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Exercícios de Estudos Classicos

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Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Humanas e Sociais Departamento de Letras Estudos Clássicos Prof. Alexandre Agnolon Questões da Prova I 1. O dicionário Houaiss oferece, entre outras, duas definições fundamentais para o verbete clássico: “que é fiel à tradição da Antiguidade greco-latina e a seus autores; que obedece às regras; correto, puro, apurado”. As definições do lexicógrafo, pelo que se vê, são eivadas de noções românticas que teimam ainda em impingir ao clássico, mesmo que sutilmente, a pecha de meramente antigo ou, pior ainda, de conservador, ultrapassado e, para empregar expressão já vulgarizada, de uma caretice mortal. A partir da leitura do primeiro capítulo de Por que ler os clássicos, de Ítalo Calvino, discorra brevemente acerca do modo como o autor italiano se distancia das redutoras definições referidas acima. 2. O objetivo fundamental do capítulo de Jean-Pierre Vernant, O universo 
espiritual da polis, é apontar, conforme parece ser evidente, a importância da polis para o panorama cultural dos povos gregos entre os séculos VIII e VII a.C., mais ou menos o período de sua consolidação. Mais do que um espaço de convívio ou de ocupação humana, em que a sociabilidade constituía elemento protagonizante, a palavra desempenhou, segundo o helenista francês, “uma extraordinária preeminência [...] sobre todos os outros instrumentos de poder”. Assim, explique em que sentido o logos foi fundamental para as práticas intelectuais gregas. 3. A partir das fontes antigas lidas ao longo do curso (Heródoto, Píndaro, Aristóteles, Platão, Horácio, etc.) e da análise de episódios da Ilíada e da 
Odisseia, discuta as várias possibilidades de compreensão do épos. 4. Os episódios de poemas épicos da tradição homérica discutidos ao longo das aulas deixam entrever – o que é também apontado de modo bastante eloquente por Jean-Pierre Vernant, em fragmento da antologia – a existência de uma moral aristocrática e guerreira. Discorra a respeito desses ingredientes da epopeia, por assim dizer. Não se esqueça de oferecer exemplos que justifiquem suas proposições. 5. A hýbris constitui aspecto de extrema importância para o caráter do heroi trágico. A arrogância do rei de Tebas, contudo, não parece ser, em princípio, a sede de poder – como talvez possa sugerir o epíteto de Édipo que ajuda a 
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compor o título original da obra: týrannos, tirano –, mas, sim, suas faculdades intelectuais, sua astúcia e perspicácia que, virtudes, o proveram quando do enfrentamento com a Esfinge. Explique de que modo essas mesmas qualidades, na trama da tragédia, determinam também a desmedida da personagem. 6. Vejamos a fala final do coro, que acompanha a partida infeliz de Édipo. Ei-la: “atento ao dia final, homem nenhum/ afirme: eu sou feliz!, até transpor/ – sem nunca ter sofrido – o umbral da morte.” (Édipo Rei, 1528-1530). Teça um comentário que busque demonstrar em que medida a referida passagem teatraliza a estrutura e as tensões que constituem a base do gênero trágico.

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