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LP
Leitura e
Interpretação
Sequência Didática do Professor
Ensino Médio
A intenção discursiva em documentários
Campo jornalístico-midiático
Habilidade
FOCO
(EM13LP44) Analisar, discutir, produzir e 
socializar, tendo em vista temas e aconteci-
mentos de interesse local ou global, notícias, 
fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens 
multimidiáticas, documentários, infográficos, 
podcasts noticiosos, artigos de opinião, 
críticas da mídia, vlogs de opinião, textos de 
apresentação e apreciação de produções 
culturais (resenhas, ensaios etc.) e outros gê-
neros próprios das formas de expressão das 
culturas juvenis (vlogs e podcasts culturais, 
gameplay etc.), em várias mídias, vivenciando 
de forma significativa o papel de repórter, 
analista, crítico, editorialista ou articulista, 
leitor, vlogueiro e booktuber, entre outros.
Habilidade
RELACIONADA
(EM13LGG302) Compreender e posicionar-se 
criticamente diante de diversas visões de 
mundo presentes nos discursos em diferentes 
linguagens, levando em conta seus contextos 
de produção e de circulação.
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Interpretação de Textos | A Intenção Discursiva em Documentários 3
Essa SD tem como objetivo a aná-
lise e o estudo de documentário e 
da argumentação nesse gênero. Por 
isso, inicialmente, busca-se mobili-
zar os conhecimentos prévios sobre 
filmes e documentários. Solicita-se, 
então, que os estudantes digam 
se já assistiram ao documentário 
de M.V. Bil e se conhecem alguma 
outra obra artística dele. Porém, 
caso os estudantes não tenham 
conhecimento sobre esse artista ou 
não tenham o hábito de assistir a 
documentários, é interessante as-
sistir ao documentário para que eles 
se motivem e comentem sobre as 
peculiaridades desse gênero. 
 Professor, a atividade 1 
está centrada predominantemente 
na leitura e análise de documentário 
e na relação interdiscursiva com 
outros gêneros. 
DE OLHO NA BNCC
Compreender o funcionamento das 
diferentes linguagens e práticas 
(artísticas, corporais e verbais) e 
mobilizar esses conhecimentos na 
recepção e produção de discursos 
nos diferentes campos de atuação 
social e nas diversas mídias, para 
ampliar as formas de participação 
social, o entendimento e as possi-
Ponto de
PARTIDA
LP
Leitura e
Interpretação
Ensino Médio
A intenção discursiva em documentários
Atividade 1
Orientação ao
PROFESSOR
Ponto de
PARTIDA
Atividade 1
Certamente, você, ao longo de sua trajetória, assistiu a variados filmes e a 
variados documentários. Mas, já assistiu ao documentário “Falcão, meninos do 
tráfico”? já ouviu falar de M.V. Bill? Já escutou algum rap produzido por ele? Ou 
sabe que, além de rapper, ele é ativista, ator, documentarista, escritor?
CONCEITO DE DOCUMENTÁRIO:
" Documentário é um gênero do cinema que tem como objeti-
vo a apresentação de uma visão da realidade por meio da tela. Para isso, 
esse gênero utiliza-se de arquivos históricos, imagens, entrevistas com 
pessoas envolvidas e outros recursos, permitindo que ele seja construído 
ao longo do processo de sua produção e somente seja finalizado com a 
edição. ´´ 
 https://www.portugues.com.br/redacao/documentario.html. Acessado em: 06 de março de 
2019
CONCEITO DE ROTEIRO DE VÍDEO:
"O Roteiro é a forma escrita de qualquer audiovisual. É uma forma literária 
efêmera, pois só existe durante o tempo que leva para ser convertido em 
um produto audiovisual. No entanto, sem material escrito não se pode dizer 
nada, por isso um bom roteiro não é garantia de um bom filme, mas sem um 
roteiro não existe um bom filme". 
 Doc Comparato
https://www.tertulianarrativa.com/o-que--roteiro. Acessado em: 06 de março de 2019
?
Você
SABIA?
4
bilidades de explicação e interpre-
tação crítica da realidade e para 
continuar aprendendo.
Essa competência específica indica 
que, durante o Ensino Médio, os 
jovens devem desenvolver uma 
compreensão e análise mais 
aprofundadas e sistemáticas do 
funcionamento das diferentes 
linguagens. Além disso, prevê que 
os estudantes possam explorar 
e perceber os modos como as 
diversas linguagens se combinam 
de maneira híbrida em textos 
complexos e multissemióticos, 
para ampliar suas possibilidades de 
aprender, de atuar socialmente e de 
explicar e interpretar criticamente 
os atos de linguagem.
BRASIL. Base Nacional Comum
Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018,
p. 483. 
Utilizar diferentes linguagens 
(artísticas, corporais e verbais) para 
exercer, com autonomia e colabora-
ção, protagonismo e autoria na vida 
pessoal e coletiva, de forma crítica, 
criativa, ética e solidária, defenden-
do pontos de vista que respeitem 
o outro e promovam os Direitos 
Humanos, a consciência socioam-
biental e o consumo responsável, 
em âmbito local, regional e global.
Essa competência específica focali-
za a construção da autonomia dos 
estudantes nas práticas de com-
preensão/recepção e de produção 
(individual ou coletiva) em diferen-
tes linguagens.
