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Prévia do material em texto

Campo de atuação 
na vida pública
Documentos legais e normativos
LP
Leitura e
Produção
Sequência Didática do Professor
Ensino Médio
Habilidade
FOCO
• (EM13LP26) Relacionar textos e documen-
tos legais e normativos de âmbito universal, 
nacional, local ou escolar que envolvam 
a defi nição de direitos e deveres – em 
especial, os voltados a adolescentes e 
jovens – aos seus contextos de produção, 
identifi cando ou inferindo possíveis motiva-
ções e fi nalidades, como forma de ampliar 
a compreensão desses direitos e deveres.
Habilidades
RELACIONADAS
• (EM13LP25) Participar de reuniões na 
escola (conselho de escola e de classe, 
grêmio livre etc.), agremiações, coletivos 
ou movimentos, entre outros, em debates, 
assembleias, fóruns de discussão etc., 
exercitando a escuta atenta, respeitando 
seu turno e tempo de fala, posicionando-se 
de forma fundamentada, respeitosa e ética 
diante da apresentação de propostas e 
defesas de opiniões, usando estratégias 
linguísticas típicas de negociação e de 
apoio e/ou de consideração do discurso 
do outro (como solicitar esclarecimento, 
detalhamento, fazer referência direta ou re-
tomar a fala do outro, parafraseando-a para 
endossá-la, enfatizá-la, complementá-la 
ou enfraquecê-la), considerando propostas 
alternativas e reformulando seu posicio-
namento, quando for caso, com vistas ao 
entendimento e ao bem comum.
• (EM13LP27) Engajar-se na busca de 
solução para problemas que envolvam a 
coletividade, denunciando o desrespeito a 
direitos, organizando e/ou participando de 
discussões, campanhas e debates, produ-
zindo textos reivindicatórios, normativos, 
entre outras possibilidades, como forma de 
fomentar os princípios democráticos e uma 
atuação pautada pela ética da responsa-
bilidade, pelo consumo consciente e pela 
consciência socioambiental.
EM.11.LP.1.17.45.P-2321
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo de atuação na vida pública 3
Ponto de
PARTIDA
Você sabe quais são seus direitos e deveres como cidadão? Em algum mo-
mento da sua vida você já presenciou a violação de direitos fundamentais?
Em uma sociedade democrática, como é possível garantir o respeito aos direitos 
básicos das pessoas? Por meio de quais instrumentos, instituições, documentos...?
Certamente, você já ouviu falar nos seguintes textos de ordem legal: Decla-
ração dos Direitos Humanos, Constituição Federal, Estatuto da Criança e do 
Adolescente, Estatuto da Igualdade Racial, Estatuto da Pessoa com Defi ciência, 
Código de Defesa do Consumidor, Código Florestal etc.
O que você sabe a respeito desses textos? Qual deles você conhece?
Agora, com suas próprias palavras, responda:
1. Qual é a fi nalidade de textos como esses?
2. Como eles são escritos? Que registro de linguagem utilizam?
3. Quem escreve/produz esses textos?
4. Onde eles são publicados? Em que meio circulam?
5. Para quem eles são escritos? Quem é seu público-alvo?
Atividade 1
Você provavelmente já ouviu falar nos Direitos Humanos. O que você sabe a 
respeito? Sabe quando eles foram criados? Por quem e por qual motivo?
Para introduzir o tema, vamos assistir a um vídeo publicado em um canal da 
ONU no YouTube:
ONU MULHERES BRASIL. 
Direitos Humanos. 2016. (3min03s). 
Disponível em: <www.iqe.org.br/surl/?ed9996>. 
Acesso em agosto de 2019.
INTRODUÇÃO
Esta SD trabalha a leitura e com-
preensão de documentos legais 
e normativos de caráter universal 
(Declaração dos Diretos Humanos), 
nacional (Constituição Federal e 
ECA) e local ou escolar (a produção 
de um estatuto do grêmio) que envol-
vam a defi nição de direitos e deveres 
dos cidadãos. Nesse sentido, as 
perguntas no Ponto de Partida 
visam desenvolver aspectos da habi-
lidade foco EM13LP26 por meio de 
um bate-papo com os alunos, para 
introduzir o tema e levantar seus 
conhecimentos prévios. Professor, 
procure mediar a discussão de modo 
que todos tenham o momento de 
expressar suas ideias e hipóteses 
e também de ouvir as reflexões 
dos colegas. Consequentemente, o 
debate inicial sobre esses textos vai 
permitir que os alunos relacionem os 
documentos normativos ao seu con-
texto de produção, inferindo, criando 
hipóteses sobre as motivações e 
fi nalidades desses textos.
LP
Leitura e
Produção
Ensino Médio
Campo de atuação na vida pública | 
Documentos legais e normativos
Orientação ao
PROFESSOR
4
Observe a imagem a seguir:
• O que a imagem retrata? O que essas crianças estão lendo?
Agora leia a legenda que acompanha essa foto:
Crianças lendo a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), pouco 
após sua adoção. Foto: Arquivo da ONU
• Na sua opinião, com que objetivo essa foto foi tirada? Por que entregaram 
esse tipo de documento para que as crianças lessem?
Vamos iniciar juntos a leitura de trechos da Declaração Universal dos Diretos 
Humanos. Primeiro vamos conferir o que está na contracapa do documento:
TEXTO 1 – PARTE 1
Estes são os direitos de:
Atribuídos em:
Enunciados pela Organização das 
Nações Unidas na Declaração Universal 
dos Direitos Humanos
No dia 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações 
Unidas adotou e proclamou a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos cujo texto, na íntegra, pode ser lido a seguir. Logo após, a 
Assembleia Geral solicitou a todos os Países - Membros que publicas-
sem o texto da Declaração “para que ele fosse divulgado, mostrado, 
lido e explicado, principalmente nas escolas e em outras instituições 
educacionais, sem distinção nenhuma baseada na situação política ou 
econômica dos Países ou Estados.”
1. Algum trecho dessa parte do texto ajuda a explicar a foto anterior? Qual? 
Justifi que.
Atividade 1
Professor, em primeiro lugar, a 
atividade visa trabalhar as infor-
mações contextuais de produção e 
publicação da Declaração Universal 
dos Direitos Humanos (DUDH), por 
meio de um vídeo e a leitura de 
uma fotografi a da época, de modo a 
dar subsídios para o debate com a 
turma e despertar-lhes o interesse 
para a análise do documento. Em 
segundo lugar, propõe-se a leitura 
dos cinco primeiros artigos, seguida 
de questões que envolvem aspectos 
de compreensão e de composição 
do texto. Habilidade EM13LP26.
