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Análise de Penas e Medidas de Segurança

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QUESTÃO 04 PÁGINA 149 (SURSIS E REINCIDÊNCIA)
A) Mesmo que Paulo Saluf tivesse 70 anos à data da sentença, podendo ser aplicável a ele
o sursis etário, considerando o seu patamar de pena inferior a 2 anos, seria muito mais
favorável a fixação do sursis simples ou especial. Logo, considerando que, para que seja
aplicado o sursis especial, o sujeito necessita de que todas as condições judiciais lhes
sejam favoráveis, e, tendo em vista o fato de ele ser primário e ostentar bons antecedentes,
além de ter realizado a reparação de danos, a espécie de sursis aplicada ao seu caso seria
a de sursis especial (período de prova de 2 a 4 anos).
B) No dia 03 de junho de 2015, houve a prorrogação do sursis de Paulo Saluf ao máximo
previsto para a modalidade (4 anos). Porém, como em 03 de junho de 2017 seu benefício
foi revogado, ele será encaminhado ao cárcere a fim de cumprir a pena privativa de
liberdade a qual foi condenado, e todo o período de prova cumprido até então (2 anos) será
descartado, devendo cumprir, integralmente, sua pena privativa de liberdade. Paulo Saluf foi
condenado a uma pena de 1 ano e 8 meses de reclusão, mas permaneceu em prisão
provisória por 2 meses, portanto, a detração será considerada, conforme disposição do art.
42, CP. Assim: 1 ano e 8 meses – 2 meses = 1 ano e 6 meses. Paulo Saluf cumprirá 1 ano e
6 meses de reclusão em regime inicial aberto, e por conseguinte, terminará de cumprir sua
pena em 02 de dezembro de 2018 (03 de junho de 2017 + 1 ano e 6 meses = 02 de
dezembro de 2018).
C) Considerando que o condenado terminou de cumprir sua pena em 02/12/2018, para
retornar à condição de primário, terá de haver transcorrido o período depurador da
reincidência, superior a 5 anos, conforme o art. 64, I, CP. Desse modo, temos que:
03/12/2018 + 5 anos e 1 dia = 03/12/2023. A partir do dia 03/12/2023, ele será considerado
primário novamente. Observa-se que, neste caso, não se considera o período de prova do
sursis para o cômputo do prazo depurador reincidencial de acordo com a parte final do
referido dispositivo, uma vez que ele foi revogado.
QUESTÃO 3 PÁGINA 87 (DOENÇA MENTAL)
A) O Juiz do processo (Condenação) deve se ater à situação de Pedrinho ao tempo dos
fatos (ele era plenamente capaz). Assim, a sentença deve impor a Pedrinho uma
condenação, com aplicação de pena (pois ele tinha, ao tempo dos fatos, culpabilidade), com
o cálculo de pena que repercutirá a medida de sua culpabilidade.
B) O Juiz da Execução, ao receber a sentença transitada em julgado de Pedrinho,
perceberá que o réu tornou-se portador de doença mental incapacitante. Nesse sentido,
observando a situação do condenado, deverá providenciar o encaminhamento de Pedrinho
para um Hospital Psiquiátrico, onde receberá tratamento, conforme o art. 41, CP. Se durante
o cumprimento da pena no hospital psiquiátrico, o tratamento surtir efeito e o condenado
restar curado, ele retornará ao cárcere e o tempo que passou no Hospital será detraído de
sua pena, segundo dicção do art. 42, CP. Todavia, caso não apresente melhora, restará
internado no Hospital até o fim do cumprimento de sua pena, quando será posto em
liberdade.
QUESTÃO 2, A PÁGINA 10 (MEDIDAS DE SEGURANÇA)
Por ter um caráter de tratamento, a medida de segurança continua sendo uma sanção de
prazo indeterminado. Apesar de haver uma previsão legal acerca do prazo mínimo desta
(entre 1 a 3 anos pelo art. 97, §1°, CP), o estabelecimento desse prazo recebe muitas
críticas, pois não há, segundo recomendação médica. Além disso, sua determinação se
mantém inútil, já que o juiz da execução pode, a qualquer tempo, instaurar um incidente de
cessação da periculosidade, mesmo antes do término do “prazo mínimo”.