BRASIL. Base Nacional Comum
Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018,
p. 485. 
As questões privilegiaram o desen-
volvimento das habilidades: 
(EM13LP44) Analisar, discutir, pro-
duzir e socializar, tendo em vista te-
Orientação ao
PROFESSOR
Texto 1
Para acessar o documentário " Fal-
cão: Meninos do Tráfico", acesse o 
QR Code abaixo:
1. Qual o fato social é retratado e denunciado por M.V. Bill em ´´Falcão: Meninos 
do Tráfico´´?
2. O termo ´´Falcão´´, no contexto da favela e do crime organizado, exposto no 
documentário, tem que relação semântica?
3. No documentário, há uma intergenericidade: entrevista, artigo de opinião, 
relato, depoimento e resultado de pesquisas que se entrecruzam, formando 
um novo gênero. Ou seja, o documentário é um texto híbrido. A partir dessa 
afirmação, escolha falas dos sujeitos entrevistados e do M.V. Bill que eviden-
ciam opinião de:
a) denúncia;
b) problematização;
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Interpretação de Textos | A Intenção Discursiva em Documentários 5
mas e acontecimentos de interesse 
local ou global, notícias, fotodenún-
cias, fotorreportagens, reportagens 
multimidiáticas, documentários, 
infográficos, podcasts noticiosos, 
artigos de opinião, críticas da mídia, 
vlogs de opinião, textos de apresen-
tação e apreciação de produções 
culturais (resenhas, ensaios etc.) 
e outros gêneros próprios das 
formas de expressão das culturas 
juvenis (vlogs e podcasts culturais, 
gameplay etc.), em várias mídias, 
vivenciando de forma significativa 
o papel de repórter, analista, crítico, 
editorialista ou articulista, leitor, 
vlogueiro e booktuber, entre outros.
(EM13LGG302) Compreender e 
posicionar-se criticamente diante de 
diversas visões de mundo presen-
tes nos discursos em diferentes 
linguagens, levando em conta 
seus contextos de produção e de 
circulação.
Respostas esperadas:
Texto 1:
Questão 01) A desigualdade social 
e a exclusão do negro, pobre, favela-
do e infante.
Questão 02) A palavra Falcão, 
no contexto da favela, denomina 
o jovem que vigia e protege os 
traficantes, a ´´boca´´ e os morado-
res. Professor, você pode levar os 
alunos a perceberem que o título 
traz a pista para a resposta. 
Questão 03) 
a) M.V Bill relata que está “mos-
trando a vida de pessoas as 
quais talvez não façam parte 
das estatísticas...talvez só virem 
estatística depois de mortas...”
b) ´´Se eu morrer, nasce um outro 
que nem eu, pior ou melhor. Se 
eu morrer, vou descansar, é mui-
to esculacho nessa vida – decla-
rou o menino de 10 anos.´´
Orientação ao
PROFESSOR
c) contextualização;
d) causa e consequência;
e) crítica.
4. Das histórias relatadas no documentário sobre 17 protagonistas, 16 já estão 
mortos e um sobrevivente, preso. O que esse dado chocante revela em rela-
ção aos Direitos Humanos?
5. O ´´MV´´ de M.V. Bill significaria adotado por ele mesmo ´´mensageiro da 
verdade´´, com base nisso, quais problemáticas sociais estão interligadas ao 
discurso do documentarista em ´´Falcão:Meninos do tráfico´´?
6. Você conseguiu perceber uma estrutura de filmagem como um ´´roteiro´´ 
para o espectador, interlocutor, compreender a situação- problema no enre-
do? Como você registraria essa sequência?
6
c)´´Entra se quiser. Eu deixo bem 
explicado. E quando o meu filho 
crescer, eu vou querer falar o que 
o pai dele foi, como o pai dele 
era. E vou falar para ele: 'se tu 
acha que isso é o certo e quiser 
seguir o que o teu pai seguiu, o 
caminho é esse daí, a morte - 
declarou uma mãe com o bebê 
no colo. ´´
d) ´´Não conheci meu pai, não sei 
se tá vivo ou se tá morto. Tenho 
17 anos e, até hoje, nunca tive 
um aniversário. Ninguém fez um 
aniversário pra mim"
- Depoimento sobre os pais.
e) Estamos tratando com homens 
pequenos. Não há mais infância, 
não há mais criança. É triste, é 
muito triste - disse o sociólogo 
Gláucio Soares.
Questão 04) Os artigos 1º , 3º, 6º 
e o 7º da Declaração Universal dos 
Direitos Humanos são totalmente 
desrespeitados porque aqueles 
``meninos do tráfico`` não foram 
tratados pelo seu país e povo com 
equidade de direitos. Portanto, não 
é reconhecida a dignidade da pes-
soa humana, já que eles não tiveram 
direito à vida, nunca gozaram de 
plena liberdade. 
Questão 05) Como denunciador e 
propagador, ele dá voz aos margina-
lizados, revela as faces de um país 
desigual, excludente, racista que 
não respeita a criança em situação 
de vulnerabilidade. Esse Brasil que 
M.V Bill desnuda é um reflexo da 
lógica do capitalismo como sistema 
econômico que promove a divisão 
de classes sociais.
