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Anna Raphaella – Medicina UFG 68 VULVOVAGINITES Introdução: > Ambiente vaginal: Ecossistema complexo e dinâmico • Contém muco, transudato e células descamadas • Variadas comunidades bacterianas → predomínio de lactobacilos • É modificado de acordo com fases do ciclo menstrual e da vida > Os Lactobacilos mantêm a homeostase • Inibe o crescimento de outras bactérias • Produção de ácido lático → pH ácido Corrimento vaginal: > Mucorreia: fisiológico • Secreção vaginal clara, ser ardor ou prurido • Ausência de fungos, TV e células pista • pH vaginal normal • número normal de leucócitos e lactobacilos • surge no meio do ciclo > Patológico quando associado a: prurido, irritação local, odor Candidíase: > Agente etiológico: Candida albicans (fungo) > Fatores de risco: • Gravidez • DM descompensada • Obesidade • Uso de antibióticos, corticoides, imunossupressores, quimioterapia, radioterapia • Aumento da umidade e calor local • Contato com substâncias alergênicas • Alteração da resposta imunológica (HIV) > Quadro clínico: • Prurido vulvovaginal • Disúria • Dispareunia • Corrimento: brano, grumo e com aspecto caseoso (leite coalhado) • Hiperemia e edema vulvar • Placas brancas ou acinzentadas recobrindo a vagina e o colo • Fissuras e maceração da vulva > Diagnóstico: a) Sem microscópio • Teste do pH → pH < 4,5 • Teste do KOH (teste das aminas) → negativo b) Com microscópio • Exame a fresco (colocar secreção vaginal + salina em lâmina) → presença de leveduras e pseudo-hifas > Tratamento: a) 1º opção: tratamento tópico • Miconazol creme vaginal – 7 dias • Nistatina via vaginal – 14 dias b) 2º opção: tratamento oral • Fluconazol 150 mg – dose única • Itraconazol 100 mg (2 cp 2x/dia) – 1 dia c) Na gravidez: • Tratamento somente via vaginal Se há persistência dos sintomas = reavaliar Vaginose bacteriana: > Desequilíbrio da microbiota vaginal → redução de lactobacilos acidófilos e aumento das bactérias aneróbias > Agentes etiológicos: Gardnerella vaginalis, Prevvotella sp., Ureaplasma sp., Mycoplasma sp. > Quadro clínico: • Corrimento vaginal fétido (mais intenso após relação sexual e durante período menstrual) • Corrimento vaginal branco acinzentado, fluido, cremoso ou bolhoso • Dispareunia > Diagnóstico: a) Sem microscópio Anna Raphaella – Medicina UFG 68 • Teste do pH → pH > 4,5 • Teste do KOH → positivo (odor de peixe) b) Com microscópio • Bacterioscopia por coloração de Gram → presença de clue cells (células epiteliais escamosas) > Tratamento: a) 1º opção: • Metronidazol 250 mg (VO, 2 cp 2x/dia) – dias • Metronidazol 100 mg (gel vaginal) – 5 dias b) 2º opção: • Clindamicina 300 mg (VO, 2x/dia) – 7 dias c) Na gravidez: • 1º trimestre: Clindamicina • 2º e 3º trimestres: metronidazol Tricomoníase: > Agente etiológico: Tricomonas vaginalis (protozoário) > Considerada uma IST > Quadro clínico: • Corrimento: abundante, amarelado/amarelo- esverdeado, bolhoso • Prurido, irritação vulvar • Sintomas urinários (disúria e polaciúria) • Dor pélvica • Hiperemia da mucosa (colpite difusa ou focal- colo em framboesa) > Diagnóstico: a) Sem microscópio • Teste do pH → pH > 4,5 b) Com microscópio • Bacterioscopia por coloração de Gram → visualização dos protozoários flagelados móveis em material ectocervical > Tratamento: a) 1º opção: • Metronidazol 400 mg (VO, 5 cp) – dose única • Metronidazol 250 mg (VO, 2 cp 2x/dia) – 7 dias b) Na gravidez: • Metronidazol Tratar parceiro!
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