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Febre Amarela - IESC 7

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Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! 
IESC VII 
Definição: A febre amarela e a leptospirose são 
síndromes febris íctero-hemorrágicas 
relacionadas a condições epidemiológicas e de 
saneamento ambiental. 
 Apresentam curso bifásico 
 Podem apresentar alta letalidade 
 Coagulação intravascular disseminada – 
frequente na forma grave da febre 
amarela e rara na leptospirose 
AE da febre amarela: arbovírus da família 
flavivírus. Pode ser transmitida pela picada das 
fêmeas do mosquito Aedes aegypti 
 Aedes albopictus (febre amarela urbana) 
 Haemagogus janthinomys (principal vetor 
da febre amarela silvestre no Brasil) 
Incubação: de 3 a 8 dias 
 A maioria dos indivíduos infectados 
cursam com a forma clinica assintomática ou 
com sintomas leves a moderados 
Quadro clínico: 
 Forma leve: febre e cefaleia 
 Moderada: 
o Febre alta associado a pulso lento 
o Calafrios 
o Cefaleia 
o Mialgias generalizadas 
o Lombalgia 
o Prostração 
o Náuseas e vômitos que podem 
durar até 3 dias 
 Grave: letalidade superior a 50% 
o Febre 
o Icterícia verdínica 
o Diarreia 
o Hematêmese 
o Melena 
o Hematúria 
o Epistaxe 
o Sangramento oral e vestibular 
o Anúria e torpor 
Quando pensar: 
 Epidemiologia suspeita em área endêmica 
próximas a matas 
 Sinais e sintomas sugestivos 
 Alterações laboratoriais 
 Histórico vacinal negativo para FA 
Vacinação 
 Vacina viva atenuada contra a febre 
amarela – vacina 17D 
o Primeira dose: 9 meses 
o Reforço: 4 anos de idade 
o Dose única: Em indivíduos que 
nunca foram vacinados contra FA 
ou sem comprovante de vacina 
o Reforço caso a pessoa tenha 
recebido uma vacina antes de 
completar 5 anos 
Quando vacinar? 
 Indivíduos em áreas endêmicas 
 Viajantes 
Duração da proteção: 
 Dose de reforço a cada 10 anos se houver 
risco continuo 
Alterações semiológicas da FA: 
 Icterícia verdínica 
 Sinal de Faget – febre alta associada a 
pulso lento 
Alertas amarelos da FA: 
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Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
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 Febre elevada 
 Icterícia verdínica 
 Prostração 
Alertas vermelhos: 
 Hematêmese 
 Melena 
 Epistaxe 
 Hematúria 
 Sangramento vestibular e oral 
 Torpor 
Classificada em três fases: 
 Período de infecção 
 Período de remissão 
 Período de intoxicação 
Período de infecção: 
 Dura de 3 a 6 dias 
 Tem início súbito e sintomas inespecíficos, 
como febre, calafrios, cefaleia, lombalgia, 
mialgias generalizadas, prostração, mal-
estar, tonturas, náuseas e vômitos 
 Pode ocorrer infecção conjuntival e 
bradicardia. 
Período de remissão: 
 Diminui a temperatura e a intensidade dos 
sintomas 
 Provocando sensação de melhora no 
paciente 
 Dura de poucas horas até, no máximo dois 
dias 
 Período toxêmico: 
 Afeta: fígado, rins, coração e vasos 
 Resposta inflamatória sistêmica 
exacerbada 
o Hemorragia 
o Hipertensão 
o Choque 
São características laboratoriais da doença: 
ausência de leucocitose e proteína reativa C 
baixa. A suspeita do diagnóstico de FA 
enfraquece na presença de proteína reativa C 
elevada e leucocitose. 
Exames laboratoriais par avalição: 
 Disfunção hepática 
 Insuficiência renal 
 Coagulopatias 
 Choque 
Sorológico: 0btencao da amostra – punção 
venosa – ELISA – IgM – do 5º ao 7º dia da 
doença 
 Crianças: 2 a 5 ml 
 Adultos: 10 ml 
Sinais clinico/laboratoriais: 
Leve: 
 Ausência de sinais de alarme e gravidade 
 TGO ou TGP < 500 
 Cr < 1,3 
 RNI <1,5 
Moderada: Presença de pelo menos um dos sinais 
de alarme sem presença de sinais de gravidade 
Sinais de alarme: 
 Vômitos 
 Diarreia 
 Dor abdominal 
 TGO > ou igual a 500 
 Cr > ou igual a 1,3 
Grave: pelo menos um dos achados abaixo – sinais 
de gravidade: 
 Oligúria 
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Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
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 Sonolência 
 Confusão mental 
 Torpor 
 Coma 
 Convulsão 
 Sangramento 
 Dificuldade respiratória 
 Hipotensão 
 Sinais de má perfusão 
 Icterícia 
 TG ou TGP > ou igual a 2.000 
 Cr > ou igual a 2 
 RNI > ou igual a 1,5 
 Plaquetas < 50.000 
Manejo da forma leve: 
 Hidratação VIO – 60 ml/kg/dia de acordo 
com aceitação do paciente; 
o Em caso de intolerância da 
hidratação por VO, utilizar 30 
ml/kg/dia de cristaloide ou ringer 
lactato por EV 
 Prescrever sintomáticos para dor e febre 
o Não usar AINES nem AAS 
 Repetir transaminase, creatinina, RNI e 
hemograma completo com intervalo de 
24h até o paciente completar 48h de 
remissão da doença 
Fluxograma da FA: 
Paciente com suspeita: 
1. Investigar sinais e sintomas sugestivos de 
síndromes febris hemorrágica 
2. Aferir sinais vitais 
3. Coletar sangue para exames iniciais 
Apresenta sinais de alarme? 
 NÃO - Grupo A – leve 
o Hidratar 
o Coletar exames 
o Orientar retorno em 24h 
o Orientar sinais de alarme 
o Considerar hospitalização se 
paciente apresentar comorbidade 
ou acesso remoto a saúde 
 SIM - Grupo B – moderada 
o Hospitalização 
Apresenta sinais de gravidade? – NÃO 
 Manter hospitalização 
 Monitorar sinais vitais e exames de 
laboratório com maior frequência 
 Controlar dor e febre 
 Manejar vômitos diarreia 
 Consulta com especialista 
Apresenta sinais de gravidade? - SIM 
 Grupo C – doença grave 
o Transferir para unidade de 
cuidados intensivos 
Manejo de complicações hepáticas, renais, 
neurológicas e metabólicas 
 
GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro 
Ceratti; DIAS, Lêda Chaves. Tratado de 
medicina de família e comunidade: 
princípios, formação e prática. 2. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2019. 
Boletim da Biblioteca de Ciências 
Biomédicas aborda febre amarela e 
esquistossomose. 
https://portal.fiocruz.br/noticia/boletim-da-
biblioteca-de-ciencias-biomedicas-aborda-
febre-amarela-e-esquistossomose. 
https://portal.fiocruz.br/noticia/boletim-da-biblioteca-de-ciencias-biomedicas-aborda-febre-amarela-e-esquistossomose
https://portal.fiocruz.br/noticia/boletim-da-biblioteca-de-ciencias-biomedicas-aborda-febre-amarela-e-esquistossomose
https://portal.fiocruz.br/noticia/boletim-da-biblioteca-de-ciencias-biomedicas-aborda-febre-amarela-e-esquistossomose

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