Orientação ao
PROFESSOR
Atividade 2
MÚSICA ´´O PRETO EM MOVIMENTO´´ DE M.V. BILL
Não sou o movimento negro
Sou o preto em movimento
Todos os lamentos (Me fazem refletir)
Sobre a nossa história
Marcada com glórias
Sentimento que eu levo no peito
É de vitória
Seduzido pela paixão combativa
Busquei alternativa (E não posso mais fugir)
Da militância sou refém
Quem conhece vem
Sabe que não tem vitória sem suor
Se liga só, tem que ser duas vezes melhor
Ou vai ficar acuado sem voz
Sabe que o martelo tem mais peso pra nós
Que a gente todo dia anda na mira do algoz
Por amor a melanina
Coloco em minha rima
Versos que deram a volta por cima
O passado ensina e contamina
Aqueles que sonham com uma vida em liberdade
De verdade
Capacidade pra bater de frente
E modificar o que foi pré-destinado pra gente
Dignificar o que foi conquistado
Mudar de estado, sair de baixo
Sem esculacho é o que eu acho
Não me encaixo nos padrões
Que vizam meus irmãos como vilões
Na condição de culpados
Ovelha branca da nação
Que renegou a pretidão (Na verdade é que você...)
Tem o poder de mudar " RAPÁ"
DE UM TEXTO AO OUTRO
Texto 1
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Interpretação de Textos | A Intenção Discursiva em Documentários 7
Questão 06) Resposta pessoal. 
Professor, você pode conduzir a 
sistematização de um roteiro que 
registre a sequência das cenas/ par-
tes mais marcantes. Para isso, seria 
interessante discutir oralmente e 
fazer um enredo topicalizado com 
base no que os alunos levantarem 
de destaque. 
Orientação ao
PROFESSOREntão passe para o lado de cá, vem cá
Outra corrente que nos une
A covardia que nos pune
A derrota se esconde no irmão
Que não se assume
Chora quando é pra sorrir
Ri na hora de chorar
Levanta quando é pra dormir
Dorme na hora de acordar
Desperta
Sentindo a atmosfera, que libera dos porões
E te liberta (Sarará criolo...)
Muita força pra encarar qualquer bagulho
Resistência sempre foi a nossa marca, meu orgulho
É bom ouvir o barulho
Que ensina como caminhar (Eu estou sempre na minha...)
Não vou pela cabeça de ninguém
Pode vir que tem
Alguidar dominará em Português, Favelês ou em Ioruba, Axé
Pra quem vai buscar um aqcue
E deixa de ser um qualquer
Já viu como é
Preto por convicção acha bom submissão
Não, da ré no Monza e embranquece na missão
Tem que ser sangue bom com atitude
Saber que a caminhada é diferente pra quem vem da negritude
Que um dia isso mude
Por enquanto vou rezar pro santo
E que nós nos ajude
Esse QR Code dá acesso ao vídeo 
completo da música ´´O preto em 
movimento´´
8
Atividade 2
Texto 2:
Questão 01) Há uma relação inter-
discursiva quanto ao tema da ex-
clusão social e racial, denunciando 
desigualdades e injustiças sofridas 
por indivíduos pobres e negros no 
Brasil. Além dessa crítica, o M.V Bill 
oportuniza o debate para promover 
mudança nessa realidade.
Questão 02) O título resume o 
objetivo do rap por ser uma arte de 
protesto, contracultura e instrumen-
to artístico que dá voz a uma massa 
de marginalizados que precisam 
lutar, reivindicar direitos e mudar 
suas realidades.
Questão 03) Sim, traz uma intencio-
nalidade, porque a plurissignificação 
da palavra ´´movimento´´ é para 
reforçar o imperativo do negro o 
qual deve se organizar enquanto 
identidade, cultura, cidadão e, 
com a coletividade, buscar justiça e 
reparação social.
Questão 04) 
a) Como o Brasil ainda é uma nação 
com muita injustiça social e alto 
preconceito racial, o negro é 
subjugado à marginalidade, fruto 
de uma história de escravidão. 
Devido a isso, para conseguir 
ascender e transformar sua 
realidade, M.V Bill defende que 
o negro não basta ser bom em 
algo tem que ser o melhor. Essa 
afirmação não deixa de ser 
mais um reflexo das amarras da 
opressão racial.
b) Resposta pessoal. Professor, 
você pode deixar os alunos 
apontarem e defenderem seus 
pontos de vista, até organizarem 
ideias que sejam convergentes e 
divergentes, mas não deve deixar 
de mostrar que uma opinião deve 
sempre ser fundamentada.
Orientação ao
PROFESSOR
Alex Pereira Barbosa, ou MV Bill, 
é filho de Mano Juca, bombeiro 
hidráulico, e de Dona Cristina, 
dona-de-casa. Bill é um apelido 
de infância, referência a ”Rato Bill” 
– desenho de um rato que vinha 
em figurinhas de chiclete durante 
a Copa do mundo de 82. O apelido 
MV aparece por volta de 1991, quando escuta Public Enemy - grupo 
de Nova Iorque muito politizado – e lê as biografias de Malcolm X e de 
Zumbi dos Palmares. A partir daí, passa a conscientizar os moradores 
de sua comunidade, através de conversas e do rap. 
?
Você
SABIA?
https://www.letradamusica.net/mv-bill/biografia-artista.html. 
Acessado em: 22 de março de 2019.
