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HORMÔNIO DO CRESCIMENTO Acadêmica: Vitória América Almeida Guimarães CRESCIMENTO NORMAL · O crescimento normal é um processo que depende de inúmeros fatores: 1) Sem quantidades adequadas de hormônio do crescimento, as crianças simplesmente deixam de crescer. Hormônios da tireoide, a insulina e os hormônios sexuais na puberdade desempenham papéis diretos e permissivos, uma deficiência nesses hormônios leva ao crescimento e ao desenvolvimento anormais. 2) Uma dieta adequada que inclua proteínas, energia (ingestão calórica) suficiente, vitaminas e minerais. Os aminoácidos essenciais são de fontes alimentares e, entre os minerais, o cálcio, em particular, é necessário para a formação adequada dos ossos. 3) Ausência de estresse crônico. O cortisol é liberado nos períodos de estresse e tem significativos efeitos catabólicos que inibem o crescimento 4) Genética Hipotála- mo Adeno- -hipófise célula alvo TRH TSH e prolactina Tireo- trofo Liberadores CRH ACTH Cortico- trófico GHRH GH Somato- trofo GnRH FSH e LH Gonado- trofo Inibidores PIF ou dopamina Prolactina lacto- trofo GHIH GH Somato- trofo · Todos os principais hormônios da hipófise anterior, com exceção do hormônio do crescimento, exercem seus efeitos por meio do estímulo de glândulas alvo, incluindo a glândula tireóide, o córtex adrenal, os ovários, os testículos, e as glândulas mamárias. · O hormônio do crescimento não age por meio de glândulas alvo específicas, mas exerce seus efeitos, diretamente, sobre todos ou quase todos os tecidos do organismo. CRESCIMENTO DE TECIDOS · O GH, também chamado de hormônio somatotrófico ou somatotropina, é uma molécula pequena de proteína, contendo 191 aminoácidos de cadeia única. · Promove o aumento de tamanho das células e elevação do número de mitoses, causando a multiplicação e diferenciação específica de alguns tipos celulares, tais como as células de crescimento ósseo (células osteogênicas) e células musculares iniciais. ! ! Ressalta-se que os ossos apresentam um limite de crescimento de acordo com a cartilagem epifisária, visto que as epífises dos ossos longos se unem, não sendo possível ocorrer crescimento adicional - mesmo que a maioria dos outros tecidos do corpo seja capaz de continuar a crescer durante a vida. Imagem: comparação entre o ganho de peso de um rato injetado diariamente com GH com outro de mesma ninhada. EFEITOS METABÓLICOS 1) Aumento da síntese de proteínas (na maioria das células do corpo 2) Aumento da mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo, aumento do nível de ácidos graxos no sangue e aumento da utilização dos ácidos graxos como fonte de energia 3) Redução da utilização de glicose pelo organismo ! ! O GH aumenta a quantidade de proteína do corpo, utiliza as reservas de gordura e reserva os carboidratos GH E DEPOSIÇÃO DE PROTEÍNAS NOS TECIDOS · Aumento do transporte de aminoácidos através das membranas celulares · O GH aumenta diretamente o transporte da maioria dos aminoácidos, através das membranas celulares, para o interior das células. Assim, as concentrações de aminoácidos nas células presume-se ser responsável pelo aumento da síntese das proteínas. · Aumento da tradução do RNA para provocar a síntese de proteínas pelos ribossomos · Mesmo com níveis baixos de aminoácidos o GH aumenta a tradução do RNA, fazendo com que a síntese protéica pelos ribossomos ocorra em quantidades mais elevadas · Aumenta a transcrição nuclear do DNA para formar · Estimula a transcrição do DNA no núcleo, levando a formação de RNA, promovendo a síntese protéica e crescimento se houver energia, aminoácidos, vitaminas e outros requisitos para o crescimento. · Redução do catabolismo das proteínas e dos aminoácidos · Redução na quebra das proteínas celulares, pois o GH mobiliza grandes quantidades de ácidos graxos livres do tecido adiposo e estes são utilizados para fornecer a maior parte da energia para as células, poupando as proteínas. RESUMINDO: o GH aumenta a síntese proteica (captando aminoácidos, aumentando a tradução do RNA e a transcrição do DNA) e, ao mesmo tempo, reduz a destruição