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- DISFUNÇÃO ERÉTIL E EJACULAÇÃO PRECOCE - Incapacidade persistente de obter ou manter ereção adequada para atividade sexual satisfatória em 75% do tempo - 52% dos homens relatam algum grau (40 a 70 anos) Classificação 1. leve: normal no intercurso e depois perda de rigidez 2. moderada: logo após a penetração, perda de rigidez 3. grave: sem rigidez para penetração ੦ orgânica: lesões ou distúrbios vasculares, neurológicos, hormonais ou cavernosos ੦ psicogênica: inibição central do mecanismo de ereção ੦ mista: combinação de fatores orgânicos e psicogênicos Etiologia ੦ doença aterosclerótica – 40% em homens > 50 anos ੦ disfunção erétil em cerca de 50% dos diabéticos ੦ disfunção erétil em 90% de homens com depressão grave Associação com doenças crônicas - insuficiência renal crônica (45%) - insuficiência hepática (70%) - esclerose múltipla (71%) - doença de Alzheimer (53%) - DPOC (30%) → Doenças cardiovasculares: - Fatores de risco semelhantes - Disfunção endotelial - Doença vascular subjacente - DE – fator de risco INDEPENDENTE para eventos cardiovasculares subsequentes → Diabetes mellitus - neuropatia autonômica → ejaculação retrógrada (sinal precoce) → Insuficiência vascular - prejuízo a vasocongestão genital - Aterosclerose: obstrução de artérias (vasos ilíacos ou pudendos ou de pequenos vasos em diabéticos) Associação com uso de drogas - anti-hipertensivos - vasodilatadores - hipoglicemiantes - agentes de ação cardíaca - antidepressivos - antagonistas H2 - hormônios - AINH - tranquilizantes obs.: álcool em pequenas quantidades pode retardar a ejaculação, mas em grandes quantidade vai causar disfunção erétil Fisiologia da ereção peniana - Estimula parassimpático - Evento hemodinâmico - Regulado pelo relaxamento de artérias cavernosas e por relaxamento de musculatura lisa de corpos cavernosos - Estímulo – liberação de neurotransmissores (óxido nítrico) - Ação na musculatura lisa – ativa guanilato ciclase → aumento de monofosfato de guanosina cíclico (GMPc) → relaxamento de corpos cavernosos e influxo de sangue - Mecanismo veno-oclusivo - Fosfodiesterase-5 (PDE5) – degradação do GMPc – flacidez (detumescência) NANC: sistema de neurotransmissão não adrenérgico e não colinérgico Exame físico • Pulsos femoral e periférico • PA em repouso • Sintomas urinários ( HPB ) • Defeitos no campo visual • Ginecomas\a • Placas penianas • Testiculos : atrofia, assimetria, massas • Reflexo cremastérico Testes laboratoriais • Glicose • HbA1c • Testes Hormonais - Testosterona: Manutenção dos níveis de oxido nítrico sintetase intrapenianos - Prolactina ( libido ou testosterona baixa ) - Hormônio Tireoidiano Diagnóstico - história clínica – definir fatores - história sexual – do paciente e da parceira - exame físico – fatores causais - avaliação psicológica - testes laboratoriais – diabetes e outras doenças INTERNATIONAL INDEX OF ERECTILE FUNCTION (IIEF-5) → Nos últimos 6 meses: realizar 5 perguntas 1. Como classifica a sua confiança em conseguir ter e manter uma ereção? 2. Quando teve ereções com estimulação sexual, com que frequência as ereções foram suficientemente rígidas para conseguir penetração? 3. durante as relações sexuais, com que frequência foi capaz de manter a sua ereção após a penetração? 4. durante as relações sexuais, qual foi a dificuldade que teve em manter a sua ereção até o fim da relação sexual? 