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Interpretação de Textos | A Intenção Discursiva em Documentários 9
Questão 05) A linguagem de um rap 
como esse do M.V Bill representa 
uma comunidade por isso, geral-
mente, terá oralidade, terminologias 
específicas de grupos sociais, 
variantes que marquem a cultura, 
região, ideologia e contexto.
Questão 06) Fica claro que M.V 
Bill, como ele mesmo se denomina 
´´mensageiro da verdade´´, reforça 
a convocação que é um imperativo 
para a luta por igualdade racial, 
sendo uma missão do eu- lírico re-
presentante de todos nessa mesma 
condição.
Questão 07)
Professor, a escolha para o preen-
chimento do quadro de relações 
interdiscursivas é uma sugestão 
de como pode ser sistematiza-
da a aprendizagem de leitura e 
análise dos gêneros trabalhados 
nas atividades 1 e 2 com foco na 
opinião e na argumentação, já que o 
estudante está se preparando para 
escrever um texto dissertativo-argu-
mentativo, no ENEM, com indícios 
de autoria, o que significa argumen-
tar a partir de um conhecimento 
sociocultural amplo.
Orientação ao
PROFESSOR
1. O rap ´´O preto em movimento´´ tem relação de interdiscurso com o docu-
mentário ´´Meninos do Tráfico´´? Justifique.
2. O título do rap evidencia a ideia central do texto? Por quê?
3. O jogo de palavras existente, no primeiro e segundo versos, pode ser conside-
rado uma intencionalidade argumentativa? Por quê?
Cor púrpura
´´...Da militância sou refém 
 Quem conhece vem
 Sobre que não tem vitória sem 
suor...´´.
 O preto em movimen-
to
 M.V Bill
Redenção de Cam
" Tem que ser sangue bom com 
atitude
 Saber que o caminho é diferente 
paraquem vem da negritude 
"O preto em movimento, M. V Bill"
Charge
´´...No Brasil, o mesmo negro que 
constrói o seu apartamento ou o 
que lava o chão de uma delegacia/ 
É revistado e humilhado por uma 
guarda...´´ 
 Racismo é Burrice- 
Gabriel Pensador
Fotografia
´´A modernidade se funda na 
diversidade. Contudo, o coração 
humano não tem idade. Em todos 
os lugares e épocas ele comporta 
o solidário, o altruísta, o generoso, 
e também o ditador, o fundamenta-
lista, o fanático que se julga dono 
da verdade. ´´
 A arte da intolerância-Frei 
Beto
Nelson Mandela
Frase final do documentário ´´Ilha 
das Flores´´:
´´Liberdade, e uma palavra que o 
sonho humano alimenta, que não 
há ninguém que explique e nin-
guém que não entenda´´.
 Cecília Meireles
Lima Barreto
´´Se eu viver, nasce um outro que 
nem eu, pior ou melhor´´.
 Menino do tráfico, 10 
anos.
Martin Luther King
´´ Não bebo café pra não ter intimi-
dade com preto´´
 Comentário racista contra 
apresentadora Maria Júlia Couti-
nho (Maju)- Ponto de partida da 
atividade 1.
10
4. Com base no depoimento de M.V. Bill, responda:
a) Por que os negros precisam ser duas vezes melhores?
b) Você concorda com essa afirmação? Por quê?
Orientação ao
PROFESSOR
Cor púrpura
´´...Da militância sou refém 
 Quem conhece vem
 Sobre que não tem vitória sem 
suor...´´.
 O preto em movimen-
to
 M.V Bill
Redenção de Cam
´´...Estes macacos odeiam. Eles 
odeiam os macacos que são di-
ferentes... Macacos que têm uma 
cor diferente... ´´.
 Dancem, macacos, Dan-
cem
Charge
´´...No Brasil, o mesmo negro que 
constrói o seu apartamento ou o 
que lava o chão de uma delegacia/ 
É revistado e humilhado por uma 
guarda...´´ 
 Racismo é Burrice- 
Gabriel Pensador
Fotografia
" O homem é a medida de todas 
coisas".
Protágoras
 
Nelson Mandela
Artigo 5º da Constituição Federal 
Todos são iguais perante a lei..
Lima Barreto
´´Se eu viver, nasce um outro que 
nem eu, pior ou melhor´´.
 
 Menino do tráfico, 10 anos.
Martin Luther King
´´ Não bebo café pra não ter intimi-
dade com preto´´
 " O passado ensina e contamina 
aqueles que sonham com uma 
vida em liberdade"
O preto em movimento - MV Bil
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Interpretação de Textos | A Intenção Discursiva em Documentários 11
No ENEM, uma das competências que o aluno deve demons-
trar domínio na produção textual é a competência II: 
 “Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias 
áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites 
estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.” 
 Para o candidato atingir o nível 5 /200 pontos, nota máxima nessa 
competência, deve “Desenvolver o tema por meio de argumentação 
consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresen-
tar excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo”. Dessa forma, 
para ter um repertório legitimado e pertinente ao tema, é necessário um 
uso produtivo: 
 • de informações que extrapolem os textos motivadores;
 • legitimação dos argumentos pelas várias áreas do conhecimento 
como: referências às áreas do conhecimento e/ ou seus profissionais; 
especialistas; autoridades; personalidades; teorias; obras como - Socio-
logia/ Sociólogos, Filosofia/ Filósofos; Literatura/ escritores/ poetas/ au-
tores; Educação/ educadores, Meio Ambiente/ambientalistas; Geografia/
Geógrafo ; Medicina/ médicos; Linguística/ linguistas, dentre outros.
