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1. Introdução A educação física tem com objeto de estudo o movimento humano. Para se movimentar corretamente, devemos conhecer o indivíduo; seus objetivos e limitações, pontos fortes e pontos a serem melhorados. O exercício resistido com pesos, o treinamento cardiorrespiratório e o alongamento são modalidades amplamente utilizadas para a promoção da saúde e estética, e por esse motivo, serão nosso foco na disciplina. Utilizaremos como referência os excelentes livros: Manual prático para avaliação em educação física (Dartagnan Pinto Guedes e Joana Elisabete Ribeiro Pinto Guedes) e Músculos, provas e funções: Postura e dor (Florence Peterson Kendall e colaboradores). Esse será nosso norte, e com certeza aprenderemos muito no decorrer dessa disciplina. Vamos lá?! 2. Testar, medir, avaliar. Existe diferença? Os termos desse tópico muitas vezes são utilizados erroneamente como sinônimos. Podemos definir “medida” como determinação “da quantidade, extensão ou grau de determinado atributo com base em um sistema convencional de unidades”. A medida é normalmente expressa em números, o que promove uma certa objetividade e exatidão. Avaliação se refere ao julgamento à partir das medidas. Ela consiste na coleta de dados quantitativos e/ou qualitativos e na interpretação dessas informações com base em parâmetros definidos previamente. De forma bem simples, medida se refere à um processo descritivo de algum atributo, enquanto avaliar, à interpretação baseada em referenciais selecionados para essa finalidade. O teste tem o objetivo de verificar o desempenho em situações previamente organizadas e padronizadas. Ele é um instrumento de medida, e por ser simples e prático, é comumente utilizado no âmbito da educação física. A figura abaixo (adaptada de Guedes e Guedes, 2006) demonstra de forma simplificada os termos e seus significados: Thiago Realce Thiago Realce Thiago Realce 1- Verificar desempenho mediante situações previamente organizadas e padronizadas 2- Descrever fenômenos do ponto de vista quantitativo 3- Interpretar dados quantitativos e qualitativos para posterior julgamento em relação à bases referenciais definidas previamente Figura 1. Testar, medir e avaliar. Adaptado de Guedes, Dartagnan Pinto; Guedes, Joana Elisabete Ribeiro Pinto: Manual prático para avaliação em educação física – Barueri, SP: Manole, 2006, pág. 2. 3. Delineamento dos programas de avaliação Prescrever um programa de treinamento sem avaliar o indivíduo é algo que beira à insanidade, pois a avaliação é uma ferramenta fundamental para os profissionais de educação física. Seria como ir em um consultório médico e receber uma orientação de tratamento sem realizar exames. Avaliação é o processo que torna possível reunir informações e identificar características e necessidades individuais para a prática de exercícios físicos. De maneira geral, todos podem se beneficiar do treinamento, contudo, nem todos precisam do mesmo programa, podendo até ser prejudicial se realizado de maneira inconsequente. O princípio da individualidade já nos esclarece esse fato. Informações Teste¹ Avaliação³Medida² O primeiro passo é definir a finalidade da avaliação física. O que precisa ser avaliado? Porquê aplicar determinados testes e medidas? Tudo isso depende de diversas variáveis, mas, em geral, os propósitos são voltados à [...] “reunir subsídios para acompanhamento do processo ensino-aprendizagem, permitir a detecção de talentos esportivos, oferecer informações para a prática de exercícios físicos, contribuir na elaboração de diagnósticos relacionados à saúde, e alimentar bancos de dados com finalidades de pesquisas científicas” (Guedes e Guedes, 2006). Seria inviável tentar tratar de todos os atributos que podem ser avaliados dentro do âmbito da educação física em apenas uma disciplina. Assim, nem tudo exposto nos livros de referência será abordado na apostila. O esquema abaixo ilustra de forma sintética as etapas do delineamento que estudaremos em um programa de avaliação no campo da educação física: Figura 2. Etapas do delineamento de um programa de avaliação no campo da educação física, foco na musculação. Adaptado de Guedes, Dartagnan Pinto; Guedes, Joana Elisabete Ribeiro Pinto: Manual prático para avaliação em educação física – Barueri, SP: Manole, 2006, pág. 16. Finalidade •Prescrição e orientação em programas de exercícios físicos •Diagnóstico relacionado à saúde Atributos •Anamnese e Par-Q •Avaliação antropométrica •Teste das capacidades físicas •Posturografia estática simetrográfica Instrumentos de medida •Entrevista •Observação •Medição •Testagem 4. Etapas iniciais: Anamnese e PAR-Q Algumas recomendações são importantes e devem ser relatadas aos avaliados. Não realizar refeições completas (pesadas) por