das proteínas GORDURA COMO FONTE DE ENERGIA · O GH utiliza a gordura como fonte de energia, preferencialmente ao uso de carboidratos e de proteínas · A capacidade do GH de utilizar gordura e seu efeito anabólico proteico leva o aumento da massa corporal magra UTILIZAÇÃO DE CARBOIDRATO · O GH influencia o metabolismo dos carboidratos, visto que: 1) Diminui a captação de glicose pelos tecidos · Diminui a sensibilidade à insulina no músculo esquelético e tecido adiposo, , diminuindo a captação de glicose · Garante a energia do cérebro 2) Aumenta a produção de glicose pelo fígado · estimula a gliconeogênese no fígado (aumenta a glicemia) 3) Aumenta a secreção de insulina (capta glicose) - hiperinsulinemia compensatória · Insulina não consegue baixar a glicemia que o fígado aumentou pois o músculo esquelético e tecido adiposo estão sensíveis à insulina RESUMINDO: A diminuição da captação de glicose pelos tecidos e a liberação de glicose pelo fígado são ações que geram hiperglicemia. A hiperglicemia ativa o pâncreas para produzir insulina, mas não adianta, visto que os tecidos encontram-se sensíveis à insulina. ! ! Estudos indicam que níveis crescentes de ácidos graxos reduzem a sensibilidade do fígado e do músculo esquelético aos efeitos da insulina no metabolismo dos carboidratos. CRESCIMENTO DOS OSSOS · Age como forte estimulador dos osteoblastos, fazendo com que os ossos aumentem em espessura durante toda a vida SOMATOMEDINAS · O GH leva o fígado a produzir somatomedinas, que apresentam o potente efeito de aumentar todos os aspectos do crescimento ósseo - também são chamadas de IGFs (insulina símile) · PIGMEUS: os pigmeus apresentam incapacidade congênita de sintetizar quantidades significativas de somatomedina C, portanto, por mais que o GH esteja normal, a somatomedina é baixa, implicando baixa estatura. SECREÇÃO DE GH · Concentração do hormônio no sangue: · Criança ou adolescente, cerca de 6 (5 a 20) ng/mL; Adulto, cerca de 1,6 (40 a 70) e 3 (20 a 40) ng/mL. HIPOTÁLAMO, GHRH E SOMATOSTATINA · Feedback negativo · O GHRH é secretado no núcleo ventromedial do hipotálamo, região sensível à concentração de glicose no sangue, levando à saciedade em hiperglicemia e fome em hipoglicemia · Os sinais hipotalâmicos que representam estresse, traumas e emoções são capazes de afetar o controle hipotalâmico da secreção FASES DO CRESCIMENTO NORMAL · Crescimento pré-natal: é o período de crescimento e desenvolvimento mais intensos, em que o feto aumenta consideravelmente de tamanho e tem todos os seus aparelhos e sistemas formados. · Origem materna: hormônios tireoidianos (durante o primeiro trimestre). · Origem placentária: hormônio lactogênico placentário, somatotrofina somatomamotropina coriônica. · Origem fetal: hormônio do crescimento (GH), insulina fetal, cortisol, hormônios hipofisários e hormônios tireoidianos (a partir do segundo trimestre). · Crescimento na primeira infância (0 a 2 anos): 40% da nutrição é para o crescimento e desenvolvimento após nascimento. · Crianças vítimas de violência ou com problemas de afetividade podem apresentar menor estatura · A criança cresce cerca de 25 cm · Crescimento na segunda (3 a 6) e terceira (7 a 12) infância · Atingem uma taxa estável de crescimento e, geralmente, não há diferença significativa entre meninas e meninos. · Entre os 6 e 8 anos ocorre a adrenarca e o consequente aumento da secreção de hormônios anabólicos adrenais, podendo ocasionar um pequeno pico de crescimento. · Crescimento na puberdade e adolescência (12 a 18 anos) · Fase final de crescimento, na qual meninas e meninos crescem cerca de 20 a 25cm. Com a puberdade há intensificação na síntese de hormônios esteróides sexuais, que promovem maior secreção de GH e de fator de crescimento semelhante à insulina Referências: · MOLINA, E. Patricia. Fisiologia Endócrina. Um livro médico LANGE. PortoAlegre, 5ª edição, 2021 · GUYTON e TORTORA. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro, 13ª edição, 2017 · SILVERTHORN. Fisiologia Humana. 7ª edição, 2017 Acadêmica: Vitória América Almeida Guimarães
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