 • do uso diversificado das estratégias argumentativas como: concei-
tuação; exposição de fatos; citações; contextualização; alusão histórica; 
problematizações; intertextualidades/interdiscursividades (música, cine-
ma, literatura, artes, séries, etc) comparações; perguntas retóricas; dados 
estatísticos; definições de teorias científicas; proposta de intervenção, 
dentre muitos outros. 
?
Você
SABIA?
7. Com base no que foi dito sobre a competência 2 do ENEM, preencha o quadro a seguir, a partir das relações estabeleci-
das entre o que você estudou nas atividades 1 e 2 e no seu conhecimento de mundo.
5. A linguagem predominantemente empregada por M.V. Bill no rap é informal ou formal? Por quê?
 6. O rap de ´´Preto em movimento´´ pode ser considerado um convite à militância? Por quê?
12
Cor púrpura- Alice Walker
´´Nós não somos brancos. Não somos euro-
peus. Somos pretos que nem os africanos. 
E nós e os africanos estaremos trabalhando 
juntos por um objetivo comum: uma vida 
melhor para os negros do mundo todo. ´
Redenção de Cam- Modesto Brocos
A tela A Redenção de Cam (1895), de autoria 
de Modesto Brocos é um retrato de família 
marcado pelas distintas gradações de cor 
da pele entre seus membros, num movi-
mento clareador que vai do negro (a avó) ao 
branco (o neto). Ademais, o quadro é fruto 
de um momento pós-emancipação, marca-
do pela forte adesão ao racialismo na esfera 
pública e da emergência de uma série de 
planos quanto ao destino da população de 
ascendência negra na ordem livre e republi-
cana.
Charge da cartunista Angeli- Folha de São 
Paulo
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Interpretação de Textos | A Intenção Discursiva em Documentários 13
Fotografia documental de Ariadna Faleiro
Discurso de Nelson Mandela
´´Eu lutei contra a dominação branca, e eu 
lutei contra a dominação negra. Eu nutri o 
ideal de uma sociedade democrática e livre, 
na qual todas as pessoas vivem juntas em 
harmonia e com oportunidades iguais. ´´
Trecho de Lima Barreto- Cemitério dos 
Vivos
´´..os loucos são da proveniência mais di-
versa, originando-se em geral das camadas 
mais pobres da nossa gente pobre. São de 
imigrantes italianos, portugueses e outros 
mais exóticos, são os negros roceiros que 
teimam em dormir pelos desvãos das jane-
las sobre uma esteira esmolambada e uma 
manta sórdida; são copeiros, cocheiros, mo-
ços de cavalariça, trabalhadores braçais. No 
meio disto, muitos com educação, mas que 
falta de recursos e proteção atira naquela 
geena social.´´
Discurso de Martin Luther King
´´Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus 
filhos julgados por sua personalidade, não 
pela cor de sua pele.´´
14
Se você tivesse uma câmera na mão e o poder de denunciar o racismo, como você 
faria?
Atividade 3
TEXTO 1
Para acessar o audiovisual ´´Dancem, macacos, 
Dancem´´, posicione a câmera do seu celular no o 
QR Code ao lado:
TEXTO 2
Para acessar o vídeo ´´Ilha das flores´´, posi-
cione a câmera do seu celular no o QR Code ao 
lado:
1. O documentário ´´Dancem, macacos, Dancem´´ faz uma sátira à teoria cien-
tífica da descendência humana. Você consegue identificar qual seria essa 
teoria? Quem a fundamenta?
2. Quando o audiovisual argumenta sobre a localização do homem no univer-
so infinito, que ponto de vista é enfatizado com a ironia persuasiva de que 
somos macacos? Essa tese converge ou diverge da visão antropocêntrica? 
Por quê?
QUEM SABE DIZ
De olho na BNCC
A escola que acolhe as juventu-
des, por meio da articulação entre 
diferentes áreas do conhecimento, 
deve possibilitar aos estudantes: 
compreender e utilizar os conceitos 
e teorias que compõem a base do 
conhecimento científico-tecnológi-
co, bem como os procedimentos 
metodológicos e suas lógicas; 
apropriar-se das linguagens das tec-
nologias digitais e tornar-se fluentes 
em sua utilização.(BRASIL, BNCC, 
2018, p. 07)
Respostas esperadas:
Questão 01) Sim. O naturalista 
inglês Charles Darwin, escritor da 
obra “A Origem das Espécies” e 
criador da “Teoria da Evolução das 
Espécies”, estabelece um ancestral 
em comum entre o ser humano (Ho-
minídeos) e o primata (Pongídeos).
Questão 02) A nossa condição e 
postura primitivas de ser humano, 
mesmo diante da aparente evolução 
e desenvolvimento expressos na 
história da humanidade, diverge 
incisivamente, porque ela confronta 
a perspectivaantropocêntrica, a 
qual estabelece a superioridade 
intelectual e tecnológica humana 
diante das demais espécies do pla-
neta, visto que “Dancem, macacos, 
dancem” trata o homem moderno 
como um ser primitivo, arcaico e 
ignorante.
Questão 03)
 b) “O homem é lobo do homem, em 
guerra de todos contra todos.” 