pelo menos duas horas antes da avaliação, utilizar roupa adequada (de preferência sunga para homens e biquíni para mulheres), evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, não realizar exercícios físicos no dia da avaliação, não se submeter à jejum prolongado e, caso o aluno venha por indicação médica ou fisioterápica, é necessário verificar o atestado/recomendação de conduta. Uma boa avaliação física é aquela que nos permite coletar informações sobre o avaliado por meio de questionário e testes, estabelecer parâmetros iniciais para futuras comparações, nortear a prescrição de exercícios físicos individualizados e estimar indiretamente o surgimento de lesões, doenças e algias (dores). A anamnese é uma entrevista que tem a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de um problema, buscando levantar o máximo de informações que se relacionam com o possível problema e com o aluno. Estima-se que 85% do diagnóstico é de responsabilidade desta etapa, e em uma avaliação, o tempo vale ouro. Adquirir essas informações de forma rápida e fidedigna é fundamental. É necessário um direcionamento das perguntas, e, de preferência, entrevistar o avaliado em vez de entregar algum questionário para ele responder. Informações fundamentais são os objetivos do avaliado, histórico de prática de exercício físico (anteriores e atuais), doenças familiares, cirurgias, medicamentos de uso contínuo, PAR-Q, uso ou não de tabaco, tempo disponível para treinar, dentre outras. O questionário de prontidão para atividade física (PAR-Q) foi desenvolvido com o objetivo de identificar a necessidade de avaliação por um médico antes do início de um programa de treinamento. Um estudo paulista ressalta que o uso desse questionário é parcialmente eficaz na identificação de riscos para a saúde, sendo necessário mais informações (Andreazzi et al., 2016). Caso o avaliado responda “sim” a uma ou mais perguntas, ele deverá visitar um médico antes de iniciar. Thiago Realce Figura 3. Questionário de prontidão para atividade física (PAR-Q). Imagem retirada da internet, disponível em http://www.cepe.usp.br/wp- content/uploads/PARQ-site-CEPE.pdf, acessado em 10/07/2020, às 11:09. 5. Alterações morfológicas e funcionais no corpo humano O ser humano é biologicamente dinâmico, desde o nascimento até a morte. Diversas transformações quantitativas e qualitativas ocorrem nesse período, podendo ser evolutivas (crescimento) ou involutivas (envelhecimento). Duas palavras-chave são o crescimento e o desenvolvimento, fenômenos indissociáveis, porém, distintos. “Crescimento é o processo relacionado à multiplicação e diferenciação celular, que determinam alterações progressivas nas dimensões do corpo inteiro ou de partes e segmentos específicos”. Por outro lado, [...] “desenvolvimento é a sequência de modificações evolutivas em órgãos do organismo humano que induzem ao http://www.cepe.usp.br/wp-content/uploads/PARQ-site-CEPE.pdf http://www.cepe.usp.br/wp-content/uploads/PARQ-site-CEPE.pdf aperfeiçoamentode suas complexas funções” (Guedes e Guedes, 2006). Daí podemos compreender que o crescimento se refere às transformações quantitativas, enquanto o desenvolvimento pode envolver tanto as quantitativas quanto as qualitativas, sendo resultante da própria interação entre crescer, amadurecer, e o contato com o ambiente externo, às experiências vivenciadas (desenvolvimento motor, emocional, social, cognitivo, dentre outros). É notória a influência dos componentes genéticos nesses processos, contudo, fatores ambientais como a nutrição, atividade física, estímulos psicossociais, patologias e aspectos básicos da saúde pública podem modificar consideravelmente o crescimento e o desenvolvimento. 6. Avaliação antropométrica Antropometria é o ramo da antropologia que estuda as medidas e dimensões das diversas partes do corpo humano. Ela é de fundamental importância para comparações futuras, obter dados que possam indicar o surgimento de doenças, assimetrias entre membros (que podem causar lesões, desvios posturais e dores) e, de certa forma, predizer indiretamente as massas corporais. De maneira geral, para o treinamento em academias são avaliadas a massa corporal total, estatura, perimetrias (circunferências) e dobras cutâneas. Toda avaliação deve seguir um padrão. A principal vantagem da utilização dessas medidas reside na possibilidade de realizar comparações diretas e objetivas intra e inter avaliados. Dessa forma, é imprescindível estabelecer procedimentos padronizados das técnicas de medida. a. Massa corporal total e estatura A massa corporal é avaliada através de balança. O avaliado deve estar com o peso distribuído nas duas pernas igualmente, com o mínimo de roupa possível. No caso da estatura, utiliza-se o estadiômetro. O avaliado se mantém em pé, com