Como é possível ler na legenda, a 
imagem retrata crianças lendo a 
DUDH, recém publicada. A resposta 
à pergunta que sucede a fotografi a 
é pessoal, mas espera-se que os 
alunos reconheçam a motivação po-
lítica e histórica de se registrar esse 
momento, sobretudo para que as 
crianças conheçam quais são seus 
direitos como seres humanos. 
Professor, para muitos alunos esse 
pode ser o primeiro contato com 
um gênero textual normativo. Sendo 
assim, sugerimos que a leitura da 
primeira parte do texto 1 seja feita 
conjuntamente em um processo 
de leitura previamente preparado 
para sua turma, prevendo paradas, 
questões, momentos de paráfrases, 
ganchos com a realidade da turma, 
tudo para auxiliar a compreensão da 
linguagem mais técnica e normati-
va, própria de gêneros como esse. 
Tal procedimento pode ser feito 
com os demais documentos legais 
ao longo desta SD.
Eis as respostas esperadas:
1. Sim, o trecho entre aspas é 
exatamente o que ocorre na foto-
grafi a, uma vez que o documento 
está sendo exibido a crianças, o 
que remete ao ambiente escolar/ 
educacional.
Orientação ao
PROFESSOR
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo de atuação na vida pública 5
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de 
seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que 
ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os todos gozem de liberdade de 
palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta 
aspiração do ser humano comum,
Considerandoser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da lei, para que o ser 
humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,
Considerando que os povos das Nações Unidas reafi rmaram, na Carta da ONU, sua fé nos direitos humanos 
fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direitos entre homens e mulheres, e que 
decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, 
o respeito universal aos direitos e liberdades humanas fundamentais e a observância desses direitos e liberdades,
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o 
pleno cumprimento desse compromisso, Agora portanto
A ASSEMBLEIA GERAL
Proclama
A PRESENTE DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indi-
víduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da 
educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de ca-
ráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto 
entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Artigo I
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência 
e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Artigo II
1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, 
sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, 
origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
2 - Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país 
ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo 
próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
Artigo III
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfi co de escravos serão proibidos em 
todas as suas formas.
Artigo V
Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
6
O que você está achando de ler a DUDH? Quais são suas primeiras impres-
sões quanto à temática e à linguagem empregada no texto?
Agora vamos fazer uma pausa e pensar em algumas questões:
2. Qual é a fi nalidade do “Preâmbulo” no texto? Por que os parágrafos do pre-
âmbulo terminam com vírgula?
3. Releia o 2º e 3º parágrafos do Preâmbulo. Dado o contexto de publicação 
da declaração (1948), é possível supor a que episódios da História esse 
trecho faz alusão?
4. Em que momento no preâmbulo são mencionados os signatários do docu-
mento? Com que intenção isso é feito?
5. Por que o último parágrafo do Preâmbulo termina sem pontuação? E qual é 
o valor do verbo “proclama” na frase “A ASSEMBLEIA GERAL proclama”?
6. Qual é o papel do parágrafo que antecede os artigos da Declaração? O que 
ele apresenta no texto?
7. Os artigos I e IV tratam, respectivamente, do direito à liberdade e da proibi-
ção à escravidão. Na sua opinião, por que isso é reiterado no texto?
8. Segundo o artigo I, “Todos os seres humanos nascem livres e iguais... e 
devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.” As 
palavras em destaquem se relacionam a ideais de algum contexto histórico 
e político? Qual?
9. Releia o artigo II. Qual é o efeito de sentido (ou fi nalidade) dos trechos: “sem 
distinção de qualquer espécie", “ou qualquer outra condição.” e “quer...quer”? 
2. Como o próprio nome diz, o 
preâmbulo visa destacar consi-
derações iniciais/ preliminares 
que ocorreram anteriormente, 
culminando na publicação do 
documento, por isso a maioria 
das formas verbais está no tempo 
pretérito e todos os parágrafos 
começam pelo gerúndio “Con-
siderando”. As vírgulas ao fi nal 
indicam que cada parágrafo é um 
complemento à oração principal 
“A ASSEMBLEIA GERAL procla-
ma". Professor, se julgar oportuno, 
aproveite para mostrar à turma 
que cada parágrafo do Preâmbulo 
é uma grande oração adverbial 
reduzida de gerúndio subordinada 
à oração principal em caixa alta, 
que determina o modo como o 
documento foi proclamado. 
3. Dada a época de publicação, é 
possível perceber a relação com 
episódios trágicos da 2ª Guerra 
Mundial: a ascensão de Hitler e do 
nazismo na Europa, a persegui-
ção e o extermínio de judeus nos 
campos de concentração etc.
4. No 4º e 5º parágrafo são mencio-
nados os “povos das Nações Uni-
das" e “os Estados-Membros”. A 
fi nalidade é registrar previamente a 
ciência e o comprometimento dos 
países signatários do documento, 
destacando sua responsabilidade.
5. O último parágrafo do Preâmbulo 
não tem pontuação para ressaltar 
que se trata de uma continuação/ 
complemento da oração seguinte. 
O verbo “proclama” tem valor de 
efetivar a ação que signifi ca, ou 
seja, promulgar, publicar ofi cial-
mente, com efeito de lei.
6. O parágrafo de introdução visa 
destacar os objetivos a serem 
atingidos com o documento e 
sua abrangência.
Orientação ao
PROFESSOR
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo de atuação na vida pública 7
Atividade 2
Vamos assistir a mais um vídeo, sobre o contexto histórico da Declaração 
Universal dos Direitos Humanos.
PORTAL UAI. Os direitos humanos em 2 
minutos. 2018. (2min23s). Disponível em: 
<www.iqe.org.br/surl/?f54969>. 
Acesso em: agosto de 2019.
Além de ser um marco na história da humanidade, a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos (DUDH) é um documento normativo de âmbito universal e por isso faz parte 
dos gêneros textuais prescritivos, ou seja, sua fi nalidade é prescrever ações, instruir o 
que pode ou não ser feito, estabelecer normas comuns a serem respeitadas por todos os povos.
?
Você
SABIA?
7. Esses direitos são reiterados no documento para garantir que a escravidão não se repita na História da Humanidade. Professor, 
aqui o documento mais uma vez dialoga com fatos trágicos da História, como a escravização de seres humanos vindos da Áfri-
ca durante o período de colonizações, por exemplo. Além disso, na 2ª Guerra Mundial, os judeus também eram privados de sua 
liberdade e submetidos a trabalho forçado nos campos de concentração.
8. Sim, as palavras em destaque retomam/dialogam com o lema da Revolução Francesa (1789) “liberdade, igualdade e fraternidade”.
