Exercício de Dosimetria da Pena

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Isabele Espairani – 3º termo
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EXERCÍCIO DE DOSIMETRIA DE PENA
1) Nestor e Nicanor, irmãos, se uniram para praticar diversos furtos
qualificados (mediante escalada e rompimento de obstáculo) mediante o repouso noturno. Atento ao fato de que ambos se beneficiam da continuidade delitiva, apene-os, sabendo que:
Nestor tem 19 anos, é primário, tem bons antecedentes;
Nicanor tem 24 anos, é reincidente em crimes dolosos, mas confessou espontaneamente o crime.
Artigos: 155, c.c, parágrafo 1º., c.c. parágrafo 4º., incisos I e II, c.c. 71, todos do Código Penal brasileiro.
RESPOSTA: Dados importantes: - art. 155, § 4º, I (rompimento de obstáculo), II (escalada) e IV (concurso) do CP - 2 a 8 anos / - art. 155, § 1º do CP – causa de aumento de pena / - art. 71 do CP – continuidade delitiva – causa de aumento
Nestor: 
1ª Fase: art. 59 do CP. 2 das qualificadoras são usadas como circunstâncias judiciais desfavoráveis.
Antecedentes: são bons.
Fixo a pena-base acima do mínimo legal: 02 anos e 8 meses de reclusão (4 M por circunstância – 1/6)
Outra forma (posição minoritária): 1/8 do “intervalo da pena em abstrato”
6 anos – 1/8 = 9 meses (por circunstância)
2ª Fase: considerando a menor idade, reduzo a pena-base, fixando-as em 02 anos e 02 meses e 20 dias de reclusão (art. 65, I, do CP), porque reduzi de 1/6.
2 A E 8 M - 1/6 = 
4 M 1M 10 D = 5 M E 10 D
2 A 8 M 2 A 7M 30 D
- 5 M 10 D 5M 10 D
2 A 2 M 20 D
3ª Fase: em razão da disposição topográfica do § 1º do art. 155 em relação ao furto qualificado, não há que se falar, nesse tipo derivado, de aumento de pena em razão do furto noturno (princípio da legalidade estrita em favor do réu). 
ART. 155 CAPUT / § 1º - NOTURNO / §4º - QUALIFICADORAS
Em razão da continuidade delitiva (art. 71 do CP), e não se sabendo, ao certo, quantos foram os furtos que compõe o delito continuado, aumento a pena privativa de liberdade em 1/6. Em se tratando de vários crimes (em continuidade delitiva), não se sabendo quantos foram, presumo que ocorreu o mínimo possível, ou seja, 2.
Assim, torno definitivas as penas em 2 anos, 7 meses e 3 dias de reclusão.
2 A 1/6 = 4M 2 M 1/6= 10 dias e 20 D 1/6 = 3 D total: 4 M e 13 dias
2 A 2 M 20 D 
+ 4M 13 D
2 A 6 M 33 D
2 A 7 M 3 D 
 O regime inicial de cumprimento será o aberto (art. 33, § 2º, c, CP). Tratando-se de réu primário, com bons antecedentes, considerando sua idade, não tendo os crimes sido cometidos com violência ou grave ameaça a pessoa, substituo a pena privativa de liberdade por restritiva de direito, a saber, prestação de serviços à comunidade e mais multa (duas penas alternativas). Art. 44 do CP
Nicanor:
1ª Fase: art. 59 do CP. 2 das qualificadoras são usadas como circunstâncias judiciais desfavoráveis.
Antecedentes: são bons.
Fixo a pena-base acima do mínimo legal: 02 anos e 8 meses de reclusão. (1/6)
2ª Fase: tem-se, como agravante, a reincidência (art. 61, I, do CP), e, como atenuante, a confissão espontânea (art. 65, III, d, do CP). Ambas são preponderantes (art. 67, do CP). Adotando a posição do STJ, uma compensa a outra, mantendo-se a pena e 02 anos e 8 M.
3ª Fase: em razão da disposição topográfica do § 1º do art. 155 em relação ao furto qualificado, não há que se falar, nesse tipo derivado, de aumento de pena em razão do furto noturno (princípio da legalidade estrita em favor do réu). 
Em razão da continuidade delitiva (art. 71 do CP), e não se sabendo, ao certo, quantos foram os furtos que compõe o delito continuado, aumento a pena privativa de liberdade em 1/6. Em se tratando de vários crimes (em continuidade delitiva), não se sabendo quantos foram, presumo que ocorreu o mínimo possível, ou seja, 2. Torno definitivas as penas, fixando-as em 3 A 1 M e 10 D.