o peso distribuído igualmente nas duas pernas, os pés unidos, queixo paralelo ao solo, descalço. Vale lembrar que o uso de chapéu, touca, boné e a maneira de amarrar o cabelo pode influenciar, então, evite. Figura 4. Avaliação da massa e estatura corporal b. Perimetrias As perimetrias são medidas das circunferências de determinados segmentos corporais, e podem ser realizadas com a musculatura relaxada ou contraída. Para esse fim, utilizamos a fita métrica, de preferência com pelo menos dois metros de comprimento. Deve-se circundar com a fita métrica o segmento a ser medido, aproximando as pontos na tentativa de cruzar as extremidades da fita à altura do ponto zero e da dimensão da leitura. É importante manter a perfeita orientação horizontal da fita métrica, com uma pressão razoável. As medidas mais utilizadas são a do tórax, cintura, abdômen, quadril, membros superiores (braço e antebraço) e inferiores (coxa e perna). A medida do tórax é realizada no plano horizontal durante a respiração normal, com o avaliado em pé. É importante ressaltar que nas mulheres, o avaliador deve ficar atrás da avaliada, e a medida é realizada acima do seio, com a leitura realizada nas costas. No caso dos homens, o avaliado pode se posicionar à frente, e a medida é realizada na altura mesoesternal (acima do mamilo). Figura 5. Medida do tórax em mulheres e homens. A circunferência da cintura é realizada com o avaliado em pé e o avaliador à frente. O plano horizontal deve ser respeitado, e a medida acontece aproximadamente dois centímetros acima da cicatriz umbilical, na maior circunferência aparente. A circunferência do abdômen segue os mesmos princípios da cintura, a diferença é que a fita deve passar na linha da cicatriz umbilical, como demonstra a figura 6. Figura 6. Circunferência da cintura e do abdômen A medida do quadril também acontece com o avaliado em pé, porém, o avaliador deve se localizar ao lado, tendo a vista lateral do cliente. Os pés devem estar unidos e a fita respeitando o plano horizontal, com a medida realizada na maior circunferência aparente, como ilustra a figura 7. Figura 7. Circunferência do quadril A posição do avaliado e avaliador segue a mesma para medir o braço. Ela é realizada no plano vertical, na maior circunferência aparente, exercendo contração isométrica máxima com o cotovelo em 90º de flexão, como na figura abaixo: Figura 8. Circunferência do braço contraído. Os mesmos princípios de posição do avaliador seguem para o antebraço. Quanto ao avaliado, ele deve se manter em pé, com os braços ao longo do corpo, com o cotovelo estendido. A medida é feita no plano horizontal, na maior circunferência aparente, como na figura 9. Figura 9. Circunferência do antebraço. O perímetro da coxa pode ser realizado na região proximal, média e distal, contudo, nas academias de musculação, frequentemente a primeira medida citada é utilizada. Segue-se as mesmas recomendações para a posição do avaliador, enquanto o avaliado fica em pé, com os pés na largura do quadril e o peso distribuído nas duas pernas. A medida é realizada no plano horizontal, aproximadamente um centímetro abaixo da prega glútea. Figura 10. Circunferência da coxa proximal. Por fim, temos a circunferência da panturrilha, que segue as mesmas orientações de posicionamento do avaliado e do avaliador utilizadas na coxa proximal. A medida é realizada no plano horizontal, na maior circunferência aparente. Figura 11. Circunferência da panturrilha c. Dobras cutâneas São definidas como medidas da espessura das dobras cutâneas em determinados segmentos corporais, com o objetivo de avaliar a quantidade de gordura corporal. É realizada através de um equipamento chamado adipômetro, plicômetro ou compasso de dobras. Essas medidas SEMPRE são feitas do lado direito do corpo, que de preferência devem ser marcados com lápis dermatográfico. Utiliza-se o dedo indicador e o polegar da mão esquerda para pinçar as dobras (pegada em forma de pinça), buscando separar o tecido gorduroso subcutâneo do tecido muscular. As hastes do compasso devem estar entre um e dois centímetros distante da pegada, e deve- se aguardar de dois a quatro segundos para realizar a leitura. O ideal é realizar três medidas e utilizar a média. Figura 12. Pegada em forma de pinça. Alguns erros são frequentes em avaliadores inexperientes. Pinçar a dobra com os músculos contraídos, não respeitar a distância entre a pegada e o local de pinçamento, realizar as medidas do lado esquerdo do indivíduo, fazer a leitura errada no aparelho, soltar a dobra ou não soltar o plicômetro no momento da leitura e demorar muito para fazer a leitura. São inúmeros os protocolos de avaliação das dobras cutâneas, que em sua maioria utilizam três, quatro ou sete dobras. A escolha do protocolo dependerá, no caso da musculação, da