9. A fi nalidade das expressões é tornar a mensagem clara, evitando qualquer ambiguidade. Por exemplo, o trecho “ou qualquer outra 
condição" visa incluir no artigo as outras possíveis formas de distinção que não foram textualmente nomeadas no parágrafo.
Orientação ao
PROFESSOR
Atividade 2
A atividade propõe continuar a leitura 
da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos, ampliando a análise para 
os aspectos contextuais, composi-
cionais e linguísticos que tipifi cam 
o gênero. Habilidade EM13LP26. 
Professor, para o processo de leitura 
da segunda parte do texto, você 
pode utilizar a mesma estratégia 
da atividade anterior ou, se julgar 
possível nesse momento, propor que 
os alunos façam a leitura individual-
mente ou em duplas.
Orientação ao
PROFESSOR
8
Vamos continuar a leitura e análise do texto.
TEXTO 1 – PARTE 2
Artigo VI
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.
Artigo VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito 
a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamentoa 
tal discriminação.
[...]
Artigo IX
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo X
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal 
independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação 
criminal contra ele.
[...]
Artigo XIV
1 - Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.
2 - Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito 
comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
Artigo XV
1 - Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
2 - Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
Artigo XVI
1 - Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o 
direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua 
duração e sua dissolução.
2 - O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
3 - A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.
[...]
Artigo XIX
Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interfe-
rência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independente-
mente de fronteiras.
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo de atuação na vida pública 9
Após o preâmbulo e o parágrafo introdutório, o texto da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos é composto de trinta artigos, enumerados em algarismos romanos (Artigo I, II, 
II...). Alguns deles são ainda subdivididos em parágrafos, sequenciados em algarismos 
arábicos (1. 2. 3.), com o objetivo de completar ou detalhar o conteúdo do artigo. 
Devido a seu contexto legal e normativo, o texto da DUDH respeita as regras da norma padrão da lín-
gua, empregando termos ofi ciais, técnicos ou jurídicos, próprios das leis, estatutos e decretos.
Além disso, é comum o emprego de pronomes e expressões para generalizar ou indeterminar (todo 
homem, todos os seres humanos, as pessoas, ninguém, nenhum ser humano), a fi m de garantir textual-
mente que os diretos se estendam a todos, sem distinção, pois são universais.
+
Para saber
 MAIS
1. Analise os artigos que contêm mais de um parágrafo. 
Cite um exemplo em que os parágrafos complementam 
ou detalham o parágrafo anterior.
2. Encontre e destaque no texto pronomes, substantivos e 
demais termos usados para generalizar ou indeterminar. 
3. Em sua opinião, qual a fi nalidade do segundo parágrafo 
do artigo XIV?
4. Cite termos ou expressões que são exemplos da norma 
padrão utilizada em um texto normativo. Você sabe o 
que esses termos signifi cam?
5. Algum artigo cita o próprio documento da Declaração? 
Por meio de qual termo?
Eis as respostas esperadas:
1. Os artigos XIV, XV e XVI, que tratam respectivamente 
dos diretos de asilo, nacionalidade e matrimônio. Por 
exemplo, o 1º parágrafo do artigo XV afi rma que todo 
homem tem direito a uma nacionalidade; ao que o 2º 
complementa que ninguém será privado desse direito.
2. Espera-se que os alunos reconheçam termos como:
 Todos, todo homem, todo ser humano, homens e mu-
lheres, sociedade, qualquer, quaisquer, ninguém.
3. O segundo parágrafo visa especifi car a condição em 
que aquele direito não é válido.
4. Professor, é provável que os alunos notem palavras ou 
expressões como “perante, arbitrariamente, incitamen-
to, detido, exilado, plena igualdade, acusação criminal, 
gozar (no sentido de usufruir), invocado, legitimamen-
te, contrair matrimônio, consentimento, dissolução, 
nubentes. Incentive-os a entender o signifi cado desses 
termos pelo contexto ou peça que consultem alguns 
deles no dicionário.
5. Sim, o documento é citado explicitamente com a inicial 
maiúscula no artigo VII: “a presente Declaração". E de 
forma implícita no 2º parágrafo do artigo XIV: " objeti-
vos e princípios das Nações Unidas.”
Orientação ao
PROFESSOR
10
Atividade 3
Agora, vamos ler e analisar a terceira e última parte da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
TEXTO 1 – PARTE 3
[...]
Artigo XXIII
1 - Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de 
trabalho e à proteção contra o desemprego.
2 - Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
3 - Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, 
assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se 
necessário, outros meios de proteção social.
4 - Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.
Artigo XXIV
Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias 
remuneradas periódicas.
Artigo XXV
1 - Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e a sua família, saúde e bem-
-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direi-
to à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios 
de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
2 - A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas 
dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
Artigo XXVI
1 - Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e 
fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profi ssional será acessível a todos, 
bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
2 - A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortaleci-
mento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreen-
são, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades 
das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
3 - Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus fi lhos.
[...]
Artigo XXIX
1 - Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua 
personalidade é possível.
2 - No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações determi-
nadas pela lei, exclusivamente com o fi m de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberda-
des de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade 
democrática.
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo de atuação na vida pública 11
O estilo de textos legais e normativos como a DUDH 
costuma apresentar as seguintes características:
• Palavras e construções que evitam a ambiguidade;
• Linguagem clara, concisa e denotativa;
• Emprego da 3ª pessoa e de frases declarativas;
• Predominância de verbos no presente e/ou futuro do indicativo;
• Verbos e locuções verbais prescritivas.
+
Para saber
 MAIS
1. Identifi que e anote no próprio texto:
a) expressões próprias da norma padrão.
b) trechos com linguagem clara, evitando ambiguidades.
c) verbos e locuções verbais com sentido de prescrição.
2. Identifi que no texto os verbos ou locuções no presente e no futuro do 
indicativo. Em seguida, separe dois exemplos e analise a fi nalidade de cada 
tempo verbal:
a) Presente.
b) Futuro.
Atividade 3
A atividade tem como objetivo 
analisar a 3ª e última parte sele-
cionada da DUDH, para aprofun-
dar os aspectos linguísticos que 
tipifi camo gênero e garantem a 
compreensão do texto. Habilida-
de EM13LP26. Professor, aqui é 
importante chamar atenção para a 
fonte de onde o texto foi retirado e, 
se julgar oportuno ao fi nal, acessar 
com os alunos o site da ONU, onde 
é possível baixar e ler a Declaração 
na íntegra, já que para esta sequên-
cia didática foi feito um recorte dos 
artigos considerados mais rele-
vantes. Além disso, o site contém 
outros textos, vídeos e fotos sobre o 
contexto histórico e político durante 
a publicação do documento. Eis as 
respostas esperadas:
1. Esta questão visa fazer o aluno 
retornar ao texto, observando 
mais detalhadamente os aspec-
tos linguísticos que se pedem. 