Thomas Hobbes. Esse é o teor 
crítico que Hobbes estabelece 
quanto à forma do ser humano 
lidar consigo mesmo e com a 
sua forma agressiva e primitiva 
de interagir.
Orientação ao
PROFESSOR
Atividade 3
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Interpretação de Textos | A Intenção Discursiva em Documentários 15
3. Analise a relação entre a linguagem verbal e a não verbal ao longo do docu-
mentário e marque a alternativa que traz a concepção filosófica ou socioló-
gica que evidencia o paradoxo satirizado no audiovisual ´´Dancem, macacos, 
Dancem´´:
a) ´´O medo é o pai da moralidade. ´´ Friedrich Nietzsche
b) ´´O homem é lobo do homem, em guerra de todos contra todos ´´ Tho-
mas Hobbes
c) ´´Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar.´´ Zygmunt Bauman
d) ´´Tente mover o mundo- o primeiro passo será mover a si mesmo.´´Pla-
tão
e) ´´O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete. ´´ Aristóteles
4. No documentário experimental ´´ Ilha das Flores´´, há um ciclo de reprodução 
da realidade numa versão mais subjetiva ou objetiva da argumentação? Por 
quê?
5. Em ´´O que coloca os seres humanos da Ilha das Flores depois dos porcos 
na prioridade de escolha de alimentos é o fato de não terem dinheiro nem 
dono´´, esse discurso fílmico documental apresenta uma dimensão argumen-
tativa que tem como ideia central
a) denunciar a exclusão social gerada pelo modelo capitalista vigente.
b) retratar o consumismo e as consequências da mercantilização.
c) mostrar as relações sociais intrapessoais e interpessoais no mundo.
d) trazer políticas públicas de inclusão social e humanização.
e) expor a trajetória do tomate desde o consumo até o descarte no lixão na 
Ilha.
 
6. Considere a conceituação de cidadão acima. Por que, segundo o documentá-
rio ´´Ilha das Flores´´, o porco seria ´´mais cidadão´ ´que os ´´catadores´´?
Justificativa das outras alternativas:
a) “O medo é o pai da moralida-
de”. Friedrich Nietzsche. Falso, 
porque essa frase tem um teor 
filosófico voltado para o senti-
do da “moralidade”, não para a 
interação humana.
c) “Vivemos tempos líquidos. Nada 
é para durar”. Zygmunt Bauman. 
Falso, a essência dessa frase é a 
reflexão sobre a “fluidez” da so-
ciedade, não para sua realidade 
agressiva.
d) “Tente morrer o mundo – o 
primeiro passo será morrer a si 
mesmo.” – Platão. Falso, essa 
frase tem como intuito relacionar 
a realidade do indivíduo com a 
sociedade, na figura do “mundo”, 
mas não esclarece como essa 
realidade é.
e) “O ignorante afirma, o sábio duvi-
da, o sensato reflete”. Aristóteles. 
Falso, porque o foco dessa frase 
é instigar o ser humano, como 
indivíduo consciente, a “duvidar e 
refletir”, o que difere da pers-
pectiva da audiovisual “Dancem, 
macacos, Dancem” acerca do ser 
humano.
Questão 04) Objetiva. Porque o 
documentário estabelece os indi-
víduos/sujeitos diretos envolvidos 
no ciclo de reprodução da realidade 
apresentado.
Questão 05) 
a) Denunciar a exclusão social gera-
da pelo modelo capitalista.
Justificativas das outras alternati-
vas:
b) Retratar o consumismo e suas 
consequências. Falso, visto que 
o foco da expressão não está no 
modelo consumista, mas sim 
na condição desumana vivida 
por seres humanos, fruto de desi-
Orientação ao
PROFESSOR
´´Um indivíduo que desfruta da condição de cidadão é 
aquele que goza dos direitos consignados pelo Estado, bem 
como a possibilidade de acesso a uma renda adequada, que lhe permite 
desfrutar de um padrão de vida comum a seus cidadãos. ´´
 SANTOS, Maria Paula Gomes dos. O Estado e os problemas contemporâneos. 
Florianópolis.: Departamento de Ciências da Administração/ UFSC, 2012.
?
Você
SABIA?
16
TRECHO DO ROTEIRO DE ILHA 
DAS FLORES:
´´[...] A Ilha das Flores está localizada 
à margem esquerda do Rio Guaíba, a 
poucos quilômetros de Porto Alegre. 
Para lá é levada grande parte do lixo 
produzido na capital. Este lixo é depo-
sitado num terreno de propriedade de 
criadores de porcos. Logo que o lixo 
é descarregado dos caminhões, os 
empregados separam parte dele para 
o consumo dos porcos. Durante este 
processo, começam a se formar filas 
de crianças e mulheres do lado de fora da cerca, à espera da sobra do 
lixo, que utilizam para alimentação. Como as filas são muito grandes, os 
empregados organizam grupos de dez pessoas que, num tempo estipula-
do de cinco minutos, podem pegar o que conseguirem do lixo. Acabado o 
tempo, este grupo é retirado do local, dando lugar ao próximo grupo[...]´´.
VÍDEO COMO FAZER ROTEIRO 
Para acessar o vídeo ´´ Como fazer um 
roteiro de documentário´´, posicione a 
câmera do seu celular no o QR Code ao 
lado:
?