idade do indivíduo. Serão apresentadas aqui as dobras que nos permitem utilizar esses protocolos, independente da escolha, que são: subescapular, tríceps braquial, bíceps braquial, axilar média, suprailíaca, abdominal, coxa e panturrilha. Na prega subescapular o avaliador fica atrás do avaliado, que fica em pé, com os braços posicionados ao longo do corpo. A medida é realizada mais ou menos dois centímetros e meio abaixo do ângulo inferior da escápula, no plano oblíquo/diagonal. Thiago Realce Thiago Realce Thiago Realce Figura 13. Dobra subescapular Para a dobra do tríceps a posição do avaliado e avaliador são idênticas. A demarcação da dobra deve ser feita com o cotovelo em 90º, no ponto mesoumeral (ponto médio entre o acrômio e o olécrano). A medida é feita no plano vertical, com os braços ao longo do corpo. Figura 14. Dobra triciptal Em relação ao bíceps, a posição do avaliado não muda, entretanto, o avaliador deverá se posicionar à frente do avaliado, que estará com o braço relaxado e ao longo do corpo. A dobra se localiza na região anterior do braço direito, no ponto médio entre o acrômio eo olécrano (mesmo nível que a dobra triciptal), e também deve ser medida no plano vertical. Figura 15. Dobra biciptal A prega cutânea torácica é feita com o avaliado em pé com os braços ao longo do corpo, e o avaliador deve se posicionar ao lado. Nos homens, ela é encontrada no ponto médio entre a axila anterior e o mamilo, e nas mulheres, aproximadamente dois centímetros abaixo da axila anterior, medida no plano oblíquio/diagonal. Figura 16. Dobra cutânea torácica Quanto a axilar média, a posição do avaliador segue a mesma. O avaliado fica em pé, com o braço e o cotovelo estendido. A dobra é medida na intersecção entre a linha axilar média e a linha imaginária inferior do processo xifoide do esterno, também no plano oblíquo/diagonal. Figura 17. Dobra axilar média A dobra suprailíaca deve ser realizada com o avaliado e o avaliador na mesma posição da dobra anterior. Ela se localiza na linha axilar média, ligeiramente acima da crista ilíaca, e também é medida no plano oblíquo/diagonal. Figura 17. Dobra suprailíaca Na dobra abdominal o avaliado fica em pé, com os braços ao longo do corpo. O avaliador se localiza ao lado do avaliado, e identifica a dobra ao nível da cicatriz umbilical, aproximadamente dois a três centímetros à direita, medida no plano vertical. Figura 18. Dobra abdominal A dobra cutânea da coxa é medida com o avaliado em pé, mantendo o peso corporal na perna esquerda. A perna direita fica a frente e relaxada. O avaliador se localiza ao lado do avaliado, e a medida é feita entre a dobra inguinal e a base da patela, no plano vertical. Figura 19. Dobra da coxa Eu sei, parece muita coisa, mas com o tempo, conseguimos ter praticidade, fidedignidade e agilidade nas medidas. Estamos quase finalizando essa etapa, falta apenas a dobra da panturrilha. Nesse caso, o avaliado fica em pé, com o joelho em 90ºde flexão (colocar o pé em cima de uma cadeira, por exemplo), enquanto o avaliador se posiciona ao lado do avaliado. A dobra é medida na maior circunferência aparente, no plano vertical. Figura 20. Dobra da panturrilha Padronizar é fundamental. Guedes e Guedes (2006) nos lembra que uma das primeiras propostas de padronização ocorreu no ano de 1960, pelo grupo de estudos do programa biológico internacional, nos países europeus. Contudo, outras propostas foram criadas pelo grupo internacional de trabalho em cineantropometria e pela sociedade internacional para o avanço da cineantropometria, ambos muito semelhantes, diferindo apenas na nomenclatura de pontos anatômicos. Existe um limite de tolerância para as medidas citadas até aqui, e apenas com MUITO treino, conseguiremos alcançar o mais próximo da perfeição. A tabela abaixo ilustra alguns desses limites: Medidas antropométricas Limites de tolerância em réplicas de medidas Altura Estatura 3 mm Massa Peso corporal 0,5 kg Perímetros Coxa 1 mm Perna 1 mm Braço 1 mm Antebraço 1 mm Espessura de dobras cutâneas Tricipital 5% Subescapular 5% Tabela 2. Limites de tolerância para índices de reprodutibilidade intra-avaliador de medidas antropométricas. Adaptado de Guedes, Dartagnan Pinto; Guedes, Joana Elisabete Ribeiro Pinto: Manual prático para avaliação em educação física – Barueri, SP: Manole, 2006, pág. 38. 