5. quando tentou ter relações sexuais com que frequência sentiu-se satisfeito? Respostas Em todas as perguntas, atribuem-se pontos conforme as respostas: ੦ nunca ou quase nunca: 1 ponto ੦ menos da metade das vezes: 2 pontos ੦ metade: 3 pontos ੦ mais da metade: 4 pontos ੦ quase sempre: 5 pontos Classificação Os resultados serão: - D.E. severa: 5 a 7 pontos - D.E. moderada: 8 a 11 pontos - D.E. leve a moderada: 12 a 16 pontos - D.E. leve: 17 a 21 pontos - D.E. inexistente: 22 a 25 pontos Exames complementares 1) Cavernosografia - injeção intracavernosa de contraste - indicação restrita em casos de doença vasooclusiva de origem traumática em candidatos à cirurgia vascular → paciente sofreu um trauma genital e evoluiu com disfunção erétil - avalia presença de fístula arteriovenosa 2) Teste de ereção fármaco-induzida - injeção intracavernosa de drogas vasoativas (avaliação do tecido erétil) - possível opção por terapia intracavernosa (dose) - drogas: papaverina, prostaglandinas, fentolamina - reação adversa – ereção prolongada que motive medidas de tratamento de priapismo obs.: Ereção é um mecanismo parassimpático → vasodilatação Ejaculação é um mecanismo simpático → constrição → Por isso quando o homem ejacula ele perde a ereção pois são sistemas antagônicos, da mesma forma que o homem perde a ereção por levar um susto ou algo do tipo já que nesse momento seria ativado o simpático abruptamente. Tratamento 1. Eliminação de fatores de risco modificáveis - fumo, álcool, drogas - hipertensão, diabetes, colesterol elevados - combater obesidade e sedentarismo 2. Aconselhamento e/ou psicoterapia - casos de origem psicogênica - sucesso de 75% em 6 meses - terapia de casal – evolução mais rápida 3. HIpogonadismo - reposição de testosterona - - lembrar do risco de infertilidade do uso de testosterona exógena - pode ser realizado teste terapêutico por cerca de 3 meses; se falhar → descontinuar tratamento - acompanhar a cada 3-6 meses: níveis de testosterona, PSA, função hepática, perfil lipídico, Hb/Ht → Opções de testosterona - intramuscular: cipionato de testosterona 200 mg a cada 2-3 semanas - subcutâneo: 150- 600 mg a cada 3-6 meses (pouco usado no Brasil) - transdérmico: AndroGel®(testosterona gel 1%) - bucal: adesivo colocado na gengiva - oral: limitado. Risco de hepatotoxicidade. Não aprovado pelo FDA - outros: HCG, clomifeno (off-label) 4. inibidores da 5 fosfodiesterase (PDE 5) - Medicamento de uso oral - 1h antes do ato sexual - não ingerir junto com alimentação gordurosa → reduz absorção - famoso viagra → sildenafila → Tadalafila por ter meia-vida maior pode ser usado diariamente para tratar concomitantemente disfunção erétil e HPB (relaxa o polo vesical) → Efeitos adversos - enxaqueca, dispneia, rubor facial - lombalgia e mialgia (principalmente tadalafila 5 mg diária) - visão turva - Todos são contra indicados o uso com nitratos (ex.: monocordil, isossorbida) → Contraindicações - IAM, AVE ou arritmia com risco de morte nos últimos 6 meses - uso de nitratos - ICC grau II ou pior pela New York Heart Association - angina instável - hipertensão grave (> 170x100 mmHg) - hipotensão ao repouso (< 90x50 mmHg) - doenças degenerativas retiniana, incluindo retinitis pigmentosa - insuficiência hepática Child-Pugh C - IRC dialítica 5. Dispositivos de constrição a vácuo - pequena câmera de vácuo introduzida no pênis - sucção a vácuo = intumescimento - ereção mantida por meio de anel de borracha 6. Administração de medicamentos por meio de uretra ੦ prostaglandina alprostadil – aplicador próprio ੦ absorvido pela mucosa uretral ੦ relaxa a musculatura lisa – ereção ੦ inferiores a injeção intracavernosa 50-70% (mas não usa