Alguns termos possíveis:
a) Assegure, coadjuvará, ministra-
da, em prol de, na qual, exercer, 
estabelecido...
b) No fi nal dos dois parágrafos do 
artigo XXV: “ou outros casos de 
perda dos meios de subsistência 
em circunstâncias fora de seu 
controle.; “Todas as crianças, 
nascidas dentro ou fora do 
matrimônio, gozarão da mesma 
proteção social. No 3º parágrafo 
do artigo XXIX: “em hipótese 
alguma”.
c) No 2º parágrafo do estupro XXVI: 
“A instrução será orientada..., 
promoverá..., coadjuvará...”. No 
artigo XXX: “Nenhuma disposi-
ção... pode ser interpretada”.
2. a) e b) Professor, instrua os 
alunos a identifi car e marcar as 
formas verbais no texto, reconhe-
cendo os diferentes sentidos de 
cada tempo verbal. Um exemplo 
Orientação ao
PROFESSOR3 - Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, 
ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações 
Unidas.
Artigo XXX
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada 
como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direi-
to de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à 
destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração dos Direitos Humanos: 
Paris, França, 1948. Disponível em: <www.iqe.org.br/surl/?6ae6fb>. 
Acesso em: 23 de ago. de 2019.
12
3. Destaque no texto palavras ou expressões que detonam o conceito de 
“liberdade".
4. Releia o artigo XXIX. Por que os direitos de todos estão sujeitos a limita-
ções? Justifi que com trechos do texto.
5. Qual é a fi nalidade do último artigo do documento?
Atividade 4
No âmbito nacional, a lei máxima que garante os diretos e deveres dos brasileiros 
é a Constituição Federal de 1988, também conhecida como Constituição Cidadã. 
Vamos assistir a um breve vídeo para introduzirmos o tema:
HISTÓRIA ONLINE. PAPO RETO: CONSTITUIÇÃO. 2016. 
(2min47s) Disponível em: <www.iqe.org.br/surl/?c6297b>. 
Acesso em: 23 de ago. de 2019.
TEXTO 2 - PARTE 1
possível: “Artigo XXVI : 1. Todo 
ser humano tem direito à instru-
ção. A instrução será gratuita, 
pelo menos nos graus elementa-
res e fundamentais.” O verbo no 
presente expressa uma ação já 
instituída; já o pretérito, algo ain-
da a ser buscado e cumprido.
3. Alguns termos que citam ou re-
metem ao conceito de liberdade 
são: “livre escolha de emprego, 
liberdades fundamentais, livre e 
pleno desenvolvimento de sua 
personalidade, exercício de seus 
direitos e liberdades...”
4. Conforme o próprio texto, para 
garantir os “direitos e liberdades 
de outrem e de satisfazer as 
justas exigências da moral, da 
ordem pública e do bem-estar de 
uma sociedade democrática.”.
5. A fi nalidade do último artigo é en-
cerrar o documento afi rmando que 
não se trata de “reconhecimento a 
qualquer Estado, grupo ou pessoa”, 
ressaltando, assim, seu caráter 
universal para evitar qualquer ato 
de destruição aos direitos estabe-
lecidos na declaração.
Orientação ao
PROFESSOR
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um 
Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a seguran-
ça, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, 
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo de atuação na vida pública 13
pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, 
com a solução pacífi ca das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distri-
to Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamen-
te, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
 I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífi ca dos confl itos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do 
Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Disponível 
em: <www.iqe.org.br/surl/?7e8859>. Acesso em: 29 de ago. de 2019.
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O que você está achando de ler a Constituição Federal? Quais são suas 
primeiras impressões? O texto é fácil ou difícil de ler? Você já conhecia algum tre-
cho? Comente com os colegas. Em seguida, vocês vão se juntar em dupla para 
pensar e responder a algumas questões.
1. É possível saber onde e por quem o texto foi produzido e publicado?
2. O texto apresenta indícios de qual é seu leitor visado e sua fi nalidade?
3. No Preâmbulo, há a indicação da autoridade responsável pelo texto? Quem?
Na abertura de textos normativos, é comum haver verbos de 
valor performativo como: decretar, declarar, condenar, san-
cionar, prometer, garantir, certifi car etc. Em contextos ofi ciais, 
o locutor, ao proferir um enunciado com esses verbos na 1ª pessoa, realiza 
o ato que aquele verbo descreve. Um exemplo clássico é quando duas pes-
soas vão se casar no cartório e o juiz diz: “Eu os declaro casados”.
?
Você
SABIA?
4. Qual é o verbo de valor performativo da Constituição? O que ele signifi ca? 
E o verbo performativo da DUDH, texto anterior?
Textos normativos como as leis, códigos e estatutos e a 
Constituição Federal podem conter várias partes, como: 
títulos e capítulos (numerados por algarismos romanos), 
artigos e parágrafos (sequenciados por algarismos arábicos), parágrafo 
único e os incisos (que completam o conteúdo dos parágrafos ou dos arti-
gos e são sequenciados por algarismos romanos). As alíneas, que podem 
aparecer após os parágrafos ou incisos, em continuação à matéria são 
sequenciadas por letras minúsculas em ordem alfabética. Os itens são 
usadosapós os parágrafos e sequenciados por algarismos arábicos.
?
Você
SABIA?
Atividade 4
Após a leitura e interpretação da 
DUDH (texto de âmbito univer-
sal), a atividade dá continuidade 
ao trabalho com a habilidade 
EM13LP26, por meio da análise de 
um documento normativo de âmbito 
nacional, a Constituição Federal, 
com foco nos aspectos do contexto 
de produção e da construção com-
posicional do texto.
Professor, o vídeo e as questões 
propostas após o trecho seleciona-
do da Constituição visam auxiliar 
a contextualização, o debate e o 
processo de leitura do documento 
com os alunos. Aqui, vale a pena 
destacar as motivações históricas 
e políticas que culminaram na pro-
mulgação da Constituição Federal 
de 1988, sobretudo considerando 
o período de abertura política e 
movimento de reivindicação pelas 
eleições presidenciais diretas, 
conhecido como Diretas Já, entre 
1983 e 1984, após mais de 20 anos 
de ditadura civil-militar, regime de 
exceção que durou de 1964 a 1985.
Para a leitura do trecho proposto, é 
possível escolher a estratégia que 
melhor responder às necessidades 
e anseios de sua turma (individual 
ou compartilhada). Em seguida, 
sugerimos que as questões sejam 
discutidas e respondidas em duplas 
de trabalho produtivas e heterogê-
neas. Eis as respostas esperadas:
1. Sim. Pode-se inferir que o texto 
tenha sido publicado conforme 
os atos ofi ciais, no Diário Ofi cial 
da União, em Brasília, porque 
provém da “Presidência da Repú-
blica, Casa Civil, Subchefi a para 
Assuntos Jurídicos”. 