1/6 de 2 A e 8 M = 
4 M 1M 10 D = 5 M E 10 D
2 A 8 M
+ 5M 10 D
2 A 13 M 10 D ------ 3 A 1M 10 D
O regime inicial de cumprimento, considerando a reincidência do réu, será o fechado. (art. 33, § 2º, c, CP). 
Tratando-se de réu reincidente específico, deixo de conceder-lhe a substituição da privativa de liberdade pela restritiva de direitos (art. 44, II do CP) – NÃO for reincidente específico – art. 44, § 3º CP – PODE
2) Shirley, de 20 anos de idade, decide empregar-se como babá do filho de 
seu amante, Franklin, com o fim de matar a criança, motivo dado por ele como impedimento para sua separação de Rosemary. Após asfixiar o bebê, com uma almofada, consegue matá-lo (CP, artigo 121). Após o crime, arrependida, pagou todos os gastos com o enterro da criança. Aplique-lhe as penas cabíveis, legalmente justificadas.
RESPOSTA: DADOS IMPORTANTES - autora tem 20 anos (art. 65, I, do CP) - causa de aumento – art. 121, § 4º do CP – vítima menor de 14 A - art. 121, § 2º, II (motivo fútil), III (asfixia) e IV (traição/ dissimulação) do CP – Pena: 12 a 30 A - art. 65, III, b, do CP – atenuantes (minorar consequências)
1ª Fase: art. 59 do CP. 1 das qualificadoras qualifica, fixando a pena base em 12 anos e as outras 2 das qualificadoras são usadas como agravantes.
2ª Fase: temos 2 atenuantes – art. 65, I (20 anos - preponderante – art. 67 do CP) e III, b (procurado minorar as consequências), do CP; e 2 agravantes – art. 61, II, a (motivo fútil - preponderante) e c (traição), do CP.
“Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência.”
Portanto, as duas preponderantes se anulam e as 2 não preponderantes também.
Pena intermediária fica em 12 anos.
3ª Fase: art. 121, § 4º do CP – vítima menor de 14 anos
12 anos + 1/3= 12+ 4 A= 16 anos
O regime inicial de cumprimento será o fechado (art. 33, § 2º, a, CP). 
Restritiva de direito – não . art. 44 CP
3) Betão praticou o crime de roubo em concurso de pessoas. Não há 
circunstâncias judiciais desfavoráveis e o infrator realizou confissão espontânea. No entanto, foi constatado que Betão é semi-imputável. Aplique a pena cabível a ele.
RESPOSTA: DADOS IMPORTANTES: - art. 157 do CP – 4 a 10 anos - § 2º, II – causa de aumento de pena (especial) (concurso de pessoas) 1/3 - confissão – art. 65, d, do CP – atenuante genérica - semi imputável - causa de diminuição (geral) – art. 26, § único do CP
1ª Fase: art. 59 do CP – circunstâncias judiciais favoráveis – fixo a pena base no mínimo legal – 4 anos
2ª Fase: agravantes e atenuantes – confissão (art. 65, III, d, do CP) – não pode diminuir abaixo do mínimo legal. Mantem-se a pena em 4 anos - Teoria das margens
3ª Fase: tenho uma causa de aumento (especial) e uma de diminuição (geral), então, tenho que aplicar ambas. Primeiro a de aumento e depois a de diminuição. 3 A E 12 M= 1 A 4M
- Aumento 1/3 (157, §2º, II): 1 ano e 4 meses (1/3 de 4 anos) = 5 anos e 04 meses
- Diminui de 1/3 (art. 26, § único, do CP): 1 ano e 08 meses (1/3 de 5 anos) + 1 mês e 10 dias (1/3 de 4 meses) = 1 ano, 09 meses e 10 dias
5 A e 4M = 1/3
3 A + 2 A + 4m (3m + 1m)
1 A + 8 M + 1M + 10 D= 1 A 9M 10 D
5 anos e 4 meses
-
1 ano 09 meses 10 dias
4 anos 16 meses
-
1 ano 09 meses 10 dias
4 anos 15 meses 30 dias
- 
1 ano 09 meses 10 dias
3 anos 06 meses 20 dias
Regime aberto (art. 33, § 2º, c, do CP)
art. 44, I, do CP – violência ou grave ameaça – não pode substituir por restritiva