Por outro lado, o prazo de duração da medida de segurança possui um limite máximo,
prevalecendo a Súmula 527 do STJ, a qual dispõe que o limite máximo de duração deve
observar o máximo abstrato previsto na pena cominada ao crime, para prever o respeito à
impossibilidade de sansões de caráter perpétuo (5º, XLVII, b, CF)
QUESTÃO 1 PÁGINA 148
Associação 2017
20 anos- circunstância atenuante - 65º, I
reincidente não específico - circunstância agravante -61º, I
maus antecedentes - circunstâncias judiciais
contra seu irmão- causa de aumento -129º, §10º—- +1/3
contra criança- causa de aumento - 129º §7º — +1/3.
usou de fogo - circunstância agravante - 61º, II, d
determina menor a cometer o crime - circunstância agravante - 62º, II
motivo de relevante valor moral - causa de diminuição - 129º, §4,----- -⅙ a ⅓
deformidade permanente 129 §2 III - circunstâncias judiciais-qualificadora excedente
enfermidade incurável -129 §2 II - limite 2 a 8 anos - qualificadora
incapacidade por + 6 meses - 129º §1º I- circunstâncias judiciais-qualificadora
excedente
perigo de morte -129 §1 II
confessou espontaneamente - circunstância atenuante - 65, III, d
semi imputável grau médio não perigoso- causa de diminuição - 26º, §único - ⅓ a ⅔
Joesley está presente em dois crimes
Associação e de lesão corporal
1º crime - Lesão corporal qualificada (129º, §2º, II)
1ª ETAPA:
- Definição do tipo penal - Lesão corporal qualificada (129º, §2º, II), em virtude
de enfermidade incurável da vítima.
- Limite de pena 2 a 8 anos
- Defino a pena base como sendo de 5 anos, em virtude das circunstâncias
judiciais desfavoráveis previstas no art. 59º do CP, maus antecedentes, e as
consequências gravíssimas do crime, deformidade permanente, afastamento
das ocupações habituais por mais de 6 meses e perigo de vida.
- OBS: Deformidade permanente, afastamento das ocupações habituais por
mais de 6 meses, são qualificadoras excedentes (pelo fato de alterarem
menos o limite da pena), que como não se encaixavam como causas de
aumento previstas nos artigos 61 e 62 do CP, sopesei como circunstâncias
judiciais.
2ª ETAPA:
- Tendo a pena base fixada em 5 anos, elenco as circunstâncias legais para
definir o quantum e após isso, aplicar a pena.
- Vale lembrar que por ser menos importante que as causas, temos seus
valores limitados a ⅙ de 5 anos = 10 meses, para não supervalorizar.
- confessou espontaneamente - circunstância atenuante - 65, III, d –
PREPONDERANTE - 10 meses
- 20 anos- circunstância atenuante - 65º, I - PREPONDERANTE - 8
meses
- usou de fogo - circunstância agravante - 61º, II, d - 6 meses
- determina menor a cometer o crime - circunstância agravante - 62º, II -
4 meses
- reincidente não específico - circunstância agravante -61º, I -
PREPONDERANTE - 10 meses
- CÁLCULO : -10M -8M + 6M + 4M + 10M = + 2M
- PENA INTERMEDIÁRIA : 5 anos + 2 meses = 5 anos e 2 meses.
3ª ETAPA:
- Tendo a pena intermediária fixada em 5 anos e 2 meses, elencar as causas,
definirei as frações e farei os cálculos para se chegar à pena justa.
- semi imputável grau médio não perigoso- causa de diminuição - 26º,
§único - ⅓ a ⅔ - como é grau médio fixo em -½
- motivo de relevante valor moral - causa de diminuição - 129º, §4,----- -⅙
a ⅓ - fixo em - ⅓
- contra seu irmão- causa de aumento -129º, §10º—- +1/3
- contra criança- causa de aumento - 129º §7º — +⅓
- Como há duas causas de aumento específicas, aplico o art. 68º § único do
CP, e como possuem valores iguais, aplicarei apenas um aumento de ⅓ na
pena.
