, “Para onde foram as andorinhas?”, “Ilha das Flores” e “Cuidar das borboletas”. Resultados e discussão O primeiro documentário exibido “Rio Resiliente: áreas verdes urbanas” trata da importância destes espaços para o aumento da umidade do ar, infiltração das águas da chuva, conforto térmico, entre outros. A análise dos questionários mostrou que os alunos participantes consideram tais espaços como importantes por conta destes benefícios, porém, consideraram que há uma carência de áreas verdes no ambiente urbano, que são pouco valorizados pela população em geral e pouco preservados por parte do Poder Público. Em sua maioria, consideraram um dever de toda a coletividade a conservação e uso de tais áreas. O segundo curta-metragem “Refugiados do Desenvolvimento” aborda o mito do desenvolvimento econômico, que se dá de forma predatória e excludente. Neste sentido, o modelo econômico acaba por promover uma elevada degradação ambiental e social, onde as populações mais pobres sofrem de forma desproporcional em relação aos impactos gerados, se tornando refugiados ambientais, ou seja, não beneficiados pelas políticas de desenvolvimento econômico existentes no Brasil. Nesta intervenção, os estudantes foram levados a pensar sobre o desenvolvimento existente no país e se este promoveria de fato a sustentabilidade socioambiental. Quando questionados sobre a definição de desenvolvimento sustentável obteve-se “um progresso que não afeta o meio ambiente”, por exemplo. Após o documentário e a discussão realizada, percebeu-se uma compreensão de que o termo se apóia em um tripé que considera as questões ambientais, sociais e econômicas como interligadas. Além disto, a maioria dos estudantes apresentou a definição clássica de desenvolvimento sustentável, que inclui as gerações futuras na utilização dos bens e serviços ambientais. Já quando questionados sobre os termos “refugiados” e “refugiados do desenvolvimento” se obteve como respostas que refugiados “são aqueles que não podem morar em tal local, e são obrigados a sair de lá”, enquanto que refugiados do desenvolvimento “são pessoas que tem que sair de suas casas, pois vai ser construído algo no local”. Muitos participantes mostraram um entendimento de que há desigualdades sociais no modelo de desenvolvimento adotado no país. 25 No terceiro mês, foi trabalhado o documentário “São Paulo, a cidade dos rios invisíveis” que relaciona a cidade com seus rios, onde se buscou contextualizar o tema com exemplos de Ilha Solteira. Ao questionar os estudantes sobre seu conhecimento dos rios visíveis no município, diversos estudantes citaram os principais rios e córregos existentes e, de modo geral, apresentaram ideias que relacionam a proteção dos rios com a conservação da vegetação ciliar. Nesta intervenção, se procurou discutir as causas das enchentes urbanas e, como respostas nos questionários, houve a compreensão da relação entre a canalização e tamponamento dos rios com as enchentes. Por fim, foram questionados sobre quais atores sociais deveriam exercer boas práticas para a conservação dos rios urbanos, com uma compreensão do dever da coletividade neste sentido. “Rios Voadores” foi o quarto audiovisual a ser trabalhado, com o intuito de promover a discussão em torno da importância da floresta Amazônica para a geração de massas de ar úmido que levam à grande parte das precipitações que se dão nas regiões sudeste e centro-oeste do país. Obtive-se com as discussões e questionários a compreensão deste fato e que as principais ameaças para a manutenção da Floresta são as madeireiras, a mineração e a expansão agrícola. Quando questionados a respeito das soluções para os problemas que afetam a manutenção da Floresta, obtive-se a necessidade de “conscientização da população; respeitar as leis preestabelecidas…”; além da mobilização social: “Protestar e denunciar, como o caso que ocorreu no Rock in Rio…”. O quinto documentário, “Para onde foram as andorinhas?”, teve como finalidade apresentar os impactos que o desmatamento visando à expansão agropecuária se dão em tribos que residem no Parque Nacional do Xingu. Neste curta, os estudantes conseguiram relacionar as causas e efeitos sofridos pelos povos indígenas e refletiram acerca do conhecimento destes povos, destacando a medicina, técnicas de cultivo, de pesca, entre outras. “Ilha das Flores”, o sexto curta-metragem a ser trabalhado, teve a finalidade de mostrar as desigualdades sociais presentes no país, apesar de todos sermos seres-humanos. Os estudantes apresentaram em seus questionários a questão das injustiças sociais: “como o Brasil é um país capitalista, quem possui mais poder aquisitivo tem mais direitos que uma pessoa que não possui.”