2. Sim. No 1º parágrafo é menciona-
do o “povo brasileiro”. Além disso, 
como se trata de uma Lei Federal, 
é possível inferir que o texto se 
dirige a toda a coletividade dos ci-
Orientação ao
PROFESSOR
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo de atuação na vida pública 15
5. Quais dessas partes vocês identifi cam no texto 2? Citem um exemplo.
6. Qual é a fi nalidade dos incisos nos artigos 1º, 3º e 4º?
7. Identifi quem e destaquem no texto:
a) Palavras ou construções da norma padrão, comuns em textos normativos:
b) Verbos ou locuções com valor prescritivo:
8. Releiam o inciso IV do artigo 3º:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, 
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
 É possível dizer que o trecho em destaque foi descrito para evitar ambigui-
dades? Por quê?
9. Alguns trechos da Constituição Federal retomam ideais e princípios básicos 
da Declaração Universal dos Direitos Humanos? Quais? Localizem exem-
plos no texto.
10. Diferentemente da DUDH, de âmbito universal, a Constituição Federal pos-
sui âmbito nacional. Que diferenças ou especifi cidades próprias do Brasil e 
seu continente existem no texto?
dadãos brasileiros. Quanto a sua 
fi nalidade, é possível reconhecê-la 
no trecho: “assegurar o exercício 
dos direitos sociais e individuais, 
a liberdade...”
3. Sim, a autoridade responsável 
pelo documento está no trecho: 
“Nós, representantes do povo 
brasileiro, reunidos em Assem-
bleia Nacional Constituinte”.
4. O verbo de valor performativo da 
Constituição é “promulgamos”. Já 
o verbo performativo da DUDH é 
“proclama”. Segundo o dicionário 
Houaiss, ambos os verbos têm o 
sentido de: 1. Ordenar a publica-
ção de lei ou similar; 2. Tornar 
público; publicar ofi cialmente.
5. No trecho lido da Constituição 
Federal, é possível encontrar os 
seguintes elementos: títulos, ar-
tigos, incisos e parágrafos, como 
se vê, por exemplo, no Art. 1º.
6. Os incisos presentes nos artigos 
1º, 3º e 4º têm, respectivamen-
te, a fi nalidade de descrever os 
“fundamentos”, os “objetivos 
fundamentais” e as “relações 
internacionais” da República 
Federativa do Brasil.
7. Professor, nesse momento incen-
tive os alunos a retomar a leitura 
do texto, de forma atenta, desta-
cando os elementos solicitados. 
Algumas respostas possíveis:
a) “Todo o poder emana do 
povo, que o exerce por meio 
de representantes eleitos ou 
diretamente"
 "A República Federativa do 
Brasil rege-se nas suas 
relações internacionais pelos 
seguintes princípios”
b) Nos incisos do artigo 3º, os 
verbos no infi nitivo “construir, 
garantir, erradicar e promover” 
têm valor de prescrição; bem 
como a forma verbal no futuro 
“buscará”, no parágrafo único 
do artigo 4º. 
Orientação ao
PROFESSOR
16
Atividade 5
Antes de continuarmos a leitura da Constituição Fede-
ral, vamos assistir a um vídeo sobre um projeto chamado 
Constituição na Escola.
TEXTO 2 – PARTE 2
Projeto Constituição na Escola. Projeto Constituição na Escola – 
Vídeo Institucional. 2017. (6min06s). Disponível em: 
<www.iqe.org.br/surl/?e85963>. Acesso em 29 de ago. de 2019. 
8. Sim, pois o trecho “quaisquer outras formas de discriminação” visa considerar também todas as outras formas de discrimina-
ção possíveis que não foram mencionadas.
9. Sim. São vários os trechos da Constituição Federal que retomam ideais descritos na Declaração Universal dos Direitos Huma-
nos. Professor, nesse momento incentive os alunos a retomar e cotejar ambos os textos, identifi cando os termos e ideias que 
se repetem. Eis alguns exemplos possíveis: No Preâmbulo, termos e trechos como: “liberdade, bem-estar, sociedade fraterna, 
pluralista e sem preconceitos, solução pacífi ca das controvérsias...”.
 No Art. 1º: “III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho; V - o pluralismo político”; No Art. 3º: “I - cons-
truir uma sociedade livre, justa e solidária; “IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer outras formas de discriminação.” No Art. 4º: II - prevalência dos direitos humanos”; VI - defesa da paz”.
10. Dizem respeito à realidade e contexto brasileiro, por exemplo: “Art. 3º III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as 
desigualdades sociais e regionais;” e o parágrafo único do Art. 4º, sobre o objetivo de se buscar “a integração econômica, políti-
ca, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Orientação ao
PROFESSOR
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes:
 I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
 II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
 IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
 V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral 
ou à imagem;
 VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religio-
sos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
 VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva;
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo de atuação na vida pública 17
1. Como você já sabe, os incisos (sequenciados por algaris-
mos romanos) têm a fi nalidade de detalhar o conteúdo 
do artigo. No artigo 5º, encontre palavras ou trechos dos 
incisos de I a XVI que retomam e especifi cam ideias do 
artigo.
2. Localize pronomes e substantivos usados para se referir 
às pessoas. Eles são semelhantes aos termos emprega-
dos na DUDH?
3. Nos incisos XI e XII, o que signifi ca o trecho entre parên-
teses “(Vide)” no fi nal? Qual é a sua fi nalidade?
Atividade 5
O objetivo da atividade é propor aos alunos a leitura do 
Artigo 5º da Constituição, envolvendo agora os aspectos 
linguísticos do gênero (EM13LP26).Além disso, apresen-
tamos um vídeo sobre o projeto Constituição na Escola, a 
fi m de despertar-lhes o interesse em se apropriar desse do-
cumento, fomentando entre os alunos o debate a respeito 
de seus próprios direitos e deveres, dentro e fora da escola. 
Tal momento visa antecipar o trabalho com as habilidades 
EM13LP25 e EM13LP27. A seguir, as respostas esperadas:
1. Os incisos do artigo 5º detalham os termos em que 
“Todos são iguais perante a lei”, por exemplo: I - homens 
e mulheres são iguais...; IV - é livre a manifestação do 
pensamento...; VI - é inviolável a liberdade de consciên-
cia e de crença...; X - são invioláveis a intimidade, a vida 
privada...”.