- Faço o cálculo utilizando do método:
- ISOLADO: ½ de 5 anos e 2 meses = 2 anos e 7 meses (-)
⅓ de 5 anos e 2 meses = 1 ano 8 meses 20 dias (-)(+)
5A e 2M - 2A e 7M - 1A 8M e 20D + 1A 8M e 20D = 2A e 7M
- CASCATA : ½ de 5 anos e 2 meses = 2 anos e 7 meses
5A e 2M - 2A e 7M = 2A e 7M
⅓ de 2 anos e 7 meses = 10 meses e 10 dias
2A e 7M - 10M e 10D = 1A 8M e 20D
⅓ de 1 ano 8 meses e 20 dias = 6 meses e 26 dias
1A 8M e 20D + 6M e 26D = 2 anos 3 meses e 16 dias
- Como o método cascata é mais benéfico, fixo a pena justa em 2 anos 3
meses e 16 dias
2º crime - Associação Criminosa
20 anos- circunstância atenuante - 65º, I
reincidente não específico - circunstância agravante -61º, I
maus antecedentes - circunstâncias judiciais
semi imputável grau médio não perigoso- causa de diminuição - 26º, §único - ⅓ a ⅔
participação de criançaou adolescente - causa de aumento - 288º, §unico - até 1/2
1ª ETAPA:
- Definição do tipo penal - Associação Criminosa (288º)
- Limite de pena 1 a 3 anos
- Defino a pena base como sendo de 1 ano e 3 meses, em virtude da
circunstância judicial desfavorável prevista no art. 59º do CP, maus
antecedentes.
2ª ETAPA:
- Tendo a pena base fixada em 1 ano e 3 meses, elenco as circunstâncias
legais para definir o quantum e após isso, aplicar a pena.
- Vale lembrar que por ser menos importante que as causas, temos seus
valores limitados a ⅙ de 1 ano e 3 meses = 2 meses e 15 dias, para não
supervalorizar.
- 20 anos- circunstância atenuante - 65º, I - PREPONDERANTE - 2
meses e 15 dias
- reincidente não específico - circunstância agravante -61º, I -
PREPONDERANTE - 2 meses e 15 dias
- CÁLCULO : + 2 meses e 15 dias - 2 meses e 15 dias = 0
- PENA INTERMEDIÁRIA : 1 ano e 3 meses
3ª ETAPA:
- Tendo a pena intermediária fixada em 1 ano e 3 meses, elencarei as causas,
definirei as frações e farei os cálculos para se chegar a pena justa.
- semi imputável grau médio não perigoso- causa de diminuição - 26º,
§único - ⅓ a ⅔ - como é grau médio fixo em -½
- participação de criança ou adolescente - causa de aumento - 288º,
§único - até ½ - fixo em ½ pelo fato de ter 4 menores.
- Faço o cálculo utilizando do método:
- ISOLADO: ½ de 1 ano e 3 meses = 7 meses e 15 dias
1 ano e 3 meses - 1 ano e 3 meses +1 ano e 3 meses = 1 ano e
3 meses
- CASCATA : ½ de 1 ano e 3 meses = 7 meses e 15 dias
1 ano e 3 meses - 7 meses e 15 dias = 7 meses e 15
dias
½ de 7 meses e 15 dias = 4 meses
7 meses e 15 dias - 4 meses = 3 meses e 15 dias
- Como o método cascata é mais benéfico, fixo a pena justa em 3 meses e 15
dias
Fazendo a soma de ambas as penas pelo critério do cúmulo material , por se tratar
de concurso de crime material heterogêneo, temos 2 anos 3 meses e 16 dias + 3
meses e 15 dias = 2 anos 7 meses e 1 dia.
“Quarta fase de aplicação da pena”
- Regime inicial: por se tratar de pena inferior a 4 anos, mas de um condenado
reincidente,e com maus antecedentes fixo o regime inicial em fechado, pelo
fato de não se aplicar a súmula 269 do STJ.
- Por ser um crime com pena maior de 1 ano não se pode substituir por multa
- Por se tratar de crime com violência, não podemos substituir por restritiva de
direitos
- Pelo fato da pena ser superior a 2 anos e não se tratar de sujeito com mais
de 70 anos ou doente que justifique o benefício, não se aplica o sursis.

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