7. Testes físicos a. Flexão de braços – Resistência dos membros superiores Esse teste é bastante comum em concursos, de fácil aplicação e baixo custo. Ressalta-se que, após a anamnese, alguns alunos podem não estar aptos a realizar não só esse, mas outros testes relacionados à esforço máximo. Alunos extremamente sedentários, com problemas cardiovasculares, patologias no punho, cotovelo, ombro, podem ter agravo em seu quadro, por isso, a avaliação deve ser sequencial e inteligente. O teste se inicia com o avaliado na posição pronada (decúbito ventral), com as mãos e cotovelos na linha do peito, em uma distância maior que os ombros. A coluna deve estar alinhada com a coxa, e no caso das mulheres, o apoio deve ser feito nos joelhos, e não nos pés como para os homens. O teste se inicia com os cotovelos estendidos. O avaliado deve descer o tronco até que os ombros ultrapassem a linha do cotovelo, e, na subida, o estender completamente. O objetivo é fazer o maior número de repetições em um minuto. Figura 21. Teste de flexão de braços para homens e mulheres b. Flexões abdominais A posição inicial é com o avaliado em posição supinada (decúbito dorsal), com joelhos e quadril flexionados e os pés apoiados no chão. Os braços devem estar cruzados e encostados a frente do corpo, com as mãos em cima dos ombros. O avaliador deverá segurar os pés do avaliado. A execução válida acontece quando se flexiona o tronco e o quadril até a face anterior do antebraço tocar a face anterior da coxa, e na descida, o tronco e o quadril estendem até as escápulas tocarem no chão. O objetivo é realizar o máximo de repetições em um minuto. Figura 22. Teste de flexões abdominais c. Teste de Cooper O teste de Cooper foi desenvolvido para verificar o condicionamento cardiorrespiratório, em uma população fisicamente ativa (forças armadas americana). Por isso, pessoas sedentárias e/ou com problemas osteomioarticulares podem apresentar dificuldades na sua realização. A execução do teste consistem em percorrer a maior distância possível em doze minutos, correndo/caminhando. Quanto maior a velocidade, maior a distância, e por consequência, melhor o condicionamento do avaliado. Para prescrição de exercícios cardiorrespiratórios, deve-se coletar os dados de frequência cardíaca máxima, frequência cardíaca média e a distância percorrida. d. Teste de 1600 metros (one mile test) Esse teste pode ser mais adequado para indivíduos com histórico de pouca ou nenhuma prática de atividades físicas, obesos e com contraindicação absoluta para corrida. O objetivo é caminhar 1600 metros no menor tempo possível. A caminhada NÃO apresenta a fase aérea (como a corrida), ou seja, SEMPRE haverá um dos pés no chão. Os dados a serem coletados são a frequência cardíaca máxima, frequência cardíaca média e o tempo de teste. 8. Prescrição de exercício cardiorrespiratório e a avaliação física Existem diversas maneiras para prescrever um programa de treinamento cardiorrespiratório, e dentre elas, estudaremos a frequência cardíaca de reserva (FCres) e frequência média do teste de Cooper. Para calcular a FCres utilizamos as seguintes operações matemáticas: 1- Calculamos a frequência cardíaca máxima do avaliado (208- 0,7*idade) 2- Calculamos a frequência cardíaca de repouso (ao acordar ou após ficar entre três e cinco minutos parado, sentado). 3- Calculamos os percentuais mínimos e máximos das zonas de treino. As zonas são geralmente apresentadas em três: Regenerativo (zona 1), resistência aeróbia (Zona 2) e potência aeróbia (Zona 3), como demonstra a tabela abaixo: Tabela 3. Zonas de treinamento através da frequência cardíaca de reserva. Segue um exemplo para visualizarmos melhor. Um indivíduo com 25 anos e uma frequência cardíaca de repouso de 60 batimentos por minuto. Primeiro, calculamos a frequência cardíaca máxima: FCmáx = 208-0,7*idade FCmáx = 208- 17,5 FCmáx = 190,5 Em seguida, calculamos a frequência cardíaca de reserva: FCres = FCmáx – Fcrepouso FCres = 190,5-60 FCres = 130,5 Por fim, calculamos os limites inferiores e superiores de cada zona de treinamento, e somamos à frequência cardíaca de repouso (Os números serão arredondados para facilitar o entendimento). As zonas de treinamento podem ser periodizadas de inúmeras formas, dependendo do nível de condicionamento, objetivo e limitações do avaliado: Zona 1 = 50-60% FCres; ou seja 125-138 bpm Zona 2 = 60-80% FCres; ou seja 139-164 bpm Zona 3= 80-90% FCres; ou seja 165-177 bpm Outraopção para os avaliados que tiverem condições de realizar o teste de Cooper é utilizar a frequência média para balizar a prescrição, que pode ser monitorada através de frequencímetros. Nesse caso, a intensidade é dada conforme a tabela abaixo: Tabela 4. Zonas de intensidade pela frequência média do teste de cooper Suponhamos que um avaliado tenha terminado o teste com frequência cardíaca média de 168 bpm. A zona 1 seria então entre 121 e 137 bpm, a zona 2 entre 138 e 155 bpm, e a zona três entre 156 e 168 bpm, basta calcular a porcentagem de cada intensidade pela frequência média ao final do teste. 