Orientação ao
PROFESSOR
 VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção fi losófi ca ou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternati-
va, fi xada em lei;
 IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científi ca e de comunicação, independentemente de 
censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a inde-
nização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, 
salvo em caso de fl agrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judi-
cial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráfi cas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fi ns de 
investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996)
 XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profi ssão, atendidas as qualifi cações profi ssionais que 
a lei estabelecer;
 XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profi ssional;
 XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, 
nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
 XVI - todos podem reunir-se pacifi camente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de 
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas 
exigido prévio aviso à autoridade competente;
[...]
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do 
Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Disponível 
em: <www.iqe.org.br/surl/?7e8859>. Acesso em: 29 de ago. de 2019.
18
4. Localize termos que estabelecem a coesão do texto (como conjunções, preposições, advérbios e locuções) que ex-
pressem o sentido de:
Acréscimo
Exceção
Condição
Alternância
Restrição
5. Qual é o tempo e modo verbal predominante no texto? Marque exemplos no próprio texto. Que efeito de sentido esse 
uso confere ao documento?
6. O artigo 5° da Constituição Federal se relaciona com algum artigo da DUDH? Que ideais são retomados?
2. No texto da Constituição, alguns pronomes e substantivos para se referir às pessoas são semelhantes aos da DUDH, como: 
“todos, homens e mulheres e ninguém”. Professor, destaque, no entanto, que há algumas diferenças por causa da abrangência 
de cada documento. Na Constituição, há termos mais específi cos, como “brasileiros, estrangeiros, povos da América Latina”; já 
na DUDH, os termos são mais genéricos e universalizantes, como “homem, seres humanos, pessoas”.
3. A forma “Vide” é um verbo de origem latina usada para remeter o leitor a outro texto, no caso a outras leis que especifi cam o conteúdo 
daqueles incisos. Segundo o dicionário Houaiss, o verbo “vide” tem como sinônimos as expressões “haja vista, a exemplo de, dado”.
4. Professor, aproveite o momento para retomar com os alunos os ter-
mos que garantem a coesão no texto (conjunções, preposições, advér-
bios, locuções, elipses, pronomes etc.). Algumas respostas possíveis:
 Após responderem a questão, caso queiram ampliar os elementos de 
coesão, incentive-os a buscar outros termos com os mesmos sentidos 
nos textos lidos anteriormente. 
5. O tempo verbal predominante no texto é o presente do indicativo, como em “homens e mulheres são iguais”, “é livre o exercício 
de qualquer trabalho” e “todos podem reunir-se pacifi camente”. Esse uso expressa o valor de certeza, para descrever os direitos 
já estabelecidos. Além disso, também são usados verbos no futuro do indicativo, como “ninguém será privado de direitos”, que 
indica sentido de prescrição, do que deve ou não ser feito. 
6. Professor, esse é o momento oportuno de cotejar os dois documentos, buscando suas relações intertextuais. Oriente os alunos 
a identifi car termos e conceitos presentes na Constituição que remetem à Declaração Universal dos Direitos Humanos. De 
modo geral, também aparecem na Constituição: os ideais de igualdade entre homens e mulheres; a liberdade de expressão, de 
pensamento, de locomoção, de crença; o livre exercício do trabalho; o acesso à informação; a inviolabilidade da casa e da vida 
privada/ intimidade; a proibição da tortura etc. Caso você ache oportuno, acesse com a turma a íntegra do texto da Declaração, 
para identifi car outras relações com a Constituição.
Acréscimo Além da
Exceção Senão, salvo
Condição Se, desde que
Alternância Ou
Restrição Apenas
Orientação ao
PROFESSOR
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo de atuação na vida pública 19
Atividade 6
Você provavelmente já ouviu falar no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). O que você sabe sobre ele. Vamos 
assistir a um vídeo sobre o tema e discutir:
FUNDAÇÃO ABRINQ. Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA): Saiba o que é. 2019. (3min53s). Disponível em: 
<www.iqe.org.br/surl/?c67077>. Acesso em 29 de ago. de 2019.
TEXTO 3
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do 
Adolescente e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
[...]
TÍTULO II
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
[...]
CAPÍTULO IV
DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, 
preparo para o exercício da cidadania e qualifi cação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
20
V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabeleci-
mento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica. (Redação dada pela Lei 
nº 13.845, de 2019)
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar 
da defi nição das propostas educacionais.
Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e agremiações recreativas e de estabelecimentos congê-
neres assegurar medidas de conscientização, prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas 
ilícitas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de defi ciência, preferencialmente na rede regular 
de ensino;
IV – atendimento em creche e pré-escola às criançasde zero a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei 
nº 13.306, de 2016)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de 
cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, 
transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabi-
lidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e 
zelar, junto aos pais ou responsável, pela frequência à escola.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus fi lhos ou pupilos na rede regular de ensino.
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustifi cadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência.
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a calendário, seria-
ção, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do 
ensino fundamental obrigatório.
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto 
social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos 
e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
BRASIL. Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990. Diário Ofi cial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 
DF, 16 jul. 1990. Disponível em: <www.iqe.org.br/surl/?65b9e2>. Acesso em 29 de ago. de 2019.
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo de atuação na vida pública 21
1. Onde e quando a lei foi publicada? Em que parte 
do texto há essa informação?
2. De quem é a autoria do texto? Qual é a autorida-
de responsável por ele?
3. No início do texto, são usadas formas verbais de 
valor performativo? Por quem? Qual é seu efeito 
de sentido?
4. Como você enxerga no seu dia a dia os direitos 
e deveres mencionados no estatuto lido? Cite 
um exemplo.
5. Identifi que no texto termos ou expressões que 
expressem a ideia de:
A) Finalidade/ objetivo
B) Acréscimo
6. Qual o papel dos incisos nos artigos 53 e 54?
7. O que signifi cam as informações entre parênte-
ses após alguns artigos?
8. Do artigo 56 ao 59 qual é o tempo verbal predo-
minante? Cite um exemplo. Por que esse tempo 
foi utilizado nessa parte do documento?
Atividade 6
Professor, depois da leitura de trechos da Constituição Federal, 
seguimos com a análise de outro texto normativo de âmbito nacio-
nal: o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O estudo desse 
texto com os alunos ganha destaque especial por se tratar de um 
documento que aborda justamente os direitos dos adolescentes, 
o qual muito provavelmente deve ser de conhecimento da turma. 