Você
SABIA?
gualdade social.
c) Mostrar as relações sociais 
intrapessoais e interpessoais no 
mundo. Falso, porque o foco do 
trecho acima está na realidade 
criada por um modelo econômi-
co desigual, não nas relações 
sociais entre os indivíduos desse 
modelo.
d) Trazer políticas públicas de inclu-
são social. Falso, porque o trecho 
fala da realidade dos habitantes 
da Ilha das Flores, mas não apre-
senta proposta de intervenção, 
como trazer políticas públicas de 
inclusão social.
e) Expor a trajetória do tomate des-
de o consumo até o seu descarte 
no lixão. Falso, porque o trecho 
gira em torno da condição dos 
seres humanos dentro desse 
ciclo de reprodução de desigual-
dade social, não do protagonis-
mo do tomate.
Questão 06) Expressa a definição 
do Departamento de Ciências da 
Administração da UFSC acerca do 
“cidadão”, o porco se torna, diante 
do evidenciado no documentário 
“Ilha das Flores”, um indivíduo com 
melhor condição de alimentação e 
vida que os “catadores” da ilha, visto 
que o porco tem quem o alimente e 
recebe alimentos válidos para sua 
alimentação, enquanto os seres 
humanos ali presentes (os “catado-
res”) não recebem amparo de nin-
guém, sobrevivendo apenas com os 
alimentos que foram considerados 
“inapropriados” para a alimentação 
do porco (alimentos podres).
Questão 07) a) Evidencia a intenção 
dos documentaristas de satirizar e 
retratar a realidade humana, dentro 
de suas esferas: o primeiro satiriza 
a “evolução” humana diante da bar-
bárie primitiva humana; o segundo 
retrata a condição desumana e 
deplorável vivida por “catadores” 
da “Ilha das Flores”. Portanto, são 
Orientação ao
PROFESSOR
7. a) Para persuadir os interlocutores, os dois documentários, textos 1 e 2, 
utilizaram uma apropriação do discurso científico e até didático. O que essa 
estratégia pode revelar sobre a intenção discursiva dos documentaristas?
 b) Liste cinco exemplos de áreas de conhecimento, teorias, marcos históricos 
que evidenciaram o discurso científico de cada documentário?
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Interpretação de Textos | A Intenção Discursiva em Documentários 17
PROPOSTA DE PRODUÇÂO
A partir do que você e seus colegas trouxeram como caminhos para comba-
ter o racismo, elabore, em grupo, um roteiro para a produção de um documentá-
rio.
 Para elaborar o roteiro, escolha um tópico valioso, um propósito, pesquise 
sobre o assunto e escreva um esboço. Siga o esquema do roteiro do documentá-
rio ´´Ilha das Flores´´.
 Após escrever o roteiro, mãos à obra. Você pode filmar com o seu celular 
ou, caso seja possível, faça uma filmagem com uma câmera mais profissional.
ESQUELETO DO ROTEIRO
Etapas
1) Em grupo, definam o ponto de vista sobre o combate ao racismo do docu-
mentário.
2) Público-alvo e linguagem
3) Escolher fatos, músicas, trechos de obras, situações discutidas, dados 
estatísticos, perguntas, leis, recursos argumentativos utilizados ao longo da 
sequência de opiniões para compor uma lista de ideias para criar a dimensão 
discursivada filmografia documental.
4) Façam pesquisas sobre a formação histórica, cultural, ideológica do racismo 
no Brasil.
´´Já não estamos nas décadas de 1950 ou 1960, quando po-
dia reinar a esperança de se ver declinar o racismo e progre-
diam os movimentos pelos direitos cívicos e os processos de descoloniza-
ção. Pelo contrário, a modernidade atual comporta, como ontem, este lado 
de sombra e o fenômeno, devastador, não só não tende a desaparecer da 
vida social, como encontra, nas transformações contemporâneas, recursos 
para ressurgir sob formas clássicas ou outras, novas ou renovadas. ´´
 
 Sociólogo francês, Michel Wiewiorka (2010: 249). Acessado em: 06 de março de 2019.
+
Para saber
 MAIS
materiais com teor argumentativo 
e crítico.
b) “Dancem, macacos, Dancem”: evi-
dente a relação do documentário 
com a “Teoria da Evolução das 
Espécies”, com os estudos da 
Geopolítica atual e de História, 
com foco nos períodos e acon-
tecimentos bárbaros da história 
da humanidade, tais quais as 
Grandes Guerras, as Inquisições 
Católicas durante a Idade Média 
e os ataques nucleares ao Japão 
(em 1945).
“Ilha das Flores”: evidente a relação 
do documentário com a teoria do 
“Darwinismo Social”, com os estu-
dos Antropológicos acerca da estru-
turação da sociedade humana, as 
teorias da Filosofia Grega Clássica 
acerca do sentido do “ser cidadão” e 
sua conexão com marcos históricos 
como as Revoluções Industriais, e o 
cenário social do Brasil atual.
Se liga no SAEB E e no ENEM
Professor, é interessante pontuar 
com os estudantes que as ques-
tões do SAEB e do ENEM foram 
colocadas para que eles enxerguem 
a funcionalidade do estudo dessa 
SD, ou seja, os estudantes precisam 
se preparar para as duas avalia-
ções externas como uma forma de 
também buscar possibilidades para 
entrar na universidade e ter espaço 
no mercado de trabalho.