9. Avaliação postural a. Princípios biomecânicos e propriedade dos materiais aplicados à avaliação postural De acordo com o dicionário, princípio é “o que fundamenta ou pode ser usado para embasar algo”; “informação básica e necessária que fundamenta uma seção de conhecimentos”; ou até “leis de teor geral que exercem um papel importantíssimo na prática e desenvolvimento de uma teoria, a partir da qual outras se derivam”. Sempre devemos nos segurar aos princípios, especialmente dentro da sala de musculação, pois eles norteiam não somente a avaliação postural, mas também a escolha e as técnicas de execução dos exercícios físicos. Longe de querer falar de todos os princípios e propriedades dos materiais (existem livros enormes sobre isso), mas precisamos elucidar aqui pelo menos três pontos para entendermos as bases mecânicas de uma avaliação postural: Força final, tenacidade à fratura e estresse mecânico. A força final nos esclarece que TODOS os materiais presentes no universo têm um limite de resistência. Do fio de cabelo ao fio de aço, do algodão ao ferro. Atingir esse limite vai depender de diversos fatores que influenciam a resistência dos materiais, como a tenacidade à fratura. Por sua vez, a tenacidade à fratura nos diz que se um objeto é previamente danificado, sua força final diminui. Imagine uma miniband como a da figura abaixo: Figura 23. Minibands A capacidade máxima de resistência dela (força final) é uma enquanto o elástico está íntegro, porém, se o material se ressecar ou forem geradas pequenas fissuras nesse elástico, sua resistência diminuirá, e haverá uma tendência à se romper mais facilmente. Por último, temos a pressão, que na física, é definida pela fórmula “força sobre a área” (P=F/a). Na biomecânica, muda-se apenas a nomenclatura, sendo chamada de estresse mecânico. Quanto menor a área de contato, maior o estresse mecânico. Daí fica fácil entender por que, se empurrarmos o braço de alguém, com a mesma força, uma agulha vai perfurar, enquanto a palma da mão não irá causar danos. No caso da agulha, toda a força está concentrada em um local pequeno, enquanto na palma da mão, a força é distribuída em uma área bem maior. Isso também acontece com nossas articulações, pois são PRINCÍPIOS! Eles estão presentes independentemente da situação. Imagine que um indivíduo vai iniciar um programa de treinamentos, e por desequilíbrios posturais, execução inadequada de exercícios físicos resistidos, a força gravitacional somada à massa corporal é aplicada de forma inadequada nos discos vertebrais. Existe uma enorme diferença entre realizar esse movimento com uma área de contato grande entre a vértebra e o disco, e uma área de contato pequena. O estresse mecânico vai ser maior na segunda hipótese, o que pode gerar micro traumas (semelhantes aos citados da miniband), reduzir a força final, e por fim, uma hora ou outra, gerar lesões. Dessa forma, podemos compreender que, a postura ideal e a execução ideal dos exercícios físicos resistidos são pautados na MENOR presença possível de estresse mecânico, ou seja, na distribuição mais adequada possível da força sobre a área. Isso é o que chamamos de “neutro”. Manter a postura neutra durante o dia-a- dia e durante os programas de treinamento é o que vai reduzir significantemente o estresse nas articulações. A grande questão é: Como saber qual a postura neutra? b. Posturografia estática simetrográfica A palavra posturografia vem do latim, positura (postura) + grafia (descrição), ou seja, descrição da postura. É uma avaliação realizada para verificar se um segmento corporal ou articulação desvia-se de um alinhamento postural ideal. Magee (2002) define a postura correta como “posição na qual um mínimo de estresse mecânico é aplicado em cada articulação e esteja em harmonia com a ação gravitacional”. Ela ainda complementa que [...] “a má postura é uma posição em que os segmentos corporais estejam em desarmonia com a ação gravitacional do corpo, aumentando o estresse mecânico das articulações”. Assim, avalia-se a na visão anterior e posterior a verticalidade e a horizontalidade de pontos anatômicos. Quando a verticalidade, uma linha deve passar entre os membros inferiores, por cima da fenda glútea, em cima da coluna vertebral e dividir a cabeça em metades iguais. Quanto a horizontalidade, as tuberosidades tibiais, espinhas ilíacas anterossuperiores, ângulos inferiores da escápula e os acrômios devem estar alinhados. Na vista lateral, essa mesma linha imaginária deverá, em sua verticalidade, passar ligeiramente anterior ao maléolo, em cima do côndilo lateral da tíbia, do trocânter maior do fêmur, dividir o tronco em duas metades iguais, em cima do acrômio e em cima do meato acústico externo. Quanto a horizontalidade, verifica-se o alinhamento do plano de Frankfurt e das espinhas ilíacas. Em minha humilde opinião, essa é uma das partes MAIS IMPORTANTES para um programa de treinamento que visa estética e promoção da saúde. Deve-se coletar informações sobre a postura