. Por fim foram levados a questionar qual a relação entre “Desenvolvimento Sustentável” e “Desigualdades Sociais”. Apesar de compreenderem que a idéia de desenvolvimento sustentável exclui a realidade das desigualdades sociais, se observou em algumas respostas, uma certa dificuldade em realizar tal análise, que a equipe do projeto considerou também como sendo de alta complexidade. O sétimo e último curta-metragem foi “Cuidar das Borboletas”, que teve por objetivo discutiros problemas socioambientais derivados do nosso modelo agrícola de desenvolvimento, baseada nos incentivos à agricultura convencional em detrimento da orgânica. Nas discussões e nos questionários, os estudantes demonstram saber que a produção orgânica é socioambientalmente sustentável, mas levantaram as dificuldades em encontrar tais alimentos nos mercados. Ainda foi possível discutir as possíveis iniciativas para o aumento da produção de orgânicos no Brasil por meio de incentivos às cooperativas que os produzem. Conclusões O Projeto de Extensão Universitária “Cinema e Meio Ambiente”, de acordo com as discussões realizadas e as respostas dos estudantes, parece ter cumprido com seu objetivo primordial. No entanto, dificuldades foram encontradas em seu decorrer, dadas fundamentalmente pelo tempo reduzido dado para as intervenções (uma aula de 50 minutos de duração), impossibilidade o trabalho com curtas-metragens com maior tempo de duração e comprometendo que discussões mais profundas fossem realizadas. Agradecimentos A Pró-reitoria de Extensão Univeristária (PROEX) da UNESP, pela bolsa e auxílios concedidos ao desenvolvimento deste Projeto. Referências GAVA, R.; XAVIER, W.S. Entre o Ensino e o Debate: o uso do documentário “The Corporation” como recurso didático na formação de administradores brasileiros. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, número especial I ENEPQ, 2008, p. 70-79. TRISTÃO, M. Saberes e fazeres da educação ambiental no cotidiano escolar. Revista brasileira de educação ambiental, 2004, p.47-56. 26 Avaliação da concentração de nutrientes na água do córrego do Ipê, município de Ilha Solteira-SP. Mayra Carolina da Silva Ferreira(1)*, Letícia de Oliveira Manoel (2), Sérgio Luís de Carvalho(3) 1UNESP-FEIS, Curso de Ciências Biológicas, e-mail: mayra.carolina.sf@hotmail.com 2UNESP-IBB, Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas (Zoologia) 3UNESP-FEIS, Docente, Departamento de Biologia e Zootecnia. Introdução A crescente escassez de águas naturais de boa qualidade constitui um dos grandes problemas mundiais da atualidade. Tal quadro pode, em grande parte, ser atribuído à demanda crescente de água pelas populações conjugada à deterioração dos mananciais superficiais e subterrâneos ocasionada pelo lançamento inadequado de esgotos sanitários, industriais e resíduos sólidos no solo e em corpos hídricos (CAMPOS, 1999). Sabe-se que o lançamento de elevadas concentrações de nutrientes (nitrogênio e fósforo) em cursos de água superficiais causa a diminuição dos níveis de oxigênio e o aumento da biomassa algal originada no corpo receptor decorrente do processo de eutrofização (CHERNICHARO, 2001). A maioria dos estudos realizados procura enfocar a exportação de nutrientes de bacias de drenagem, analisando a relação entre o uso da bacia de drenagem para a agricultura e a exportação de nitrogênio e fósforo. Segundo ODUM (1988) uma paisagem puramente urbana tende a liberar relativamente mais nitrogênio, enquanto que uma quantidade maior de fósforo tende a escoar de uma bacia predominantemente agrícola. O monitoramento dos recursos hídricos superficiais das microbacias permite avaliar a velocidade dos processos de degradação e a efetividade de medidas conservacionistas implantadas no sistema por melhores práticas de manejo. Neste sentido, o objetivo deste estudo é avaliar a concentração de nutrientes (fósforo e nitrogênio) na água do córrego do Ipê, no município de Ilha Solteira - SP. Material e métodos Realizou-se 12 campanhas com periodicidade mensal (maio/2012 a abril/2013), em dois pontos amostrais: P1 - na nascente do córrego do Ipê (20° 27’ 25.4” S e 51°18’ 33.7” O) e P2 – na foz do córrego do Ipê (20° 27’ 05.2” S e 51° 21’ 46.8” O), localizados na Microbacia Hidrográfica do Córrego Caçula, no município de Ilha Solteira, região noroeste do Estado de São Paulo. As coletas foram realizadas no período matutino, utilizando garrafas de polietileno de dois litros higienizadas com água ionizada, as amostras foram preservadas seguindo os procedimentos recomendados na NBR 9898/97. Para a análise de Nitrogênio total (N) e Fósforo total (P) foi utilizado a metodologia de análise da digestão de ácido persulfato seguido de espectrofotometria pelo aparelho HACH modelo DR2500, de acordo com os Métodos para as Análises de Águas Potáveis e Residuárias – Standard Methods for Examination of Water and Wastewater (APHA-AWWA-WPCF, 1998). As amostras foram analisadas no laboratório de Saneamento do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (UNESP), onde foram avaliadas em no máximo 24 horas após a coleta. Resultados e discussão O fósforo total é considerado um dos melhores indicadores do conteúdo de nutrientes em qualquer ecossistema (SANTI et al. 2012), e sabe-se que o lançamento de elevadas concentrações de nutrientes (N e P) em cursos de água superficiais causa a diminuição dos níveis de oxigênio e o aumento da biomassa algal originada no corpo receptor decorrente do processo de eutrofização (Chernicharo, 2001), além de ocasionar problemas como gosto e odor, declínio da pesca, mortandade de peixes, obstrução de cursos d’água e efeitos tóxicos sobre animais e seres humanos (VON SPERLING, 2005). Em águas naturais, que não foram submetidas a processos de poluição, a quantidade de fósforo total varia de 0,005 a 0,020 mg.L-1 (EMBRAPA, 2002), enquanto que nas estações amostrais avaliadas a concentração média foi de 3,29 mg.L-1 (Estação 1) e 3,13 mg.L-1 (Estação 2), acima do permitido para corpos d’água de classe 2, que é de até 0,0500 mg.L-1 (Resolução CONAMA 357/05). De acordo com Poleto (2003) as altas concentrações de P no córrego do Ipê, devem-se ao lançamento de esgotos clandestinos que são lançados diretamente nesse corpo d’água, além do transporte de fertilizantes e adubos do solo sem conservação adequada. Segundo Freitas (2000), as águas drenadas em áreas agrícolas e urbanas podem provocar a presença excessiva de fósforo em águas naturais entre outras fontes antrópicas. 27 Em relação ao Nitrogênio Total, também se observou valores elevados nas duas estações amostrais, com concentração média de 1,60 mg.L-1 na estação 1, e 2,45 mg.L-1 na estação 2. Os resultados obtidos estão associados ao processo de urbanização que resultou na contaminação do córrego do Ipê, com acentuado comprometimento da qualidade de suas águas, decorrente de fontes pontuais e difusas. Tal fato resulta dos esgotos clandestinos que são lançados diretamente nesse corpo d’água e da falta de práticas de conservação do solo que sejam eficientes na retenção das águas pluviais e controle de erosões. Conclusões Conclui-se que as concentrações de P e N no córrego do Ipê, apresentaram valores elevados ultrapassando os limites estabelecidos pela legislação, caracterizando o ambiente aquático como contaminado e sujeito a processos de eutroficação. Desta forma, torna-se necessária a implantação de técnicas de manejo como curvas de nível, para diminuir e evitar erosões, além do carreamento de adubos e nutrientes do solo, bem como realizar levantamento e eliminação dos esgotos clandestinos, tornando-os parte do sistema de esgoto municipal. Referências APHA – American Public Health Association, AWWA – American Water Works Association, WPCF – Water Pollution Control Federation. “Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater”. 19ª ed. Washington, DC, USA: ed. APHA, 1995. CAMPOS, J. R. (Coordenador). Tratamento de esgotos sanitários por processo anaeróbio e disposição controlada no solo. Rio de Janeiro: ABES, 1999. 464p. CHERNICHARO, C. A. L. (Coordenador). Pós-tratamento de efluentes anaeróbios. Belo Horizonte: PROSAB,
Compartilhar