Além disso, apesar de ser um documento de âmbito nacional, ele 
pode ser um ponto de partida para os alunos pensarem/elabora-
rem outros documentos de âmbito local, considerando o contexto 
escolar, já que o ECA defi ne, por exemplo, o direito dos adolescentes 
à educação, à cultura e ao lazer, ao esporte, à profi ssionalização e 
ao trabalho etc. Assim, a leitura do texto e as questões propostas 
visam trabalhar a habilidade EM13LP26, com foco nos aspectos do 
contexto de produção, da construção composicional e do estilo do 
texto. Caso você julgue oportuno, é possível seguir a mesma estra-
tégia utilizada na atividade 4, para a leitura do texto com a turma e a 
resposta às questões. A seguir, as respostas esperadas:
1. Como se vê logo no início do texto, a lei foi publicada em 13 de 
julho de 1990, pela Casa Civil, Subchefi a para Assuntos Jurídi-
cos (e provavelmente no Diário Ofi cial da União).
2. Conforme consta no texto, a autoria da lei é do Congresso Nacio-
nal, sendo sancionada pelo presidente da República à época.
3. Faço saber, decreta e sanciono são formas verbais de valor per-
formativo usadas pelo presidente. Esses verbos têm o efeito de 
tornar verdade, a partir do momento em que são empregados, 
exatamente aquilo que signifi cam.
4. Resposta pessoal. É esperado que os alunos mencionem 
acontecimentos e experiências ligadas a suas vidas dentro e 
fora da escola. Professor, caso prefi ra, essa questão pode ser 
respondida oralmente. É importante equilibrar os relatos dos 
alunos para que haja tanto exemplo de situações negativas e 
de desrespeito/violação a seus direitos, como de momentos 
em que seus direitos foram/são garantidos e respeitados.
5. A) visando, com vistas à.
B) bem como, inclusive.
6. Os incisos nos artigos 53 e 54 detalham os direitos que o Esta-
do tem a obrigação de assegurar às crianças e adolescentes, 
no que diz respeito ao acesso e à permanência na escola.
7. Os parênteses servem para indicar que determinado inciso ou 
artigo foi inserido ou alterado por uma outra lei, funcionando 
como uma referência.
8. O tempo verbal predominante do artigo 56 ao 59 é o futuro do 
modo indicativo (comunicarão, estimulará). Esse tempo foi 
usado porque as situações descritas ainda não aconteceram 
ou deverão acontecer.
Orientação ao
PROFESSOR
22
Os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, os, as, 
lhes, nos, vos) podem ocupar três posições diferentes em 
relação ao verbo:
• Quando o pronome vem antes do verbo, damos o nome de Próclise. Ex.:
 “Não se preocupe, tudo fi cará bem.”
 “Aquilo me deixou de boca aberta.”
• No fi nal do verbo, chamamos de ênclise. Ex.:
 “Conte-me tudo o que você sabe.”
 “A gerente apareceu, exigindo-lhe uma explicação.”
• E no meio do verbo, recebe o nome de mesóclise. Só ocorre com verbos 
conjugados no futuro do presente e futuro do pretérito. Ex.:
 “Planejar-se-ia o aniversário de todos os funcionários.”
 “Contar-me-ão todos os gastos referentes a este ano.”
Adaptado de:
COLOCAÇÃO pronominal. Infoescola, 2019. Disponível em: 
<www.iqe.org.br/surl/?d5abb6>. Acesso em: 29 de ago. de 2019.
PRÓCLISE - Mesóclise – Ênclise. Mundo Educação, 2019. Disponível em: 
<www.iqe.org.br/surl/?d0f9ce>. Acesso em 29 de ago. de 2019.
?
Você
SABIA?
9. Há ocorrências de ênclise ou mesóclise no trecho lido do ECA? Cite exem-
plos. Que efeito essas colocações pronominais provocam no texto?
10. Releia e compare os trechos seguintes:
Texto 2 Texto 2 Texto 3
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS 
FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES 
INDIVIDUAIS E COLETIVOS
TÍTULO II
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO IV
DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À 
CULTURA, AO ESPORTE E AO 
LAZER
 Por que os títulos e capítulos começam pelas preposições em destaque? Que sentido elas possuem na frase?
9. No texto há casos de ênclise 
como garantindo-se e fazer-lhes e 
um de mesóclise respeitar-se-ão. 
Tais colocações pronominais 
estão de acordo com a norma 
padrão e conferem ao texto o 
registro formal e jurídico, próprio 
de textos normativos. Obs.: pro-
fessor, lembre os alunos de que a 
forma verbal assegurando-se-lhes, 
no artigo 53, não se trata de uma 
mesóclise, pois, embora pareça, 
o pronome “se" não está no meio 
do verbo, e sim após o verbo 
(entre ele e outro pronome), sendo 
portanto um caso de ênclise.
10. As preposições em destaque 
apresentam o tema dos títulos ou 
capítulos e têm o mesmo sentido 
de “sobre, a respeito de”. Ex.: 
Sobre os direitos fundamentais. 
Professor, mostre aos alunos que 
esse emprego é característico dos 
textos legais e normativos.
Orientaçãoao
PROFESSOR
Sequência Didática | Língua Portuguesa | Leitura e Produção de Textos | Campo de atuação na vida pública 23
Sistematizando
APRENDIZAGENS
Ao longo desta Sequência Didática, você e seus colegas co-
nheceram e analisaram três exemplos de gêneros normativos: 
a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), a Consti-
tuição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 
O que você achou de estudar esses textos? Já os conhecia? 
O que de novo você aprendeu? E o que você acha que precisa 
continuar estudando?
Agora, como forma de fazer uma síntese, vamos relacionar e comparar os três documentos legais lidos:
Texto 1
Declaração Universal 
dos Direitos Humanos
Texto 2
Constituição Federal 
de 1988
Texto 3
Estatuto da Criança 
e do Adolescente
Âmbito/abrangência
Autoria/Autoridade 
responsável
Local e data de 
publicação
Verbo performativo
Motivações e fi nalidades 
do documento
SISTEMATIZANDO APRENDIZAGENS
Professor, esse é o momento de síntese dos conhe-
cimentos construídos ao longo da SD. Sugerimos 
uma conversa com a turma, incentivando os alunos 
a folhear o material retomando os principais aspec-
tos estudados, a fi m de discutir e confi rmar suas 
hipóteses coletivamente. Em seguida, oriente-os a 
preencher adequadamente o quadro.
Orientação ao
PROFESSOR
Texto 1
Declaração Universal 
dos Direitos Humanos
Texto 2
Constituição Federal de 1988
Texto 3
Estatuto da Criança 
e do Adolescente
Âmbito/abrangência Universal/ internacional Nacional Nacional
Autoria/Autoridade 
responsável
Assembleia Geral da ONU (Organi-
zação das Nações Unidas)
Assembleia Nacional Constituinte/ 
Presidência da República
Congresso Nacional/ Presidência 
da República
Local e data de 
publicação
Paris, França, em 10 de dezembro 
de 1948. Brasília, DF, no ano de 1988. Brasília, DF, em 13 de julho de 1990.