do avaliado e estabelecer parâmetros iniciais para futuras comparações. Além disso, é possível estimar indiretamente o surgimento de lesões e evitar a prescrição de exercícios físicos contraindicados. Ressalta-se aqui que a avaliação postural estática simetrográfica, embora baseada em PRINCÍPIOS, não é uma verdade absoluta, porém, é uma forma simples de avaliar a postura humana. São necessários muitas vezes testes complementares como os de flexibilidade e de resistência de músculos específicos que influenciam a postura. Para uma boa avaliação postural, a padronização é ESSENCIAL. O simetrógrafo é um instrumento com linhas dispostas na horizontal e vertical, formando um ângulo de 90º. Essas linhas facilitam a observação da verticalidade e horizontalidade dos pontos anatômicos. Caso não seja possível adquirir um aparelho desse modelo, um fio de prumo pode ser utilizado, e embora seja necessária melhores habilidades observacionais do avaliado, tem a mesma funcionalidade. Figura 23. Simetrógrafo e fio de prumo A posição do avaliado é algo extremamente importante nessa avaliação. Ele deve estar em pé, na posição fundamental, atrás do simetrógrafo, com o peso distribuído nos dois pés igualmente, afastados aproximadamente 7,5 centímetros. É importante ter uma iluminação adequada, sem circulação de pessoas, de preferência em local climatizado e sem poluição sonora, com o chão plano e um fundo claro. Não devemos demorar mais que quinze minutos para avaliar e nem corrigir a postura do avaliado. O traje para as mulheres ideal é o biquíni. Lembrar de pedir uma liga ou algo para amarrar o cabelo e fazer um coque é importante. Para o homem, sunga é o ideal, e, caso tenha cabelos longos, deve-se amarrar e fazer um coque para poder visualizar a cervical de maneira clara. Diferentes literaturas apresentam diferentes métodos para avaliar a postura. Desde que haja uma padronização, não teremos problemas. Aqui, definiremos que o fio de prumo deve ser alinhado verticalmente dividindo os membros inferiores igualmente (visão anterior e posterior) e à frente do maléolo lateral (vista lateral). Nunca é demais ressaltar: Padronização SEMPRE!c. Principais desvios posturais e a prescrição do exercício físico baseado na avaliação Desvios posturais são definidos como desalinhamentos dos segmentos corporais do eixo adequado daquele que é tido como uma postura ideal, causado por fatores fisiológicos (desequilíbrio nos pares antagônicos de músculos) ou patológicos (danos estruturais, dificilmente passíveis de correção). Aqui iremos abordar os casos fisiológicos, onde a musculação e o alongamento podem melhorar muito a qualidade de vida dessas pessoas. Podemos “classificar” os desvios posturais pelo local onde eles são encontrados. Coluna vertebral, cíngulo dos membros superiores, articulação glenoumeral, cíngulo dos membros inferiores e as síndromes, que serão abordados sequencialmente abaixo. A correção dos desvios fisiológicos também seguem princípios, que são eles: Alongamento do grupo muscular encurtado, fortalecimento do grupo muscular antagonista ao encurtado e melhora na percepção cinestésica (conscientização corporal). O aumento da curvatura lordótica cervical é denominada hiperlordose cervical. Em geral, ela é causada pelo encurtamento dos paravertebrais cervicais, trapézio superior e elevador das escápulas, enquanto os músculos flexores da cabeça e da coluna cervical estão fracos (esternocleidomastóideo, escalenos, esternohioideo). Figura 24. Hiperlordose cervical e anteriorização da cabeça. A hipercifose torácica é a acentuação da cifose torácica. Nesse caso, os músculos abdominais estão encurtados, e os paravertebrais torácicos (longuíssimo, iliocostais, etc.) estão fracos. A hiperlordose lombar é a acentuação da lordose na região lombar. Nesse caso, os paravertebrais lombares, iliopsoas e reto femoral estão encurtados, e os músculos abdominais e os gúteos estão fracos. Thiago Realce Thiago Realce Figura 25. Hipercifose torácica e hiperlordose lombar A rotação interna de ombros é definida como uma rotação umeral medial, projetando o olecrano lateralmente e a fossa cubital medialmente. Comumente encontramos os rotadores internos do ombro encurtados (subescapular, redondo maior, latíssimo do dorso e peitoral maior), e os rotadores externos fracos (manguito rotador – grupo lateral). Figura 26. Rotação interna de ombros Discinesia escapular acontece quando a biomecânica alterada da escápula em repouso ou durante o movimento é resultado da disfunção, contratura ou fraqueza de seus estabilizadores. As causas são alterações na ativação e coordenação dos músculos estabilizadores, falta de flexibilidade no complexo articular do ombro e desequilíbrio dos músculos da cintura escapular. A abdução escapular é o afastamento das escápulas