Prévia do material em texto
Anna Raphaella – Medicina UFG 68 VIA AÉREA Introdução: > A prevenção da hipoxemia depende da via aérea (VA) protegida e desobstruída > Anatomia: • É subdividia em 2 partes: VA superior e VA inferior • A laringe é subdividida em regiões: supraglótica, glótica (onde se localizam as pregas vocais) e subglótica Avaliação da va: > Resposta verbal inadequada • Sugere uma VA comprometida • Ventilação insuficiente para promover oxigenação sanguínea e perfusão cerebral > Rebaixamento do nível de consciência (RNC) • Sugere VA comprometida • Necessita de uma VA definitiva > Via aérea definitiva: um tubo colocado na traqueia com balonete insuflado abaixo das cordas vocais, conectado a uma fonte de oxigênio, sob ventilação assistida e com o tubo fixado > Traumas que aumentam o risco de comprometimento da VA: • Maxilofacial → hemorragias, aumento de secreções orofaríngeas e avulsões dentárias • Cervical → lesões vasculares que levam a hematomas cervicais expansivos e obstrução • Trauma de laringe > Sinais de obstrução da VA: • Agitação → indica hipóxia • Torpor → indica hipercapnia • Cianose → indica hipoxemia • Respiração ruidosa → indica obstrução • Roncos, gorgolejos e estridores → indicam obstrução parcial da faringe/laringe • Rouquidão → indica obstrução funcional da laringe Via aérea difícil: > ASA (American Society of Anesthesiologists): “toda aquela VA que precisa de múltiplas tentativas de IOT” > Afecções que dificultam o manejo das vias aéreas: • Gestação: maior predisposição à regurgitação e broncoaspiração • Obesidade: dificuldade da técnica de intubação (pescoço curto e de grosso calibre) • Acromegalia: macroglossia, prognatismo • Trauma crânio cervical: imobilidade da cabeça • Síndrome de Down: macroglossia, hipoplasia da ponte nasal • Síndrome de Pierre-Robin: micrognatia, macroglossia, palato fendido LEMON > Para avaliar se o paciente tem VAD, utiliza-se o mnemônico LEMON > L - look: impressão olhando o paciente • Avaliar alterações anatômicas Anna Raphaella – Medicina UFG 68 • Deformidades de pescoço/face • Agitação e sangramento > E – evaluate: avaliar 3 – 3 – 2 • Abertura da boca (3 dedos) • Distância mento-hioide (3 dedos) • Distância osso hioide e tireoide (2 dedos) > M - Classificação de Mallampati • Classe I: visualiza palato mole, fauces, úvula, pilares • Classe II: visualiza palato mole, fauces, úvula • Classe III: visualiza palato mole, base da úvula • Classe IV: não visualiza o palato mole Classe III e IV são fatores de risco para intubação complicada > O – Obstrução: avaliar os indicadores de obstrução • Sialorreia • Estridor • Voz abafada • Dispneia > N – neck mobility: observar capacidade de mobilização extrínseca da região cervical • Trauma • Alterações de coluna • Artrite reumatoide • Luxação atlanto axial CONDUTAS > Chin-lift • Elevar a mandíbula de forma a deslocar o mento da direção anterior • Com o polegar afastando o lábio inferior e os outros dedos tracionando a mandíbula • Não deve hiperestender a cabeça > Jaw-thrust • Realizada com as duas mãos • Desloca-se a mandíbula do paciente para cima > Equipamentos necessários: • Lâmina de laringoscópio • Tubos endotraqueais • Máscara laríngea • Bougie • Guias para tubo endotraqueal • Kit para cricostomia por punção • Fibroscópio flexível com fonte de luz • Seringas, lidocaína • Kit para intubação retrógrada • Aspirador a vácuo Via aérea falha: > Define-se via aérea falha quando: • Não foi possível IOT após 3 tentativas otimizadas • Não é possível manter a oxigenação entre tentativas Via aérea cirúrgica: > Quando a VA estiver obstruída ou quando o tubo endotraqueal não puder ser posicionado > Cricotireoidostomia • Inserção de um cateter sobre agulha pela membrana cricotireoidea • Em situações emergenciais para fornecer oxigênio até que a VA definitiva possa ser realizada Anna Raphaella – Medicina UFG 68