Verbo performativo proclama promulgamos decreta e sanciono
Motivações e 
fi nalidades do 
documento
Garantir a dignidade, os direitos e 
liberdades de todos os seres huma-
nos. Sobretudo após os atos bárba-
ros contra a Humanidade ocorridos 
durante a 2ª Guerra Mundial.
O documento é “destinado a asse-
gurar o exercício dos direitos sociais 
e individuais” da República Federati-
va do Brasil. Também é importante 
considerar como uma motivação 
a abertura política com o fi m da 
ditadura civil-militar no Brasil.
Instituir os direitos e liberdades das 
crianças e adolescentes no Brasil, 
a fi m de garantir sua proteção pela 
família e Estado. Vale lembrar que o 
ECA está alinhado ao que se prevê 
na Constituição e na Declaração 
Universal dos Direitos Humanos.
Orientação ao
PROFESSOR
24
• Na sua escola, existe um grêmio ou clube estudantil? Ele tem 
um documento/estatuto que estabelece os direitos e deveres 
de seus membros?
• Comparado aos documentos legais lidos anteriormente, qual seria a abran-
gência do estatuto de grêmio ou clube da sua escola?
Quem sabe diz
Proposta de Produção
Agora, nós vamos realizar um debate conjunto a fi m de discutir a criação de 
um estatuto do grêmio ou clube para representar sua escola.
Para organizar o debate, vocês vão defender seus pontos de vista e apresen-
tar suas propostas, ideias, de forma respeitosa e fundamentada, respeitando o 
tempo pré-estabelecido e o turno de fala dos demais colegas.
O professor vai mediar esse debate, com as seguintes 
questões:
• Você tem o hábito de participar de reuniões e debates em sua escola, 
como reuniões de conselho, grêmio, coletivos, movimentos, assem-
bleias...? Como são essas reuniões?
• Que problemas existem no território da escola para os quais podemos 
buscar uma solução? Quais são as soluções possíveis dentro das regras?
• Vocês sabem quais são seus direitos como estudantes na escola? E os 
deveres?
• Se criarmos um grêmio na escola, quais seriam suas atribuições e sua 
fi nalidade?
• Já existem outros documentos normativos na sua escola? Quais?
• Como esse documento se relacionaria com o projeto político-pedagógico 
da escola? 
• Na escrita do documento, como é possível garantir que os direitos e deve-
res de todos na escola sejam respeitados. 
• Na elaboração de um estatuto do grêmio ou clube estudantil, quais tópicos 
não poderiam faltar? Quais seriam seus títulos, capítulos, seções e artigos?
Quem sabe diz
As perguntas em Quem sabe diz 
visam fazer com que os alunos rela-
cionem os documentos legais lidos 
até o momento, de âmbito universal 
ou nacional, com outros textos nor-
mativos cujo âmbito seja local (e de 
preferência, escolar) , por exemplo 
estatutos de grêmio ou clube estu-
dantil. Dessa forma, preparamos o 
terreno para a atividade seguinte.
PROPOSTA DE PRODUÇÃO
O objetivo da atividade é mediar 
o processo de elaboração de um 
documento normativo de âmbito 
local (estatuto de grêmio ou clube 
estudantil), para descrever e garan-
tir os direitos e deveres dos alunos 
na escola, de modo a envolver os 
aspectos referentes ao contexto 
de produção, composição e estilo 
do gênero, trabalhando, portanto, a 
habilidade EM13LP26.
Além disso, as questões em Quem 
sabe diz visam desenvolver, 
especialmente, aspectos presen-
tes nas habilidades EM13LP25 e 
EM13LP27, necessários à produção 
de um texto como o proposto.
Professor, sugerimos que das 
perguntas na sessão Quem sabe diz 
até a primeira parte do planejamento 
a atividade seja feita coletivamente, 
como forma de ampliar em conjunto 
a sistematização das aprendizagens 
desenvolvidas ao longo da SD. Já 
para o esboço, sugerimos o trabalho 
em grupos menores para que os 
alunos tenham a oportunidade de, de 
forma mais particularizada, confron-
tarem suas hipóteses e reverem os 
conteúdos aprendidos.
Para o momento de escrita da 
1ª versão e revisão do texto, 
achamos ser oportuno que a 
atividade seja feita coletivamente, 
considerando justamente o tema e 
a fi nalidade do texto proposto, visto 
que um estatuto que diz respeito 
aos alunos deve ser discutido e 
elaborado por todos os envolvidos.
Orientação ao
PROFESSOR
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Planejamento
Em primeiro lugar, vamos pensar juntos nas condições de produção do esta-
tuto do grêmio ou clube estudantil:
Nome do documento
Tema e Finalidade
Autoria (responsáveis pela 
escrita do documento)
Público-alvo
Local e data do 
documento
Linguagem do texto 
Agora, vocês vão se reunir em grupos e, em uma folha separada ou no caderno, fazer um esboço das informações que 
devem constar no estatuto.
Cabeçalho
(Entidade responsável e local de publicação do documento)
Nome do documento
Tema do texto (Dispõe sobre...)
Preâmbulo contendo as informações preliminares sobre o contexto do documento, como autoria, fi nalida-
de e verbo performativo. 
(Nós, representantes..., com o objetivo de... declaramos/promulgamos...)
Corpo do texto, dividido em títulos, capítulos, seções, artigos, incisos e parágrafos.
Nessa parte, é preciso contemplar principalmente:
• Direitos e deveres dos estudantes na escola;
• Finalidade do grêmio e atribuições dos integrantes;
• Relação da agremiação com a escola e a comunidade.
Escrita
Realizado o esboço em grupos, é a hora de apresentar os textos e discutir as ideias de cada um. A partir daí, vamos 
redigir coletivamente a versão fi nal do documento, com a colaboração de todos.
Revisão e publicação
Após a escrita coletiva, é hora de revisar o estatuto elaborado. Para ajudar, vocês devem retomar o texto produzido e 
revisá-lo, verifi cando se os itens elencados na etapa de planejamento foram atendidos ou não e o que deve ser melhorado.
Por fi m, feita a revisão, após todos concordarem com os termos do documento, ele deve ser disponibilizado para que 
todos tenham acesso, promulgado e publicado ofi cialmente na escola, em meio impresso (mural da turma e/ou da escola) 
e digital (página ofi cial da turma e da escola).
A publicação do estatuto elaborado 
pela turma, nos moldes sugeridos, 
é muito importante para que eles 
compreendamna prática o proces-
so que confere validade ofi cial a 
documentos normativos e legais.
Orientação ao
PROFESSOR

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