da linha sagital do corpo. Nesse caso, o serrátil anterior e o peitoral menor estão encurtados, enquanto os romboides, trapézio médio e inferior estão fracos. A má postura durante os exercícios e o dia-a-dia podem agravar o quadro. Figura 27. Abdução escapular (esquerda) e escápula na posição correta (direita) O alamento da escápula também é uma discinesia comum. Ele acontece quando ocorre o descolamento da borda medial da escápula do gradil costal, e é causado pela fraqueza do músculo serrátil anterior. Figura 28 . Alamento da escápula Anteversão de quadril é a inclinação anterior (tilt anterior) do osso do quadril. Suas causas são o encurtamento dos paravertebrais lombares e quadrado lombar, e algumas vezes, o encurtamento do reto femoral e iliopsoas também podem contribuir com esse quadro. Os músculos fracos são o glúteo máximo e o reto abdominal. A retroversão de quadril é a inclinação posterior (tilt posterior) do osso do quadril. As causas são encurtamento dos isquiotibiais e fraqueza dos paravertebrais lombares, quadrado lombar e glúteo máximo (funciona como estabilizador da pelve). A síndrome cruzada de ombros é definida como um padrão cruzado de encurtamento e fraqueza na região cervical e escapular. É causada pelo encurtamento dos paravertebrais cervicais, elevadores das escápulas, trapézio superior, e, indiretamente, do peitoral menor. Os flexores cervicais, romboides, trapézio médio e inferior estão fracos nesse caso. Figura 29. Síndrome cruzada dos membros superiores. A síndrome cruzada do quadril é definida como um padrão cruzado de encurtamento e fraqueza na região do quadril. Os paravertebrais lombares e flexores do quadril estão encurtados, enquanto os músculos do abdômen e glúteo máximos estão fracos. Figura 30. Síndrome cruzada do quadril. Imagem retirada da internet. Disponível em https://es- la.facebook.com/papodefisioterapeutaa/photos/a.849451128469818/13496427 38450652/?type=3&theater, acessado em 13/07/2020. 10. Conclusão A educação física faz parte da área da saúde. Como tal, se faz necessária uma base forte de subáreas para trabalhar com o exercício físico: anatomia, cinesiologia, biomecânica, fisiologia humana, fisiologia do exercício físico e periodização do treinamento. A disciplina de avaliação física depende diretamente da absorção https://es-la.facebook.com/papodefisioterapeutaa/photos/a.849451128469818/1349642738450652/?type=3&theater https://es-la.facebook.com/papodefisioterapeutaa/photos/a.849451128469818/1349642738450652/?type=3&theater https://es-la.facebook.com/papodefisioterapeutaa/photos/a.849451128469818/1349642738450652/?type=3&theater desses conhecimentos e a aplicação de métodos padronizados para verificar o quão longe o indivíduo está do recomendado para o estágio de sua vida. Espero ter contribuído com o conhecimento de vocês, e deixo aqui sugestões de literatura sobre essas áreas de conhecimento. Bons estudos! Anatomia humana: SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. Cinesiologia: FLOYD, R.T. Manual de Cinesiologia Estrutural, Manole , 16ª ed., 2011 Biomecânica: HALL, S.J. Biomecânica Básica. 5ª Edição, Manole, 2009. Fisiologia humana: GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006. Fisiologia do exercício: MCARDLE, D.W; KATCH, L.F; Katch, L. V. Fisiologia do exercício. Energia, nutrição e desempenho humano. 8ª. Ed. Rio Janeiro, Guanabara Koogan, 2016. Periodização do treinamento: GOMES, A.C. Treinamento desportivo [recurso eletrônico]: estruturação e periodização / Antonio Carlos Gomes. – 2.ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2009. Disponível em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5281087/mod_resource/content/1/ Treinamento%20Desportivo%20Estruturac%CC%A7ao%CC%83%20e%20Period izac%CC%A7a%CC%83o.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5281087/mod_resource/content/1/Treinamento%20Desportivo%20Estruturac%CC%A7ao%CC%83%20e%20Periodizac%CC%A7a%CC%83o.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5281087/mod_resource/content/1/Treinamento%20Desportivo%20Estruturac%CC%A7ao%CC%83%20e%20Periodizac%CC%A7a%CC%83o.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5281087/mod_resource/content/1/Treinamento%20Desportivo%20Estruturac%CC%A7ao%CC%83%20e%20Periodizac%CC%A7a%CC%83o.pdf Referências ANDREAZZI, I.M. et al. Exame pré-participação esportiva e o PAR-Q, em praticantes de academia. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Vol. 22, n. 4, Jul/Ago, 2016. GUEDES, D.P. E GUEDES, J.E.R.P.G. Manual prático para avaliação em educação física – Barueri, SP: Manole, 2006. KENDAL, F. et al. Músculos: provas e funções com postura e dor, Barueri – SP, Manole: 2007. MAGEE, D.J. Avaliação musculoesquelética, 5. ed. Barueri: Manole, 2010
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