agulha) ੦ efeitos colaterais: dor local e uretrorragia discreta 7. Aplicação de medicamentos no corpo cavernoso - falha nos tratamentos orais ੦ prostaglandina, fentolamina, papaverina, clorpromazina ੦ injeção aplicada pelo próprio paciente ੦ sucesso de 65 a 85% → Complicação dos tratamento injetáveis é o priapismo - ereção sustentada por muito tempo pode ter necrose dos corpos cavernosos → Contraindicações das medicações injetáveis • instabilidade psicológica • priapismo prévio • coagulopatia severa • doença cardiovascular instável • uso de inibidores da monoaminoxidase (tranilcipromina, moclobemida) – risco de crise hipertensiva com uso de alfa-adrenérgico para drenar possível priapismo 8. Implantação de próteses penianas - procedimento cirúrgico - estrutura cilíndrica no interior de corpos cavernosos A – semirrígidas (permite maleabilidade) B – infláveis (2 cilindros e reservatório) 9. Cirurgias arteriais e - falhaaos tratamentos de 1ª e 2ª linha venosas - Contraindicação ao uso de medicações - restabelecimento da circulação - casos com comprometimento vascular comprovado - diversas técnicas ao longo dos anos - indicação limitada EJACULAÇÃO PRECOCE → Incapacidade de controlar a ejaculação por mais de 1 minuto após a penetração, na maioria dos coitos, acarretando desconforto ao casal. Epidemiologia • Homens de todas a idades • Disfunção sexual masculina mais comumente relatada • Prevalência es\mada 20- 25 % Fisiologia →2 momentos distintos 1) Emissão - Vesículas seminais à uretra posterior - Reflexo 2) Ejaculação propriamente dita - Expulsão do líquido seminal por contrações da musculatura lisa - Controle voluntário Classificação ● Primária ● Secundária: hipertireoidismo, prostatite, Disfunção erétil, relacionamento, distúrbios psicológicos ● Ocorrência ocasional Etiologia - Falha no controle ejaculatório → sinais pré-emissionários - Desequilíbrio entre serotonina receptores no SNC Diagnóstico - Anamnese sexual detalhada Tratamento → Anestésicos tópicos: lidocaína e/ou prilocaína gel ou spray DOENÇA DE PEYRONIE → Definição: Degeneração estrutural, adquirida, fibrótica e multifocal da túnica albugínea do pênis - deformidade, encurtamento e tortuosidade peniana - dificuldade na penetração e insatisfação sexual Etiologia - Causa é indeterminada, mas pode estar relacionada a traumas agudos e repetitivos no pênis → delaminação das camadas da túnica albugínea → hematoma, inflamação fibrose e calcificação → desarranjo estrutural Diagnóstico e quadro clínico → Clínica com avaliação das manifestações clínicas - ereções dolorosas - curvatura peniana - palpação de nódulos no pênis 2 fases 1ª) inflamatória aguda (6 -18 meses) 2ª) fase crônica → Disfunção erétil Avaliação clínica - Mensuração objetiva e subjetiva - Avaliação da placa - Capacidade da ereção ( TEFI ) - Avaliação da curvatura Tratamento clínico Tratamento Clínico Fase aguda - Clínico e conservador - Pentoxifilina (fase aguda) - Vit E ( tocoferol ) 400 – 1000 UI/dia - Potaba - Tamoxifeno - Colchicina - Injeções intralesionais ou perilesionais ● Verapamil, Interferon alfa-2b Tratamento cirúrgico Tratamento cirúrgico - curvaturas graves - > 12 meses de doença - curvatura estável > 3 meses - falha da terapêutica conservadora - interferência na relação sexual - Avaliação de disfunção erétil → implante de prótese peniana 1. Encurtamento do lado convexo - Picaturas ( Nesbit, Yachia ) 2. Alongamento do lado côncavo - Incisão ; excisão placa + enxerto 3. Implante de prótese peniana
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