Questão SAEB) Letra E
Questão ENEM) letra E
Orientação ao
PROFESSOR
18
5) Definam as estratégias:
• Tempo do documentário;
• Cenas/ estrutura;
• Falas / relatos / depoimentos- locutor universal;
• Imagens (fotos ou imagens em movimento). Obs.: seguir regras de utilização de imagem;
• Onde fazer a publicação;
• Músicas;
• Legenda.
6) Montem o roteiro escrito, seguindo uma sequência argumentativa e persuasiva, inspirando-se nos textos das atividades 
1, 2 e 3.
7) Ficha técnica: registrar as fontes e as biografias de cada texto utilizado para montar o documentário. Além de expor o 
papel de cada integrante do grupo na construção desse gênero.
Para auxiliar na sua produção, acesse o QR Code abaixo que ensina a montar um vídeo na plataforma Movie Maker.
SISTEMATIZANDO 
Nesta SD, você assistiu a documentários, reconheceu a intenção discursiva neles e analisou as relações de interdiscur-
so com rap, charges, pinturas, livros e fotografia documental.
Essa trajetória foi fundamental para você aprofundar o estudo voltado à leitura e interpretação textual, com estudo da 
intertextualidade e interdiscursividade.
Pôde também ampliar seus conhecimentos sobre o repertório cultural diversificado que deve fundamentar a sua argu-
mentação na redação do ENEM. 
SE LIGA NO SAEB 
PROVA BRASIL
Senhora (Fragmento)
Aurélia passava agora as noites solitárias. Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma desculpa qualquer para 
justificar sua ausência. A menina que não pensava em interrogá-lo, também não contestava esses fúteis inventos. Ao con-
trário buscava afastar da conversa o tema desagradável. Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor; mas a altivez 
de coração não lhe consentia queixar-se. Além de que, ela tinha sobre o amor ideias singulares, talvez inspiradas pela posi-
ção especial em que se achara ao fazer-se moça. Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada por Seixas; e pois 
toda a afeição que lhe tivesse, muita ou pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava que esse amor a poupara à 
degradação de um casamento de conveniência, nome com que se decora o mercado matrimonial, tinha impulsos de ado-
rar a Seixas, como seu Deus e redentor. Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de heróica dedicação, que entretanto 
assiste calma, quase impassível, ao declínio do afeto com que lhe retribuía o homem amado, e se deixa abandonar, sem 
proferir um queixume, nem fazer um esforço para reter a ventura que foge. Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, 
de cuja investigação nos abstemos; porque o coração, e ainda mais o da mulher que é toda ela, representa o caos do mun-
do moral. Ninguém sabe que maravilhas ou que monstros vão surgir nesses limbos. 
(ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __. Senhora. São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8.)
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Interpretação de Textos | A Intenção Discursiva em Documentários 19
000 IT_029816 
O narrador revela uma opinião no trecho 
(A) “Aurélia passava agora as noites solitárias.” (ℓ. 1) 
(B) “...buscava afastar da conversa o tema desagradável.”(ℓ. 4-5) 
(C) “...tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus...” (ℓ. 12-13) 
(D) “...e se deixa abandonar, sem proferir um queixume,...” (ℓ. 16) 
(E) “Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica,...” (ℓ. 18)
SE LIGA NO ENEM 
ENEM (2017)
Uma noite em 67, de Renato Tera e Ricardo Calil.
Editora Planeta, 296 páginas.
Mas foi um noite, aquela noite de sábado 21 de outubro de 1967, que parou o nosso país. Parou pra ver a finalíssima do 
III Festival da Record, quando um jovem de 24 anos chamado Eduardo Lobo, o Edu Lobo, saiu carregado do Teatro Para-
mount em São Paulo depois de ganhar o prêmio máximo do festival com Ponteio, que cantou acompanhado da charmosa 
e iniciante Marília Medalha.
Foi naquela noite que Chico Buarque entoou sua Roda viva ao lado do MPB-4 de Magro, o arranjador. Que Caetano 
Veloso brilhou cantando Alegria, alegria com a plateia ao som das guitarras dos Beat Boys, que Gilberto Gil apresentou a 
tropicalista Domingo no parque com os Mutantes.
Aquela noite que acabou virando filme, em 2010, nas mãos de Renato Terra e Ricardo Calil, agora virou livro. O livro que 
está sendo lançado agora é a história daquela noite, ampliada e em estado que no jargão jornalístico chamamos de maté-
ria bruta. Quem viu o filme vai se deliciar com as histórias – e algumas fofocas – que cada um tem para contar, agora sem 
os cortes necessários que um filme exige. E quem não viu o filme tem diante de si um livro de histórias, pensando bem, de 
História.
VILLAS, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acessado em: 18 jun. 2014 (adaptado).
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Considerando os elementos constitutivos dos gêneros textuais circulantes na sociedade, nesse fragmento de resenha 
predominam
A. caracterização de personalidades do contexto musical brasileiro dos anos 1960.
B. questões polêmicas direcionadas à produção musical brasileira nos anos 1960.
C. relatos de experiências de artistas sobre os festivais de música de 1967.
D. explicação sobre o quadro cultural do Brasil durante a década de 1960.
E. opinião a respeito de uma obra sobre cena musical de 1967.
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	SDName: EM.12.LP.2.12.23.P-2019

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